CAP: 2
Mary Dias
— Mary a mesa 4 está esperando. — A senhora Phillips grita me tirando dos meus pensamentos.
— Estou indo senhora Phillips. — Estava absorta pensando que daqui a 5 dias é a audiência de divórcio. Só de pensar nisso a melancolia me abate de tal forma que me deixa profundamente alheia ao mundo. A 2 meses estou neste emprego que mal dá de pagar o aluguel de um flat que aluguei aqui perto. Quando estava morando com o August ele não me deixava trabalhar, dizia que precisava está a sua inteira disposição e boba como eu sou permiti. Pedi contas do meu emprego como secretária e fui morar com ele. Nos casamos e fomos felizes por um tempo, é o que eu achava, que ele estava feliz comigo. Eu ainda o amo, mais acredito que ele nunca tenha me amado de verdade.
— Seus pedidos senhores! — Entreguei os pedidos dos clientes e no fim do dia estou exausta. Todo dia é a mesma rotina, tentei diversas vezes falar com August mais ele se recusa me ver, só quero ver meu filho e ele não permite. Isso me deixa profundamente triste e infeliz. Chega o dia da audiência e peço a senhora Philips que me libere explicando pra ela o que irei fazer. Ela com muita relutância acabou me liberando. Chego ao local da audiência e August já se encontra sentado na mesa com sua advogada. Me sento também, será minha última tentativa de fazê-lo desistir dessa sandice.
—Senhor August, porque desejas se separar da senhora Mary? — Perguntou a Juíza da vara de família.
— Por que não a amo mais. E descobri algumas coisas sobre ela. Além de me enganar ela nunca foi a mulher que eu me apaixonei no início. Ela só estava interessada em meu dinheiro. Até deu o golpe do baú e eu como um bobo apaixonado acreditei nela. E ainda tem mais, até se drogar, ela já fez.— Não acredito no que estou ouvindo! Como ele pode falar essas mentiras assim? — E ela me traiu meritíssima.
— Isso é mentira, você que me traiu August. Como pode mentir assim? Ele que me traiu. Eu nunca me droguei, eu só fiquei bêbada uma única vez e foi culpa sua.— Falei me alterando.
—É mentira eu tenho provas de sua traição e de como ela se drogava. Aqui meretíssima as provas.
— São imagens bem comprometedoras dona Mary.
—Essa não sou eu, nunca fiz isso com você, eu sempre te amei e você armou pra mim. — As lágrimas já estavam descendo pelo meu rosto. — Eu sempre me dediquei de corpo e alma a você, sempre fiz tudo por nós, tivemos um filho lindo e você acabou com tudo August, me arrancou tudo. Por que? — Ele usou desses mesmos artifícios pra tirar a guarda do meu filho.
— Sua mentirosa. Eu só quero me separa de você. Custa assinar logo os papéis de divórcio. Não quero mais nada com você. Entenda isso de uma vez.
— Ambas as partes estão de acordo? — Encarei August com raiva.
— Não, eu não estou de acordo! — Me levantei da sala e saí correndo desesperada! Deixei August gritando para trás. As lágrimas vinham se parar. Como eu puder amar uma pessoa como ele. No meu desespero bati em alguém mais estava tão triste e frustrada ao mesmo tempo que nem olhei quem foi. Prometo pra mim mesma que não vou descansar enquanto ele não pagar pelo que me fez. E não darei o divorcio a ele enquanto ele não me deixar ver e chegar perto do meu filho. Depois de alugumas horas vagando volto para a lanchonete e mais uma vez a vida me deu outra rasteira.
—Mary isso são horas? Você disse que não ia demorar e chegar depois do expediente. Você está demitida.
— Por favor dona Phillips não faz isso. Foi muito complicado lá. Eu preciso desse emprego.
— Não me interessa suas desculpas. Está demitida. Aqui seu pagamento do mês— Saí desolada de lá.
Sentei num banquinho na praça e fiquei pensando na vida. Como ela está sendo cruel comigo. Comprei um jornal e voltei pra casa. Preciso achar outro emprego logo o que eu tenho não dá pra passar mais de um mês. Pego o jornal e procuro os possíveis empregos que posso conseguir. Circulei uns oito e amanhã ligarei. Tomei banho e me deitei.
Acordo com a luz do sol adentrando o quarto pela janela. Tomei café forte e iniciei mais um dia da minha vida. Comecei ligando para os anúncios que circulei e nada. Todos já haviam sido ocupados! Voltei a banca e comprei o jornal do dia. Um anúncio me chamou bastante atenção o salário é no mínimo atraente 5.000,00 e a pessoa dorme no local.
— Este é ótimo. Só é um pouco longe mais nada que não seja adaptável. — Liguei uma mulher atendeu.
— Casa do senhor Wilker quem gostaria?
— Liguei pelo anúncio no jornal. Me chamo Mary?
— Ó sim, você poderia comparecer na quinta pela manhã pra entrevista e traga logo suas coisas. — Nossa isso parece bom.
— Tudo bem! — Desliguei o telefone contente. Nesse emprego conseguirei guardar uma boa grana e pagar um bom advogado e dá entrada no pedido de guarda do meu filho. Falei com a dona do flerte que ligaria pra dizer se continuaria lá ou não.
Na sexta me dirigi ao endereço do anúncio. Paguei o táxi e desci de frente a uma mansão muito grande por sinal. Um jardim lindo! Por isso o salário alto deve dá o maior trabalho pra limpar tudo isso. Mais sinto que aqui será o meu novo recomeço! Filho aguentarei tudo por você. Me identifiquei e me deixaram entrar, uma senhora veio ao meu encontro e me encaminhou para dentro da mansão. A sala é linda, um sofá de couro vermelha enorme, vários quadros nas paredes, cortinas nas cores beje contrastando com o marron das paredes, inúmeros vasos de porcelanas, uma televisão de plasma de 72 polegadas. O dono desse casa deve ser muito rico.
— Fique a vontade dona Mary.
— Pode me chamar só de Mary. — Dei um sorriso singelo.
— Muito bem Mary. Meu nome é Ana. Porque desejas trabalhar aqui?
— No momento porque eu preciso muito de um emprego.
— Nome completo, idade, estado civil. Meu patrão não aceita mulheres casadas e nem que tenham filhos são regras pra pode engresar no emprego. Afinal no anúncio já diz que irá dormir aqui. — Sorriu para mim esperançosa. Droga vou ter que menti e não gosto disso. Mais é necessário.
— Mary Gonzales, 27 anos, solteira, sem filhos. — Isso doeu, me segurei e continuei firme.
— O emprego é seu. Só mais umas regras. O senhor Wilker é bem reservado, gosta de sossego, não mexa nas coisas sem sua permissão e nunca entre em seu quarto a noite quando ele estiver dormindo aconteça o que acontecer. Com o tempo você vai se adaptar com tudo!
— Tudo bem! E obrigada pela oportunidade. — Essa última parte foi extranha. Ana me levou até o quarto que ficarei. Ele é simples na cor branca e bem amplo, uma cama de casal, um guarda roupa, uma escrivaninha de madeira, um banheiro e uma TV de 32 polegadas.
— Este será seu quarto durante sua estadia por aqui. Espero que dure mais do que as outras. Te espero na cozinha se troque e vá para lá, vou te ensinar as comidas do patrão e antes dele chegar dê uma arrumada no closet dele.
— E quanto tempo as outras duraram? — Perguntei curiosa.
— Um dia. — Misericórdia. Ana deu um sorriso e saiu. Me arrumei com uma calça cinza e uma blusa bege e fui até a cozinha indicada por Ana. Ela me mostrou as comidas que o patrão gosta e fui anotando tudo como ela ia me falando. Ela recebeu uma ligação que a deixou preocupada.
***
Olá, meus queridos e queridas leitoras!
Espero que tenham gostado de mais um capítulo.
Será que o vento está soprando a favor da Mary, o que vocês acham?
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