Capítulo 21
Callie dava o melhor de si durante os treinos que a cada semana ficavam mais e mais difíceis.
A cada dia que se passava, ela dominava cada vez mais seus poderes. E, no ano que se passou no novo esconderijo, eles já saiam quase que instintivamente e Halt já estava começando a ter dificuldades em lutas corpo a corpo com a cinética.
Ao mesmo tempo que isso era bom, também estava ficando perigoso. Callie estava começando a ficar imprudente e isso preocupava Halt. Assuntos sobre eles saindo para dizimar os kallckaras eram os favoritos da garota e ela sempre soltava algum comentário sobre atraí-los até perto para ela poder acabar com eles.
Halt sabia que não era bem assim e tentava ao máximo dificultar o treino para que ela não ficasse tão confiante, mas ele estava em desvantagem. Não entendia perfeitamente sobre os vários poderes de Callie e, apesar dela ter seus pontos fracos, ele não conseguia atingi-los sem sair com alguma queimadura leve.
Certo dia, durante um treino cinético, ela voltou com o assunto que Halt mais temia:
— Quero ver meus pais.
Halt, que estava sentado em uma cadeira de pano, apenas levantou os olhos.
— Já conversamos sobre isso, Callie.
Ela se levantou, as mãos ainda vermelhas pelas chamas que estava manipulando.
— Mas, Halt, já estou há um ano e três meses longe deles!
— Escreva mais uma carta — sugeriu.
Callie começou a escrevê-las desde o seu aniversário de quatorze anos. Nelas, ela contava tudo o que estava acontecendo e desabafava como se eles realmente a pudessem responder.
Mas é claro que tinha que queimá-las logo depois.
— Não é o bastante. Eu quero vê-los, Halt — ela abaixou a cabeça. — Eu... eu sinto a falta deles.
O mais velho suspirou. Ele também estava com saudades da sua própria casa e das suas férias nas montanhas, mas tinha um dever a cumprir.
— Lamento. É muito perigoso.
Ela se irritou.
— E quando vai deixar de ser? Hein? Quando os kallckaras sumirem? Ou quando Elijah dizer chega?
Ele suspirou.
— Eu... não sei.
— Elijah nunca vai parar de mandar instruções e você sabe disso!
Halt levantou a cabeça. A garota estava se aproximando dele e parecia bem irritada. Ele endureceu a expressão.
— Você já está forte. Em pouco tempo estará pronta para lutar sozinha. Mas não se deixe levar, Callie — falou, firme. — Você ainda não está pronta.
— Já derrotamos um grupo ano passado, lembra? O que seria um outro agora que estou ficando mais forte? — ela fez uma pausa, mas logo em seguida acrescentou: — Não. Eu sou forte. Tenho uma das cineses mais poderosas, lembra?
— Isso não significa nada se você for morta! — disse, um pouco mais alto do que pretendia. Ele cerrou os punhos, controlando seu tom. — Não seja imprudente, Callie. Não subestime o inimigo. Se você se aprimorou nesse último ano, pode ter certeza de que eles também.
O rosto dela ficou vermelho. Ele sempre ficava quando ela estava irritada e não era por causa da atmocinese.
Por fim, bateu um dos pés no chão.
— Descanço hoje — anunciou ela, virando-se e subindo as escadas correndo.
Halt a chamou, mas ela o ignorou.
Ele olhou em volta. O chão onde batera o pé ficou chamuscado e a sala subira de temperatura pelo menos uns quatro graus.
Fogo. Nervosismo.
Callie, definitivamente, ainda não tinha total controle sobre suas emoções e, consequentemente, da sua cinese.
E essa sua imprudência o preocupava.
Enfim, suspirou. Apesar de ser ele quem dava as ordens ali, um dia de descanço não faria mal a ninguém.
E ele também estava precisando.
🔥⚡🔥
Ihhh, começou a revolta de adolescente hahaha.
Vocês também estão sentindo a merda da imprudência se aproximando ou sou só eu mesmo?
Comentem!
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