Three
Monday
Claire amava lecionar tanto quanto amava crianças, mas ela estaria mentindo se dissesse que alguns dias não ficava animada ao ouvir o sino, indicando que as aulas haviam terminado, tocar. Hoje não estava sendo diferente, seus alunos estavam dando trabalho e tudo o que ela mais queria era sair daquela sala de aula.
Como se alguém tivesse lido seus pensamentos, Claire é chamada na diretoria minutos depois, onde é informada que alguém está á esperando na sala de reuniões. A professora franze as sobrancelhas, se preparando para o que provavelmente seria uma conversa com os pais de algum de seus alunos.
O que ela não esperava era encontrar Tom, sentado no pequeno sofá azul, seu terno se destacando no tecido envelhecido. Assim que ele ouviu o barulho da porta sendo aberta, seus olhos, que antes era fixados na tela do celular, encontraram os de Claire, fazendo com que os acontecimentos de algumas noites atrás voltassem com tudo em sua memória. Não que eles estivessem ido embora, pelo contrário, as memórias do que eles haviam feito á assombravam desde o momento em que ela deixou a casa do homem á sua frente.
—Oi! O que tá fazendo aqui? — questionou a professora, engolindo em seco ao vê-lo levantar e em passos lentos, se aproximar. —Oi, Claire! — ele respondeu, parando em sua frente. —Eu... senti que deveríamos conversar. — afirmou o moreno, sendo cuidadoso com as palavras, com medo de assusta-lá.
O sangue de Claire correu frio pelo seu corpo, sua expressão demonstrando medo e arrependimento, o que ela esperava expressar para Tom com suas palavras. —Tom, olha... eu sinto muito pelo que aconteceu no jantar, tínhamos bebido e acabei me aproveitando da situação. Eu... não deveria ter te beijado, eu sinto muito! — Claire praticamente vomitou as palavras, soltando um longo suspiro ao terminá-las.
A expressão de Tom parecia não mudar, sua única reação foi tirar as mãos dos bolsos e coçar a parte de trás do pescoço com uma delas. —Quer saber? Você está certa, não deveria ter me beijado! — ele afirmou, e naquele momento, toda e qualquer esperança que Claire tinha de que o beijo não havia sido um erro, e de que Tom também havia sentido alguma coisa á mais entre eles foi completamente por água abaixo.
Ela assentiu, engolindo o nó que se formou em sua garganta. Entretanto, antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Tom prosseguiu. —Eu é que deveria! — essas foram as últimas palavras que saíram de sua boca, antes dele conectar seus lábios com os de Claire em um beijo apaixonado.
As mãos de Tom rapidamente acharam seu devido lugar na cintura de Claire, á aproximando ainda mais de seu corpo. A professora sentia seu coração praticamente querendo sair de seu corpo, dada a velocidade em que estava batendo. Seus lábios se encaixavam perfeitamente nos de Tom, como se fossem mesmo feitos um para o outro.
Com pulmões implorando por ar, eles foram obrigados a se separar, mas não por muito tempo, já que Tom logo se inclinou para outro beijo. Dessa vez, Claire foi quem decidiu os afastar, sabendo que, mesmo que ela não quisesse que aquele momento terminasse, eles infelizmente estavam em seu local de trabalho. —Espera... — exclamou ela. Tom se afastou imediatamente, preocupação cobrindo seus olhos. —O que foi? Fiz alguma coisa errada? — indagou ele.
Claire sorriu, depositando um leve beijo em seus lábios. —Não, você não fez nada errado! — afirmou ela. —É que estamos no meu local de trabalho e qualquer um pode ter acesso à essa sala. — Claire raciocinou, vendo Tom assentir. —Você está certa! Desculpa! — ele sussurrou. —Tudo bem! — Claire balançou a cabeça, o sorriso nunca deixando seus lábios.
Respirando fundo, Claire decidiu esclarecer as coisas logo de uma vez. —Tem certeza disso, Tom? Quer dizer, você tem a Maya... — disse ela, sendo silenciada por Tom. —A Maya gosta de você mais do que de mim, Claire! — ele exclamou, com um sorriso no rosto. —Não fala isso! — Claire retrucou, dando um tapa brincalhão no peito de Tom, que sorriu, a puxando pra mais perto. —Vamos falar com ela, vai ficar tudo bem! — ele afirmou, colocando um sorriso de volta em seus lábios.
Quando esse assunto estava fora do caminho, ambos voltaram a se beijar, já completamente viciados um no outro. O som de alguém chamando o nome de Claire do lado de fora da porta foi o que os separou dessa vez. —Sim? — respondeu a professora. —Claire? Você precisa voltar pra sala de aula, seus alunos estão à esperando! — exclamou a mesma voz feminina. —Sim, vou sair em um minuto! — Claire prometeu e isso pareceu o suficiente para quem estava do outro lado.
—Preciso voltar! — ela afirmou, recebendo uma reação chateada de Tom. —Podemos nos encontrar amanhã? Estou livre no almoço! — indagou ele, ansioso para vê-la novamente. —Sim! Eu também estou livre! — Claire afirmou sorrindo.
Depois de resolverem os detalhes de seu encontro, Claire se despediu de Tom com mais um beijo, que acabou durando mais do que deveria. —Tom, eu preciso ir! — ela murmurou. —Nãão! — resmungou o moreno. —Amanhã! — prometeu Claire ao se afastar. —Promete? — questionou o moreno, estendendo seu mindinho, entregando que era mesmo o pai de uma criança de seis anos. Rindo, Claire assentiu, entrelaçando seus dedos.
Depois de mais um beijo, dessa vez roubado, Tom finalmente saiu da sala, recebendo olhares curiosos da mulher que ainda aguardava por Claire do lado de fora. —Tudo bem? — ela questionou ao ver a professora saindo. —Sim! Perfeito! — respondeu Claire, afinal de contas, depois dos acontecimentos de minutos atrás, tudo estava mesmo perfeito.
Tuesday
Faltavam alguns minutos para o horário do almoço quando o táxi parou no endereço que Tom havia passado para Claire no dia anterior, um edifício com mais de 10 andares com as palavras Holland Corporations cravadas em um painel de metal.
Ao entrar, a professora ficou chocada com o luxo e a modernidade do local, as vidraças davam uma vista completa da cidade de Londres, que parecia ainda mais encantadora lá de cima.
Claire foi tirada de seus pensamentos por uma voz feminina á chamando. —Claire Martin? — indagou a mulher atrás do balcão. —Sim! Sou eu! — ela respondeu, com um sorriso no rosto. —Seja bem vinda á Holland Corporations! O Sr. Holland já está te esperando. Me acompanhe! — exclamou a mulher, saindo de trás do balcão e acompanhando Claire até uma das salas.
Do outro lado da porta com os dizeres "Tom Holland: CEO", estava uma sala gigantesca, ainda mais luxuosa. —Sr. Holland, a Srta. Claire Martin está aqui! — ela exclamou, dando espaço para que a professora entrasse. —Obrigado, Jane! — Tom agradeceu.
Tom se aproximou de Claire assim que Jane fechou a porta. —Oi! Desculpa fazê-la vir até aqui, a reunião acabou demorando mais do que eu imaginava e... — as desculpas de Tom foram brutalmente interrompidas pelos lábios de Claire, que encontraram os de Tom em segundos.
O beijo foi uma mistura de demorado e apressado. Como se eles tivessem todo o tempo do mundo e ao mesmo tempo, não o suficiente. Com pulmões implorando por ar, Claire se afastou. —Eu não me importo! — afirmou a professora, colocando um sorriso nos lábios de Tom, que em segundos, partiu para mais um beijo.
—Você gosta de comida tailandesa? — perguntou o moreno. —Sim! — Claire respondeu, sorrindo ao lhe dar um último selinho. —Ótimo! — afirmou Tom, á convidando para se juntar à ele no sofá, que ficava de frente para a janela, sendo assim possível apreciar a vista lá de cima.
Claire elogiava a sala de Tom, quando Jane bateu na porta, entrando logo em seguida com sacolas e embalagens de um famoso restaurante tailandês. Depois de agradecê-la, Tom e Claire posicionaram toda aquela comida na mesa de centro, onde passaram horas, comendo, conversando, rindo e roubando alguns beijos no meio do caminho.
Quando o horário de almoço de ambos estava prestes á acabar, Tom acompanhou Claire até a porta, onde á beijou mais uma vez. —Obrigado por vir! — afirmou ele. —Claro! Eu me diverti! — a professora sorriu.
Tom se inclinou novamente, deixando um último longo beijo nos lábios de Claire, que sorriu ouvindo Tom choramingar ao tentar se afastar. —Eu tenho que ir, Tom! E você também! — sussurrou. —Ok! Só mais um! — disse o moreno, arrancando risadas da professora.
Depois de mais alguns minutos, eles se separaram, por definitivo dessa vez. Tom á acompanhou até o elevador, de onde Claire acenou, antes das portas se fecharem. Saindo de lá, seu sorriso era tão grande que suas bochechas estavam doloridas.
Mas isso não importava, o que importava agora era Tom Holland e como, mesmo com medo desse sentimento tão repentino, ela estava se apaixonando completamente por ele.
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