10|| Um plano suicida

Boa leitura!

Christopher

Ouvir tudo o que aconteceu nesses dias que estive no hospital certamente foi uma coisa avassaladora para mim, não esperava tudo isso, achei mesmo, que fora só uma convulsão mas o negócio ta brabo.

Hoje saí do hospital as duas da tarde e fui para o conforto da minha casa, as quatro Aiden e Aubrey chegaram aqui para me contar tudo que aconteceu e Aiden tentou me convencer a não assinar o documento que bos permitia ir para as Ilhas Diomedes.

Agora, eu estava sentado no sofá da sala tentando absorver o que acabei de ouvir, ou seja, o que Aubrey suspeita que somos, a sua teoria, a qual eu, ela e Aiden eramos os únicos a saber.

-Por quê?- pergunto.

-O que? Porque só nós três sabemos?- devolve Aiden.

-Sim.

-Porque eu acredito que sejamos os mais sensatos a poder lidar com isso, os que poderiam encaixar as linhas restantes nesse texto, por exemplo, se eu contar isso a Tessa ela vai acabar desmaiando na minha frente e fazendo um escândalo, Frederick faria o mesmo, contaria a todos o que somos para poder ser diferente assim como eu queria, eu queria ser diferente , mas não assim. Agora tudo que eu mais quero é voltar a ser o que eu era antes.- diz Aiden

-Precisamos da sua ajuda Chris, precisamos de você. Sabemos que pode nos ajudar.- diz Aubrey com cara de preocupada.

-OK. O que precisam?- pergunto meio hesitante.

-Ótimo!- diz Aiden sorrindo.

[...]

Me atiro para trás na cadeira de rodinhas do meu computador suspirando aliviado. Acabei! Ou quase.

-Ta o que falta agora?- pergunta Aiden e sei que essa pergunta não é pra nim e sim para Aubrey, por incrível que pareça toda ideia maluca veio da cabeça dela.

-Assinarmos o documento.-diz.

-Tem certeza?- pergunto.

-Precisamos de respostas e lá vamos ter. Não podemos descartar a nossa única opção, não é como se a biblioteca municipal tivesse um livro que ajudasse a resolver casos de pessoas que são...- ela é interrompida por Aiden levanta a mão em sinal para ela parar.

-Já sabemos o que somos, não precisamos falar isso para o mundo inteiro ouvir.-diz Aiden.

-Os outros já sabem que vamos assinar?- pergunto quebrando o clima tenso que se formava.

-Vou avisar.- diz Aubrey e sai batendo a porta.

-Ela é a mais poderosa até agora, não da pra provocá-lá ou confrontá-lá enquanto não soubermos como nos controlarmos.- diz Aiden se sentando na minha cama e colocando as mãos na testa.-Ela ta me dando uma dor de cabeça danada.

-Como?- não posso negar, quando os dois entraram aqui em casa juntos fiquei um pouco com ciumes mas acho que superei, sei lá!

-Ela tem mais problemas que todos nós juntos e pra piorar faz coisas estranhas e consegue ler nossas mentes. Ela é....é bem...

-Estranha?- tento.

-Não. Especial. Diria.

-Hum- agora sim eu devia estar vermelho de ciúmes.

-Não se preocupa, não to namorando ela, você deve ter cuidado com o Fede fede. Ele sim gosta dela.- ele diz e sorri.

-Não gosto dela!- minto.

-Gosta!

-Não.

-Sim.

-Não.

-Sim.

-Sim! Ta OK?

-Hahahah sabia! Vem, vamos pro hospital deve ta na hora.- diz e me leva ao seu lado escada a baixo.

[...]

Talvez fosse as cores, ou o fato de que eu estava ali nesta manhã, mas algo me fez pensar que o hospital era, até mais familiar que minha casa. Não sabia se os outros sentiam o mesmo mas não iria perguntar, era tolice e perca de tempo.

Estávamos nós seis, na sala de espera da sala do doutor Andrew, o que a Tessa insiste em chamar de pedaço de mal caminho e o qual faz Aiden ficar com as orelhas vermelhas quando o vê.

Aubrey estava escorada ao parapente da porta batendo o pé incansavelmente. Aiden estava ao lado de Tessa fitando o teto. Tessa olhava suas unhas provavelmente na esperança de que elas mudassem de cor. Fred, mais conhecido com Fede fede praticamente cochilava na cadeira ao meu lado. Forest estava com a cabeça ao ombro de Fred quase dormindo. E eu, bem, eu os observava, nada demais para uma pessoa anormal.

Escutamos passos e a porta a frente de Aubrey se abre e vejo Andrew com cabelo fio por fio, cada um em seu lugar, calça jeans branca e camisa social branca também. Ele, percebeu que o fitavamos, pelo fato de esse tipo de roupa sr estranho para um doutor.

-Achei melhor vir confortável para este prazeroso encontro.- ele diz com formalidade mas da uma picadela para Tessa que só faltava pular de tanta alegria com a palavra encontro.-Venham, entrem- ele diz indo em direção a porta que Aubrey estava encostada e abre.

A sala era branca como tudo nesse hospital, mas a janela estava aberta. A mesa era preta e a cadeira também, incluindo as cadeiras na frente da mesa onde nos sentamos.

-Bem, aqui estão os formulários, documentos, como preferirem chamar, um para cada um basta assinar embaixo de cada folha, e se concordarem assinem essa.- ele diz nos entregando folhas e pondo um no meio de nós.

-Mas se não assinarmos- pergunta Aiden levando um olhar mortal de Aubrey.

Andrew faz uma cara de surpresa com a pergunta e responde:

-Creio que essa não seja uma opção.- diz.

Um silêncio mortal se manteve na sala, logo interrompido pelos passos de Andrew que começou a andar de um lado para o outro da sala. Aubrey e Aiden liam os documentos. Fede fede fitava o teto cansado e Tessa brincava com as pontas das folhas. Aubrey tinha dito que ela leria os documentos antes de assinarmos. Para não nos metermos numa fria, o que , creio eu, já estamos a um bom tempo.

Depois de uns três minutos escuto o suspiro de Aubrey e todos levam atenção para ela. Ela nos olhava apreensiva então sibilou algo com a boca para Aiden então ele anui com a cabeça e Aubrey olha para cada um de nós, pega a caneta e assina a primeira folha, a segunda, a terceira, a quarta e a folha que estava no meio, logo Aiden faz o mesmo, Tessa, Fred e eu.

-Ótimo! Assim está bem melhor!- diz Andrew.

-Mas...antes de irmos gostaria de que nos respondesse uma pergunta.- diz Aiden como se hesitasse com a resposta.

Houve segundos mortais em que se podia acusar que ninguém ao menos respirasse, então entram seis enfermeiros na sala e seguram cada um de nós, apenas sinto um líquido ser injetado no meu braço esquerdo então ouço uma gargalhada, provavelmente de Andrew, então meu corpo começa a adormecer e a minha visão fica borrada, só consigo ouvir Andrew dizer:

-Vocês não são pessoas normais, vocês estão longe disso. O que vocês são, vai muito além do que o ser humano um dia imaginou.

*

Espero que tenham gostado!

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