Epílogo: Controle-se, não se obtenha

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INDESTRUCTIBLE: EPÍLOGO — CONTROLE-SE, NÃO SE OBTENHA

Um suspiro.

Ele já tinha se cansado de pensar muito a respeito das coisas que vem e que vão. Ele tinha uma certeza nessa vida, e ela incluía oportunidades que só pôde ter, por conta das pessoas que estavam ao meu redor. E havia gratidão em cada parte do seu corpo por isso. Nunca voltaria atrás.

Mas hoje, era uma chance nova. Uma chance que lhe pertencia e que havia conquistado apenas por ele, e isso incluí distanciamento das pessoas que mais amava nessa vida. É difícil, não podia ignorar. Mas os fatos são esses: Nolan Maniza vai embora.

E Nolan Maniza não sabe como dar esse primeiro passo, de sair do colo da mamãe e abraçar o mundo sozinho. Dói pensar que vai estar distante dessa família que construíram, que ele viu se erguendo e ajudou a estabilizar. É como ele vê essa família hoje. E não podia ignorar, que por mais animado e eufórico que esteja da nova fase da vida, ele tinha medo de deixar tudo isso aqui.

Nono, eu posso ficar com o seu quarto? — Rory questionou, com um brilho transcendendo os olhinhos negros. Herança da mãe.

Nolan riu. Rory era tão espontânea. Por mais que ele tentasse não se apaixonar por ela todos os dias, era impossível. Os cabelos eram uma mistura interessante entre loiro e castanho claro, e Nolan sabia que Thomas era parte clara nessa obra de arte. Rory era uma mistura do Thomas e Rules, que todo dia apresentava uma característica nova. Só tinha quatro anos, mas era adepta até demais a curiosidade, o quê a tornava esperta. Talvez a mais esperta entre os três irmãos.

— Eu vou voltar pra casa um dia, Rory. Tem as festas, e eventos que a mamãe vai me obrigar a comparecer. Então não, maninha, você não pode ficar com o meu quarto.

— Seu closet é maior. — Ela reclamou, manhosa e fez um biquinho, que Nolan claramente fez questão de apertar com os dedos.

— Não abro mão do meu closet.

— Você é mal. Você vai embora, e não me deixa um presente que eu quero.

— Escolha um presente.

— O closet.

— Nem meu quarto, nem meu closet. — Estipulou as regras e ela inflou as bochechas.

Ouviram algumas risadas e barulho de alumínio caindo contra o piso. Os pais estavam lavando a louça do jantar, e já era de se esperar momentos como esse. Eles viviam brincando. Nolan cresceu observando no camarote o quanto o amor dos dois era fenomenal. Podia entrar ano e sair ano, eles continuavam namorando como dois adolescentes. Era encantador de se ver, ele admirava muito a relação deles.

— Posso ficar com o carro? — Rory não parava nunca. Nem se deu ao trabalho de rir, apenas apertou aquela coisinha pequena mais forte ainda nos braços.

A TV estava ligada, mas sinceramente ele não achava que qualquer um dos três estivesse prestando atenção no programa que passava. Charlotte estava no outro sofá, quieta. Quieta demais para a Charlie falante e que não perdia oportunidade de se gabar de tudo e mais um pouco. Ela estava assim desde que Nolan contou a elas sobre a mudança para Barcelona.

— E você, Charlie — Chamou sua atenção. Ela virou para olhar, mas não estava nada receptiva, notou. —, já sabe o que quer de presente?

— Presente do quê? É só você dizer tchau e arrumar suas malas.

— Não seja malvada. Eu sei que você quer alguma coisa.

— Diz pra ele que você quer o closet! — Rory incentivou, Nolan riu. Charlotte sequer moveu os lábios. 

— Não quero nada. — Charlotte se levantou, deixando no sofá a almofada que antes estava no colo. — Só porque você decidiu ir embora, não significa que tenha que nos comprar. É só ir embora. Todo mundo vai, não é? Só ir.

A mágoa, o ressentimento, o sentimento de impotência ressecaram as palavras que Nolan tinha planejado dizer para ela. Charlotte então saiu e ele soube que ela tinha se mantido em silêncio por um motivo importante, a final. Um suspiro, um menear de cabeça e ele ouviu alguém coçar a garganta.

Rules estava parada um pouco a frente do batente da porta da cozinha. Ela olhou para ele com um olhar terno e balançou a cabeça.

Quando Charlotte nasceu, Nolan se tornou irmão mais velho. E o menino dócil quis honrar o novo título, e fez tudo que alcançava para ser presente e importante na vida dela. Eles eram apegados. Nolan sempre esteve lá. Quando ele ingressou no profissional, por muitas vezes tinha que viajar para fora da Alemanha com o time. Charlotte sempre ficava apreensiva, as vezes mais que Rules. E Rules sabia que para a menina, ver Nolan indo embora, tinha um peso bem grande.

— Eu fiz alguma coisa errada? — Ele questionou, a mãe negou.

Rory ficou brincando com o colar no pescoço do menino: O pingente em formato de folha pertencia ao pai. Rules lhe deu no décimo quinto aniversário. Nolan nunca mais o tirou. Se sentia forte com ele, como se provasse a ele mesmo que todo o esforço de Evan tinha válido a pena.

— Você não fez nada. Charlotte só é um pouco mais sensível que o resto da família.

— Você é a chorona. — Nolan a acusou.

— Mas Charlotte é apaixonada. Você sabe, meu filho que ela nunca vai querer deixar de ser sua menininha. Você é o irmão dela, ela te ama.

— Rory também.

— Rory nada! — A garota foi logo dizendo, sem entender realmente do que estavam falando.

— Charlotte está apreensiva com sua partida. Ela se preocupa e não sabe como expressar. — Rules se aproximou o suficiente para tirar Rory do colo dele, beijou seu rosto e a colocou no chão. — Papai está te chamando, Rory. Vai lá na cozinha.

— Rory corre como um furacão. — Ela colocou as mãozinhas para frente, simulando um super herói e saiu disparado atrás de Thomas.

Rules sentou ao lado de Nolan, o garoto se ajeitou no sofá e ficou de frente para a mãe. "Eles crescem rápidos demais", pensou a mãe, acariciando seu rosto.

— Dê tempo a ela. Mas não vá embora, sem antes mostrar a ela que você não está indo para sempre e que não importa onde esteja, você é o Nolan da Charlotte.

— E ela é a Charlotte do Nolan. — Ele completou a frase, assentindo.

Era difícil. Não importasse quantas vezes pensasse nisso. Ir embora exigia muita coragem. Outro país, outra cultura, longe da família e fora da zona de conforto. Nolan queria, ele tinha essa coragem, apesar de todo o medo. Sua coragem, curiosidade e animação falavam mais alto.

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Thomas veio da cozinha minutos depois, jogou uma partida e meia de FIFA com o filho. Uma e meia porque Marco Reus resolveu ligar no meio da segunda partida, e prendeu Nolan no telefone por quase quarenta minutos. Ele disse o quanto estava orgulhoso e prometeu, como praticamente toda a família, que estaria lá na primeira partida oficial do menino. Nolan tinha certeza de uma coisa muito importante: Sozinho nessa trajetória ele não estaria.

Iana arrancou o telefone da mão do marido, lá pelos 15 minutos da ligação e passou 10 minutos chorando e dizendo o quanto estava orgulhosa e feliz por ele. E realmente estava, ele nunca duvidou. Se tem uma coisa que Nolan Maniza aprendeu com Iana, é que de nada adianta se aventurar pela metade. As aventuras inteiras rendiam bem mais histórias e vitórias. Ele se orgulhava dela também.

Após se despedir de Marco e Iana, com a desculpa de que precisava arrumar suas malas e dormir cedo, já que queria acordar cedo amanhã para passar mais tempo com suas irmãs, ele enfim conseguiu desligar o telefone.

Foi no quarto de Rory, deu um beijo na irmã caçula e foi procurar por Charlotte. Apesar de já passar das 23:00, Charlie nunca dormia esse horário. Ela sempre tinha um passo novo para ensaiar ou algumas páginas a mais para avançar na sua literatura do momento. Charlotte amava ler. Nolan lia para ela quando ainda não conseguia essa proeza sozinha. Eles passavam quase todas as noites de sexta-feira jogados em um colchão no chão da sala, ouvindo uma trilha sonora de animações infantis e lendo páginas atrás de páginas.

Mas para sua surpresa, Charlotte não estava no quarto dela. Nolan logo imaginou que tinha ido dormir com os pais, e preferiu por deixar essa conversa para amanhã. E foi com essa idéia na cabeça, que ele resolveu ir para o seu próprio quarto. Assim que entrou, notou que apesar da escuridão do ambiente, as luzes do closet estavam acesas, então marchou para lá.

Charlotte estava sentada no carpete, com uma mala aberta, recém arrumada e apagada sobre a mesma. Nolan imaginou o quanto ela não deveria estar cansada para conseguir dormir enquanto arrumava sua mala. Ele se aproximou dela, se apoiando num joelho e a pegando no colo, tentando ao máximo não fazer muito alarde para não acordá-la.

Quando conseguiu pegá-la, viu seu rosto inchado e vermelho. Ela tinha chorado e muito, concluiu. Seu coração foi apertando aos poucos enquanto pensava no quanto estava fazendo aquela menina sofrer. Nolan nunca magoaria Charlotte. Ela era sua menina, e ele zelava por ela como ninguém.

— Nolan... — Ela murmurou quando ele a pôs na cama. Nolan sentou ao lado dela.

— Você dormiu no closet.

Ah. Charlotte meneou a cabeça, mas nada disso. Nolan era esquecido e ela sabia que ele esqueceria alguma coisa muito importante. E quando se tratava de ir para outro país, mesmo que estivesse chateada com a mudança, não podia deixar de ajudá-lo.

— Charlie, eu... eu não sei como dizer pra você não se preocupar comigo.

— Eu não quero não me preocupar.

— Eu vou pra Espanha, vou jogar no Barcelona e vou estar ausente por um tempo. Não há o que fazer em relação a isso. É a minha carreira e isso significa meu futuro.

Ela sabia, não podia dizer que não. Mesmo assim, doía pensar na distância.

— Algumas pessoas não voltam porque não arrumam tempo para voltar nunca. — Sim, algumas pessoas. Nolan não podia negar isso a ela. — Nada garante que você não vá ser uma dessas pessoas. Férias em Ibiza e feriados em Dubai. Jogo atrás de jogo, copa do mundo. Quando você vai ter tempo de voltar para casa?

— Charlie, eu sempre vou arrumar tempo pra vocês. Vocês são a minha família. Somos privilegiados por termos um ao outro. Se eu não puder vir, vocês podem ir até mim. Nada os impede. Guarde isso, tá legal? Não importa onde eu vá, nem o quão longe eu estiver, eu vou ser sempre o Nolan da Charlotte.

Um soluço escapou, foi inevitável. Nolan não pôde evitar chorar também, ainda vendo como só agora notou que sentiria falta até de brigar com suas irmãs. Principalmente com Charlotte, já que Rory aceitava perder qualquer discussão desde que você oferecesse um docinho e um abraço.

Aquela noite foi bem dolorosa para os dois. Nolan e Charlotte passaram a noite juntos, conversando sobre o tal futuro. Charlotte confiava nele, não podia abrir mão disso. A oportunidade que estava nas mãos de Nolan tinha que ser aproveitada, já que ele trabalhou demais para recusar a chance agora.

Charlie se orgulhava dele.

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Se perguntassem, Rules diria que futebol é um esporte violento. Mas não era nada se comparado ao boxe ou ao hóquei. Mas que de vez em quando ela ficava nervosa vendo todos aqueles homens pesados e brutos correndo para cima de seu filho. Ela nunca ia se acostumar com isso. Embora, conseguisse sentir muito orgulho do menino pelas conquistas geradas.

Do meio de campo, Rules viu Nolan receber a bola de volta, controlar o objeto redondo e atirar feito um canhão para dentro do gol. A bola ainda bateu no adversário merengue antes de enfim, escapar pelas mãos do goleiro e tocar a rede. A torcida cule foi ao delírio, pois Nolan Maniza marcava seu primeiro gol pelo time catalão em sua estréia pelo Barcelona.

Rules não aguentou de felicidade, e Thomas estava vociferando com a torcida ao seu redor. Nolan marcou. Rules estava tão orgulhosa. Não pelo gol em si, mas por vê-lo se empenhar todos os dias. Por vê-lo se dedicar tanto a algo que ele queria, por ele e pelo sonho que carregava no peito. E que não importaria se fosse o Schalke 04, o Bayern de Munique ou o Barcelona da Espanha. Nolan honraria o escudo no peito.

— Mamãe, você está chorando? — Rules encarou a filha do seu lado. — Mamãe, não chora.

— São lágrimas de felicidade, meu amor.

Tentou explicar para a garota de 9 anos. Charlotte era a mulher mais linda que Rules conhecia em sua vida. Ela era a personificação de Thomas da cabeça aos pés. A cada dia que passava ao lado da filha, se dava conta que não tinha aprendido o suficiente para decifrar Charlotte Müller. A garota era de uma esperteza nata, que custava saber de qual lado da família tinha herdado. Os olhinhos tão abertos, o sorriso tão fácil nos lábios.

Marco Reus costumava dizer que Charlotte era Thomas, só que de sapatilhas.

— A gente combinou que ninguém ia chorar, mamãe.  — Charlotte lembrou com um sorriso. — Ele vai ter mesmo que ficar em Barcelona.

— Ficaremos por perto, Charlie. — Rules a garantiu. A menina encarou a mãe, Rules ainda tinha os olhos molhados. E nossa, como tinha ficado sensível nos últimos anos. — Thomas fará questão de lembrar Nolan todos os dias de quem ele é filho.

— Que bom que sabem disso. — Müller concordou, com Rory pendurada em suas costas.  — Temos que ficar por perto.

Rules passou um braço pelo ombro de Charlie, e abraçou a menina de lado. Olharam para o campo e viram Nolan se virar e acenar para eles, em seguida Antoine Griezmann saltou nas costas dele. A festa estava garantida, e Nolan era uma das atrações principais.

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— Tá legal, mãe, eu entendi.

3 semanas passam rápido quando se tem uma rotina a se seguir. Nolan estava tão acostumado, que mal notou as semanas indo e vindo. A Espanha não era tão diferente da Alemanha, se comparado às coisas que ele fazia por lá. Mas tinha uma diferença gritante: Agora ele chegava em casa e não tinha duas irmãs chatas para brigar pela televisão. Isso fazia falta.

— Você está limpando a casa? — Longe ou perto, ela sempre ia querer cuidar disso.

— Mãe, eu estou bem. A casa está limpa, eu juro.

— Você fez compra?

Argh.

— Mãe, por favor.

— Fast food a semana inteira não é comida, Nolan. Tenha santa paciência. Semana que vem eu tenho um evento em Madrid e você quer que eu passe aí para fazer compras com você?

— Não! — Ele berrou no meio da rua. Só se deu conta disso quando algumas pessoas olharam para ele. — Quer dizer, não precisa. Eu estou bem. Vou no mercado essa semana. Prometo.

Ragnar latiu e acelerou na corrida, obrigando Nolan a acelerar os passos também, para acompanhar seu mais novo companheiro de apartamento na caminhada matinal. Thomas tinha lhe dado o cão de presente em seu último dia em casa. Ele disse que morar sozinho deixa um sentimento esquisito enraizado em alguém que a vida toda esteve rodeado de muitas pessoas.

E Nolan se encaixava. E foi por isso que ficou realmente feliz ao ganhar o Pastor alemão bebê, criando já a idéia de que ele e o seu novo amigo viveriam muitas aventuras juntos. A final, ele podia não estar por perto. Mas com certeza, não estava longe.

— Aí! — Nolan estava tão preocupado com a mãe no telefone, que mal notou a intenção de Ragnar ao sair correndo.

O cachorro saltou em cima de uma garota e derrubou o cachorro quente dela, arrancando a salsicha do pão e mastigando sem modo algum. Droga.

— Mãe, te ligo depois! — Ele enfiou o telefone no bolso, estendendo a mão para a garota. Nada sutil, ela o rejeitou e levantou sozinha.

Terceira semana em Barcelona. Menos 10 pontos na tabela de pontuação de Nolan Maniza.

— Eu sinto muito, ele... Droga, eu pago outro. — Nolan puxou a carteira do bolso para pagar pelo lanche, mas quando abriu a carteira notou que a menina já estava de joelhos de novo, dessa vez fazendo carinho em Ragnar.

— Você é bem abusado, amigão. — Ela passou as mãos pelo peludo sedoso, abrindo um sorriso. — Da próxima vez, basta me pedir. Eu sou gentil.

— Eu sinto muito, ele é bem bruto com esse carinho todo. — Nolan tentou se explicar, ainda com a carteira na mão. — Quanto foi? Eu vou pagar outro.

— Não precisa. Esta tudo bem. Só tome cuidado, ele pode derrubar uma criança.

— Eu vou... — Uau. Quando ela voltou a ficar de pé, dessa vez olhando para ele, Nolan praticamente derramou um caminhão de babá em cima da garota.

Ela era linda. Não, pera, Linda é diminuir a beleza dessa garota. Espetacular. Esplêndida. Ele focou primeiro no olho da cor do mar de Exuma, nas Bahamas, onde passara as férias alguma vez com a família. O singelo sorriso que ela deu para o cachorro, depois para o dono. O cabelo era uma coisa perfeita, misturando o castanho claro com a claridade e a loirice. Nolan nunca tinha visto uma pessoa tão bonita quanto essa, e por um momento ele apagou tudo ao redor para olhar somente para ela.

Tsc. — A garota coçou a garganta. — Eu disse que não precisa pagar.

Nolan assentiu, ainda calado e só então notou que estava com a nota estendida no ar, na direção da bela garota.

— Ah, é. Me desculpe. Você não quer que eu pague. — Ele pigarreou, mas manteve a nota.— Se eu disser que insisto, isso muda alguma coisa?

— Na minha vida não.

Ela sorriu, Nolan desmanchou igual lego. Todo bobo.

— Sabe, qual é o seu nome? Você me é tão familiar.

"Isso! É agora que a carreira esportiva vai servir de alguma coisa", pensou ele, já preparando para se gabar.

— Você trabalha em alguma rede de lanchonetes famosa? Eu como muita besteira, pode ser daí.* — Ele riu, logo negou.

— Na verdade, eu sou jogador de futebol. Nolan Maniza. — Ah, então estava explicado. Nolan estendeu a mão para ela.

O destino era traiçoeiro, não é, True? A garota mal acreditou.

— Nossos pais são antigos conhecidos. — Ela disse ao apertar sua mão. — Sou True. True Kroos.

Kroos.

Nolan abriu um sorriso, enquanto apertava a mão da garota. Ele não sabia muito sobre a família de Kroos. A curiosidade que ele nutria por Toni Kroos vinha toda do esporte, não incluía a parte familiar. Mas Nolan se lembrava da garota sim. De alguns encontros quando eram crianças. Eles já haviam se esbarrado antes.

— Você mudou muito desde a última vez que a vi. — Nolan não aguentou guardar o comentário.

True sorriu.

— Você continua bonitinho.

— Me acha bonitinho? Essa é novidade.

— Posso te contar mais novidades enquanto você me paga um sorvete. Sabe, pra compensar meu café da manhã arruinado.

"Fast food"  não é café da manhã, Nolan lembrou da frase da mãe. Mas preferiu guardar. A Espanha não seria ruim, afinal de contas.

— Sorvete é ótimo.

E eles se foram, e dali para cá, apenas o que você puder imaginar. Sonhar é crer que a imaginação vai longe.

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REAL OFICIAL: ADÍOS!

HAPPY B-DAY, THOMAS MÜLLER, NOSSO AMOR.

TODO MEU AMOR AINDA É POUCO.

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