#2.3 - O prólogo
Segundo o dicionário, prólogo é "(1) Prefácio; texto introdutório e explicativo de uma obra literária. (2) A parte inicial da tragédia em que o tema em questão era exposto. (3) Cena introdutória em que as ações são elucidadas antes do desenrolar da trama."
Partindo desta definição, podemos concluir que o prólogo de um livro é utilizado para apresentar ao leitor alguma questão importante para o desenvolvimento da história que ocorreu antes do momento em que o livro começa. Sendo assim, não é uma parte obrigatória da e o autor tem a escolha de colocar ou não um prólogo em sua obra.
O prólogo não deve ser parte essencial da história, apesar de apresentar alguns detalhes que mais à frente serão explorados e desenvolvidos. Mas vamos ficar atentos porque se o prólogo apresentar alguma situação que não afeta em nada o decorrer da história ele não é necessário e deve ser excluído. Lembre-se: não utilize o prólogo para apresentar sua personagem principal; não é essa a finalidade dele! Se você quiser fazer apresentações antes de começar a narrativa, crie uma parte apenas para isso. Eu particularmente acho desnecessário, mas falaremos disso mais tarde...
Antes de escrever seu prólogo tenha em mente o que acontecerá nele e qual é a influência na história. Tenha muito cuidado, pois essa resposta é o que fará com que o prólogo passe de algo desnecessário para algo completamente incrível. Lembre-se: como é o primeiro contato do leitor com sua obra, a impressão que ele terá será definitiva para determinar se vai ou não continuar a ler.
Outra forma de se usar o prólogo é para dar ao leitor uma pequena amostra do que acontecerá na história. Confuso? Nem tanto. Pode-se utilizar o prólogo para apresentar a obra, neste caso chamamos de prefácio (que é uma pequena carta de apresentação do autor onde se discute o tema central da história e os motivos que o levaram a escrever sobre tal coisa; mas você pode colocar muito mais informações se quiser). Essa é uma boa tática para conquistar o leitor, assim quando ele começar a ler o primeiro capítulo da história já vai se sentir seu amigo íntimo e criar um laço especial com você e com sua obra.
Então, como fisgar seu leitor logo no prólogo?
Primeiro, tenha em mente que prólogo não é a mesma coisa que o primeiro capítulo de sua história; o que significa que muito provavelmente as personagens envolvidas podem nem mesmo aparecer durante uma boa parte da história. Tudo que for mencionado e iniciado na cena do prólogo deve terminar ali, pois não há outro momento durante sua narrativa que voltaremos ao que está acontece no prólogo.
As personagens apresentadas no prólogo são geralmente as secundárias. Uma forma interessante de utilizar o prólogo é para apresentar o antagonista, vilão ou mentor, desta forma seu leitor tem uma ideia dos motivos de determinadas personagens quando elas aparecerem na trama.
Não há um limite de tamanho do prólogo, mas o ideal é não se estender e manter a narrativa sucinta (direta). Só não esqueça de que o objetivo do prólogo é introduzir o tema central da narrativa, então tome cuidado para não revelar tudo de uma só vez! Deixe o leitor ansioso, morrendo de vontade de descobrir o que acontece depois e seja feliz!
Em resumo:
▸ O prólogo pode apresentar algum acontecimento anterior à história;
▸ O prólogo pode ser um prefácio onde o autor tem uma breve conversa com seus leitores;
▸ Pergunte-se: o prólogo é essencial para minha história? Se sim, o que será revelado nele?
▸ Mantenha a narrativa breve, mencionando apenas o que é necessário;
▸ O que começa no prólogo acaba no prólogo;
▸ Prólogo não é o primeiro capítulo. Não o utilize para apresentar suas personagens!
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