CAP: 10
Mary Dias
O Senhor Wilker me encara de um jeito estranho. Será se ele não está bem? Lhe pergunto e ele diz que está bem e me elogia, confesso que não esperava por isso, estou corada. Antes de sairmos ele fala próximo a meu ouvido que hoje serei dele. Me estremesso toda ao ouvir sua voz rouca e sex. Fiquei sem reação, sem saber se consigo resistir, mais não vou fazer isso, mesmo que ele mexa comigo de forma muito intensa.
Me recomponho e sem dizer nada caminho até a saída. No percurso inteiro me mantive calada, não quero falar sobre isso. Ele é meu patrão e não acho isso certo. Penso no meu filho e o tamanho da falta que ele faz a mim. Amanhã vou tentar vê-lo de novo.
Chegamos e desço do carro antes dele. Ele diz que entrarei com ele e tiramos algumas fotos e adentramos ao local do evento. Aqui tudo é tão lindo, estou maravilhada, tem tanta gente chique aqui. O senhor Wilker se mantém perto a mim e pediu pra não ficar longe dele. Só assenti, um senhor fala com ele e o Senhor Wilker não parece muito confortável com tudo isso, e é rude com ele. Ao notar minha presença, me faz um elogio e ele me arasta de perto dele e vamos em direção ao bar.
Ele pede uma bebida e eu me mantenho sóbria. Não lido bem com bebida alcoólica desde a última vez, e não quero dar vechame de novo. E sou fraca, fico alegre logo com o primeiro copo e falo até demais da conta. Ele fica calado, isso esta ficando estranho. Uma mulher muito linda diga-se de passagem, se aproxima de nós. Ela conhece o Senhor Wilker. Ela é sua prima, nossa ele ate esqueceu minha presença enquanto fala com ela. Saio de fininho deixando eles mais a vontade. Ando um pouco sem norte, não conheço ninguém aqui, preciso de ar e um lugar tranquilo.
Me encosto na parece e fico observando o local. O August participação de eventos assim, pena que ele nunca me levou em nenhum. Eu fui tão idiota e não vi que ele nunca me amou de verdade. Passa um garçon com uma bandeja e pego um copo. A tristeza me invade e dentre tantos rostos desconhecidos, o vejo ao lado dela. Estou parada sem reação novamente. Ele não pode me ver aqui. Engulo todo o conteúdo do copo e ao levantar os olhos ele me vê. Droga, sai de perto do seu grupinho, beija ela e vem em minha direção.
Saio apressada de onde eu estava a procura de alguma porta. Consegui encontrar o elevador e entro. Aperto os botões com presa e ele se aproxima.
— Fecha, fecha droga. — Fechou antes dele conseguir entrar. Me encosto na parede do elevador nervosa, o que ele faz aqui? Ele vai saber onde eu estou. Preciso ir embora daqui logo. "Calma Mary, inspira, respira.” consegui me acalmar um pouco. Ele não vai fazer nada aqui. O elevador para e saio em um corredor, há muitas portas por aqui. Procuro um lugar aberto e mais a frente tem uma sala grande com algumas mesas espalhadas pelo ambiente. Fico parada no meio da sala e não noto a presença de alguém atrás de mim. Ele pega no meu braço e viro para ver o desconhecido. Ele fica um pouco surpreso em me ver assim.
—Mary, você está bonita. — O que ele quer com essa conversa.
— Me solta August. — Puxei meu braço de sua mão.
— Olha Mary, vamos conversar civilizadamente. — Que raiva eu sinto.
— Não quero papo com você August.
— Você fugiu da audiência Mary e não assinou o pedido de divórcio. Por sua culpa não consigo vender uns impreedimentos pois preciso da sua assinatura por semos casados no civil e trocarmos nosso sobrenome.
— Não tenho nada haver com isso. Quem acabou com tudo foi você, August. — Um pouco de álcool já me dá coragem de falar o que está engasgado aqui a tempo.
— Mary deixa de ser teimosa caralho. O que custa você assinar esses malditos papéis. Eu vou me casar de novo. Preciso do divórcio. — Isso ainda me choca. Ele vai casar com ela. Meus olhos ardem, não não permito chorar em sua frente.
— Custa muito August. Eu não vou assinar droga de divórcio nenhum.
— Escuta aqui, meu pai finalmente me colocou como presidente da empresa dele, e não é você que vai acabar com isso, está me ouvindo. Eu mando a polícia atrás de você se não tiver jeito. Você não vai tirar nada de mim. Tudo que eu tenho, a casa onde moravamos é tudo no nome do meu pai.
— Isso foi só uma jogada, não foi, e eu caí feita uma patinha no seu jogo.
— Não me leve a mal Mary, mais você não era a mulher que queria ter ao meu lado. Você é simples demais, não tem porte de mulher de CEO. Você é linda sim, mais é só isso. — Meu Deus como eu pude cair na lábia desse cretino. — E a Lucy é 10 vezes melhor do que você, em todos os sentidos. — Sorriu. Burra, burra, burra.
— Porque você fez isso comigo? Você sempre disse que me amava.
— Ô Mary você é muito boba, eu só queria um filho, e você pelos menos isso me deu. Meu pai queria tanto um neto e assim me daria a presidência.
— Então nosso filho se tornou uma moeda de troca pra você. Você é um monstro incenssível. Eu te odeio August, te odeio. — Bato em seu peito feito louca. Esse desgraçado me usou desde o início.
— Para sua louca. — Ele segura meus braços. — Acho bom consegui um bom advogado. Onde você está morando em?
— Não te interessa. — Nunca que vou te falar. — Eu sempre fui uma boa esposa pra você, fiz o que pude pra te agradar, pra mostrar pra você meu amor e você pisou em tudo isso. E tudo que você fez comigo não tem perdão August.
— Eu não quero seu perdão. E uma boa esposa você até foi, só que eu queria mais. Queria uma mulher que me deixasse louco na cama, que não só tomasse conta da casa. E nunca tive planos de permanecer ao seu lado depois que tivesse meu filho.
— Eu não fui mulher suficiente pra você, então me deixe em paz. Só quero que saiba de uma coisa. Eu vou brigar pelo meu filho, eu vou ter ele de volta comigo, pode apostar nisso.
— Não me faça rir. Olha, vou te avisar mais uma vez. Se você não assinar o divórcio eu vou mandar o Pedro pra fora do país com meus pais.— Ele não pode fazer isso.
— Você não pode fazer isso.
— Eu posso e vou. Mesmo vestida assim você continua a mesma sem graça de sempre. E quem te trouxe para essa festa? Está de caso com algum desses velhotes em Mary?
— Agora você eles revelou quem realmente és. E não te interessa quem me trouxe. Minha vida deixou de te interessar, desde o momento em que você me expulsou da sua vida. O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta.
— Está avisada. A audiência foi remarcada para o início do mês que vem. Eu espero muito que você não falte. Ou nunca mais você verá o Pedro no Brasil. — Ele se foi e eu estou sem chão. Ele não pode fazer isso. As lágrimas começam a descer descontroladas pelo meu rosto.
Porque minha vida tinha que se tornar esse pesadelo. Onde vou achar um advogado pra me ajudar a ter meu filho de volta. Deus me ajude por favor eu não sei o que fazer. Se o senhor Wilker me mandar embora eu não vou ter como pagar um advogado. Isso é tão injusto.
Olho para a sacada e me aproximo lentamente, abro a porta de vidro e sinto o vento frio bater em meu rosto. A chuva se aproxima. É tão lindo ver como ela caiu e vai lavando tudo. Eu queria que lavasse tudo de ruim que está acontecendo comigo. Eu queira tanto, Deus, alguém que me amasse de verdade, me senti amada por alguém e August acabou com minha vida.
— Até quando eu vou sofrer desse jeito. Tá tão pesado carregar isso sozinha. Me manda um sinal que as coisas vão melhorar pra mim.
Tiro meus saltos e subo na beirada. Seria tão fácil acabar com tudo agora. Os suicidas concerteza se jogariam daqui e não mais sentiriam dor. Mais eu não quero isso, quero meu filho de volta, quero viver, ser feliz, é só isso que eu quero.
Abro meus braços e fechos os olhos, sinto-me flutuar. Eu não vou desistir filho. É só um fôlego de ar que estou tomando. Ouço a voz do senhor Wilker atrás de mim e com o susto acabo me virando e perco o equilíbrio. Por sorte ele pega meu braço. Eu não quero morrer.
—Senhor Wilker não me deixa cair por favor! — Suplico-lhe.
— Olha pra mim Mary. — Olho em seus olhos que me passam segurança.— Não vou deixar você cair. Segura firme. — Quase lá. Não olha pra baixo, me dê sua outra mão.
— Eu não consigo. — Estou com medo.
— Consegue sim. — Sua força passou para mim e consigo pegar em sua outra mão e ele me puxa pra cima chocando seu corpo contra o meu. O abraço forte, me sentindo segura em seus braços. As lágrimas caem descontroladas, sinto seu toque em meus cabelos e isso é tão bom . Em meio ao meu delírio pelo acontecido, peço pra não me deixar. E ele diz que vai ficar tudo bem e que não fará isso. Pede pra olhar em seus olhos e o faço ainda entre soluços
— Nunca mais faça isso de novo! — Ele me beija desesperado e diante do que aconteceu me afasto dele. Não posso fazer isso. Mais é tão errado assim por um momento deixar me levar e parar de sofre um pouco.
— Eu quero você Mary. — Ele me quer, talvez seja somente por hoje, mesmo assim não vou afastá-lo. Ele me salvou. Ele pega meu braço e me vira para ele, me levantado para o alto, não resisto e o beijo, eu preciso disso. Meu beijo é voraz e deseperado suplicando pra me fazer esquecer a tristeza do meu peito. Ele me chupa e beija meu pescoço e isso me sentir-me desejada por ele. Minha resposta a sua pergunta foi sim. A sensação do seu toque, dos seus beijos em minha pele, deunuciam o quanto eu preciso que alguém faça eu me sentir bem e o quanto eu o desejo. Ele me toma para si e só consigo gemer entregue a suas carícias...
Continua...
***
Olá meus queridos!
Esta é a visão da Mary dos acontecimentos.
Esse August é um homem muito escroto.
Deixe se comentário e seu sua estrelinha.
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