A Conhecendo Melhor
Eu amo café, e receber um convite para visitar uma das minhas cafeterias favoritas me deixou com um sorriso gigante por saber que a pessoa que eu admirava secretamente também gostava daquele local. Meus amigos me aconselharam a eu ser eu mesmo, falar de forma descontraída e ter as conversas profundas que normalmente eu sempre queria ter com eles. Eu sabia que isso normalmente afastava as garotas que se aproximavam de mim somente por me acharem atraente e gostoso, mas quando eu abria a boca em rotulavam como nerd.
Devo admitir que bancava o desastrado e fofo para normalmente atrair a atenção delas e as fazer ficarem caídas por mim, eu sabia se colocassem o meu verdadeiro Kim Namjoon para fora elas se afastariam alegando que eu era profundo demais ou contemporâneo demais para ser namorado. Muitas garotas da atualidade eram cruas, sem cultura e só queriam um rostinho bonito para formal um lindo casal para fotografias, mas eu queria mais e todos os dias esperava que uma pessoa realmente me entendesse.
Eu não taxei ou rotulei Ruby, muitos a dava rótulos: morena, estrangeira, oportunista, metida, porém eu não, ela era ela mesma em tudo: sincera, sorridente, sonhadora, atrás de seu próprio espaço; uma vez li em um local que Seoul, assim como todas as outras cidades espalhadas pelo mundo e com tal fama, é a cidade dos sonhadores! Todos querem uma oportunidade, todos tentam ter uma chance de brilhar nessa enorme cidade. Até eu mesmo me mudei para cá atrás disso.
Mas o mundo é cruel, nos julga, nos rotula, nos molda; cabe a nós mantermos nossa essência. E eu tentava, mesmo sabendo que isso não agradava a todos e sei que ela também tentava mesmo sendo ligada a inúmeros homens mesmo ela tendo apenas amizades.
Segui o conselho de meus amigos, me vesti como sempre gostei: roupas largas e despojadas, seria aquele verdadeiro a mim mesmo e conversaria sobre assuntos que me agradavam, não bancaria algo para agradar ninguém, mesmo que esse alguém fosse a garota pela qual eu tinha uma linda paixonite...
Quando cheguei encontrei uma Ruby pensativa na ultima mesa do estabelecimento, ela aparentava não ter ingerido nada ainda, e estava totalmente diferente do que eu imaginava, ela ainda possuía o jeito despojado e incrível, mas estava simples, não carregada de maquiagem ou roupas caras, simplesmente estava com sua real essência, como uma mulher que está em um dia de folga aproveitando para sair com um amigo.
Um sorriso se abriu e um abraço desengonçado a mesma me deu, acho que fazia parte de seu cumprimento e de sua cultura, muitos a olharam torto, no entanto ela não ligou só queria ser ela mesma e seguindo seu exemplo eu faria o mesmo; nossos pedidos foram diferentes já a conversa muito profunda e inteligente, devo dizer que fiquei admirado por ela acompanhar o raciocínio, elogiar meus pensamentos e expor os seus...
Pela primeira vez eu não precisei ouvir comentários bobos a meu respeito, não precisei me adaptar a pessoa com quem eu estava, eu fui eu mesmo tendo uma tarde cheia de risadas, descobertas e longas conversas;
Estávamos tão absortos em nossa conversa que não vimos à tarde passar, ainda andamos pelas ruas juntos comentando sobre coisas que queríamos que fossem diferentes.
- Sabe eu queria que as pessoas não me julgassem, queria que elas tentassem me conhecer para depois falarem de mim, consegue entender?
- Não só consigo, como compartilho da mesma ideia...
Como meus pensamentos poderiam ser tão parecidos com os dela? Somente uma boa atitude como procurar saber seu nome e seu gosto já era necessário para nós pessoas rotuladas e julgadas diariamente.
- Mas a vida é assim, só não podemos perder quem nós somos por causa de pessoas que não entendem como somos fantásticos!
Permiti me apaixonar um pouco mais, rindo e fazendo a mesma rir com o aparecimento de minhas covinhas, eu sabia que estava sendo precipitado ao sentir aquilo tudo, mas era inevitável, para não a assustar decidi fazer algo, mesmo sentindo a dor se espalhar pelo meu coração ao me colocar naquela situação:
- Ruby quer ser minha amiga?
- Amiga? – ela me olhou abismada e depois sorriu – quero sim!
- Ótimo, agora eu tenho todas as desculpas do mundo para te ver...
Novamente ela sorriu, mas quem eu queria enganar? Eu não a queria somente como amiga, nunca quis!
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