O segundo erro, foi acreditar.

Acreditar que estava livre. Acreditar que seria feliz. Acreditar, outra vez, que poderia fugir do destino, agora, com alguém ao seu lado para protegê-la.

Que tolice!

O belo e jovem príncipe havia lhe arrancado dos braços da morte com um beijo de amor verdadeiro. Em todo mundo, não havia magia maior, mas pura que aquela. O amor dele, era verdadeiro de fato.

Ela não o conhecia. Não o amava. Mas ele tinha lhe dado esperança.

O fascínio em seus olhos, era real. Real demais. Estranho.

Ela não percebeu, naquele momento, que ele havia se apaixonado pela pintura viva que ela era. A encarnação da beleza, adornada por flores em um caixão de vidro.

No momento em que a vira, ele tinha se encantado com sua aparência de maneira muito longe do normal. O ardil de sua madrasta tinha sido algo muito mais cruel que o sono eterno.

Encontrar com aquele príncipe tão belo e perfeito, foi nada mais que o caminho para sua verdadeira perdição.