QUENTE

QUEM TÁ PRONTO PRA MAIS???

ESSA HISTÓRIA TERÁ 17 CAPÍTULOS


Capítulo 13 – Quente

Min brincava ao meu lado e evitava precisar de mim. Ela fazia um chá de bonecas e havia me substituído pelo patinho Chim. Eu fiquei surpreso ao ver que o Duque havia permitido a entrada do pato em seu escritório e mesmo que um tanto desconfiado com o animal, ele o permitiu ali para que não precisássemos sair do seu campo de visão.

Eu estava deitado no tapete, encolhido enquanto observava Min. Minha roupa intima assim como o chão, estava forrado com um tecido que SeokJin havia me dado. A lubrificação não sairia tanto graças ao chá e a dor também era menor. Eu conseguia ficar consciente e mesmo que o Meu lobo chorasse pelo controle, ainda era eu que estaria aqui.

Aquele ainda era o primeiro dia. Eu havia tomado mais umas 3 xicaras de chá e a dor aparecia de tempos em tempos. Min já havia notado que era a febre da amora e me disse que todo o escritório cheirava a amora, por isso ela evitava precisar de mim para me dar esses minutos para me recuperar.

Eu forrava meu colo com um cobertor, para que ninguém pudesse ver meu membro duro sobre o tecido da minha calça e implorava para que aquele cio não passasse disso. Sobre uma ameaça de morte, todos pareciam atentos a mim e isso era o que eu menos queria.

Yoongi disse que faria a ronda em volta da casa, mesmo que o Duque tivesse pedido que ficasse mais longe. Namjoon disse que resolveria algumas coisas em outras fazendas e que tentaria voltar quando o cio passasse, mas que deveríamos chama-lo se algo acontecesse.

– Se sente bem? – O Duque perguntou pela quinta vez naquela tarde.

– Estou bem. – Resmunguei com a voz fraca. Ele havia ficado "bravo" comigo por não comer nada além do chá, mas eu havia tentado explicar que naquele período, era bem difícil sentir fome ou qualquer outra coisa que não a febre.

– Eu quero bolo e geleia. – Min disse de joelhos, me encarando de cima.

– Eu vou com você. – Disse tentando levantar, me esforçando para fazer o menor número de barulhos possíveis, mas Min me parou.

– Não precisa, Chimchim. Jinnie e Taetae estão aqui. Eles podem me ajudar. – Ela disse com um olhar preocupado. – Você está doente, deveria ficar de cama e tomar chá com biscoitos. – Disse emburrada, porque para ela, era assim que se curava qualquer doença. Era o que fazíamos quando ela gripava. – Não pode brincar assim.

– Eu preciso ficar aqui e cuidar de você, Min. – Tentei explicar, mas ela me olhou parecendo brava.

Não estamos mais na casa da Mamãe. Aqui é o palácio da Princesa Min, lembra? – Eu concordei. – Eu vou ficar bem. Precisa cuidar de você mesmo agora. E isso é uma ordem da princesa. – Ela empinou o nariz e eu tentei rir. – Eu e o Chimmy, vamos descer e comer doces e você vai para a cama, até estar bom.

– Eu não acho que...

– Promete, ChimChim. – Ela me olhou seria e eu suspirei antes de concordar.

– Prometo, Princesa Min. – Resmunguei e só então ela se levantou e saltitou com o patinho para fora. Eu suspirei, fechando os olhos. Ela tava certa, não estava? Não estávamos mais com Madame Sun e Min estava bem, já fazia mais de três meses que ela não tinha nenhuma recaída. Eu estava me preocupando atoa. Ela estava cercada de pessoas boas e eu não precisava me preocupar.

– Acho que você deveria ouvir a Princesa Min. – A voz do Duque se fez presente e eu o olhei. Ele estava em sua mesa, conferindo alguns papeis, mas agora mantinha seus olhos em mim, no chão. – Ela vai ficar bem e acredito que Min não gosta de ter ver doente.

– Madame Sun nunca me deixava me dopar. Era uma preocupação real na época. – Minha voz estava falha.

– A única preocupação real agora, é a sua saúde, Senhor Park. – Ele suspirou se levantando e caminhando para frente da mesa. Corei ao ver a marca na sua calça e desviei o olhar, me repreendendo por ter olhado para ele daquela forma. – Irei leva-lo para o seu quarto. SeokJin ficará responsável pela Senhorita Min.

– Vocês me chamarão caso algo aconteça? – Questionei preocupado, tentando me levantar, mas ele foi mais rápido ao se aproximar me pegando no colo. – Isso não é necessário, eu posso...

Me deixe fazer isso. – Ele murmurou baixo. – Te pedi para não me afastar. – Concordei sem conseguir desviar o olhar do seu rosto. – Segure em mim, Senhor Park. – Eu me senti levando os braços ao redor do seu pescoço, mas não me vi tomando essa atitude.

– O Senhor costumava me chamar de Jimin. – Eu murmurei, ainda perdido nele. – Eu gostava disso.

– Estou tentando me lembrar que não posso cruzar a linha. – Ele murmurou começando a andar, mas seu olhar estava em mim. – Acredite, está sendo bem difícil pra mim também. E em minha justificativa... – Disse passando pela porta. – O senhor nunca me chamou pelo primeiro nome. – Eu corei. O nome dele ecoava na minha mente, mas nunca havia me permitido dizer em voz alta.

– Eu não conseguiria dizer. – Admiti e tremi ao sentir ele me segurar com mais força.

– Agora realmente não é o momento. Eu já estou no meu limite, de qualquer forma. – Ele respirou fundo. Não demorou muito para estarmos na porta do meu quarto, mas ele passou reto, entrando no próprio quarto, eu iria falar algo, mas ele foi mais rápido. – Seok disse que sentir o meu cheiro ajudaria a te acalmar, por conta da marca. Acho que esse é o lugar em que meu cheiro é mais forte. Podemos ficar aqui durante esses dias.

– Podemos? O senhor também ficará? – Questionei confuso, mas ele me deitou em sua cama com cuidado e se sentou do meu lado.

– Eu não conseguiria sair do seu lado, Senhor Park. – Ele afirmou. – Ficarei com o senhor, tudo bem? Irei aromatizar o quarto e tentar te esquentar, a dor irá diminuir se seu lobo sentir a presença de um alfa ao seu lado. – Eu concordei, um tanto nervoso ao ver ele dar a volta e se deitar ao meu lado. – Irei me aproximar, me diga se quiser que eu pare. – Pediu. Eu não conseguia me mexer, a imagem dele se aproximando, tão próximo de mim era completamente hipnotizante. Céus, ele estava tão próximo. Ele estava a poucos centímetros do meu corpo, me olhando de cima, apoiado na cama com seu cotovelo.

– Senhor, eu... – Ele me calou ao se inclinar para beijar a minha testa.

Eu gosto do seu cheiro. – Resmungou baixo. – Gostei desde a primeira vez em que senti. – Eu me arrepiei. – É doce como o senhor e parece que... Me desculpe, não deveria estar falando sobre isso nesse momento. – Ele disse se afastando minimamente. – Eu me perdi durante um segundo. – Sua mão foi até a maçã do meu rosto e seus dedos acariciaram minha carne. Eu não sabia o que pensar. Havia passado cinco anos sem nenhum contato humano além de Min Hee e agora, um alfa estava me tocando de forma tão carinhosa, que me deixava completamente mole. – O senhor está com febre. Está corado e ofegante. – Pontuou me analisando.

– Não deveria me tocar. – Eu resmunguei fraco, tentando o lembrar daquilo, mas sem querer realmente que ele se afastasse.

– Eu não quero te desrespeitar, Senhor Park, mas tudo o que eu mais quis durante esses meses, foi tocar no senhor. – Ele respondeu olhando nos meus olhos. – Estou tentando ser alguém decente e respeitar o seu espaço. Toques superficiais são a única coisa que me impede de fazer uma loucura. – Ouvir aquilo não parecia real. Não dava para acreditar que um homem como ele estava realmente me falando coisas como aquela, minha mão tremula foi até o seu pulso e o segurei me sentindo arrepiar. – Deus, o senhor consegue tanto, com tão pouco. – Ele murmurou dolorido e eu arfei sentindo sua respiração em meu rosto.

– O senhor me confunde. – Ofeguei. – Não podemos fazer coisas assim, não é? – Eu resmunguei, me sentindo bobo por estar cogitando algo como aquilo, quando no fundo eu sabia que tudo aquilo, todas as falas, olhares e atitudes dele, deveriam estar sendo guiadas pelos instintos de seu lobo, atraído pelo meu naquele momento, guiados pela força da ligação que tínhamos. – Eu não deveria estar sentindo isso. Eu não...

– Tudo o que me impede é o senhor. – Ele murmurou em resposta, acariciando meu rosto com a ponta dos dedos. – Tudo o que me impediu até agora, foi o senhor. – Repetiu ofegante. – Me diga sim e mostrarei que não tem nada de errado com o que estamos sentindo. – Resmungou firme, me encarando nos olhos, mas logo seu olhar caiu na minha boca e eu me permitir olhar para ele também.

Eu queria isso. Ele era um homem honrado, um que eu amaria ter amado em outra vida. Um que teria me deixado de pernas bambas, que teria me feito feliz. Teríamos nos casados e nos marcados por vontade própria e não por conta de uma mentira. Mesmo sabendo que aquilo nunca deveria acontecer, eu concordei, porque eu queria aquilo e nem mesmo minha consciência conseguia me manter longe.

Ele se debruçou contra mim, sua mão deslizou da minha bochecha pelo meu maxilar, até me segurar no lugar e quando seus lábios tocaram nos meus, eu me senti derreter contra a cama. Era um beijo calmo, lento e carinhoso. Diferente de tudo o que eu já havia sequer imaginado. Ele se aproximou um pouco mais, me pressionando sobre a cama. Sua língua deslizava sobre a minha e inconscientemente apertei seus braços, tentando descontar tudo o que estava sentindo.

Meu coração estava acelerado a febre aumentava e eu sentia que poderia desmaiar a qualquer segundo. O segurava com força e medo, medo de que ele notasse o que estava fazendo, medo de que ele fosse embora, medo de que as palavras doces fossem mentiras, meu peito se apertou e eu quis chorar, mas assim que ele se afastou, com um olhar carinhoso, limpou a lagrima que queria escorrer e sorriu pra mim.

– Eu vou pedir para que SeokJin faça a mistura. Você não está pronto para isso, meu querido, apenas saiba que esperarei por você. – Foi sua fala, antes de beijar meu nariz e se levantar, me deixando sozinho em seu quarto.

A decoração era diferente da minha. Ele tinha um papel de parede clássico e moveis de madeira escura. Sua cama era maior e mais firme do que a minha, tentei me distrair e não pensar naquilo, mas minha mente voltava a minutos antes, quando ele me beijava daquela forma, era difícil para mim aceitar que havíamos de fato feito aquilo.

– Aqui, tome isso. – Ele disse entrando no cômodo com um sorriso, se sentou ao meu lado me entregando o líquido branco e pastoso e eu hesitei antes de começar a tomar. – Se sentirá sonolento, quando acordar estará melhor. Cuidarei de Min e estarei aqui quando acordar. – Eu concordei lhe entregando a caneca, que ele colocou na mesinha de cabeceira.

O que aconteceu... – Eu iria pedir desculpas, como uma necessidade de me desculpar, mas ele me calou.

– Não diga nada. Conversaremos quando você acordar. – Ele afirmou me puxando para um abraço quente. Ele me embalou em seus braços e afundou seu rosto na minha garganta. – Farei de tudo para que me aceite, Jimin. – Resmungou contra minha pele. – Mas por hora, apenas descanse. 

| IMPURO |

EU NÃO SEI VOCÊS, MAS EU TO APAIXONADA.

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