CAP: 35
Jonh Wilker
A Mary dorme tranquilamente, depois de nos amarmos mais uma vez ela pegou no sono. Ele é minha mulher. Vou oficializar logo. Amanhã mesmo providenciarei tudo. Ela está deitada sobre meus braços e suas pernas envoltas da minha cintura. Eu não consigo dormir como sempre. Mesmo depois de tudo que fizemos... O que falei pra ela me dói. Sou um homem feito mas isso me afeta até mais do que eu gostaria. Estou com medo de dormir e machucar ela. Tomarei todo cuidado pra não fazer isso. Me pego olhando pra ela fascinado pelo seu jeito, sua pele, seu corpo... Como uma mulher pode fazer um homem como eu sentir esse turbilhão de coisas que estou sentindo aqui? Impossível de explicar.
— Tão linda. — Eu amo essa mulher. Não há como negar. Se eu não sabia o que era o amor agora eu sei. Isso não significa que agora deixarei de ser eu. Apenas ela tem meu amor. Beijo-lhe sua testa e ela se aconchega ainda mais perto de mim. Está de madrugada e sinto que o sono quer me roubar. Tento sair da cama sem acordá-la. Fico em pé ao lado da cama e lhe vejo dormir tranquilamente. Saio do seu quarto e caminho até a cozinha. Abro a geladeira e pego uma jarra com água.
— Senhor Wilker. — Ana fala um pouco surpresa ao me ver aqui.
— Ana. Que fazes acordada uma hora dessas?
— Não conseguir dormir senhor! A Mary está bem? Achou ela? Fiquei preocupada. — Eu sei. Elas se tornaram amigas. E a Ana se preocupa com tudo e todos!
— Ela está bem! Dormindo agora. — Falo entre um gole e outro d'água.
— Que bom! — Ela passa por mim e pega um copo. Pego a jarra que está sobre o balcão e estendo a ela para que possa colocar em seu copo.
— Obrigada! — Na maioria das vezes não sei como falar com ela. Mas tenho uma pergunta que gostaria de lhe fazer? — Ana? — Ela me olha curiosa.
— Sim!
— Eu quero que me fales porque continua aqui depois de tudo que aconteceu? — Falo sério.
— Fiz uma promessa a sua mãe e não vou decepcioná-la. E tenho o senhor como filho, apesar de ser apenas uma empregada. — Eu sei sempre cuidou de mim.
— Quando ela lhe pediu isso? — Não sei, mas algo me diz que tem coisa a mais. Eu nunca sentei pra conversar com ela. Talvez seja a hora de fazer algumas perguntas. Analizo sua mudança repentina de postura. Ela parece nervosa. E olha para o copo ainda com um pouco de água dentro. — Senta. — Ordeno. Ela está nervosa mas obedece. — Agora me responda.
— Senhor! Quer mesmo tocar nesse assunto? Sei que é doloroso para o senhor!
— Quero! — Ela olha para o copo sem levantar seu olhar para mim.
— Antes dela morrer! — Franzo as sobrancelhas.
— Você esteje lá? — Como? Não lembro de a ter visto. — Conte-me.
— Eu ouvir o tiro e fiquei desesperada. Chamei o Francisco e Sai correndo até a capela que foi de onde veio o barulho. Quando chegamos lá. Sua mãe estava caída no chão e seu pai estava jogado num canto e chorando desesperado com uma arma na mão. Eu fiquei horrorizada. O Francisco tentava tomar a arma da mão do seu pai e ele falava que ela o enganou... palavras desconexas... Ele estava surtado. O Francisco conseguiu tomar a arma e eu fui até sua mãe que agonizava no chão. — A Ana chora.—Me lembro perfeitamente dela naquele dia. — E ela me disse: Cuida do nosso menino. Ele não tem culpa de nada. Não o deixe. Cuida dele pra mim... E eu dizia a ele que ela ia ficar bem, que ia cuidar de você. Mas já era tarde ela havia partido. — Um nó se forma em minha garganta. Era pra ela ainda está aqui. — A deixei lá e fui te procurar e não te achamos em lugar algum. Quando voltamos o corpo da sua mãe não estava mais lá. Não sei quem levou ela. Seu pai nos deu restritas recomendações para não falarmos nada a ninguém. Ou era nossas cabeças que iam rolar. Como precisávamos do emprego e a ameaça foi séria, não falamos nada. No outro dia encontraram o carro dela num penhasco perto daqui incendiado. E como seu pai tinha muito dinheiro ninguém soube de nada. — Disso eu nunca tive dúvidas! Ele teve ajudar e sei que meu tio está por trás. O problema é que nunca conseguir provas contra ele. — E depois aconteceu o aconteceu com seu pai. — Ela enxuga as lágrimas e continua olhando o copo. Lembrando da minha mãe eu presumo.
— É, disso eu sei. E a raiva nunca passou até hoje. O ódio dele ainda queima em mim. E o pior Ana é que sou cria desse maldito.
— Não fala isso. Você não deve se martirizar desse jeito. Você não tem nada dele. — Ela fala e depois balança a cabeça como se tivesse se repreendendo pelo que acabou de falar. Curioso.
— Como assim Ana?
— Não é nada, é que o senhor é muito diferente do seu pai. Só isso. — Ela não me convenceu.
— Sabe alguma coisa sobre a minha mãe que eu não sei Ana? Me fala. — Meu pai disse que ela o enganou? Será que ela fez isso mesmo?
— Não senhor! Seu pai tava louco. Ele sempre foi doente de ciúmes por sua mãe. — Ela me olha mas abaixa a cabeça em seguida.
— Mas tem uma coisa que não tá batendo. Porque ele chegou nervoso? Já me fiz essa perguntas algumas vezes. E não consigo compreender.
— Isso eu não sei. — Dúvido muito Ana.
— A mãe era sua confidente. Eu via vocês conversando muito. É difícil de acreditar Ana.
— Por favor senhor! Pela memória boa que tem da sua mãe. Não pense mal dela. Ela foi uma mulher incrível e amou sempre o seu pai. Eu preciso ir. — Eu estou nervoso, ela esconde algo e eu vou descobrir. Por enquanto vou deixar ela ir. Foram muitos acontecimentos para um dia só. Não quero me descontrolar.
— Tudo bem! Vamos voltar a falar disso Ana. — Ela assente e se retira. — Ana? — Lhe chamo. Ela se vira segurando o chale por cima da camisola. — Obrigado! — Ela sorri de lado meia incrédula.
— De nada senhor! — Ela sai e eu fico aqui pensando. Será que minha mãe traiu meu pai. Não, nunca vi ela com outro cara. Ela não recebia visitas de pessoas estranhas e nunca ficava longe de casa muito tempo. Me recuso acreditar nisso. Abaixo a cabeça e segura o pescoço por trás com minhas mãos até que sinto o cheiro do seu perfume.
Levanto a cabeça e ela está linda, numa camisola rosa com rendas sobre o busto e uma fenda em sua perna que sobe do joelho até parte de sua coxa. Porra que gata. Fico lhe olhando obsecado. Ela se aproxima lentamente por causa do tornozelo machucado e ao mesmo tempo sonolenta.
— Oi. — Ela fica bem do meu lado e me olha. — Você está bem? — Levanto da minha posição e fico em sua frente e ela apoia os braços no balcão.
— Não devia andar por ai só de camisola na casa dos outros. — Sorrio safado. Ela dá uma risada gostosa lembrando de quando eu disse isso a ela um tempo atrás.
— E você deveria parar de ser tão lindo.— Não consigo deixar de sorrir. Ela me faz tão bem. A raiva que estava sentindo a alguns minutos foi se dissipando.
— Quem manda ser tão gostosa. Minha mulher... — Ela ia dizer alguma coisa e tomo sua boca com um beijo ardente e a trago para mais perto de mim. E lá vamos nós de novo.
****
Olá amores!
Morendo de amores por esse dois!
E essa estória da Ana! Gente acho que ainda tem treta nessa estória!
Deixem seus votos e cometem muito!
Bjss e até o próximo!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top