Ele era tudo que seu príncipe não era.

Apaixonar-se foi inevitável.

Helena sempre procurava vislumbres seus, sempre esperava ansiosamente que o príncipe saísse por algum tempo para que pudesse se esgueirar até aquela biblioteca.

Tudo começou com uma inocente conversa... mas a partir deste momento, a sede de querer saber mais criou vida dentro dela.

Helena nunca tinha se apaixonado por ninguém. Nunca tinha provado tal fascínio ou sentido-se tão ansiosa.

Ansiosa por roubar momentos, encontrar desculpas... Ansiosa por ver alguém que ele mal conhecia, mas se afeiçoara de tal maneira que pouco antes parecia impossível.

Ele tinha tudo que ela podia sonhar. Ele lhe dava atenção, era gentil, era seu igual... Helena não se importava de que aquilo fosse também uma farsa. Ela queria conforto, ainda que passageiro. E mesmo que pensar desta forma fosse errado e grosseiro, ele era sua rota de escape. Sua gota de normalidade.

A princesa não conhecia os sentimentos daquele que amava, mas eles pareciam ser mútuos. E isso era tudo que importava.