Capther 79

elizabeth cooper point of the view.

Mamãe falou para esperar uma pessoa em especial chegar, o que me deixou ainda mais curiosa sobre ela ter um filho e nunca ter me contado nada. Minha mente havia dado um grande nó, tipo, como ela havia escondido isso de mim? Com toda certeza eu não iria saber já que era pequena e tinha apenas um ano, mas eu me sentia traída.

Alice e eu sempre contávamos uma para a outra os nossos segredos, e meu sonho sempre foi ter um irmão para eu fazer de bonequinha e o entupir de maquiagem.

Neste momento estava de pernas cruzadas sobre o sofá apertando o controles para trocar de canal, quando parou em Gravity Falls: Um Verão de Mistérios [n/a: só para deixar claro aqui *dedos tímidos* eu tenho um crush na mabel, não sei porque mais acho ela uma gracinha] sorri como uma criança me deitando de qualquer forma.

Mamãe falava sem parar no telefone e tinha um sorriso bobo nos lábios. Será que além de me contar que tinha um irmão, ela também revelaria que era lésbica? Isso seria tudo! Talvez eu estivesse um pouco — muito — querendo que mamãe gostasse de uma mulher.

Quando a campainha tocou, dei um pulo correndo até à porta para saber quem era. Meu corpo se arrepiou inteiro quando uma moça de cabelos curtos (com um lado raspado), alta, sua pele negra e um sorriso encantador apareceu ali.

— Oh! Você deve ser a Elizabeth — parou para me analisar inteira, estendendo sua mão para me cumprimentar. Quando lhe estendi minha mão, pude ver o quanto sua pele era macia. — Me chamo Livy Ginger, sou a advogada da sua mãe e estou cuidando da caso do seu irmão mais novo.

— Seria pedir muito que você me desse um soco? Puta merda, mulher você esbanja poder! — ela arregalou seus olhos levemente, colocando a mão na boca para rir.

— Livy, você chegou! — mamãe disse vindo até nós. — Estava te esperando para contar tudo a Elizabeth.

Quando entramos elas se sentaram sobre o sofá e eu me sentei na mesinha a frente delas, desligando a televisão e pronta para ouvir tudo.

— Agora que estávamos aqui, mamãe. Poderia parar de me enrolar e me contar tudo sobre eu ter um irmão e só depois de 17 anos eu saber?

— Ok… tudo começou quando eu me envolvi com um vizinho dos nossos vizinhos — mamãe começou, relutante.

— Calma, você transou com o FP? — gritei, desesperada.

— Não garota tá ficando maluca?! Apenas me ouça — suspirei fundo, sorrindo aliviada e sabendo que eu não poderia ser alguma meia irmã do meu namorado. — Tudo começou quando eu me envolvi com o vizinho aqui da frente, Jeremy. Eu ainda estava em um relacionamento abusivo com seu pai e Jeremy sempre me ajudava em tudo e também me ajudou a cuidar de você, mesmo você sendo tão pequenina e inocente com apenas um ano e sem saber do que estava passando.

— Ao longo do tempo, uma paixão começou a desenvolver entre nós dois e aquilo só aumentava mais e mais, e junto com o meu desespero de seu pai descobrir tudo e tirar você de mim. Mas eu não aguentei e acabei me entregando a Jeremy, e por causa desse meu ato, descobri três meses depois que estava grávida de outro bebê. Ai mesmo que eu me desesperei! Não contei para Jeremy, pois tinha medo dele querer assumir e Hal saber. Então junto com Hermione, bolei um plano de fazer um trabalho estra por alguns meses fora de Riverdale até que ganhasse o bebê e soubesse o que fazer. Durante esses meses você ficou com Hermione e ela cuidou de você junto com Verônica, vocês duas amavam brincar uma com a outra.

— Durante a gestação, Jeremy acabou descobrindo e até hoje eu não sei como, mas ele mudou totalmente e começou a me mandar ameaças dizendo que se eu não abortasse iria me matar. Mas eu não nunca iria fazer isso com uma criança inocente. Nunca. Além disso com um filho meu. Eu já havia feito algumas ultrassons para saber o sexo do bebê, mas ele estava de pernas cruzadas então só deu para saber no dia em que ele nasceu — vi os olhos de mamãe marejarem, lentamente e aquilo me doeu muito. — Era um menino lindo. Os cabelos cacheados e os olhos pequenos, eram como ervilhas. A pele branquinha e tinha um sorriso banquela que me deixava abobada.

— Mas o nascimento dele teve muitas complicações e com isso eu quase morri no parto. Ele ficou um pouco na encubadora e a enfermeira que cuidava de mim, falou para eu tirar um cochilo que ela não tiraria os olhos do meu garotinho. Me arrependi eternamente de ter dormido e deixado meu filho sozinho com aquela louca. Ela estava ali para rouba-lo de mim e o entrega-lo para Jeremy. Como eu sei disso? Recebi uma mensagem de Jeremy com uma foto do meu filho. E lá ele dizia que iria dar um sumiço com ele.

— Eu passei dois anos pensando que meu filho havia sumido, mas não, eu estava enganada. A mesma mulher que rapitou o meu bebê me ligou e me contou que havia se arrependido. Ela era uma ficante apaixonada por Jeremy, e que ele havia o prometido que iria casar com ela. Ela também me contou que o seu irmão não estava morto, Betty! E desde daquele dia eu procuro por ele.

— Lembra quando eu disse que eu iria sair a trabalho em outras cidades? — assenti. — Então, eu estava procurando pelo meu garotinho. Eu passei anos, querida. Anos. E só consegui achar ele agora. Eu procurava em cidades até encontrá-lo e saber que em todo esse momento ele estava de baixo do meu nariz.

— Como é o nome dele? — questionei, deixando uma lágrima descer sobre meu rosto.

— Infelizmente, ainda não podemos dizer — disse Livy. — Quando achamos o garoto e entramos no processo de passar a guarda o juiz quis fazer um teste de ‘DNA’, para saber se realmente era filho dela.

— E é? — perguntei e mamãe balançou a cabeça chorando, com um sorriso gigantesco nos lábios. — Ai meu Deus! E como ele tá?

— Quando o encontramos a casa onde ele estava tinha um odor horrível de álcool e drogas. O garoto estava trancado em seu quarto sem o seu celular e sem poder falar com a sua namorada, foi o que ele disse. — Livy suspirou, continuando: — Ele também disse que sofre vários abusos do pai. Além dele o espancar e o proibir de várias coisas, e ele só fica na casa da sua namorada, pois tem medo de chegar e vê-lo ali.

— Agora, o juiz está carregando o nosso caso, para ver com quem o menino fica.

— Como o juiz ainda está carregando o caso?! Porra, o menino sofre abusos do pai! — digo.

— Sim. Isso tudo é uma blasfêmia. Mas temos certeza que mais alguns dias teremos o moleque connosco — completou Livy.

— Quando vou conhecê-lo?

— Ainda não sabemos se iremos o conhecer, isso é muito complicado e sua mãe deixou tudo em off, pois não quer fazer nenhuma confusão.

Me levantei saindo dali e querendo tomar um longo banho para ainda tentar assimilar tudo. Era bastante coisa para mim.

* * *

Depois de secar meus cabelos com o secador liguei para a minha melhor amiga querendo desabafar.

Fala cachorra! Que milagre a senhorita estar me ligando primeiro. Sempre sou eu quem ligo, já que você não me dar bola e só quer dar o cu para o Jughead — neguei com a cabeça, sorrindo. Como eu estava com saudades dessa idiota.

— Vaca! A porra do meu cu é virgem, ok? — ela gargalhou do outro lado da linha me fazendo bufar. — Verônica, podemos nos encontrar no Pop's? Quero muito conversar com você.

Quando você me chama de Verônica é porque a coisa é séria. Me encontra lá em 30 minutos, okay? Já estou a caminho.

Coloquei meu casaco, pois estava fazendo frio e como sempre fiz um coque de cavalo no meu cabelo. Logo meu celular começa a tocar e a foto de Jellybean fazendo um bico fofo com o Rick na foto de perfil aparece. Atendi sorrindo e colocando no viva-voz.

Oi, Bee! Sou eu Jelly, a sua cunhada linda e bela! — sorri.

— Oi, meu bem. Como está aí? Donna já foi embora?

Infelizmente não. Você acredita que ela inventou de ter um rato no quarto dela apenas para dormir no quarto do Jughead?

— Hum! e o que ele fez?

Ele deu o quarto dele para ela e agora está dormindo no meu, você tinha que ver a cara de cu que ela ficou — soltou uma gargalhada alta. Imagino, pensei sorrindo. — E meu Deus do céu, Betty! Como você aguenta? O Jughead peida a noite toda, além de me assustar falando dormindo.

— Acho que já me acostumei — soltei uma risadinha. — Mas falando no meu bebê, onde ele está?

Ele saiu para fazer compras com a mamãe e com o papai, então quer dizer que estou sozinha com a Donna e posso a qualquer momento a estrangular.

— Meu Deus JB — ri. — E o Rick tem notícias dele?

Não. Nadica de nada. Estou prestes a surtar e mandar o pai dele para a puta que o pariu e o rapitar — arfou baixinho, e pelo barulho constatei que ela derrubou algo. — Mas e aí, sua mãe já conversou com você.

— Sim. E, bom, espero que você esteja sentada por que você vai precisar, pois, a conversa é longa.

* * *

O sininho do Pop's ecoou quando Verônica Lodge passou pela porta, me procurando na mar de pessoas já que a chocoloja estava cheia. Acenei para a morena que desfaz sua carranca brava, para uma alegre vindo correndo em minha direção.

Me levantei a abraçando de volta, sentindo a menor me apertar tanto que até me fez ficar com falta de ar.

— Puta merda como você ficou gostosa esse tempo todo fora — sorriu, me dando mais um abraço. — E, além disso tá com um bronzeado fenomenal.

— Bronzeado? Eu nem sai de casa — sorri, meiga.

— Porra amiga, você cortou o cabelo? Tem como você parar de ser perfeita em tudo? Quando a Cheryl saber que você chegou ela vai surtar.

— Senti muitas saudades de vocês. Me conte as novidades.

— Tenho um babado fortíssimo que vai te deixar louca — falou eufórica. — Kevin e Noah finalmente se beijaram!

Soltou um gritinho me fazendo arregalar os olhos sorrindo como uma idiota.

— O quê?! Nevin is real?

— Real até de mais amiga! Agora quero saber quando o Noah vai sair do armário. Aquele faz mais cu doce do que a América pro Maxon e ainda insiste em dizer que é hétero. Só se for hétero de Taubaté — rolou os olhos. — Agora me conte, o que tanto queria dizer para mim.

Abri minha boca para lhe contar tudo e a cada frase que soltava a reação de Verônica mudava. Eu riria se não estivesse com meu coração batendo tão fortemente.

— Sua mãe teve esse tempo todo para te falar isso e só agora ela te contou? — assenti, bebericando o ‘milkshake’ que a garçonete havia me entregado. — Olha… eu to chocada, passada.

— Tive a mesma reação — digo, observando Verônica morder um grande pedaço do seu hambúrguer.

— E agora? Você vai conhecê-lo? — diz, de boca cheia.

— Não. Mamãe disse que o caso está em off. Então, não tem como conhecer o meu irmão.

— Uau — falou lentamente. — Até fiquei sem palavras e olha que eu tagarela. Vou ao banheiro, já volto.

Meu celular começou a tocar novamente e vi que era Jughead dessa vez. Provavelmente ele já deveria estar em casa. Sorri e logo quando abri a boca ele me atrapalhou:

Que picuinha é esse que você contou tudo para a Jellybean antes de mim?! — sua voz dengosa me fez rir, junto com a gargalhada de Jelly no fundo.

Ela me ama mais otário — disse Jb na ligação e logo a voz de Jughead soou: — Uma babana para você sua lagartixa atropelada.

— Ela já te contou tudo, né?

Claro! Já que minha namorada não me ama e contou tudo para a minha irmã antes — pude imaginar o grande bico que estaria em seus lábios carnudos agora.

— Desculpa, bebê. Eu tinha que desabafar com alguém. Saber que eu tenho um irmão me deixou louca!

Tudo bem. Ter essa notícia tão repentina deve ser difícil mesmo. Mas olha só… eu quero que você me recompense quando chegar em Riverdale, hein?

Pude ouvir o “Ew!” de JB do outro lado da linha me fazendo gargalhar alto.

— Ei, estou aqui no Pop's com a Vee, depois você me liga de madrugada, ok? Quero colocar o papo em dia com Lodge.

Okay, coração. Eu te amo.

— Tchau! Eu te amo mais! E diga a Jelly que eu também a amo para não ficar com ciúmes — finalizei a chamada, vendo minha amiga vir em minha direção.

[➷]

*dedos tímidos*
você e sua amiguinha quer subir na minha motinha?
meta: 210 votos e 810 comentários.

oie! me desculpem pelo atraso, realmente está bem difícil aparecer por aqui. a bateria do meu celular está viciada e está descarregando rápido demais! e obrigado a todos os leitores que ficaram preocupados com o meu sumiço repentino e me mandaram mensagens na 'dm' preocupados <69

assistam julie e os fantasmas! essa série é, exatamente, tudo.

até o próximo capítulo.
beijos, titia hemz! ❤︎

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