25. Capítulo Final
Meses após...
Thomas andava de um lado para o outro, se perguntando se ainda demoraria muito para ter sua filha nos braços. Rules tinha levado a gravidez da forma mais tranquila que poderia ter sido. Vez ou outra sentindo uma dorzinha incomum, e alertando a família inteira. Tudo que fugia o comum, deixava Thomas Müller com os nervos a flor da pele.
Ele não entendia sobre gestação. Ele nunca tinha passado por isso. E agora estava ali, nervoso, caminhando de um lado para o outro, quase abrindo um buraco no chão do Hospital Maternal Central Munich. Rules começou a passar mal a três dias atrás. Mas ainda não era o momento.
Sua sementinha tinha resolvido vir ao mundo um pouco mais cedo, deixando todo mundo de cabelo em pé. Nolan mal dormiu durante aqueles dias, quando viu a mãe passar mal pela primeira vez. Thomas estava em Berlim com o Bayern, quando recebeu a ligação de Iana. Para ele acompanhar a equipe já tinha sido uma guerra, ele não queria sair de perto da mulher de jeito algum. Mas ele foi. Por insistência dela. Rules estava bem.
Pelo menos, ela insistia que estava.
E quando o telefone tocou, Müller voou para Munich, e agora estava ali, com zero notícias e uns nervos a flor da pele. Se alguém fizesse um movimento errado, era capaz de Thomas trucidar.
Mas também não era o único.
— Vocês dois irão abrir um buraco no chão, se não se acalmarem agora. — Iana tentou os parar. Thomas olhou para Marco Reus, e ignorou o comentário de Iana.
— Gente, é sério. Vocês tem que se acalmar. — Dessa vez fora Scarlett quem abriu a boca.— Não é a primeira gestação da Rules, então ela sabe o que está fazendo.
— Ninguém sabe o que está fazendo até de fato já ter feito. — Thomas cruzou os braços.— Essa demora é tão comum?
— Seu bebê é apressado igual a você, então se controla. Veio ao mundo mais cedo, então precisam de medidas preventivas, Thomas. Fica calmo.
— Eles não tinham que vir dar notícias para gente? — Reus questionou.
— O Thomas não precisa que você ponha coisas na cabeça dele. A pilha dele já está em alto sozinho. — Iana alertou.
Os médicos não vinham dizer nada, o que só deixava o grupo na sala de aguarde a cada segundo mais a ponto de dar um surto. Pelo menos, era como Thomas se sentia. Ele queria estar lá, queria ver sua filha nascer, pegá-la no colo em primeiro momento. Ele sonhou com essa oportunidade desde sempre, e quando Rules lhe disse que seria pai, ele ficou esperando por isso. Ele não queria mais nada. Tudo até ali foi para que esse momento se realizasse. E agora ele estava ali, sem notícia alguma.
— Thomas Müller? — Um dos enfermeiros se aproximou. A família praticamente pulou em cima dele. — Thomas Müller?
— Eu, sou eu.
— Você pode entrar. — Thomas avançou na direção da sala. — Senhor, precisa colocar vestes apropriadas.
— Ah... Sim, claro. Onde posso me trocar?
— Venha comigo.
Thomas o acompanhou até uma sala, onde pôde colocar trajes por cima de sua roupa e uma touca. Por cima do espelho que tinha na entrada, Thomas viu seus próprios olhos molhados de lágrimas. Quando o enfermeiro abriu a porta, ele entrou na sala, seguindo o homem. Rules estava deitada na cama, coberta e com seu bebê sobre o peito. Thomas se aproximou, sentindo as palpitações do coração afloradas. Rules olhou para ele, com os olhos marejados implorando para se juntarem.
Müller mal se moveu, vendo as madeixas claras e finas, quase invisíveis na cabecinha pequena da figura nos braços da mulher. Os olhos também estavam abertos, apesar da prematuridade da pequena, ele a achou muito esperta. E muito linda.
Sua filha.
Rules já tinha perdido as contas de quantos vezes até aquele momento já tinha passado chorando. Seu bebê, em seu colo. Ela nunca imaginou que após Nolan, teria outra gravidez. Nolan veio para primordiar, ela não queria outros filhos. Mas Thomas tombou suas expectativas. Abriu seus olhos para outro mundo. Um mais feliz, com mais pessoas, onde ela se via vivendo o diferencial com ele. Com Nolan, e agora com sua pequena.
Charlotte Maniza Müller.
Charlotte.
Sua pequena Charlie.
Sua.
— Tem seus olhos. — Rules sussurrou. Thomas tentou não derreter por ela, mas foi inevitável. — Será mais parecida com você do que comigo.
— Provavelmente terá o melhor de você, meu amor. — Quem disse que homem não chora, claramente não viveu esse momento especial na própria vida. — Ela é linda. Nossa Charlie é linda.
— Thomas... — Ela tentou falar, mas sentiu um cansaço tão grande. — Meu amor. — Lutou tanto para trazer sua pequena Charlie ao mundo. — Eu queria tanto... — Sua visão tremeu. — Agradecer.
— Rules? — Thomas estranhou quando o médico o afastou. — Olha para mim, Rules. — Ele pegou Charlie do colo da mulher, Thomas tentou se aproximar, mas outro médico se colocou a frente dele. — Leve o neném. Tire o pai daqui.
— O que está havendo? — Thomas questionou.
— Você precisa sair, senhor Müller.
Ele tentou questionar mais uma vez, mas seu coração corroeu ao ver a mulher tremendo sobre a cama. Rules teve que ser segurada pelos médicos ao redor, e ela fechando os olhos foi a última coisa que Thomas viu antes da porta se fechar na sua cara.
Thomas saiu daquela sala sem a filha nos braços, sem saber o que dizer. Até porque ele não sabia o que estava acontecendo com sua mulher. Ele simplesmente viu algo. Algo que não compreendia, mas que sabia não ser bom. Ele não podia perder Rules.
Ele não conseguiria sem ela.
Scarlett viu quando a porta se abriu e Thomas passou por ela, completamente abalado, sem voz. Ele ficou em silêncio, apenas encarando o nada a sua frente. O grupo quis fazer perguntas, questionar. Mas Iana não deixou. Ela pediu tempo por ele.
Mas cada ser ali quis chorar, ao ver Thomas Müller sentar em uma cadeira e esconder o rosto nas mãos, derramando as grossas lágrimas que seu coração queria cuspir para fora. Mark pensou no pior, e saiu batendo pé ali para longe. Ele não queria ouvir mais nada sobre sua filha. Iana abraçou Marco quando ele quis ceder, e foi Scarlett quem sentou próximo a Thomas e passou os braços ao redor dele: sem derramar lágrimas, apenas passando para ele a força que ela sabia, ele precisaria ter. Porque Rules precisaria ter.
Por eles.
Alguns anos após...
Naquele dia em especial tinha sido bem cansativo. Charlotte teve uma daquelas apresentações mensais no colégio, e Thomas não pôde deixar de comparecer. A menina, de agora 9 anos tinha herdado traço por traço seu. Além da fisionomia: loira, do olho claro e derivados. Ela era um Thomas Müller versão masculina. Perdia o amigo, mas não perdia a piada.
Mas tinha ficado com a responsabilidade toda e completamente da mãe. Não podia negar que mesmo sendo uma criança, Charlotte pensava duas vezes antes de tomar qualquer decisão. Era um dom de Maniza, ela tinha aderido da mãe, sem sombra de dúvidas.
Ao entrar em casa, viu Nolan no computador. Ele falava em espanhol, mas Thomas entendeu as entrelinhas. Ao se ver alvo do pai, ele encerrou a ligação e fechou o computador.
— Oi, mano. — Charlotte pulou em cima dele. Nolan abraçou a menina, e a colocou sentada em seu colo. — Você não vai acreditar no que eu consegui fazer hoje.
— Arrebentou no balé?
— Isso não ia surpreender ninguém, Nolan. Não seja bobão. — O irmão riu da forma como ela falou. — Papai gravou o meu pliê perfeito. Até a professora ficou de boca aberta. Para a minha idade, já sou uma prodigio.
— Você sempre fala a mesma coisa.
— Porque é verdade, cabeção.
— Charlie, por que não vai tomar banho e tirar a roupa de balé? — Thomas sugeriu, ocupando a outra ponta do sofá. — Podemos comer fora.
— Tentador. Eu posso escolher dessa vez? Nolan escolheu italiano na última.
— Pode sim. Agora vai.
A menina comemorou e saltou para longe dos dois. Thomas já conhecia Nolan o suficiente para saber que tinha algo errado. E foi só Charlotte sumir de sua vista, que ele fez a pergunta:
— O que houve?
Nolan tinha crescido e se tornado uma aversão ao pai. Os anos tinham feito com que ele fosse uma linha tênue entre o que ele queria ser, e o que Rules gostaria que se tornasse. E isso influenciou muito em sua vida anos após anos. Ele se esforçou demais para orgulhar as pessoas que o amavam muito. E subiu para o profissional do Bayern de Munique aos 17 anos. E agora, após completar 19 anos, seu sonho estava se expandindo e ele não sabia como lidar com isso sem Rules ao seu lado.
— A proposta do Barcelona aumentou. É uma boa proposta, meu agente disse que é algo a se pensar. Qualquer adolescente no meu lugar, já estaria pulando de felicidade.
— E por que você não?
— O que a minha mãe diria? — Nolan Questionou, ignorando a pergunta de Thomas. — Ir embora da Alemanha assim, deixar minha família. Eu não sei se estou pronto.
— Eu tenho certeza de que sua mãe diria para você se esforçar. Não importa para onde vá, Nolan, só o quanto de determinação você vai colocar nisso.
— Charlotte não vai me perdoar.
— Charlotte é uma criança. Ela quer você por perto porque é o irmão mais velho dela, ela te ama muito. Mas eu tenho certeza que ela vai entender. Dos três, Charlotte dá um banho de razão em todos.
— Ela é incrível. — Os dois sorriram. — A minha mãe...
— Para de pensar na Rules, Nolan. Esse é o seu momento. Faça isso por você, ou então nem faça.
— Tem razão, pai. Eu... É difícil, mas eu ainda acho que devo ir. Mesmo que a mamãe não concorde com isso. Eu quero ir. É o Barcelona! O que mais eu poderia querer? É o sonho de qualquer moleque jogar na Espanha.
— Você vai arrebentar e eu vou estar lá para ver isso.
— Papai! Papai!
Thomas ouviu os gritos, olhando na direção da garota que vinha correndo em sua direção, e pegou a garota no colo, girando com ela nos braços. Rules entrou logo em seguida, puxando as malas da viagem.
Que cansaço.
— Oi, mãe. — Ela abraçou Nolan, beijando seu rosto. — Como foi a viagem?
— O Brasil é cansativo por si só. — Ela beijou Thomas, que passou a pequena Rory de 4 anos para os braços de Nolan. — Cadê Charlie?
— Ela acabou de subir para tomar banho. Vamos comer fora. — Nolan respondeu, enchendo Rory de beijos, fazendo a garota gargalhar.
— Que ótimo. Estou faminta. — Rules se sentou no sofá, Thomas ao seu lado. Ela jogou as pernas para cima do marido. — Rory deve ter feito amizade até com os peixes do mar. Essa garota é uma caixinha de surpresas.
— Bem a cara dela mesmo. — Nolan riu.
— Mamãe trabalhou, eu passeei. Eu queria trabalhar, mas ela não me deu emprego. Então só me restou ficar brincando, papai.
— Não acredito que sua mãe não quis te dar um emprego, Rory. Que péssima mãe. — Rory concordou, deixando Nolan de lado e indo se sentar ao lado do pai.
— E eu demiti a Rita, pois ela cometeu um crime imperdoável. Acionei a polícia, mas eles não me deram ouvidos. Mamãe não ficou do meu lado.
— Rules, que horror. — Thomas entrou no jogo da filha. Nolan ria da cena.
— Eu fui chamada até o hotel às três da tarde, porque a polícia estava no meu quarto. Rory acionou as autoridades porque Rita comeu a última fatia de pizza. — Nolan e Thomas gargalharam. — Não teve graça quando eu tive que explicar para o policial que minha filha só tinha 5 anos. Esse genes com certeza é seu. Na minha família não tem isso.
— Mamãe, você chegou. — Charlotte se aproximou, dando um beijo no rosto da mãe.
Thomas encarou Rules, ambos se olharam e depois para a filha. Nolan prendeu o riso. Rules não sabia onde enfiar a cara, apenas queria rir também. Mas não podiam decepcionar Charlotte.
— Charlie, meu amor, que roupa é essa?
— Nós vamos comer fora. — A menina falou, como quem não queria nada.
— Tá, minha linda. Essa parte eu sei. Mas por que você está está usando uma fantasia de astronauta?
— Papai mandou eu me vestir sozinha, então achei que eu podia vestir o que eu quisesse. — Rules fuzilou o marido. — Eu gosto de astronauta.
— Mamãe, eu quero ir com a minha fantasia de Pirata também. — Rory logo acionou.
— Espera, meninas. Charlotte, esse capacete não vai deixá-la comer direito.
— Eu tiro na hora de comer, mamãe.
— Pirata! Pirata!
— Rory, um segundinho. — A mãe pediu. — Você tem certeza que quer ir a um restaurante jantar vestida assim?
— Quem disse que a gente vai a um restaurante? — Charlotte perguntou. — Papai disse que eu podia escolher hoje. A gente vai jantar na sorveteria.
O QUÊ?
Thomas baixou a cabeça e prendeu o riso.
— Tá legal então, Rory, vamos lá vestir sua fantasia de pirata. — Nolan se levantou, a irmã caçula pulou em seu colo. — 5 minutinhos e a gente já desce. Vamos com a gente, Charlotte.
— Tá legal.
Rules olhou os filhos se afastando. Nolan já estava maior que ela desde os 17 anos, ela se perguntava se ele pararia de crescer em algum momento. Se eles parariam, na verdade. Ela se lembrava de quando Charlotte nasceu, como foi difícil. Prematura, foi complicado trazê-la ao mundo. Ela se esforçou tanto para que sua filha tivesse saúde ao encontrar com ela aqui fora. Mas logo após pegá-la nos braços, Rules teve um ataque cardíaco.
Ela nunca tivera problemas com a saúde, mas o esforço misturado ao nervosismo para trazer Charlotte ao mundo, desencadeou por inteiro seu sistema operacional. Thomas não se lembrava de ter sentido tanto medo assim na vida. Foi o momento mais difícil que ele teve que enfrentar.
Ele chorou por horas até poder vê-la de novo. Chorou por horas até poder pegar sua filha nos braços novamente e poder dizer a ela: tudo bem, sua mãe está bem. Nada vai nos separar. Apenas espere, pequena, Charlie. Vai dar tudo certo. Nolan entrou em transe ao ver sua irmãzinha pela primeira vez. Ele prometeu que cuidaria de Charlie, e alguns anos depois, também teve que prometer cuidar de Rory.
A terceira gravidez de Rules foi tão tranquila que ela até cogitava não ser uma gravidez. Mas nove meses depois, finalmente pegou Rory nos braços também. Ela chorou tanto, tanto, tanto. Dessa vez Thomas estava longe. Verdadeiramente longe, e não pôde voltar a tempo. Marco foi ao hospital com ela, pegou Rory no colo antes de Thomas. Até hoje eles brigam e jogam isso um na cara do outro. É cômico.
E a alguns meses atrás Iana deu a luz a seu primeiro filho. Foi engraçado vê-la com Jack Reus no colo. Rules não acreditava que daria certo entre eles, mas deu. E ela não podia mais ser a pessoa que ia torcer contra, pois eles estavam felizes. Ela tinha que estar também. Principalmente quando Marco a pediu para ser madrinha de Jack. Foi um dos momentos mais incríveis que compartilharam até então. Os anos foram bons para a amizade deles.
Ou você aprende com seus erros, ou você os comete novamente. Marco ensinou á ela. Rules pôde ensinar Marco a ser melhor, ele ensinou ela a não desistir porquê ficou difícil. E era assim que ela ensinava seus filhos todos os dias. Melhorar a cada novo amanhecer.
— Sorveteria, Thomas, uh? — Rules o questionou. O marido riu, pegou sua mão e beijou seus dedos.
— Eu não tinha ideia que ela escolheria a sorveteria. — Confessou. — Charlotte é uma surpresa atrás da outra.
— Deveria ter visto sua filha de 5 anos me pedindo ajuda para resgatar os cachorrinhos que ela encontrou no Rio.
— Você ajudou?
— Não se pode dizer não para a sua filha quando ela pede ajuda para ajudar outro alguém. Ela tem um coração diferente, Thomas. Rory é especial.
— Ela tem o seu coração, Rules. Todos os nossos filhos tem.
— Fico feliz que estejamos criando eles assim. Tenho a sensação de que estamos fazendo dar certo.
E estavam. A anos. Fazendo dar certo, fazendo melhor. Rules sorriu, e virou o rosto para poder encontrar seus lábios e o beijou. Thomas sentiu sua falta. Ele deslizou a mão pelas pernas que estavam sobre o seu colo, e a outra usou para erguer seu queixo. Rules o amava tanto, o queria tanto. E estava tão feliz com ele. Tão feliz com eles. Eles se afastaram, Thomas manteve sua testa junta da dela.
— Nolan vai para a Espanha. — E confessou.
Rules engoliu a seco. Sabia que esse momento chegaria. Ele era bom. Era um menino bom, com tanta gente ao redor o vendo fazer o que faz, da forma que faz. Não ia demorar para um clube de fora fazer um convite.
— Real Madrid?
— Barcelona.
— Ok. — Não estava Ok. — Quando ele vai?
— Ainda não sabemos. Ele estava com receio da sua reação. Ele não quer que chore.
— Eu não vou chorar. Não sou fraca assim.
— Chegamos. — Nolan anunciou. — Temos uma pirata e uma astronauta muito maravilhosas.
Nolan bateu o olho na mãe e viu que ela estava chorando. Até que demorou, Thomas pensou.
— Mãe, por que você está chorando? — Nolan questionou.
— Ignora ela, filho. — Thomas falou. — Quem chegar no carro primeiro vai ganhar um sorvete duplo.
— Eu!
— Eu que vou!
Charlotte, Rory e Thomas partiram correndo. Rules se levantou e abraçou o filho. Nolan nada entendeu. Mas ela continuou ali, só pensando em como seria agora com ele distante.
— Mãe...
— Desculpa. Eu... Sou péssima com essas coisas.
— Sabemos. Não chora, mãe. Você acabou de voltar.
— E você está de partida.
Então era isso.
— Ele te contou. — Nolan sorriu para ela, vendo como estava sensível nos últimos dias. — Não é o fim do mundo, você sabe, não é?
— Eu não disse isso, eu só... Quero que saiba que não importa onde esteja, Nolan, eu vou sempre estar com você.
— Eu sei disso, mãe e nunca duvidei. Você é a melhor que eu poderia ter. Sou grato por isso.
Rules também era. Podia passar o tempo que fosse, ela sempre seria grata pela família que tinha construído com as pessoas que amava. Ela sempre seria grata por tudo que conquistou na carreira e com certeza por tudo que estava vendo seus filhos conquistarem agora. Entrando ano, saindo ano: gratidão sempre. Família era importante e ela zelava pela que tinha e jamais gostaria de perder.
Thomas lhe ensinou a amar de novo.
Rules tinha amor demais e melhor que isso: tinha com quem compartilhar. E ela amava isso. Amava todos os dias.
— Promete não chorar está noite? — Nolan passou um braço pelo ombro da mãe, e caminhou junto com ela.
Rules revirou os olhos, um gesto feioso que tinha adquirido com seus próprios filhos em fase de crescimento.
— Charlotte dobrou vocês e vamos comer em uma sorveteria, meu bem. É claro que eu vou chorar hoje.
Mal tinham pisado do lado de fora e podiam ver a guerra que Thomas travava com as filhas para entrar no carro. Rory tinha cinco anos, mas era esperta que só ela. A menina corria ao redor do carro, enquanto Thomas tentava — falhamente — pegar a garota que não parava de rir. Charlotte por outro lado, estava um pouco mais atrás com um smartphone gravando tudo, sem conseguir parar de gargalhar dos dois.
Rules balançou a cabeça em negativa.
— Como eu estava dizendo antes, não prometo nada. — Nolan riu dela, a vendo se juntar a bagunça dos outros três. — Rory, pare de correr do seu pai. Charlotte pare de gravar.
— Vem, mamãe, vem pegar Rory! — A menina de cinco anos gritou.
— Papai, diz Olá para o meu vídeo. — Charlotte balançou a câmera.
— Olá, vídeo da Charlie Müller, eu sou um pai que quando pegar as filhas, deserdará as duas.
Nolan não sabia como tinham chegado naquilo. Mas ele olhava aquele cena com um brilho nos olhos. Ele podia ir para outro país, outro continente ou qualquer outra parte do universo, mas não importava. Seu lar sempre seria onde sua família estivesse. Porque se tem uma coisa que Nolan Maniza tinha aprendido nesses 19 anos de vida, era que não importa onde você for: importa quem está lá com você.
— Obrigada, mãe... — para o silêncio sussurrou. — pela família que me deu.
E por eles: Nolan Maniza era extremamente Indestrutível. Porque o amor deles, o tornava forte para qualquer obstáculo.
Estão dizendo por aí que me viram?
Quem me viu, mentiu.
Quem me viu, mentiu.
Not notas
@rulesmaniza
@ianamaniza
@storeluminosita
@tessascopelli
✨
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top