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✦ 7 anos atrás...
— Appa? Aonde vamos?
O pequeno ómega lúpus de, recentemente, doze anos indagou com um semblante assustado. Os olhos esbugalhados e o aroma levemente atribulado definiam o estado emocional de jeongin. Estava completamente aterrorizado com a velocidade e destreza que o progenitor alfa colocava as suas próprias roupas e algumas do pequeno numa mochila qualquer.
— Appa.
— innie, por favor, lembras-te do que eu disse? — perguntou vendo o semblante confuso do pequeno lúpus. Carinhosamente, o alfa se abaixou mantendo uma falsa calmaria, enquanto, na verdade, sentia o seu interior se revirar em ansiedade. Os sentidos do lúpus aguçados captavam tudo num raio de quilómetros, deixando em evidência a sua preocupação em retirar o pequeno ómega velozmente daquela casa. — Lembras-te do alfinha, certo?
— O cheirosinho? — recebendo um acenar positivo, o pequeno lúpus saltou em animação. Claro que se recordava do homem de fios negros, com o cheiro cítrico, olhos amarelos e completamente amoroso. — Sim, sim!!
— Então, vamos, filhote, arruma as coisinhas, certo? Assim não demoramos quando ele chegar.
Com um sorriso em face, ainda que nervoso, yang Duri acariciou os fios loiros do seu filhote, seguidamente o pegou no colo argumentando sobre o inúmero de vestimentas no pequeno armário bege. De facto, dava e daria de tudo o que é confortável e bom a jeongin, não deixando de o mimar por vezes. Era o seu pequeno filhote, como o trataria inadequadamente que nem Sohui?
Após alguns minutos, calculando que não se passou de dez, yang Duri com a sua audição lupina ouviu as leves batidas na janela do quarto do pequeno ómega. Felizmente, o quarto de jeongin era no primeiro piso, assim não ocorria riscos de ferimentos ou algo do tipo.
— Ei, innie!! — o homem alfa saudou portando um sorriso brilhante e fortunoso. O homem deixou que o seu aroma se espalhasse pelo quarto do pequeno ómega e abraçou-o ao que o ómega lúpus correu até si. - Meu pequeno innie.
— Woowoo! — riu divertido ao que o seu sorriso abriu ainda mais.
Kim Si-woo.
O alfa de cheiro cítrico com os seus cabelos negros recém-cortados, as íris originalmente amareladas, e a expressão jovem e o corpo másculo. jeongin amava aquelas características portentosas no alfa, principalmente o aroma impregnante e deleitoso.
— Aonde vamos hoje? — o filhote indagou não se apercebendo da tensão do pai lúpus.
— Hm... — Kim fez uma pausa dramática, deixando-se levar pelo semblante curioso e animado do ómega. — E que tal um parque de diversões?
— Diversões? Aquele que tem um carrossel??
— Si-woo, não é uma boa ideia... — sussurrou o alfa lúpus, obtendo uma expressão confusa em troca. — A Sohui ainda está por aí, ela bem pode colocar um cão farejador atrás de nós! Se ela encontrar o jeongin sozinho uma vez que seja, pode ser o fim.
— yang, confia em mim, não deixarei ninguém tocar no innie, prometo.
Talvez aquela promessa realizada fosse uma mera intrujice; talvez fosse predicção para um acontecimento futuro; talvez os agouros e os erros irão persegui-los no futuro, porém isso não seria nada bom? Uma vez que se separassem, seria um erro, um agouro, uma mágoa que os iria voltar a juntar.
A juntar uma família de novo.
✦ Atualidade ✦
— Kim Si-woo? — indagou cerrando os olhos e levantando o cenho, declarando por fim que realmente havia veracidade nas palavras de yang Duri. — seungmin?
— Sim? — respondeu o 'hacker' do outro lado dos auriculares, estranhando o facto de felix o chamar em particular. — O que aconteceu?
— Consegues procurar por alguém?
— Hm. Sim. Por que razão?
— Procura sobre Kim Si-woo.
— lixie... — jeongin, parecendo um pouco incomodado pela história recente, apertou de leve o punho do amigo ómega, deixando que os seus feromônios adocicados transbordarem com afluência. — P-por favor... Eu não quero s-saber.
— jeongin.
— Eu não quero saber!! Que porra, felix. Sequer me perguntaste se queria saber da existência desse alfa, vocês fazem tudo pelas minhas costas, sem se importarem com a minha opinião! — as íris antes claras transformaram-se num roxo intenso, a voz lupina avultou-se a qualquer outro sonido presente. Os olhos esgazeados e assustados dos capangas, amigos e progenitor captaram a visão da respiração afobada de jeongin, e, assustado pelo seu próprio timbre de voz, o ómega lúpus recuou com ambas as mãos nos lábios, como se reprimisse tudo o que foi dito. — lixie...
— Estou orgulhoso, innie. Não te arrependas das tuas ações! — foi a única coisa que disse antes de sair pela porta da cabana velha e atamancada.
Do lado de fora, felix caminhou por longos minutos, até que estava suficientemente longe da audição lupina dos yang's. Analisou tudo ao seu redor e suspirou fundo. Estava na hora.
— Podem começar! — foi tudo o que disse nos auriculares, após sacar a sua arma e correr para o ponto estratégico.
"— Vamos focar no contra-ataque, essa será a nossa arma essencial. Para isso, o seungmin colocará um localizador em yang Sohui, não será percetível a olho nu, nem mesmo se tocar na área. Porventura, nem a ómega perceberá que temos o total conhecimento da sua localização. — começou hwang hyunjin mantendo o seu semblante inexpressivo, ao que analisava cuidadosamente as feições curiosas e sérias. Todos, respeitosamente, aceitaram a missão, assim não ocorreu baixa alguma.
Os planos haviam se fortalecido; novas planilhas eram espalhadas pela enorme mesa, assim como a planta da mansão do líder da máfia do Norte.
Por ironia do destino, Jeong Minjun continha na rede de tráfico diversificados inimigos, o que já era de se esperar, porém, para hyunjin foi ainda mais gratificante ao tomar conhecimento do número de máfias que desejavam a cabeça do líder do Norte nas suas paredes.
— felix, tu serás muito importante no plano. Primeiramente, ficarás com o aparelho que indica a localização atual de Sohui. Uma vez que a equipa lúpus se mover em direção ao seu primeiro ataque, tu deverás seguir a ómega. Eles não saíram do Norte, nem mesmo muito longe de onde nós estaremos. — lee assentiu mesmo confuso. — Para isso, fiz umas buscas intensas pela floresta. Estabelecida a três quilómetros de onde estivemos das últimas vezes, há uma casa abandonada, não me refiro há cabana, e sim uma casa pequena, tem um aspeto decadente, como se estivesse inabitada por anos. Não entrei, porém, vi haver variados materiais médicos, se algo correr de forma errónea, acredito ser para lá que eles irão.
— Não correrei perigo de ser visto? — indagou calmo, arqueando o cenho visivelmente confuso. Todo aquele discurso pareceu, em si, desconexo e caótico. E sim, felix de facto estaria em perigo.
Não só conhecida pelas suas redes de tráfico de droga, a máfia do Norte era, também, famigerada pelos cães farejadores. Nobres betas que eram incansavelmente treinados para capturar um mísero cheiro, quer ele seja reprimido pelo próprio lobo.
Estes betas eram usados quando havia transportes de drogas, colocavam-nos nos barcos, efetuavam a vigia e se um indivíduo ser encontrado no transporte era violentamente aniquilado. Por isso, as missões eram frequentemente bem-sucedidas.
— Eles não levaram cães farejadores. — Changbin quem respondeu ao fim de poucos minutos, seguindo a lógica do plano de hwang, Seo avistou o sorriso de lado do líder ao que respondeu.
— Continua.
— O plano deles será recuar até chegar ao hwang, quer dizer, até que ele chegue ao centro de tudo, assim como da outra vez. Então, porque levar betas farejadores para um local onde não se obterá nada?
— Isso foi bem confuso... — admitiu um dos capangas posicionando a destra sobre o queixo.
— E ficará mais confuso. Portanto, Bang Chan e a sua equipa ficarão perto dessa casa, protegendo felix e se for necessário intervir têm a minha permissão! — concluiu ganhando acenares positivos e sorrisos por parte do casal dito.
— E eu?
— jeongin... terás uma parte significativamente importante."
— Posso...?
O pequeno ómega lúpus tremelicou nervoso e deu um pequeno sorriso ao questionar meigo e cuidadoso. yang Duri sorriu grande abrindo os braços, choroso acolheu o filho nos seus braços, emanando toda a felicidade e tristeza, que estiveram encarceradas por anos.
O seu lobo uivou como nunca, em júbilo e melancolia, em ansiedade e medo. Ouviu atentamente o corpo pequeno e cheiroso pedir desculpas e agradecer pelos atos do pai. jeongin desculpou-se pelas lembranças distorcidas, pelo ódio atribuído durante anos, pelas amarguras e pelo desejo de morte.
— Pai...
— Eu sei, jeongin. Tudo bem, eu irei ver o que consigo fazer por aqui, não quero ficar de braços cruzados a assistir esta guerra toda! — argumentou interpelando jeongin afobadamente. — Ela ainda está viva, eu tenho esse pressentimento. E o que eles mais querem és tu, meu filho.
— Não sou eu quem corre o perigo todo, pai. O meu alfa é a pessoa quem mais corre perigo no momento, é ele que deve tomar toda a precaução!
✦
A alguns quilómetros da cabana improvisada, jisung caminhava serenamente pela floresta, mantendo a arma destravada na sua destra, os olhos claros do ómega passeavam pelos arbustos e rapidamente analisou ao que tudo indicava ser uma câmara. Sorriu de lado e avançou por trás, golpeou a câmara e cortou o cabo principal de alimentação de energia com um canivete que lhe fora oferecido por Changbin, cortando o resto dos outros dispositivos ali localizados num raio de dez metros.
Vasculhou novamente o arbusto e deu-se conta de um alarme; como seungmin havia proferido. Pegou o equipamento de pequenas dimensões e destroçou-o contra os galhos secos, pisoteando vigorosamente.
Todavia, o seu corpo recebeu um breve e esperado solavanco, logo jisung girou o corpo e enforcou o homem com o próprio braço.
— C-calma!! Calma!!
— Iseul, seu desgraçado!! — vociferou mordendo o lábio inferior em fúria. Não parou o aperto, pelo contrário, jisung até colocou mais força até sentir o corpo estremecer em falta de ar. Seguidamente, largou o alfa com um sorriso cínico, se distanciou e gargalhou pela falta de treino do outro. — Melhor?
— S-si...
Antes que pudesse acabar a fala, jisung interrompeu o alfa ao que se inclinou para a frente com os cotovelos a uma curta distância do corpo, e com o punho direito socou o rosto magro e moreno de Iseul.
— CARALHO!! — exclamou irritado, esbracejando e evidenciando a sua cólera. Não poupou esforço em empurrar o alfa e colocar uma das suas mãos no pescoço do outro, local este que apertou sem pudor. — Y-ya!!
— Achas que eu não te pressentiria a seguires o meu rastro, fielmente como um cão?! — riu amargo, fitando o rosto tornar-se pálido há medida que tentava sibilar meras palavras. — Quem diria estares vivo este tempo todo? Devias ter morrido naquele dia. Agora, terás uma morte lenta, boa sorte!!
— E-espera... — jisung sabia o que o alfa lhe iria oferecer, porventura desenxofrou o aperto ainda em alerta. — O m-meu pai viu o q-que t-tu fizeste ao hwang, queres-te juntar a nós?
— Por que eu me juntaria a vocês? — levantou o cenho entrando na cena, teria que lamentar-se de poucas coisas, alegar mentiras e inventar falsos argumentos para contradizer algumas ações refeitas.
— Queres-te vingar do hwang, não é? Pois bem, esta é a tua oportunidade! A nossa máfia tem um plano infalível!
— Aposto que sim.
✦
A mansão da máfia do Norte era coberta de teias de aranha, uma vez que quase ninguém a usava ou estabelecia-se na mesma. Os únicos cómodos que se poderia afirmar estarem limpos, era o porão e um dos quartos.
Todavia, no andar inferior ao térreo, Minjun procurava aflito uma das agulhas desinfetadas, e ao descobrir que não havia alguma, estreitou os olhos na direção do caixote de lixo. Frascos e frascos, alguns deles partidos, e agulhas já usadas, eram acumuladas num monte que certamente deveriam conter variadas bactérias.
Olhou o corpo magro e raivoso de Si-woo e agradeceu mentalmente por este estar amarrado. O alfa rosnava involuntariamente, ameaçando atirar o seu corpo imóvel sob Minjun.
O líder pegou uma das seringas imundas e encheu o pequeno depósito com o líquido rosado, sorriu cínico e ainda com medo aproximou-se da jugular do alfa, onde espetou a agulha e fez com que o corpo estremecesse violentamente sobre a maca.
— Acorda, Kim! — esbofeteou a face do lúpus adormecido.
O rosnado altivo irrompeu os lábios pálidos, e a única coisa que Minjun conseguiu vislumbrar momentos depois foi as íris do alfa completamente amarelas e seguidamente o ser já não estava mais no cómodo e nem na casa.
Si-woo foi comandado pelos instintos das drogas.
Si-woo era comandado por Sohui.
O que o alfa faria? Mataria jeongin ou hyunjin?
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