AMOR PURO

Capítulo 20 - AMOR PURO

O jantar era sempre o ponto alto. Todos se juntavam e conversavam sobre os mais diversos assuntos e até mesmo Min Hee parecia se divertir enquanto degustava da incrível culinária do Senhor Jung.

Agora ela raramente precisava da minha companhia o tempo todo. Ela estava melhor e o médico vinha uma vez a cada 15 dias para conferir seu estado. Sunny era uma incrível companhia e uma das ômegas mais adoráveis que eu já havia conhecido. As duas pareciam decididas a fazer o melhor casamento do mundo para mim e eu só sabia agradecer porque nem ao menos conseguia saber o que eu queria para aquilo.

– Flores azuis são raras e bonitas, irão dar um ar mais gracioso para o casamento. – A menina rebateu, mas Min negou.

– Amarelo é melhor. Chimchim gosta de amarelo e lírios são sempre bonitos. – Rebateu animada.

– Amarelo não lembra casamento. – Sunny disse pensativa. – Eu iria querer flores roxas e azuis no meu.

– É muito nova para casar. – Beom rebateu com um ar engraçado e distraído. Se metendo na conversa que até então não participava.

– Mas devo casar logo, ou então ficarei solteirona como você. – Provocou o irmão, que revirou os olhos para a irmã.

– Não diga bobagem. Terá tempo para coisas assim. Iremos achar um bom partido quando estiver pronta para as responsabilidades de um casamento. – Explicou com paciência. – Veja o caso de Lorde Park. Está se casando aos 22, está na flor da idade, mas maduro o suficiente para entender o que um casamento significa.

– Eu sou madura. – Rebateu arrebitando o nariz. – Sou eu quem cuida de você a maior parte do tempo. – Eu ri pela implicância e acompanhei como Beom também riu.

– Cuida mesmo. – Garantiu para acalmar a irmã, que logo se desarmou, e eu sorri ao ver como ele cuidava dela, até mesmo cedendo em momentos como aquele.

– Eu... – Eu iria dizer que amarelo e azul me parecia uma combinação bonita e que as flores provavelmente ficariam lindas juntas, mas me calei ao sentir o desconforto.

Encarei Jungkook ao meu lado, que encarava fixamente o outro alfa e segurei sua mão por debaixo da mesa. Ele se assustou ao sentir minha mão sob a sua, que descansava em suas coxas, mas logo sorriu em minha direção, mandando os sinais de alívio para o meu lobo ao relaxar do que quer que estivesse pensando.

– Eu gosto de amarelo e azul. Acho que ficariam lindas juntas. – Disse sorrindo em sua direção. – O senhor gosta? – Ele piscou algumas vezes, um pouco perdido pela minha pergunta e eu ri pelo seu jeito desconcertado.

– Claro. Me parece perfeito. – Limpou a garganta e apertou minha mão. – Irei pedir para que o florista venha.

– Não se preocupe. Taehyung e eu vamos até a cidade amanhã encomendar algumas coisas. – Yoongi se meteu com um ar descontraído e o beta do outro lado da mesa levantou uma das sobrancelhas confuso.

– Vamos?

– Vamos sim. – Afirmou o alfa, com um sorriso galanteador e eu ri ao ver o olhar de desafio do beta. – Não seja teimoso. – Resmungou e ele logo deu de ombros.

– Se está dizendo...

O resto do jantar foi descontraído e engraçado e não demorou para o Senhor Jung embarcar em uma conversa animada com o Senhor Beom sobre sua visita ao japão e seu enorme conhecimento sobre a culinária de lá.

SeokJin vez ou outra sorria para mim, como se incentivasse minha aproximação com o Duque e eu apenas relaxei, consciente de que tudo finalmente estava bem.

No entanto, naquela noite, quando entrei no quarto após um banho quente e colocar roupas limpas, ele não estava na cama como de costume e aquilo me deixou inquieto e preocupado.

Me sentei em meu lugar e esperei por ele, pacientemente, um pouco envergonhado por me ver tão dependente e acostumado com seu calor e toques. Ele demorou, demorou mais do que eu imaginava e quando entrou no quarto parecia surpreso em me ver acordado.

– Algo errado? – Questionei ao ver sua expressão vacilar e ele desviar o olhar, logo negando.

– Não. Apenas imaginei que estivesse dormindo. – Admitiu vindo para a cama e não passou despercebido que ele não havia tirado o roupão felpudo que escondia suas roupas de dormir.

– Onde estava? – Perguntei curioso e ele suspirou, apagando a vela do seu lado.

– Falando com SeokJin sobre algumas coisas. – Disse após um momento de silêncio, mas quando tentei me esgueirar para os braços dele, Jungkook hesitou, um pouco alarmado e aquilo me pegou desprevenido.

– O que foi? – Questionei confuso. Não havia sinal de sentimentos ruins ou pesados, muito pelo contrário, seu lobo parecia inquieto e elétrico, animado com algo. Seu olhar passeou sobre o meu e ele negou, tentando me puxar para perto.

– Eu apenas... Me assustei. – Suspirou e senti seu nariz se afundar em meus cabelos.

– Tem certeza de que está tudo bem? – Perguntei em um sussurro.

– Não. – Admitiu me surpreendendo. – Não tenho, mas irei tentar fazer a coisa certa. – Sua fala tinha um tom pesado, como se fazer a coisa certa fosse algo difícil e aquilo chamou minha atenção.

– E o que seria a coisa certa? – Perguntei curioso, com minha cabeça em seu peito, observando uma de suas mãos brincando com a minha, quando a outra me apertou mais em seus braços

– Para começar, eu deveria ser forte o bastante para não vir até aqui hoje. – Disse de forma arrastada. – Acho que em breve teremos que dormir em quartos separados, mas não fui homem o bastante para impedir meus impulsos. Queria poder lhe abraçar uma última noite. – Meu olhar ficou opaco e desfocado e minha mente se perdeu nas suas palavras.

– Última? – A palavra saiu de minha boca sem permissão, mas aquilo chamou sua atenção.

– O que? – Ele soltou minha mão, levando os dedos até meu rosto para tentar levantar minha cabeça. – Não. Não. Me perdoe, acho que te passei a impressão errada. – Negou rapidamente, um pouco desesperado e fechou os olhos antes de xingar algo que não entendi. – Isso é tão difícil. Droga.

– O que quer dizer com última noite? – Perguntei agora procurando seus olhos e ele logo respirou fundo, segurando meu olhar.

– Minha febre está perto. Consigo sentir alguns sinais e eu não deveria ficar tão perto do senhor em momentos como esse. Não agora, mas é um pouco difícil me afastar, porque eu e meu lobo queremos te ter por perto. – Minha bochecha ficou vermelha e eu senti meu rosto ficando quente com aquela afirmação. – Terei que ir para outro quarto e estava vendo com Jin uma forma mais eficaz de me dopar. Não acho que as ervas de sempre serão o suficiente dessa vez.

– Oh... – Foi tudo o que saiu da minha boca. Com a mais clara compreensão de o porquê dele estar tão na defensiva. – Isso... bem... – Gaguejei sem saber o que falar, mas logo engoli a saliva que se acumulava em minha boca. – Quanto tempo acha que tem?

– Eu não sei. Um ou dois dias. Eu acho. – Suspirou. – Eu pretendia só entrar e pegar minhas coisas, mas quando te vi acordado não consegui resistir. Eu deveria ser alguém decente e ir agora, mas o senhor tem um cheiro tão bom.

– Poderia ficar por essa noite. – Murmurei baixo, sentindo meu corpo tremer de ansiedade. Entendia porque ele queria se manter distante, mas a ideia de não o ter ao meu lado parecia terrível. – Amanhã manteremos distância para que não caiamos em um ciclo vicioso. – Disse tentando me convencer de minhas próprias palavras.

– Acho que terei que pedir para Yoongi me amarrar em outra ala da casa. – Me segredou. – Não confio em mim mesmo para não acabar em seu quarto de novo.

Eu entendia o que ele queria dizer, porque eu mesmo não me sentia tão confiante em pensar que teríamos que nos afastar. Meu lobo parecia desesperado com a mera ideia de não o ter mais por perto.

– Vai ficar? – Perguntei como se aquilo fosse tudo o que importasse no momento, o que para mim, era.

– Seria imprudente. E estaria colocando o senhor em risco. – Disse com a voz dolorosamente baixa e pensativa.

– Me disse certa vez que eu não corria perigo algum ao seu lado. – O lembrei e ele tomou ar, prendendo nos pulmões, antes de soltar devagar.

– Queria dizer que isso é verdade, mas no momento me sinto instável perto de você. Me controlei durante todo o jantar para não te tirar da vista de todos. Para não prendê-lo em um lugar e o ter só para mim, mas agora estamos sozinhos e a ideia parece cruel. – Ofeguei com suas palavras e ele negou com a cabeça. – Sei que não está pronto para isso e não te pediria algo assim. Não precisa ficar assustado.

– Não estou assustado. – Menti

– Consigo sentir que está. – Confessou.

– Estou com mais medo do senhor ir, do que do senhor ficar. – Murmurei e vi quando ele se desarmou, relaxando contra a cama.

– Droga. Ficarei por essa noite. – Disse por fim, se dando por vencido. – Mas me garanta que no primeiro sinal de algo errado irá tentar se proteger. – Eu não respondi com palavras, apenas voltei a me deitar sobre seu peito e me deixei cair no sono, intoxicado pelo seu cheiro e seu calor.

//~//

Um resmungo saiu da minha boca quando eu me mexi, tentando achar uma posição confortável. Eu me sentia estranho, zonzo, quente e melado, como se estivesse derretendo. Ainda um pouco grogue, apertei o tecido entre meus dedos. Afundando minha cabeça ali, mas a compreensão me atingiu ao sentir meu lobo despertar.

– Jun... – Murmurei com a voz falha e ele apenas rosnou baixinho. – Deus... isso...

– Eu sei. – Ele respondeu com a voz presa, como se estivesse usando toda a força que tinha para se manter ali. – Eu preciso ir até o Jin e pedir as ervas certas.

– Vai sair assim? – Reclamei incrédulo, segurando um pouco mais forte suas roupas. – Não pode ir agora. Jin é ômega e Sunny também. Não pode ir lá fora desse jeito. – Resmunguei nada contente com sua ideia.

– Tudo o que eu consigo pensar e sentir é você. – Ele resmungou com a voz pesada. – Eles não seriam nem de longe um problema. – Meu coração disparou e eu senti minha entrada contraindo. O sangue estava fluindo por todo lugar e eu já conseguia sentir os sinais de excitação.

– Droga. – Ofeguei ao notar que estava molhado, que meu incômodo era devido as minhas calças encharcadas e o desespero de saciar aquela necessidade. – Foi isso que sentiu durante minha febre? – Perguntei incrédulo e perdido, ofegante. Porque eu me lembrava dele dizer que era difícil, mas não imaginei que seria parecido com isso.

Minha cabeça estava pesada e parecia difícil me manter, estávamos perto, ofegantes, respirando o mesmo ar enquanto tentávamos achar uma solução. Eu estava molhado e conseguia sentir sua rigidez contra minha perna, e sabia que ele também conseguia sentir a minha, que estava pressionada contra sua coxa.

– Precisa me soltar, meu amor. – Ele disse ofegante, com a voz mais relaxa, sua respiração se misturando na minha. – Precisamos por alguma distância entre nós. Ou isso irá virar a maior das depravações.

Minha mente se preencheu dele. Até aquele momento, ainda não havia cogitado coisas como aquela, o que era estupidez, porque iríamos nos casar, nos beijavamos todas as noites e era claro que em algum momento chegaríamos naquilo.

Acho que passei tanto tempo com a certeza de que nenhum homem me tocaria daquela forma novamente, que não percebi que ele me tocaria, que ele me queria daquela forma e que em algum momento acabaríamos assim.

Fiquei tão assustado com as insinuações de que estivéssemos fazendo coisas como aquela, que não me deixei pensar que um dia faríamos de fato o ato conjugal. E agora que havia me permitido pensar naquilo, era como ser possuído por ideias, pensamentos e desejos que acabariam me matando se eu não o tivesse.

– Jun... – Comecei a dizer, mas ele me apertou mais, rosnando perto da minha boca, quase cortando a distância. Pelo seu movimento áspero, virando de frente pra mim, acabamos nos esfregando um contra o outro e meus olhos se reviraram com a sensação.

– Não. Deus, não me chame assim agora... Eu realmente não consigo... – Ele murmurava com a voz densa, claramente passando por uma situação difícil.

– Iremos nos casar. – Murmurei ofegante, sentindo sua respiração em meu rosto. – Somos marcados e um dia... acabaremos fazendo isso. Digo, se o senhor quiser.

– Não fale coisas assim, Jimin. Já está difícil o suficiente sem você insinuar absurdos, como eu não te desejar com cada célula do meu corpo. – Resmungou deslizando as mãos pelo meu tronco, chegando no meu quadril.

– Apenas quero dizer que não há realmente um ponto que nos impeça. – Terminei meu pensamento, involuntariamente me pressionando mais contra ele. – Se o senhor quer, então poderemos passar por isso juntos.

– Não vou fazer isso assim. – Negou. – Não, até que também queira isso. – Sua fala me fez tremelicar em suas mãos e me sentir fragilizado.

– Eu quero. Eu... Deus, eu realmente quero. – Murmurei mole, a um passo de chorar. Eu queria mais do que tudo. Queria ter e ser tudo para ele. Queria poder sentir tudo aquilo transbordando entre nós, a intensidade de tudo o que eu sentia, até não restar mais nenhuma gota não compartilhada. – Eu quero mais do que tudo ser seu.

– Sou eu quem pertence completamente a você, Jimin. – Ele sussurrou contra minha boca, antes de finalmente me beijar, me dando o que eu tanto queria. Meus músculos ficaram moles, incapazes de fazer qualquer força devido a enorme onda de alívio que me esmagava.

Sua mão deslizou pelo meu corpo, testando até onde podia ir e eu sabia que deveria me virar, ficar na posição certa para que ele fizesse aquilo, mas queria o beijar mais um pouco, aproveitar mais um pouco.

Quando finalmente senti sua pele contra a minha, sua mão deslizando por baixo do tecido da minha blusa, uma onda de arrepios me dominou, me afastei perdido pela intensidade e querendo que aquilo fosse mais longe. Que ele me tomasse de verdade e tivesse tudo.

Ele pareceu confuso ao me ver me afastando e eu achei que ele entenderia ao me ver ficando de costas, mas sua confusão virou a minha ao não ver nenhuma reação.

– O que foi? – Ele questionou ofegante, analisando o que eu fazia.

– Eu... Bom... – Gaguejei, sem saber como explicar. – Você deveria... – Ao ver meu completo embaraço, ele pareceu levemente ultrajado.

– Não. Agora não é um bom momento para eu ficar irritado. – Ele disse se sentando na cama, antes de ficar de joelhos, abrindo a gaveta da cômoda do seu lado e tirando uma caixa média de lá, voltando a se aproximar de mim. – Não precisa ficar assim. É uma forma, mas existem outras, melhores, mais íntimas e eu prefiro te amar olhando em seus olhos e não perder nenhum segundo disso.

Ele me virou novamente, me deixando com as costas na cama e voltou a me beijar, dessa vez em cima de mim. Com seu corpo se pressionando contra o meu, com sua rigidez se esfregando contra a minha.

Um som úmido, baixo e sofrido deixou meus lábios, incapaz de me controlar e assisti quando ele se afastou para desamarrar o roupão frouxo, o jogando longe para então puxar a camisa de dormir e dar um fim a ela. Eu conseguia ver a marca na sua calça. O quão duro e excitado ele estava e seu desejo parecia intenso e forte.

Eu conseguia sentir pela marca cada arrepiou e tremor e aquilo me fez querer ainda mais tudo aquilo. Quando suas mãos tocaram minhas calças, com a intenção de tirá-las, senti o calor me abraçar.

Eu estava molhado e constrangido por saber que ele me veria daquela forma, mas levemente curioso para saber o que ele acharia de mim, de cada pedaço de mim.

O tecido desceu pelas minhas pernas e eu facilitei o processo. Quando meu pau bateu contra meu estômago, senti o nervosismo e a ansiedade, mas então seu olhar se colou em mim e era impossível não tremer sob aquele olhar tão carregado de luxúria e desejo.

Suas mãos me tocaram e eu ofeguei, perdido, sem saber o que fazer. Não era como eu conhecia, era intenso e diferente. Ele não estava se tocando, ou preocupado com seu próprio prazer, ele parecia tentar provocar o meu.

Ele se esfregou contra mim, voltando a me beijar e eu me esfreguei de volta, gostando da sensação. Uma de suas mãos desceram até a minha entrada e eu gemi mudo com a sensação.

Abri minhas pernas ainda mais, o dando mais acesso e ele rosnou contra meu pescoço, investindo o quadril contra o meu, pressionando o tecido da sua calça, que já estava molhado, contra a minha nudez.

Senti seus dedos me invadindo e tive que me agarrar a ele, tentando me manter, mesmo que estivesse deitado. Os movimentos provocavam sensações elétricas no meu corpo e eu sentia lágrimas se acumulando em meus olhos.

– Por favor... – Escutei sair da minha boca, mas tudo o que recebi, foi sua boca se esmagando contra a minha mais uma vez.

A lubrificação já estava por todo canto. Eu estava ensopado e sentia tudo melado ao meu redor. Ele soltou um barulho rouco e excitante ao soltar minha boca e desceu o olhar entre nossos corpos.

Eu acompanhei o movimento e assistir ele se puxar para fora. Minha boca salivou e eu tive que engolir, completamente bambo, controlando minha vontade de tocá-lo. Seu olhar se voltou para mim, enquanto enfim abria a caixa esquecida ao nosso lado. Ele retirou o que parecia ser um cilindro de borracha mole, como uma meia transparente de formato estranho.

Acompanhei com atenção seus movimentos ao vê-lo vestir aquilo em sua rigidez e voltar sua atenção para mim, com a respiração ofegante e os olhos desfocados.

– Faça o que quiser. – Ele disse com a voz calma. – Não precisa ter medo. – Eu tremi e hesitei antes de levar minha mão até ele, deslizando por suas costas, até chegar em sua barriga. Seu pau tocava o meu e quando o segurei com firmeza, ele enterrou a cabeça no meu pescoço novamente. – Sim... – Murmurou contra minha pele.

Incentivado por suas reação, continuei o tocando e ele me mordeu quando me arrisquei a passar o dedo pela ponta. Sua mão sobrepõe a minha e logo ele se direcionava para o lugar certo.

Minhas unhas se fincaram em seus braços ao sentir ele entrando, e ao me preencher por completo, ele parou, respirando ofegante enquanto se mantinha quieto.

– Isso é tão bom... – Ele murmurou. – Sinto como se fosse explodir só de estar dentro de você. – Sua voz era baixa e rouca e eu ofeguei, porque ele estava certo, aquilo era bom.

Ele se afastou, o suficiente para beijar minha testa e olhar nos meus olhos, começando enfim a se movimentar. A cada arremetida, mais eu me apertava ao seu redor, mais minhas mãos se prendiam em seus braços e mais dele eu queria. Sua cabeça se apoiou na minha, o contato visual era intenso e aqueceu meu coração.

Eu senti quando algo dentro de mim foi atingido e tudo ficou branco. Quando meus olhos se reviraram e minha voz saiu em um tom que eu não conhecia. Ele continuou se afundando, se movimentando sem medo enquanto me tomava.

– Consegue sentir? – Ele questionou baixo, sem parar e eu sabia que ele não se referia apenas ao lado carnal. Ele falava dos sentimentos, de tudo o que fluía entre nós, de toda a paixão, o amor e o desejo, de tudo o que parecia que nos mataria naquele momento.

Quando algo explodiu, os dedos dos meus pés se contorceram, minhas pernas tremeram tentando se fechar ao seu redor e um tinido estourou no meu ouvido, como um apito agudo, no mesmo momento que prazer puro me preencheu.

Senti o nó se formando, ele inchando dentro de mim e o peso de seu corpo se desabando contra o meu. Em uma intensidade que transbordava amor puro entre nós. E naquele momento, eu soube que o que eu sentia por ele, era verdadeiro e único, e que nada nunca havia sido daquela forma. 

| IMPURO |

Faltam 2 capítulos para o final, o que estão achando?

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