-...agora estou no mercado comprando alguma coisa para ele comer. Digo pegando um pacote de Doritos.

Durante o caminho para o supermercado contei tudo para a Milena, desde o que houve na escola até a cena que ainda faz meu coração dar um solavanco quando penso nele.

-Nossa... Mas você vai vim para cá, não é mesmo? Pergunta Milena.

Fico em silêncio por alguns segundos.

-Vou... Falo.

-Porquê eu acho que não senti firmeza em suas palavras? Fala Milena e sinto um "que" de curiosidade em sua voz.

-arrr, tá bom. Eu vou pagar as coisas aqui e depois eu te ligo. Digo, já colocando as compras no balcão do caixa para pagar.

-Eiii, não fuja do assunto! Diga, vai vim ou não? Porque sua mãe vai ligar né... Fala Milena e tenho uma leve impressão de que ela está me bajulando.

Reviro os olhos.

-Senhorita, deu oitenta e três reais e cinquenta centavos. Diz o balconista.

Olho para ele e dou um sorriso, levantando o dedo indicador e falando quase como um sussurro para esperar um minuto.
Ele assente.

-Milena, tenho que ir depois te ligo. Falo rápido e não dou chance para que ela fale alguma coisa, pois desligo o celular em seguida.

Pego o dinheiro dentro do da carteira e pago o balconista e logo depois coloco o celular e carteira na bolsa.

Sigo em direção à saída do supermercado e logo quando chego na porta vejo que o céu está nublado.
Vai chover.

Começo andar à passos largos e logo aparece um táxi. Sinalizo para ele e logo já estamos em movimentos pela rua.

Não demora muito e chegamos no apartamento de Victor. O porteiro me reconhece e libera a passagem para o Táxi.
Paramos no estacionamento.

-aqui e obrigada. Agradeço ao taxista.

-De nada, senhorita. Diz ele e logo dá partida no automóvel e vai embora.

Vou em direção ao elevador e entro no mesmo.

Depois de uns minutos, logo encontro-me batendo na porta do apartamento de Victor.

Ele não demora muito e abre a porta.

Arregalo um pouco os olhos.
MEU.DEUS.
Mas que... Lindo.

"A palavra certa seria gostoso, Sexy ou algo do tipo"

"Sexy... Concordo com você consciência"

Olho rapidamente para o corpo de Victor.
Ele estava de bermuda e sem camisa deixando à mostra seu abdômem.
A toalha estava em volta do pescoço indicando que acabara de sair do banho.

"Não baba, hein! "

-Deixe-me te ajudar com isto. Diz, vindo em minha direção e pegando as bolsas das compras de meus braços.

-obrigada. Digo entrando em seu apartamento logo atrás dele. Fecho a porta.

-Agora me diz, o que você comprou? Pergunta Victor tirando as compras de dentro das bolsas e colocando em cima do balcão.

Olho para ele e dou um sorriso.

-Comprei alguns biscoitos, sucos e uns ingredientes para fazer uma sopa. Falo já indo na direção da pia.

Abro um armário e pego uma panela para a sopa. Victor se senta no balcão.

Pego os ingredientes e começo a cortá-los.

Quando eu ia pegar uma colher para mexer na panela percebo que Víctor está me observando.

Não gosto disso.
Fico um pouco envergonhada quando ficam me encarando demais.

-Que foi? Perdeu alguma coisa? pergunto me inclinado no Balcão.

-Não... é que eu não sabia que você cozinhava. Diz pegando a colher de minhas mãos.

-Há muitas coisas que você não sabe sobre mim. digo, estendendo o braço para pegar a colher de suas mãos.

-Kathi... Víctor diz pulando e rodeando o balcão, vindo em minha direção.

Olho para ele.

-Isso não é inteiramente verdade. Eu ainda sei que você gosta de ver as estrelas depois de uma tempestade, sei que você ainda gosta do sanduíche que eu fiz para você quando éramos crianças. E além de tudo, sei que você ainda gosta de mim. Diz Victor olhando em meus olhos. Há um brilho diferentes nos olhos dele.

-E...eu... Euu... Paro de falar. Limpo a garganta.

-Mas isso não quer dizer que você me conhece. Viro e fico de costas pra ele. Começo a mexer na sopa.

-Eu mudei Victor. Não sou mas a mesma de antes. Digo fechando os olhos.

-Eu sei. Mas ainda assim, há coisas da antiga Kathi em você e o resto, vem com o tempo.

Fico em silêncio. Sinto que ele esta me observando. Seu olhar queima em minha pele.

Víctor fica me observando e tento não demonstrar que estou incomodada.

Depois de uns dez minutos em silêncio, resolvo falar:

-A sopa já está pronta. Vá pegar os pratos. Digo para Victor e o mesmo estende os braços acima de mim e pega dois pratos.

Pego as colheres e copos, e coloco a panela em cima do balcão.

Nos servimos.

Victor leva uma colher com sopa à boca e depois me encara.

-o que foi? Tá salgado?Porque eu na...

- Não. Está divino. Essa sopa está incrível. Diz me interrompendo e abrindo um largo sorriso.

Olho em seus e percebo que ele está falando a verdade. Há um brilho de satisfação neles.

-obrigada. Digo um pouco envergonhada.

Voltamos à comer.
Conversamos enquanto estávamos tomando a sopa.

Agora nos encontramos levando os pratos.
Eu lavando e Victor secando.

-Pronto. Este era o último. Digo enxugando minhas mãos no pano de prato.

-Que bom. Isso é muito chato. Falo Victor abrindo um pequeno sorriso divertido.

-Não reclama vai. Digo jogando o pano de prato nele e andando em direção da sala.

Pego minha bolsa e meu celular.

Ando em direção à saída.

-Eiii. Aonde você pensa que vai? Pergunta Victor vindo da cozinha.

Ele vem até mim e para enfrente à porta.

-Será que tem como você me dar licença? Tenho que ir embora. Digo tentando passar.

-não. Você vai ficar aqui. Vai cair uma tempestade lá fora e você não deveria sair num tempo deste. Fala cruzando os braços.

-mas não está chovendo agora. E a casa da Milena não é muito longe daqui. Vai dar tempo.

-já está chovendo. Fala ele com um sorriso convencido.

-mas é claro que n... E antes que eu terminasse de falar, houve um estrondo no céu e começou a cair uma chuva muito forte.

Olho para ele brava.

-Que foi? Eu não tenho culpa. Fala dando de ombros.

-Você é um... Sou interrompida, pois dessa vez um raio surgiu rasgando o céu como se fosse uma espada reluzente.
Pulo de susto e acabo indo para os braços de Victor.

Ele me abraça.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

-Pelo visto você ainda tem medo de raios. Fala Victor mexendo em meus cabelos.

-Cala boca. Digo.

Ele rir. Escuto sua risada gostosa ecoar pelo seu peito.

Retribuo seu riso.

-fica. Ele diz.

Olho para ele sem entender.

-Fica aqui comigo. Ele fala fazendo carinho em minhas bochechas.

Isso não foi uma pergunta.

E agora?

Atualizei porque deu algum problema no meu celular e eu não percebi.
Só estava aparecendo o capítulo completo para mim, vai entender.
Agradeço a uma leitora que me alertou que HAVIA algo de errado.

Agradeço mesmo. obrigada.
Recomendo que releiam o cap. Doze(parte 1).