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- Precisamos sair daqui, senhor! - o anjo gritou para seu líder de batalha, batendo as asas fortemente, mostrando seu nervosismo.
- Tem razão. Apesar de odiar fugir, Angel corre perigo aqui por perto. - Ezequiel, o Arcanjo líder do grupo de anjos que tentavam vencer a todo custo uma de suas milhões batalhas da Guerra Divina contra os demônios do submundo, suspirou tentando manter a calma e recuou.
- Senhor, senhor. Temos um problema... - um dos anjos falou se aproximando do Arcanjo e seu anjo companheiro. - A Angel foi atingida, à tempo consegui chamar a nuvem, mas foi inevitável... Ela caiu na Terra.
- Como é?! - Ezequiel arregalou os olhos, já temendo a fúria da Rainha Celeste por ele ter perdido sua filha no meio dos humanos. - O que está esperando, seu tolo? Vá atrás de onde a princesa caiu ago...
Não deu mais tempo de raciocinar, os poderes obscuros e sombrios dos demônios considerados A Elite do Inferno, já tinham apagado completamente os anjos e o Arcanjo.
- Derick, acabamos com eles. - Janna sorriu convencida com o "trabalho" que acabara de fazer.
Ela fazia parte da Elite há anos, com sua beleza exuberante, conquistava os meros mortais com seus olhos incrivelmente verdes e cabelos negros como a noite.
Mas apesar de seduzi-los, não ficava com eles, o nojo por humanos falava mais alto. E além do mais, Derick lhe atraía. A personificação da Luxúria era simplesmente tentadora para ela, especialmente quando o líder arrancava a cabeça de um Arcanjo e o sorriso malicioso surgia em seu rosto. Já havia perdido a conta de quantas vezes ficara exitada só de sentir o olhar sedutor e despreocupado dele sobre si.
Porém, demônios não podiam se relacionar com os mesmos de sua espécie por um problema desconhecido no Inferno. Somente quatro da família real tinham acesso aquela informação, no caso, o Rei das Trevas, Derick, seu irmão do meio Dommnic e Dustin, o mais novinho, com apenas 1.300 anos de vida, já que eram os mais poderosos do clã.
Era um demônio de classe B, assim como seus outros companheiros, Steve e Christoff, os irmãos imbecis, mas como eram os melhores daquela classe infernal, o Rei das Trevas montou o grupo principal de combate com seu filho mais velho no comando, e eles como batalhão. E agora, o irmão mais novo de Derick, que também era de classe A, entrou naquele grupo de demônios.
- Ótimo, vamos embora. - o príncipe deu de ombros. Como se aquela batalha tivesse sido só mais uma para sua cota. E realmente era. Bando de anjos fracotes...
Desde que se lembrava, aquele demônio havia matado centenas de celestiais, e era tão satisfatório quanto se divertir com as humanas em seu tempo livre.
- Espera aí, irmão. - o pequeno demônio correu até o líder, e o encarou olhando para cima. - Ao final da batalha vi algo cair do Céu, não faço ideia do que seja.
Este era o demônio menor da linhagem, porém, o mais perigoso. Chegando a superar em batalha seu irmão Dommnic, que tinha 3.635 anos e muito mais experiência de vida do que aquele garoto que ainda pedia a ajuda das escravas para fazer xixi. Se comparado a idade humana, teria 7 anos de idade. Assim como Derick, Dommnic e os outros quatro pecados, seus 20.
- Pode ser, talvez, uma Arma Divina. - o príncipe sorriu de lado. - Daria uma boa grana no mercado negro, humanos estúpidos... Fazem tudo por dinheiro.
- Ou até mesmo uma cabeça de ogro, comeríamos como reis essa noite. - Christoff passou a língua pelos lábios, sentindo a barriga roncar.
Ele era simplesmente imenso, um demônio com uma força extremamente brutal e sem coração. Carnívoro como um leão, se alimentava tanto de animais grandes que viviam na Terra, quanto de cadaveres de mortais. Mas seu prato favorito, sem dúvida era um humano vivo.
Derick sempre lhe concedia uma oferenda quando ele se comportava bem. O líder deixava-o ir até uma vila próxima e comer um humano sem deixar um fiapo de roupa.
Os gritos de clemência eram uma satisfação para seus ouvidos. E estômago.
Com uma mente maligna, a bipolaridade daquele demônio era assustadora. Parecia uma criança com suas atitudes, mas quando em campo de batalha, o rastro sangrento e sem um pingo de piedade o acompanhava. Principalmente quando a fome era mais alta.
- Permissão para ir ver, irmão? - Dustin, o irmão mais novo de Derick, perguntou esperando uma resposta positiva.
- Só não demore, Dustin, estaremos esperando aqui por perto. - Derick cruzou os braços, e foi andando até perto de uma rocha enorme.
- Vai deixar o novato ir sozinho atrás de uma Arma Divinal, senhor? Sinto muito, mas é tolice. - Janna franziu o cenho completamente indignada.
- Apesar de ser novato na nossa Elite, ele é meu irmão e depois de mim ele será o futuro Rei das Trevas. De um jeito ou de outro, ele é mil vezes mais fortes que você, Janna. - Derick arqueou uma sobrancelha. Tinha o pavio curto demais para aturar aquela garota.
A demônio simplesmente abaixou sua cabeça e calou-se um tanto irritada. Ninguém mais usou abrir a boca para desafiar o líder do Clã dos Demônios.
Derick apesar de falar calmamente, era mais estourado que o pecado favorito do seu pai, a Ira.
Dustin sorriu orgulhoso para o irmão mais velho e saiu em direção oposta ao grupo de batalha. E andando pelo bosque o lado de uma enorme macieira, ele viu.
Não era uma Arma, muito menos uma cabeça de Ogro. Era uma moça, uma linda moça.
Aparentava estar desmaiada, estava em cima de uma nuvem em um sono que parecia ser profundo. Não dava para ver completamente seu rosto, já que ela estava deitada de bruços, mas dava para ver que ela estava completamente nua e o garotinho só conseguia ver sua parte traseira.
Ele estava um tanto longe dela, então resolveu se aproximar um pouco mais, mas se arrependeu no mesmo instante.
A garota tinha asas.
Asas de anjo que cobriam suas costas por completo de tão grandes que elas eram, mas o demônio não podia negar que eram belas asas. Bonitas e delicadas como ela aparentava ser.
Viu que ela estava mesmo dormindo então não causaria perigo, mas resolveu encobrir sua presença e esconder seus poderes demoníacos por precaução. Além do mais, não arriscaria pôr em risco sua vida, já que um anjo poderia estar lhe observando de perto ou até mesmo aquela garota esperando para atacá-lo. Poderia ser sim uma armadilha.
Cobriu também, a presença da garota, pois um Celestial com certeza estaria procurando-a, eles apesar de cruéis, nunca abandonavam sua linhagem, então daquele jeito não a acharia tão facilmente.
Olhando a mais de perto, viu que ela estava com um enorme machucado na testa que sangrava sem parar, e aquelas gotas de sangue caiam sobre a nuvem mágica, que ele nunca tinha visto, afinal não era todo dia que se via uma nuvem daquelas.
Foi então que Dustin teve uma ideia, fazendo o mesmo abrir um sorriso maléfico e cruel. Saiu correndo em meio às árvores, a procura de seu grupo de batalha.
- Irmão, irmão, preciso da sua ajuda, eu não aguento pegar o que caiu do céu. - o garotinho voltou correndo até o irmão, completamente afobado.
- Eu disse que era uma cabeça de ogro. - Christoff sorriu convencido.
- Vocês esperem aqui, vou buscar nosso jantar. - Steve se levantou da rocha, falando seriamente.
A neutralidade dele era insuperável, era frio como gelo. Irmão mais velho de Christoff e com certeza o mais inteligente.
A esperteza dele em campo de batalha era impressionante, e com seus poderes sombrios era temido tanto no Céu quanto no Inferno, apesar de seu tamanho fazer jus a tudo aquilo.
Beleza ele tinha de sobra, e com certeza bem mais bonito que seu irmão grande e desengonçado. Os olhos castanhos escuros, quase negros assim como seus cabelos, davam a ele um ar despojado e sexy ao mesmo tempo. Mas sua inteligência acima de um QI humano e demoníaco, espantava até mesmo os anjos mais astutos e estratégicos.
- Não é isso que você está pensando, é uma coisa maior. - Dustin abriu os braços pequeninos, tentando mostrar o tamanho da "coisa".
Os demônios se entreolharam e foram seguindo o garoto até perto da tal macieira, onde viram o mesmo que ele, uma bela jovem desmaiada e machucada em cima de uma nuvem. E claro, com enormes asas angelicais.
- Como ousa nos trazer até essa coisa? É um... Um anjo desprezível! - Janna praticamente gritou, com o rosto vermelho de raiva. Já ficava irritada por Derick não sentir atração por ela, ficava mais ainda por ter aqueles irmãos no seu caminho.
- Ela está desmaiada, machucada. Temos que encobrir nossa presença, assim como eu fiz comigo e com ela. Podemos acabar atraindo anjos. - o garotinho balançou a cabeça.
- Por isso mesmo. Pode ser uma emboscada!
- Ou uma vantagem. Se encobrirmos nossa presença e as nossas marcas, pareceríamos mortais. - Steve colocou a mão no rosto, pensando. - E ajudando esse anjo, poderíamos descobrir segredos de seu clã passando completamente despercebidos
- Foi exatamente isso que eu pensei, por isso eu fui atrás de vocês. Ou acham mesmo que eu ia querer ajudar um anjo?
- Isso é tolice, Derick, acho que este rapazinho está se vangloriando demais e... - ela nem terminou a frase.
Ele apenas levantou um dedo fazendo a calar a boca no mesmo instante, isso era uma mania que ele havia se acostumado por conta de seu pai. Toda vez que ele levantava seu dedo, era para seus seguidores lhe obedecerem, calando-se na hora.
Ele se aproximou da nuvem olhando para o rosto terno da garota. Encostou o seu dedo na superfície fofa, mas acabou levando um choque muito forte, fazendo aquela parte de seu corpo queimar e na hora uma cicatriz feia e profunda aparecer.
O demônio não sentiu dor, pois já havia presenciado coisas piores, porém, chegou a pular de susto, afinal o choque veio do nada. No entanto, agradeceu mentalmente pelo poder de cura.
Derick também pensou que poderia ser algum tipo de feitiço que um imundo do Clã dos Magos havia feito para somente anjos. Mas por que ela precisaria de uma nuvem mágica se tinha asas? Ou melhor, belíssimas asas.
Ele observou-a minuciosamente, atentando-se aos traços delicados e bonitos de seu corpo, ele tinha que admitir, ela realmente parece um anjo, porém, como todos os outros de seu imundo clã, ela era má e vingativa.
Lutando contra a dor, ele pegou a garota no colo sentindo as queimaduras que foram aparecendo em seu braço borbulharem, aquilo levaria horas para se curar.
A deitou na grama cuidadosamente, retirou sua blusa ficando nu da cintura para cima para vestir no anjo, e em seguida, a pegou no colo novamente, reprimindo um gemido de dor, levou choque em ambos os braços por conta daquela nuvem maldita.
- Senhor... - Steve parou em frente ao príncipe, se curvando, e ao levantar a cabeça ainda ajoelhado, deu um sorriso maldoso para o amigo. - Achamos um lugar.
- Ótimo. - o sorriso malicioso e carregado de luxúria e maldade, apareceu no rosto do demônio, e encarou o anjo atentamente. - Vamos enganar direitinho esse anjinho...
Um lugar abandonado um pouco afastado de uma vila, era onde os demônios tirariam ótimas informações daquele anjo.
Derrick deitou a garota numa cama velha encarando-a com desdém.
- Depois que eu tiver segredos o bastante, levem ela para o Rei das Trevas e lá no Inferno, analisaremos um plano de batalha. - o príncipe sorriu de escárnio, olhando o anjo de cima a baixo na cama mofada. - Christoff, você fica encarregado de matar essa garota, faça o que quiser com corpo dela. Coma, queime, abra o coração, eu não ligo.
- Só sei que depois que ganharmos a Guerra Divina, você será coroado sucessor do Rei das Trevas, vai ser um ótimo rei, senhor. - Janna sorriu mordendo os lábios, passando as unhas compridas pelos ombros de Derick.
- Quando o senhor dominar o céu, seremos como seus protetores. - Steve cruzou os braços, encostando-se na parede.
- Além disso, mandaremos no mundo! - Christoff bateu palmas empolgado como uma criança ao ganhar seu doce favorito.
- Você nem sabe disso. Derick decidirá o que vocês irão fazer, e se vamos continuar aqui. Além disso... Tem o Rei... - Janna fez uma careta para os companheiros e Derick se afastou dela brevemente, pensando em Dustin que brincava com algumas ovelhas do lado de fora da casa.
- Não se preocupe, Janna, não falei com o meu querido pai, mas tenho em mente que vocês serão a minha Elite no futuro. - sorriu. - E eu... - olhou mais uma vez para a garota deitada na cama. - Eu vou destruir anjo por anjo.
Angel acordou um tanto assustada sentindo a cabeça latejar de dor, olhou ao redor com o cenho franzido sem saber onde estava.
Viu uma velha senhora que parecia ser humana, no canto do quarto em que se encontrava, colocando um jarro d'água em cima de uma pequena escrivaninha.
- Ei, com licença... - a garota a chamou.
- Oh! - a velinha a olhou com um semblante assustado, largando a jarra e o copo na escrivaninha.
- Oi, é... Pode me dizer onde...?
- Senhor, senhor!
A senhora saiu correndo do quarto deixando o anjo mais confuso do que nunca, mas em seguida, sentiu a aura mais pesada do que o normal, Angel por um momento, sentiu dificuldade de respirar, e um homem humano entrou no quarto olhando nos olhos profundamente azuis do anjo.
- Finalmente acordou, garota, já está anoitecendo. - ele falou cruzando os braços um tanto musculosos e nus.
- Quem é você? Onde eu estou? - perguntou completamente confusa.
- Você está na minha casa.
- O que aconteceu comigo?
- Te encontrei perto de uma macieira em cima de uma nuvem. Estava ferida, desmaiada e... Nua. - ele disse olhando para o corpo da garota sem nenhum pudor, fazendo-a corar violentamente e olhar para o próprio corpo. Viu que estava com uma blusa masculina que ia até metade de suas coxas, e ainda vermelha, concluiu que era do rapaz a sua frente. - Daí trouxe você para cá.
- Ah, bem, sou muito agradecida, mas tenho que...
- Voltar? Está com uma faixa na cabeça, estava sangrando muito. É melhor você descansar por um tempo.
- Mas eu não posso ficar na casa de um desconhecido. - ela falou mordendo levemente o lábio.
- Não se preocupe aqui estará, digamos... Segura. - sorriu maliciosa e maldosamente. - Não precisa ter medo de mim, apesar de eu parecer alguém que coloca medo em criancinhas melequentas.
- Você é humano? - ela perguntou depois de rir um pouco, se levantando e indo até a escrivaninha para beber a água que a senhora havia deixado.
Aproveitou para olhar ela de perfil, e, caralho, ela realmente era muito bonita. Com seus olhos azuis como safiras polidas e cabelos claros igualados a raios de sol, era mais linda do que o humano mais bonito da Terra.
Derick também não deixou de observar o corpo esbelto do anjo. Que o Rei das Trevas lhe perdoasse, mas ela ela era tentadoramente gostosa.
- Pois é. - Derick falou entediado, achando aquela ladainha toda irritante.
- E... Como eu...? - ela mesma se interrompeu, sentindo o grande poder que vinha dele novamente. Era sobrehumano. Definitivamente ele não era um mortal. Era... Um demônio.
- Você gosta de fazer perguntas, não é? Bom, honestamente não estou interessado... Mas essas asas... Elas me intrigam... Anjo, não? Achei estranho um anjo em cima de uma nuvem.
- Ah, é a Caroline. É um presente que ganhei de meu pai antes de morrer em batalha. Para me proteger.
- E por quê? - ele perguntou começando a achar aquilo interessante. Ela entregaria tudo de bandeja!
- Bom... Digamos que eu seja a princesa... - sorriu timidamente.
Por um momento o coração do demônio palpitou mais forte.
A rainha dos céus então tinha uma filha?
Era seu dia de sorte.
- Filha da Rainha Celeste? Temos uma celebridade aqui?
- Oh, não é para tanto. Minha mãe nem me deixa sair então, não sou tão conhecida.
- Acho que os demônios não fazem nem ideia da sua existência, certo? - Derick conteve o sorriso maldoso que insistia em aparecer em seus lábios.
- Ah, antes não, claro. Mas ontem minha mãe reuniu os Arcanjos e... Eu estou aqui. Bem, estava lutando pela primeira vez, e também me mostrando como princesa. - ela concluiu, escolhendo bem suas palavras.
- Então, sua mãe estava aguardando o momento certo para você mostrar seu estilo de combate e nível de poder, não é? - o mesmo perguntou voltando a olhar para a garota.
- Bem, um dia não muito distante eu serei rainha, então... Por que quer saber de tanta coisa? - era óbvio, ele queria arrancar os segredos dela. Como demônios eram traiçoeiros.
- Fico com medo da guerra se alastrar e voltar a fazer os humanos sofrerem as consequências.
- Eu não entendo muito disso. É a primeira batalha em que... Em que resolvi lutar. É como você disse, fui mostrar meu poder para minha mãe me dar mais liberdade. Mas não deu nem tempo de... Minha mãe! Oh, minha nossa, ela vai me matar! Tenho que ir...
- Está muito fraca ainda. - ele a encarou fixamente, fazendo a espinha dela tremer.
- Quanto tempo pretende me manter aqui? Acha mesmo que eu não notei? Você... Você é um demônio! - ela gritou dando alguns passos para trás. - Eu posso ter cara de sonsa, mas não sou burra. Eu vi no seu braço as queimaduras, deve ter sido quando você me tirou da nuvem e demônios são os únicos que não podem tocar em nuvens mágicas como aquelas...
- Ora, ora até que você não é tão burra quanto a Janna pensou. Bom, já que agora você sabe sinto muito, mas daqui você não sai viva. Christoff! - Derick gritou, vendo o demônio de fome insaciável entrar no quarto imediatamente. - Ela é toda sua... - sorriu uma última vez para o anjo, e deu-lhes as costas, saindo do quarto.
O demônio sanguinário encarou a garota com um sorriso divertido nos lábios. E sem que a mesma esperasse, suas asas criadas pela sombra surgiram em suas costas, e o mesmo avançou contra o anjo, que por pouco não desvia e quase é esmagada pelo grandalhão.
Com dor, abriu as asas, sobrevoando o quarto e deixando a luz encobrir seu corpo, deixando os poderes que há tempos adormecidos, despertarem para a batalha.
Em menos de um segundo, o demônio com uma fome surreal voou até a garota tentando acerta-la com golpes certeiros que eram facilmente desviados.
Uma enorme fonte de poder surgiu de dentro de Christoff, e uma luz negra foi lançada em direção a garota, que com um simples toque a absorveu, transformando em luz e jogando de volta para o demônio, fazendo-o cair e abrir um enorme buraco na parede.
Ela era forte.
Mais forte que um demônio de Elite.
E aquilo era extremamente perigoso.
O anjo aproveitando que havia uma escapatória, fugiu pelo lado de fora deixando o demônio furioso e com fome para trás, com uma terrível dor de cabeça. Ninguém nunca havia usado seu próprio poder contra ele. Era assustador.
Ela poderia matá-lo com facilidade, mas o coração puro e bom da garota só a fez dar uma olhada para trás uma última vez, vendo o demônio que a havia "ajudado", parado a olhando enquanto outros dois corriam para ajudar o companheiro.
Deu as costas sabendo que correria risco de morrer, mas a tempo, conseguiu se esconder em meio as nuvens.
- Como essa garota ousa machucar meu irmão... Eu... - Steve, que estava com o a cabeça do irmão apoiada nos braços, soltou nos de Janna, e abriu as asas, começando a voar atrás do anjo.
- Steve. - o príncipe das Trevas já de asas abertas, parou no ar de frente para o amigo, o encarando. - Não faça nada.
- Como é? - o demônio o olhou furioso. - Derick você...
- Ela vai voltar. Eu sinto isso, não se preocupe. E além do mais... Ela despertou a Luxúria. Nada mais prazeroso do que a própria personificação descontar seu pecado... - o líder o encarou.
- O que quer dizer? Não vai transar com um anjo nojento, não é, Derick?
- Não. O que eu realmente quero... - encarou a nuvem mágica que subia para o céu novamente, acompanhando a princesa; como se fosse feita para estar com ela. Um sorriso mau e malicioso surgiu em seu rosto. - É que ela morra nas minhas próprias mãos...
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