23
— Hyunjin, acalma-te!! — afirmou o alfa loiro recuando ao quase Hyunjin ter acertado com a mesa de madeira em si. O mafioso estava fora de controle, com raiva e uma inexplicável irritação, o Hwang mantinha os seus olhos na cor vermelho escarlate, porém agora estava na sua forma humana. — Changbin, pelo amor à minha vida, diz que tens novidades!
— Nada! É como se eles tivessem desaparecido do mapa! As câmaras de segurança não funcionam e o 'hacker' é o Seungmin! E ele desapareceu!! — falou o alfa do outro lado da linha telefónica. — Como ele está?
— Incontrolável! — sussurrou o Lee, olhando o seu chefe andar de um lado para o outro, murmurando palavras que não conseguia decifrar. — Parece que endoidou!
— Liga ao velho Hwang! Ele sabe como controlar o Hyunjin.
— O QUÊ?! — gritou atraindo a atenção dos olhos vermelhos do lúpus. — Hyunjin... Calma...
— O meu ómega! — rosnou entre dentes cerrando os olhos, capturando a visão de Minho engolir em seco e andar para trás devagar enquanto Hwang aproximava-se do loiro.
— Seungmin?!! — ouvindo o grito de Changbin por conta da sua audição aguçada, Hyunjin arrancou o telemóvel da mão do outro. — Ei, meu amor!!
— Changbin?! — indagou com a sua voz rouca sem usar a sua voz lupina. — O Jeongin?? Changbin!!
— Não sei... Apenas o Seungmin está aqui. — indagou apoiando a cabeça do beta nas suas mãos, o telemóvel encontrava-se no chão no alta voz. Olhando para os lados, Changbin notou que ninguém estava ali, a estrada deserta por conta do horário de noite. — Ei, Minie!!
Desligando a ligação, Hyunjin olhou profundamente nos olhos de Minho, causando medo ao outro.
— Vai ajudar o Changbin! — devolvendo o aparelho ao outro, Hyunjin observou Minho sair rapidamente dali. Suspirou uma última vez, olhando o cómodo totalmente destruído. A mesa que antes estava no lugar, agora dava lugar no chão, documentos nem tão importantes espalhados, o sofá, assim como uma parte da parede, arranhado pelas suas garras quando estava na sua forma lupina. Admitia ter perdido o controlo das suas ações assim como do seu ser, porém havia perdido Jeongin. Estava irado.
Ouvindo a porta a ser aberta, Hwang rapidamente olhou para a mesma, arregalando os olhos ao ver uma pessoa que não esperava ali.
— A-appa...! — sibilou vendo o homem sorrir para si. Seguidamente o ruivo caminhou até ao mesmo e o velho Hwang sem hesitar recebeu-o nos seus braços. E assim, Hyunjin desabou no abraço confortável do seu appa, pouco se importando para o braço magoado, ferimento este que nem mesmo o mais velho notou. O velho Hwang arregalou os olhos, nunca havia avistado o seu primogénito chorar desde a sua adolescência. — E-eu perdi-o, appa! E-eu perdi-o!
— Hyunjin! — afastando um pouco o ruivo, o mais velho segurou o rosto do outro, negando veemente. — O Changbin contou-me o que aconteceu. Não perdeste o Jeongin! Vamos encontrá-lo! Ficares aqui a despedaçar o escritório não fará com que ele apareça aqui sem mais nem menos!
— M-mas...
— Não há, mas, Hyunjin. — falou calmamente colocando uma expressão confortante no rosto que acabou por acalmar um pouco o ruivo. — Vamos encontrá-lo! Mas confesso que estou um pouco chateado por não ter conhecido o Jeongin, o teu ómega, antes!
— D-desculpa... Não é oficial, ele sequer gosta de mim... foi apenas um anúncio falso, para que pudesse descobrir algumas coisas. — separando-se do abraço, Hyunjin limpou as poucas lágrimas que teimavam em sair. — Como vamos achar ele? Não há os registos das câmaras de segurança e o nosso 'hacker' está... Espera, eu consigo!
Procurando o computador rapidamente, o Hwang abriu-o numa velocidade rápida, o velho Hwang estava ao seu lado na sala totalmente destroçada, porém, pouco se importava com isso. Sabia como o lúpus reagira àquela notícia.
— Usa aquele programa que eu te ensinei quando eras mais novo! — recomendou vendo o seu primogénito assentir. Minutos depois, com algumas instruções do seu appa, e tentando relembrar dos ensinamentos do outro, Hwang sorriu grande ao conseguir as autoimagens das câmaras de segurança do casino principal. Abriu as do dia anterior e procurou pela hora em que haviam chegado. Observou todos os ângulos do vídeo até notar Minjun, o outro líder, sair pela porta de entrada do casino, não demorando nem apenas alguns segundos uma carrinha preta parou ao lado do mesmo. Não conseguia ver as pessoas, elas não saíram da carrinha, o que acabou por dificultar o raciocínio do outro.
— Espera, porque o Minjun está aqui?! — indagou o velho Hwang possesso, atraindo a atenção do ruivo. — Não me digas que esse idiota também tem envolvimento nisto?!
— Temos provas, e tudo aponta que sim! — afirmou confuso pela recente raiva do mais velho. — O que aconteceu?
— O que aconteceu? A minha mulher, a tua progenitora, morreu nas mãos desse filho da puta!! — exclamou levantando-se lentamente.
— O QUÊ?!! — gritou tendo a visão do seu appa em si. — Ele?
— Pensei que com a ordem que deixei ele jamais conseguisse entrar novamente nesta área! E ele ainda ousou em mexer com o ómega do meu filho!! — falou mais para si do que para o ruivo. — Não pode acabar assim, precisamos de colocar um fim nele!
— Nunca chegaste a contar-me detalhadamente a causa da morte da omma...! — afirmou levantando o seu olhar. Hyunjin, agora, encontrava-se curioso. De facto, o mesmo não sabia a causa ou o porquê de ter ficado sem progenitora tão cedo. E a desculpa do alfa, o seu appa, era sempre a mesma: "Ainda és muito novo para saber a real razão!". — Eu já não sou mais nenhuma criança, acredito que agora podes contar-me o real motivo dela ter-nos deixado!
— Hyunjin...
— Appa!
— Assim que trouxermos o Jeongin, e o colocarmos em segurança, eu dir-te-ei tudo o que quiseres! Mas agora, foquemo-nos em destruir o Minjun! — afirmou o mais velho recebendo o par de olhos vermelhos do lúpus.
— Não será assim tão fácil. Mesmo eu sendo um alfa lúpus, reconheço que a máfia de Minjun é bem perigosa. Eles têm princípios contrários aos nossos. Matam por diversão, qualquer pessoa que vejam, mesmo que esta seja inocente! E se matarmos o líder, poderemos ter que criar um banho de sangue em toda a sua máfia. Nenhuma alma poderá sair viva!
— Primeiro, juntemos reforços! Soube que o Yeonjun está por aqui! Se ele puder se juntar a nós com a sua máfia, seria bom! — começou repousando uma das suas mãos no queixo com alguns requisitos de barba.
— Nem sequer sabemos onde ele levou o Jeongin! Tanto que ele pode não estar no norte! — explicou vendo o mais velho concordar.
— Se ele não está no Norte, ele ainda não saiu das redondezas!
— Impossível! Não temos nenhum registo de hospedagem, sem ser a que expirou ontem! E o Kwang não pode ter envolvimento nisto, ele é vigiado 24 horas!
— Quem é o Kwang?! — indagou com o cenho franzido.
— Preciso de te explicar tudo! — afirmou sentando-se novamente no sofá despedaçado, atraindo a atenção do velho Hwang quando começou a explicar a longa história.
A alguns bons quilómetros dali Jeongin encontrava-se num estado deplorável, mesmo tendo sido apenas um dia. O pobre ómega lúpus não deixava o sono apoderar-se do seu corpo, fazia de tudo para se manter acordado. O alfa, que conhecia demasiado bem, por vezes entrava na sala em que estava.
O cheiro não era um dos melhores, nas primeiras horas deixou o ómega enojado, porém percebia que aquele alfa nojento sequer se importava com tal coisa. Por hora, nada havia acontecido consigo, e isso acabava por ser estranho. Estranho até demais...
Sendo retirado dos seus pensamentos ao ouvir a porta a ser aberta, Yang suspirou baixo, totalmente cansado. Não apenas como se obrigava a manter acordado, mas como também apenas lhe davam água, apenas água. Não se importavam em dar-lhe qualquer tipo de alimento sólido, e isso acabava por fazer um pequeno efeito no ómega. O começo da fraqueza no seu corpo.
Os barulhos de passos ficavam mais próximos, e assim o alfa nojento foi capturado pelo campo de vista do ómega. Os segundos em silêncio transformaram-se em minutos, até que o outro começou a andar por aquele espaço, parecendo procurar algo. E assim que levantou a sua visão, Jeongin arqueou o cenho.
"Cordas?" — questionou-se mentalmente vendo o outro aproximar-se de si lentamente e com um pequeno sorriso nos lábios. — "Eu já não estou atado suficientemente bem?".
— Confuso? — indagou vendo o outro assentir levemente, rindo o alfa aproximou-se do corpo delicado do pequeno lúpus parando os seus lábios perto do ouvido do mesmo. — Vamos nos divertir um pouco, Innie!
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