Capther 90

𝙴𝚕𝚒𝚣𝚊𝚋𝚎𝚝𝚑 𝙲𝚘𝚘𝚙𝚎𝚛 𝚙𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚝𝚑𝚎 𝚟𝚒𝚎𝚠.

Voltava para casa com a cabeça encostada no banco do carro. Os fones no volume máximo para ver se conseguia tirar aquela cena da minha mente, mas cada vez que fechava meus olhos as lembranças de ontem a noite voltavam a me assombrar.

Compartilhava o fone de ouvido com o Rick, ele não havia se desgrudado de mim desde que recebi alta do Hospital. Suspirei profundamente, deitando a minha cabeça sobre seu ombro, e logo em seguida ele se acomodou também me dando um selar na testa.

Livy dirigia o carro, e mamãe conversava com ela sobre alguma coisa para aliviar a tensão sobre o carro. Suspirei alto quando passamos em frente a casa dos Jones, Donna saía pela porta da frente e não parecia estar nada feliz.

Quando chegamos em casa eu fui a primeira a sair. Apenas queria deitar na minha cama e chorar até ligar para Verônica para ela vir me mimar, inclusive, falando na mesma, ela já tinha me enviado milhares de mensagens.

Vi a foto da minha melhor amiga aparecer na tela do meu celular, indicando que ela estava me ligando pela décima vez no dia. Desliguei, novamente. Não queria falar com ninguém agora.

"Puta! Será que dá para você me atender?" Ri, da sua mensagem, entrando em casa quando mamãe destrancou a porta.

"Calma. Já vou te retornar." Mandei.

Entrando em casa fui diretamente para o quarto, antes dizendo para mamãe que não iria almoçar. Ela apenas suspirou pesadamente, dizendo que depois levaria um lanche pra mim.

Alô? Betty? — Verônica falou do outro lado da linha depois que retornei uma de suas chamadas.

— Não, Verônica. É o sapo cururu — falei, me trancando no quarto e jogando a chave na minha escrivaninha.

Nossa, não sabia que era o dia das patadas. Valeu por me lembrar, sua idiota! — debochou.

— Desculpa. Eu não estou muito bem, acabei jogando a minha raiva em você — respondo. A minha voz estando dessa vez alguns tons mais baixos.

Tudo bem. Fiquei sabendo pela sua mãe que você estava no Hospital, mas ela não falou o motivo. Fiquei preocupada, amiga.

— É, eu estava no hospital. Tive um ataque de pânico, mas agora já estou em casa.

Ué, fazia tempo que você não tinha essas crises. Me conta o motivo disso, amiga. Eu sei que sua mãe estava me escondendo alguma coisa naquela ligação.

— Depois eu te conto, Ronnie. Não estou me sentindo bem pra falar isso agora.

Mas, Betty… — a cortei.

— Eu prometo que mais tarde eu te ligo ou vou na sua casa te contar, tá? Eu só preciso ficar sozinha agora. Preciso dormir também, parece que um elefante pisou em mim.

Tá bom… Amo você, ok?

— Também te amo, mana — falei, segundos depois finalizando a chamada.

Joguei meu celular contra a cama, desfazendo o meu rabo de cavalo, pois já sentia minha cabeça doer. Depois de tomar um longo banho, deixei-os soltos e molhados. Para que secassem naturalmente.

— Betty… Precisamos conversar — uma voz pairou sobre meus ouvidos, aquela voz que sempre me causava arrepios.

Me virei para frente vendo Jughead acabar de pular a minha janela. Seu físico parecia cansado e seus olhos estavam vermelhos. Ele vem em minha direção, mas levanto a mão em um gesto, o detendo para que ele não se aproxime. Jughead já estava perto demais para que eu sentisse o calor gostoso do seu corpo.

— Saí daqui — engulo em seco.

— Eu não vou sair daqui até a gente conversar, amor — murmura e aproxima-se alguns passos, o que por instinto dou passos para trás.

— Conversar? Eu não quero conversar com você, Jughead. Agora, por favor, saí do meu quarto que eu estou cansada e preciso descansar — me remexi desconfortável com a sua presença, e ele olhou para meu rosto alguns minutos com a feição triste.

— Precisamos falar sobre o que aconteceu — ele se aproximou novamente tocando o meu rosto, ignorando o meu aviso para que ele não chegasse perto.

— Falar o que? Que você me traiu com a garota que você afirmava ser sua amiga? Ou vai dizer que tudo o que vi era apenas uma miragem e ainda espera que eu te perdoe? — dou uma risada amarga, tentando ignorar o que seu toque faz comigo.

𝙹𝚞𝚐𝚑𝚎𝚊𝚍 𝙹𝚘𝚗𝚎𝚜 𝚙𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚝𝚑𝚎 𝚟𝚒𝚎𝚠.

Após ver que ela finalmente havia chegado em casa, resolvi ir vê-la. Sabia que se fosse pela porta da frente ela com toda certeza não me atenderia. Então resolvi subir a sua janela.

Agora eu observava seus lindos olhos verdes cheios de tristeza, me olharem com nojo e ela gritar para que eu saísse dali.

— Eu não te trai, Betty. Eu… — tento dizer, mas as palavras não saem. Deixo as lágrimas saírem, pois não sabia o que fazer.

— Então o que eu vi ali na sua cama era o que? Vocês estavam ensaiando para alguma peça de teatro? Acha que eu sou alguma idiota Jughead? Você transou com a garota que dizia ser sua amiga! — Betty falou com ácido na voz, tirando a minha mão do seu rosto.

— Eu não transei com ela, Betty. Quer dizer… eu não sei, eu não me lembro de nada — digo desesperado, indo abraça-la. Entretanto, a única coisa que recebo é um empurrão forte.

— Agora vai falar que não lembra? Que tipo de homem você é? Por que não assume logo o seu erro?! — ela gritou alto, logo bateram na porta do quarto de Betty, chamando pelo seu nome.

— Coração, eu não me lembro de nada eu… eu não sei o que de verdade aconteceu naquele quarto eu só preciso que você acredite em mim! — choramingando, passei as mãos pelos meus cabelos.

— Acha mesmo que eu vou acreditar em você depois que tudo o que eu vi? Você acha mesmo que eu vou cair nesse papinho de que não se lembra de nada? — ela me questionou, franzindo o cenho.

— Eu sei que agora você está cega de ódio, mas Betty, eu te amo muito e eu não vou desistir de você.

— Se liga garoto, tudo o que tinha entre nós dois acabou!

— Não acabou. Vou dar um jeito de você acreditar em mim de novo.

— Eu nunca mais vou acreditar em você. Eu odeio você.

— Você não me odeia, só estar com raiva. Eu te entendo e…

— Você entende? Entende? Você já foi traído pela pessoa que mais ama na vida, Jughead? Se sua resposta for não, você não entende a dor que eu estou sentindo. Agora, vai embora. Não aguento mais olhar pra sua cara.

— Betty, tá tudo bem? — mais batidas na porta nos despertou da discussão.

— Tá tudo bem, mãe. Só um pombo nojento que pousou na minha janela — falou me olhando, o ódio estampado nas suas íris.

— Amor, por favor… — suplico em um sussurro.

— Saí daqui, Jughead! — ela vem em minha direção e logo sinto socos sobre meu peitoral me fazendo dar passos para trás.

— Eu vou. Mas depois eu volto — digo, quando seguro seus braços para que não me acertasse. — Eu te amo, ok?

Ela se desdenha de mim e vai em direção ao banheiro se trancando. Respiro fundo e despulo a janela indo em direção a minha casa enquanto as lágrimas molham minhas bochechas.

Quando abro a porta de casa todos estavam sentados no sofá. Eles estranham quando me veem chorando e até tentam me perguntar o motivo mas eu apenas vou para o meu quarto. Deito-me na minha cama, espalmando o travesseiro sobre meu rosto para que os soluços parassem.

— Juggie? — ouço a voz relutante de Jellybean, apenas puxo ela para um abraço procurando um conforto. — Me diz o que aconteceu. Quando você chora por alguma coisa é quando a coisa está realmente feia.

Não tive medo de me mostrar fraco para a minha irmã, expliquei tudo para ela sentindo que de contasse o que estava acontecendo entre eu e Betty a dor em meu peito diminuísse um pouco.

[...]

"Ai meu Deus que p4u enerme, ele é
novinho é já tem um pir0c4o. Só tem 15
anos e já tem um pir0c4o." tô viciada nessa
música, tento apenas gostar de músicas
internacionais, mas ouço um funk eu
começo a dançar 🤡

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