9|| Nao se assuste
Boa leitura!
Tessa.
Aubrey estava de pé, rindo, feliz pelo o que acabou de acontecer. Fede fede estava aos pés de Aubrey implorando para que ela o aceitasse como marido. Hilário. Aiden ria de sair lágrimas dos olhos daquela situação, Christopher estava vermelho de raiva e Forest, bem, Forest sorria, se tinha alguém que queria os dois juntos era ela. Mas algo estava diferente, o lugar. Neve. Como? Estamos em junho, e que eu saiba não neva em junho, pelo menos não em Manhattan. Ao longe, podia se ver outra ilha, não muito longe eu diria. Mas atrás de nós uma construção de ferro, e acima da construção, mais precisamente como um logotipo, estava um triângulo e no meio letras, formando uma frase, o nome do local.
Ouço passos e me viro na mesma direção, Andrew, o pedaço de mal caminho vinha com algo nas vestes, com uma cara de carrancudo que Deus me livre! Mas ele retira aquele objeto das vestes e posso identificar o que era. Uma arma. Ele aponta para Aubrey e dispara. A garota, que antes ria, com gosto do que estava acontecendo minutos antes, agora caíra na neve, a sua volta uma poça de sangue contrastava com a neve e Andrew saiu, sem dizer uma única palavra.
Acordo assustada, o que foi isso? Minha cabeça começa a doer, como se algo estivesse faltando. Começo a raciocinar as coisas.
Hoje era o dia de ir assinar aquele Treco, o mesmo que Aiden se recusava a assinar, o mesmo que define as nossas vidas.
Até pesquisei sobre as tais ilhas mas não achei nada, simplesmente nada que possa definir um hospital importante para casos específicos como Andrew definiu para mim no dia em que tive alta.
Me levanto e olho as horas no despertador.
Atrasada! Não acredito.
Levantei correndo, coloquei um short e a camiseta do colégio, junto com um all star vermelho. Fiz um coque no meu cabelo e sai correndo do quarto com minha mochila nas costas.
-Mmãããnnnnhhheeeee, to indo pra aula.- não esperei respostas pois sabia que ela estaria ocupada demais para responder.
Corro até a primeira casa do condomínio,ou seja, a de Christopher e entro no ônibus que estava quase saindo.
Sento ao lado de Forest que estava a frente de Aiden e Frederick, que conversavam sérios.
-Você parece tensa, o que aconteceu?- perguntou Forest.
-Sonho, ou melhor, pesadelo.- digo me escorando na janela do ônibus.
-Hum, soube o que aconteceu com a Aubrey ontem?- pergunta Forest.
-Do lance com o Fede fede ou tem mais alguma coisa?
-Outra coisa, ela, meio que.....acho que.....vê mentes, vê o que as pessoas fazem. É um negócio estranho eu até ficaria apavorada se eu não tivesse feito coisas só com os olhos, acho que estou sonhando mas aí é tudo real, aconteceu algo assim com você?- pergunta.
-Não, ainda bem.
As perguntas voltaram, se tem uma coisa que odeio, é não poder responder uma pergunta,mas agora não é uma, são várias, uma coisa que eu gostaria, seria que Dumbledore encarnasse na minha frente e respondesse as minhas perguntas, claro, sem seu jeito aluado.
Olho para fora da janela e vejo o sol subindo cada vez mais alto no céu. O céu antes alaranjado, agora azul anil. Pássaros saíam das árvores como crianças saindo de salas de aula quando a mesma termina.
Seria um dia belo para uma pessoa normal, para acontecimentos normais, mas não era isso que aconteceria. Não era isso que somos, pessoas normais.
Tudo o que eu queria nesse exato momento era voltar a ser a Tessa de semanas atrás, a Tessa que não se preocupava com nada, a Tessa que saía de casa de noite e voltava de manhã, a Tessa popular, a Tessa despreocupada. Coisa que, não aconteceria tão cedo.
Narradora
Dentre os seis, um sentimento parecido se encontrava, uma angústia um medo, um medo do desconhecido, um medo de que nem eles mesmos sabiam de que, um medo....um medo deles mesmos.
Até agora, tudo que eles pensavam que era impossível de tornou realidade, no ditado o céu é o limite, eles estariam agora, prontos para atravessar o céu, e então ir além do seu próprio limite.
Aiden encostou sua cabeça ao vidro da janela do ônibus escolar observando as de versar casas e edifícios de Manhattan. Era difícil se ver edifícios na direção que ele morava, assim como era difícil ver casas na direção de sua escola, mas não era nisso que ele estava concentrado, o moreno estava concentrado em coisas estranhas que andavam acontecendo, não no mundo em geral, mas sim, entre ele e seus mais novos amigos. Também, pensava em uma certa "descoberta" que sua irmã mais velha o dissera a essa manhã, antes de voltar a Grécia.
Tessa
-Tessa?!- ouço alguém me chamar.
-Oi?-pergunto me virando e encarando o dono da voz.
-Vai assinar aquele negócio?- pergunta Aiden.
-Não sei, as vezes me pego pensando se é certo assiná-lo ou se é um erro fatal. Você chegou a ler sobre o lugar que ele disse?
-Sim, uma coisa realmente sem nexo. Meus pais deixaram a meu critério decidir se irei ou não mas acham que devia assinar.-diz Aiden.
Suspiro cansada com o que acontece e me viro, percebendo então, que chegamos à escola.
Desso logo atrás de Forest, me de pedindo da mesma e indo para minha aula de Inglês.
Os corredores, hoje, estavam calmos, acho que pelo fato de ainda não estar tão perto da primeira aula. Chego à minha sala, me sento e retiro o material que irei usar.
Abro o caderno de inglês e percebo que aonde eu olhava as coisas sumiam, as letras iam sumindo, o caderno voltava a ter seu simples fundo branco e linhas azuis. Olhei então, para as pessoas à minha volta. Tudo voltava ao normal, sem ninguém, mas tenho quase certeza de que quando cheguei três alunos estavam na sala.
Olho para o quadro que a essa hora sempre tinha o nome da professora, mas vejo as letras por um milésimo então elas somem.
Junto meu material, ou o que eu ainda posso ver dele e saio pelos corredores agora vazios e limpos, entro no banheiro e vejo meus olhos pretos ,como tinha acontecido da última vez, minha veias ficam pretas também então, eu vejo atrás do espelho e das pias. Fecho os olhos na esperança de abri-los de novo e me deparar com a cena que realmente quero ver, o normal. Mas não é isso que vejo.
Vejo, como se fosse uma formiga comparada ao mundo, uma pequena falha no espelho que leva a parede e algo escrito, então, sem pensar, lanço minha mochila contra o espelho e ele se quebra.
Consigo ver, em cor de sangue palavras, que juntas, formam a frase mais avassaladora que já vi.
"Este é apenas o começo no fim.Não se assuste."
No mesmo momento em que leio a frase aquela voz fina percorre minha cabeça com a mesma frase.
Então, a pior imagem da minha vida aparece a minha frente....Eu, eu morta.
*
Espero que tenham gostado!
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