A REALEZA

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Capítulo 9 – A Realeza

Era nítido para mim que Min estava feliz ali. Estávamos a quase um mês em Freedy e até agora ela não havia tido nenhuma crise. Me senti culpado por imaginar que talvez a fonte de todo o problema fosse Madame Sun, mas o pensamento sempre voltava ao ver a menina feliz brincando no jardim com o seu patinho.

Havíamos nos ambientado bem a nova vida. Taehyung e Hoseok me faziam companhia a maior parte do dia e mesmo que Namjoon e SeokJin fossem extremamente ocupados com as obrigações da fazenda, apareciam vez ou outra para alegrar a menina. Yoongi estava sendo reservado e não havia voltado a me cortejar, o que era um alívio gigante para mim.

Em alguns momentos, me perguntava se todos continuariam a me tratar assim se soubessem da minha verdade, mas eu não correria aquele risco. Eu estava me mantendo a um braço de distancia o que me garantia que não causaria nenhum problema á eles.

Todas as noites, o duque batia a minha porta conversávamos sobre o dia a dia e eu lhe contava tudo o que havia feito com Min, ele aromatizava o quarto e mesmo que se deitasse ao meu lado na cama, não havia tentado cruzar a linha novamente. Ele me respeitava mesmo sabendo de toda a verdade e isso era tudo o que eu poderia pedir.

Eu senti que meu doce paraíso estava perto de acabar quando a primeira carta chegou. SeokJin leu em voz alta e eu fiquei surpreso ao saber que o remetente era a própria rainha. Ela o convocava para o baile de abertura da temporada de casamentos, que seria no próprio palácio e pedia para que a nova Duquesa organizasse o baile que decretaria o fim da temporada.

Era claro que a Nova Duquesa não tinha nenhum conhecimento sobre a arte de preparar um Baile e eu, que também nunca havia ido a um, não tinha a menor ideia do que deveria fazer. Por sorte SeokJin disse que organizaria tudo e me ensinaria para que no futuro eu pudesse auxiliar Min.

A Segunda carta a chegar era do Senhor Lee, eu achei que fosse para mim ou para a Min, já que ele havia nos prometido escrever, mas o Duque disse que aquela carta era privada para ele e que não poderia revelar agora o que ela dizia. Eu o fiz me jurar de que nada nela falava sobre o estado de saúde dele ou algo assim e depois de ouvir ele jurar, me contentei de que não era para eu saber.

Não saber ler era um grande problema e por ser o único na fazenda que não sabia, eu me sentia ainda mais inferior. SeokJin tentava me animar dizendo que eu era muito inteligente e que falava muito bem, mesmo não sabendo ler, mas eu ainda me lembrava de Madame Sun dizendo que eu era estupido demais para aprender alguma coisa e que não gastaria tempo e dinheiro comigo.

A terceira carta havia vindo diretamente do rei e também era sobre um assunto particular com o Duque. Eu fiquei um pouco alarmado, com medo de que fosse um problema, mas Namjoon disse que era normal receberem cartas do Rei, já que a família Jeon era muito próxima da realeza.

O começo da temporada seria em menos de duas semanas. O Duque havia nos avisado que deveríamos ir antes e ficaríamos hospedados no próprio castelo. Apenas ele e Min haviam sido convidados e eu iria apenas como acompanhante de Min. Seria vergonhoso ir em um evento como aquele depois de tudo e eu temia que nem mesmo a rainha me permitisse ficar durante o baile. Torcia para que Min não tivesse um surto caso eu fosse impedido de ficar ao seu lado.

Yoongi se ofereceu para guiar a carruagem até o castelo, disse que tinha assuntos a tratar na capital e o Duque gostou de ter a companhia do amigo durante a temporada. Eu preparei uma mala elaborada para Min, com todos os melhores vestidos que ela poderia usar durante a temporada de bailes.

Minha mala por outro lado, havia apenas o suficiente para me fazer passar despercebido. Eu não queria ser visto e muito menos notado durante aquela tortura, mas sabia que seria difícil, já que o evento final seria na própria Freedy.

– Você não parece muito animado para alguém que vai conhecer a rainha. – Yoongi murmurou ao pegar as malas da minha mão e as colocar no bagageiro.

– Eu preferia ficar. – Murmurei. – Esse não é o meu período favorito do ano. – Ele me encarou como se entendesse, mas não entendia.

– Espero que guarde ao menos uma valsa para mim. – Ele disse com um sorriso doce e eu hesitei antes de responder. Não negaria que Yoongi era galanteador e um alfa encantador, em outras condições, eu aceitaria os seus cortejos. – Como amigos, Jimin. Nada mais. – Ele acrescentou ao ver receio em mim.

– Eu nunca fui convidado a dançar. – Admiti um tanto paralisado. Servos não participavam da temporada e Jaehyun apenas me levava para passeios no jardim, nunca havia valsado de verdade, nem mesmo conhecia os passos, seria desastroso caso tentasse.

– Acho pouco provável que ninguém tenha te chamado. – Ele disse com um tom humorado, mas se calou ao ver Min e o Duque descendo as escadarias. – Estão prontos? Será uma viagem de três horas. Devemos ir logo.

– Estamos prontos. – O duque disse oferendo a mão para ajudar Min a subir na carruagem. – Levei Lady Min para se despedir do Patinho Chim. – Ele me contou com um sorriso de canto. – Quando voltarmos, ele já estará grande e forte.

– Sentirei falta dele, mas Taetae me prometeu que o alimentaria. – Min comentou sorrindo enquanto se arrumava dentro da carruagem. O duque e Yoongi me ofereceram a mão ao mesmo tempo para me ajudar a subir, o clima ficou tenso de repente e eu engoli em seco, desviando de ambos e segurando na própria porta para me ajudar a subir. O suspiro que veio de ambos foi audível, mas nada foi falado.

Durante toda a viagem, Min perguntava coisas sobre o lugar para onde estávamos indo e cantarolava músicas da sua mente. Em determinado momento, ela me pediu para criar uma história para ela e eu me esforcei para criar um enredo a altura da criatividade dela. Tentava falar o mais baixo possível, para não incomodar o Duque ou até mesmo Yoongi, esse que as vezes me ajudava com o enredo parecendo se divertir com a brincadeira.

O Duque apenas acompanhava tudo com um sorriso, mas em silencio, parecia pensativo e um tanto apreensivo. Imaginei que tivesse algo a ver com a carta do rei, mas não iria me intrometer.

Quando o cocheiro parou na porta do castelo. Um serviçal se aproximou para abrir a porta e ajudou Min a descer. Yoongi me observou, como se perguntasse se eu aceitaria ajuda daquela vez, mas apenas me desviei saindo pelo outro lado como de costume.

Me assustei ao ouvir a grande porta se abrindo e quase desmaiei ao ver quem julguei ser o rei e a rainha. As roupas eram cheias e volumosas, cheias de camadas, deveriam ser pesadas e pareciam saídas direto de um conto de fadas.

A rainha se aproximou do duque oferecendo sua mão, que foi beijada pelo alfa. O rei o cumprimentou com um aperto de mão e eu me mantive o mais distante possível.

– Você deve ser a Duquesa Min Hee. – A rainha disse analisando a menina, que se curvou como eu havia a ensinado. – É realmente muito graciosa. – Elogiou e eu respirei um tanto aliviado. – Esses são os seus acompanhantes, Duque? Vi que pediu por quartos extras dessa vez? – Ela se referia a Yoongi e o cocheiro, que assim como eu já haviam a reverenciado.

– Deve se lembrar de Min Yoongi, majestade. Ele já esteve aqui antes e nós ajudou na caçada passada. – O Rei o analisou e logo concordou rindo.

– Como pude me esquecer? Min Yoongi foi o melhor arqueiro que eu já vi. – Disse estendendo a mão para que Yoongi a beijasse. – Ficará aqui?

– Não, majestade. Irei para a cidade logo mais. Apenas aproveitei a carona. – Explicou Yoongi. – Preciso reabastecer o arsenal de Freedy.

– Como sempre, um bom guerreiro. – O Rei o cumprimentou.

– O Senhor Min é um dos meus melhores homens. – Elogiou o Duque, mas parou ao sentir Min puxando a manga da sua camisa. – Algo errado, Lady Min?

– O Chimchim. – Ela sussurrou e eu me senti travar. Era difícil de respirar. Notei o Duque me procurando com os olhos e logo me chamando para perto.

– Lhes apresento, Lorde Park, acompanhante de Lady Min. – Ele disse ao que me aproximei a passos falhos. Me curvei novamente em educação e rezei para que eles nunca tivessem ouvido falar do meu nome.

– Oh. Esse é o ômega a quem o senhor se referia na carta, Duque? – Eu me senti tremer e olhei pelo canto do olho para o Duque.

– Sim. Esse é o ômega que comentei, majestade. – Disse com um sorriso tranquilo. – Mas isso é assunto para depois do jantar, não concorda? – O rei riu e era claro que ambos gostavam muito do Duque.

Eu me sentia tremendo e apenas respirei aliviado ao ficar sozinho com Min, nos aposentos dela. Um medo crescente do que poderia ter na tal carta que o Duque havia mando para o rei me apossou. Jeon havia dito que mandaria uma carta procurando por Jae no exército. Que buscaria justiça e mesmo que eu tenha implorado para que não fizesse, temia que ele tivesse feito.

– O jardim daqui é bonito. – Min disse olhando pela janela. – Está bem, Chimchim? Parece doente.

– Eu apenas... preciso de um pouco de ar. – Disse me abanando. – Min, hã.. durante o jantar, hoje, o Chimchim não irá descer com vocês...

– Porque não? – Ela questionou surpresa.

– Eu... não estou me sentindo muito bem. Acha que consegue ir sozinha? O Duque estará ao seu lado o tempo todo. – Ela parecia chateada.

– Eu não gosto de ir sem você. Quero ficar aqui também. – Disse emburrada, me abraçando.

Por favor, Min... Eu não... – Ela negou com a cabeça no meu peito e eu suspirei derrotado. Tudo bem, eu poderia aguentar aquilo por ela. Eu só tinha que ficar em silencio. Não poderia me sentar a mesa, então ficaria em pé, em algum lugar onde Min pudesse me ver. – Irei com você, tá bem?

Ela concordou em silencio, parecendo chateada por pensar que eu não iria, mas depois de um banho e trançar os cabelos dela para cima, ela parecia mais animada com a ideia de descer. Me arrumei com as roupas mais discretas e lisas que eu tinha e acompanhei até o andar de baixo, sempre a alguns passos atrás.

Éramos os primeiros ali junto com alguns nobres que visitavam o castelo, eles não pareciam felizes em me ver, mas não questionaram. Me encostei na parede, de frente para Min e ao lado de outros acompanhantes. Alguns tentavam puxar assunto com Min, tentando agradar a nova Duquesa, mas Min não parecia de bom humor.

O Duque entrou ao lado do Rei e da Rainha e todos se levantaram para reverencia-los. Notei quando ele me procurou pelo olhar enquanto se sentava ao lado de Min, seu olhar era questionador, mas ao me ver negar, apenas aceitou meu pedido mudo.

Meu estomago estava embrulhado e eu agradeci por não ter que participar daquilo. Parecia uma disputa de egos ou uma corrida de cavalos, onde todos queriam mostrar que os seus eram os mais bonitos. Min parecia distraída com a massa em seu prato e vez ou outra piscava para mim, tentando chamar minha atenção como fazia em sua antiga casa. Eu sorri para ela.

– Está gostando das terras de Freedy, Duquesa? – Uma nobre questionou para a menina. – Imaginamos que já estaria gravida á essa altura. – O Duque rosnou baixo, incomodado.

– Estamos indo devagar. Nos conhecendo melhor. – Mentiu. – Lady Min é muito nova para filhos.

– Não precisa mais de tanto cuidados, Milorde. – A mulher, alfa, voltou a dizer com um humor desnecessários. – Já estão casados, afinal. Todo ômega sonha com a maternidade. É para isso que servem. – Senti meu estomago embrulhar.

– Está dizendo que meu filho ira servir apenas para gerar herdeiros? – A rainha questionou com calma, como se não estivessem tocando um assunto delicado. A rainha, assim como o rei eram alfas, mas o filho, o pequeno príncipe, era um doce ômega.

– Claro que não, majestade. Me desculpe se fui indelicada. – Pediu com um sorriso amarelo. – Apenas acredito que o casamento do Duque era o mais esperado dos últimos tempos. E esperávamos frutos dele logo. – O Duque nem sequer se mexia e Min parecia alheia a tudo aquilo. – Mas entendo que ele queira esperar o tempo da Duquesa. É até mesmo respeitável que ele esteja se satisfazendo com a cortesã para preservar a pureza da Duquesa. – Ao final de sua fala, um silencio mortal se instalou. Eu queria acreditar que não estava se referindo a mim, afinal, eu estava em silencio e afastado, mas ao ver o olhar frio do Duque na minha direção, notei que não era o único a pensar assim.

O que disse? – Questionou com a voz grossa e eu me preparei para tirar Min de perto, caso ele se exaltasse.

– Me desculpe, Milorde. – A alfa pediu. – Não é por isso que mantem o ômega por perto? – O duque travou o maxilar e eu dei um passo para frente, para ir até Min, mas o Rei interveio.

– Por favor, Lady Sunfer. Se retire por hoje. Acho que já nos agraciou demais com a sua opinião por uma noite. – O Alfa disse com um tom firme. – Está desrespeitando o Duque e a Duquesa. – A mulher, um pouco chocada com a fala do rei, se levantou um tanto mole.

– Leve sua esposa e filha também. – A rainha disse bebendo um gole de vinho. – Vocês não são mais bem vindas na temporada desse ano. 

| IMPURO |

EAE, COMO É QUE SEIS TÃO?

TEORIAS?

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