Terceiro Erro
Iludir-se foi um erro fatal.
Talvez, se ela tivesse pensado duas vezes antes, se tivesse tentado fugir, as coisas seriam diferentes.
Mas ele era perfeito. Ou, ao menos, era isso que todos pareciam acreditar. Àquela altura, a princesa já tinha bastante consciência de que sua inocência não lhe tornava a melhor julgadora de caráter. Ela tinha sido iludida incontáveis vezes, no entanto... Ter esperança, a esperança que seu príncipe lhe deu, trazia-lhe um sentimento reconfortante, trazia-lhe paz, por isso, não foi difícil querer apoiar-se neste sentimento e ignorar a voz que dizia lá no fundo que algo estava errado.
Ela queria acreditar que tudo daria certo. Não tinha certeza de que seu coração aguentaria mais um único golpe.
Por isso, fez seu máximo para acreditar.
Iludiu-se de que nada daria errado. Enganou-se com a perfeição de seu príncipe. Ludibriou-se tanto quanto conseguiu, obrigando-se a acreditar que todos os outros estavam certos.
Ela ainda não conseguia amá-lo, mas não custava investir um pouco mais de esforço. Tinha acabado de conhecê-lo afinal, se ele já a amava tão verdadeiramente, não deveria ser muito difícil. Provavelmente não tardaria até que pudesse retribuir tal sentimento.
No fim, iludir-se foi algo que não demorou a falhar. Suas crenças não tardaram a desmoronar; ele não era perfeito. E ela nunca poderia amá-lo.
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