SEGURO

Como prometido, att dupla, porque eu amo vcsss ; D

Comentem bastante, beijinhos e boa noite

Capítulo 11 – Seguro

Era nítido para qualquer um que olhasse para mim, que eu estava a um passo da morte certa. Min parecia compadecida do meu sofrimento e estava mais obediente do que nunca. Quando disse que não me sentia bem para aparecer ao baile de abertura da temporada, ela concordou e disse que iria com o Duque.

O Duque havia marcado dezenas de reuniões como o Rei e todas as noites, após os bailes, ele ia até o meu quarto afirmar que estava fazendo o possível para me tirar daquela situação. Pediu até mesmo para que guardas ficassem na minha porta, para garantir que Jae não chegaria a um passo perto de mim.

Eu sentia tanta dor e medo, que mal conseguia sair da cama de Min. Estava dormindo todas as noites com a menina, porque eu tinha medo do que aconteceria quando eu fosse. Ela era tudo o que eu tinha e eu sentia que era tudo o que ela tinha, mesmo que não fosse verdade. Ela agora tinha o Duque e eu sabia que ele faria de tudo por ela, assim como eu.

Ele era carinhoso e a tratava como um irmão ou até mesmo como um pai. Ela estaria bem. Ela teria SeokJin, Taehyung, Hoseok, Namjoon e Yoongi. Ela ficaria bem. O Duque continuaria com o tratamento e um médico iria a acompanhar em todos os passos. Deus, ela ficaria bem, não ficaria?

Eu não deveria me preocupar com isso, Min estaria bem e eu estaria finalmente livre. Seria melhor assim. Eu havia estragado minha vida, jogado minhas chances fora e tudo o que poderia pedir era que Deus tivesse piedade da minha alma, independente de pra onde ela fosse.

Era nosso quinto dia ali. A música do baile era baixa e mal dava para ser ouvida. Batidas soaram na minha porta e eu não sabia ao certo o que esperar. O duque e Min não apareceriam naquele horário. A ideia de que algo poderia ter acontecido com Min me desesperou, e assim que abri a porta notei que os guardas não estavam mais ali.

Uma serva, segurava uma bandeja e uma carta. Pediu passagem e mesmo confuso, permiti que ela entrasse. Ela me encarava com nojo e se manteve distante enquanto me entregava a carta.

Eu não sei ler. Me desculpe. – Pedi constrangido e intimidado pela outra ômega, que suspirou irritada.

– O General Lyn mandou que eu lhe entregasse essas coisas. – Disse apontando para a bandeja que continha um vidrinho pequeno com um líquido escuro e uma caixa de tamanho médio. Ela abriu a carta e leu o conteúdo. – Ele disse que está lhe dando uma chance de fazer isso com honra. Os guardas ainda respondem a ele e seria fácil para ele chegar até você, mas pode fazer isso de forma rápida, se preferir. – Afirmou devolvendo a carta a bandeja. – Deixarei o senhor sozinho para que faça o que tem que ser feito. – E sem que eu pudesse responder, ela já saia.

Abri a caixinha e ofeguei ao ver um punhal dentro. Ele queria que eu mesmo me matasse. Era isso o que aquilo significava? O que tinha no vidrinho? Veneno? Ele poderia ter me envenenado se quisesse, mas preferiu me dar as armas para que eu mesmo fizesse, assim ele sairia sem culpa.

Senti minhas pernas fraquejarem e cai no chão, fraco. O choro era doloroso e eu já não aguentava mais chorar. Era tudo o que eu conseguia fazer nos últimos dias. Não sei quanto tempo se passou, mas a porta foi aberta com brusquidão e antes que eu pudesse reagir, braços já me rodeavam.

– O que aconteceu? Por que os guardas não estão aqui? – Escutei a voz do Duque, enquanto ele me mantinha quente. – Senti pela marca a sua angústia. – Ele confessou. – Min está vindo. Pedi para Yoongi a acompanhar até aqui. – Eu solucei alto. – O que é isso? – Eu não conseguia ver do que ele estava fazendo, apenas me agarrava a ele e me permitia chorar. Porque a cada segundo eu sentia mais o ar me faltando. – Desgraçado. – Rosnou, me circulando com um braço. – Você não tomou isso, tomou? – Havia desespero e raiva na sua voz e assim que neguei ele respirou aliviado. – Vou pedir para alguém arrumar as suas coisas, voltaremos para Freedy hoje mesmo. É o fim da temporada para nós.

Min e Yoongi chegaram no quarto pouco tempo depois, Min chorou ao me ver chorando e me abraçou com força. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas o amor e apego que ela sentia por mim era nítido. Uma serva, entrou e fez as nossas malas com a supervisão de Yoongi. O Duque saiu por alguns minutos para se despedir dos Reis e tentar mais uma vez os convencer do contrário.

Algum tempo depois, eu já assistia o castelo se afastando enquanto fugíamos no meio da noite. Min ainda me abraçava com força e lagrimas mudas ainda escorriam pelo meu rosto. O Duque aromatizava o lugar, sem ligar para Min ou para Yoongi e não demorou muito para eu cair no sono.

– O que exatamente aconteceu? – Escutei a voz de Yoongi, mas permaneci com os olhos fechados. – Nunca havíamos saído assim do palácio. Me senti um foragido. E o Jimin... bem, ele não parece nada bem nesses dias.

– Eu não posso contar o que aconteceu exatamente. É algo pessoal do Senhor Park. Eu conversei com o reis antes de sair, mas a rainha quer tirar a verdade de mim.

E qual seria essa verdade? – Yoongi questionou.

– Eu estou tentando ser alguém descente, Yoongi. Me manter distante e respeitar os medos dele, mas a cada dia é mais difícil. – Ele suspirou. – Estou sentindo que no final, irei fazer de tudo para proteger ele. Inclusive admitir para o próprio rei a verdade que estou escondendo a tanto tempo.

– Sinto que você se meteu em uma grande confusão, meu amigo. – Foi tudo o que o outro alfa disse. – Deveria ter me dito antes.

– Eu não tenho direitos sobre ele e tudo é muito mais complicado do que você imagina. – Suspirou novamente. – Sinto que no final, vou perder essa batalha, mas não consigo desistir da luta.

Ele vale a pena. – Eu não tinha certeza sobre o que eles estavam falando, mas acabei caindo no sono antes de ouvir a continuação da conversa.

Quando acordei já havíamos chegado em Freedy. Min já estava acordada e parecia animada para ir ver seu patinho. Yoongi ajudava o cocheiro a descer as malas e o Duque estava sentado a minha frente, me encarando com preocupação.

– Como você está? – Ele questionou com um tom calmo.

– Minha cabeça doí. – Resmunguei tentando me endireitar no banco. – Chegamos a muito tempo?

– Acabamos de parar. – Ele disse suspirando. – Jimin, eu sei que você não quer falar sobre isso, mas acho que eles deveriam saber com o que estamos lidando. Posso pedir para manterem a guarda e te protegerem, mas acho que eles merecem saber o que está acontecendo.

Eles vão me odiar. – Eu disse sentindo meu coração apertado.

– Eles não fariam isso. – Ele afirmou. – Eles são minha família, eu confio neles. Tenho certeza de que nenhum deles te desrespeitaria. – O Duque me passava calma e mesmo entre toda a dor e sofrimento que eu estava sentindo naquele momento, ele era como um suspiro de ar enquanto eu me afogava. – Além do mais, seria mais fácil para explicar tudo.

– O que você quer explicar? – Murmurei.

– Eu não vou sair do seu lado, Jimin. Em nenhum momento até o final, mas para eles Min é minha ômega marcada, minha esposa. – Eu assenti. – Mas isso não é verdade. Min nunca será minha ômega e você...

Eu sei. – Eu carrego a marca. – Colocarei Min na cama e então conversaremos, tudo bem? Eu contarei a eles.

Estarei com você. – Ele sorriu fraco e eu concordei. Ele me ofereceu a mão e diante a situação, eu não a recusei. Pude sentir um pingo de felicidade vinda da marca e mesmo com o coração apertado, me permitir sorrir fraco. O Duque parecia querer ser meu amigo e me apoiar naquele momento e ficava feliz ao me ver ceder, mesmo que por algo bobo, como aceitar sua ajuda. 

SeokJin e Hoseok se assustaram ao nos ver ali, confusos com o porquê de estarmos ali. Em alguns minutos, Min já estava dormindo, Hoseok já servia um chá quente e todos nos olhavam apreensivo.

– Eu sei que estou sendo invasivo, mas o silencio está me matando. Jimin está com cara de choro e o Duque está claramente nervoso. E vocês deveriam estar no baile. – SeokJin murmurou e ele estava com uma cara preocupada que me apertava o peito. O Duque me encarou apreensivo e segurou minha mão por cima da mesa. – Eu estou fincando nervoso. Não me digam que...

Eu sou impuro. – Disse de uma vez, apertando a mão do alfa. O silencio reinou e ninguém disse nada, apreensivo. – Aconteceu a muito tempo. Eu fui enganado e...

Jimin passou por muita coisa. Eu já tinha consciência disso quando aceitei que ele viesse para cá. – O Duque me interrompeu ao ver que eu não conseguiria dizer. – Eu espero que nada mude. Jimin ainda é o mesmo.

– Não muda. – SeokJin afirmou. – Mas muita coisa faz sentido agora. – Disse com a voz baixa. – Eu achava que você tinha algum tipo de fobia, mas... – Os olhos do ômega se encheram de lagrimas. – Meu deus, Jimin, eu sinto muito. – E para a minha surpresa, SeokJin me abraçou, com força e carinho. – Não percebemos que você estava passando por isso.

– Está tudo bem. – Eu disse sentindo as lagrimas escorrem pela minha bochecha. – Foi culpa minha. Eu fiquei com medo de contar. Não sabia como vocês reagiriam.

– Entendemos a sua preocupação, mas isso... é um pouco confuso. – Namjoon murmurou. – Foi por isso que vocês voltaram? Alguém descobriu?

– Eu mandei uma carta para o Rei a algumas semanas. – O Duque começou a dizer e SeokJin se sentou ao meu lado, segurando minha mão com força. – Mandei o nome do homem e pedi por justiça. Eu queria que ele fosse condenado, que pagasse pelo o que fez, mas o Rei decidiu que o melhor seria se eles se casassem. – Todos emitiram um som de susto e pavor.

– Isso é ridículo. – Taehyung resmungou – Pelo o que eu entendi, esse homem enganou o Jimin.

– Ele fez pior do que isso, Taehyung. – O Duque voltou a dizer. – O tal homem é um general do exército e ameaçou matar Jimin antes do casamento.

– O que? – Yoongi disse rosnando. – Isso é sério?

– Eu fiz de tudo para tentar convencer o rei a desistir dessa ideia, mas ele continua me cobrando respostas. O Rei afirma que é a única forma de limpar a honra do Senhor Park e que depois de tudo, ninguém ira querer desposa-lo. – O Duque explicou. 

– Isso é ridículo. – Yoongi interveio. – Se esse é o caso, eu me ofereço para desposa-lo. – Meus olhos se arregalaram e o meu coração palpitou. – Se esse era o problema, poderia ter me dito, não me importo com a sua pureza, ficaria mais do que feliz em seu seu marido. Achei que já estava bem claro que tenho interesse no senhor... – Um rosnado o interrompeu, me deixando ainda mais tremulo. 

– O Senhor Park carrega a minha marca. – O Duque disse com a voz firme. – Eu o marquei no lugar da Lady Min. – Encarou Yoongi com intensidade e eu me senti tremer, porque o ar parecia denso, pesado, mas Yoongi sorriu. 

– Então é disso que se trata, meu amigo? – Yoongi questionou com um olhar esperto para o duque, como se soubesse de algo. – Novamente, deveria ter me contado. Eu teria lhe ajudado ou ao menos me controlado. – Se encostou na cadeira. – Deve ter sido tempos difíceis pra você, sinto muito por não ter notado suas intenções antes. 

– Esse não é o momento Yoongi. – O Duque suspirou, negando com a cabeça, mas parecendo um tanto aliviado. – Precisamos de ajuda. O General mandou uma carta para o quarto de Jimin, com uma adaga e veneno. Ele espera que Jimin se mate antes do casamento. – Ao terminar sua fala, Yoongi rosnou, assim como Namjoon. 

Irei reforçar a proteção da fazenda. – Yoongi disse se levantando. – Irei contratar alguns capatazes para fazerem a ronda. Ninguém vai entrar ou sair. – Ele parecia bravo, mas sua expressão se aliviou ao me encarar. – Não deixaremos que ninguém faça mal a você, Jimin. – Eu me senti quente ao ouvir sua fala, uma sensação de gratidão e afeto.

– O final da temporada ainda vai acontecer? – Hoseok disse alarmado. – Tem um mês para acabar?

– E o mais importante, como convenceremos o rei a desistir dessa ideia absurda? – Taehyung disse com pânico, mas foi respondido pelo Duque, que carregava um olhar triste.

– Sendo sincero, eu ainda não sei, mas faremos de tudo para proteger o Senhor Park. 


| IMPURO |

DOR E SOFRIMENTO

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