VERSOS PANDÊMICOS

Quando eles podiam
Não queriam se tocar,
Agora que não podem,
Só querem se abraçar.
Tristemente impedidos,
A ordem é se afastar.

Quando eles podiam
Mal se comunicavam,
Mesmo aqueles que,
Na mesma casa moravam,
Ligados no celular,
Do mundo se desligavam.

Agora que não podem
Precisam ver gente,
Não por vídeo nas telas
Querem ver pessoalmente.
Sentir no toque o calor,
Trocar um pouco de amor,
Trocar um carinho inocente.

Nos tempos ditos normais,
Ninguém dava valor
Ao que realmente importa:
Família, amizade e amor,
A simplicidade da vida
E a fé em Nosso Senhor.

E agora sentem falta,
Descobriram que é importante
Até as brigas com os amigos,
Com a família a todo instante.
Mas só o que lhes resta
É uma saudade constante.

Saudades da prosa boa,
Saudades do cheiro do ar,
Saudades do cheiro do rio,
Saudades de ir festar,
De dançar um forrozinho
Bem, bem agarradinho
Até o sol raiar.

Dá uma vontade de fugir,
De dar um basta e dizer:
Chega de viver presos,
E do mundo se esconder,
Chega desse isolamento
A nos enlouquecer.

Chega de olhar para as telas
Do celular e da tv,
De ler livros e mais livros,
Ouvir rádio sem querer,
De ficar entediados,
Sem ter nada para fazer.

Mas é preciso ter calma,
E continuar se cuidando,
A pandemia tem validade
E esse prazo está acabando.
É preciso acreditar,
Que Deus vai te abençoar,
Um bom tempo está chegando.

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