Capítulo 32 - Davros Falts
Continuamos nosso trajeto até a reserva. Ao chegarmos, a euforia tomava conta do lugar.
Uma caçada bem sucedida. Um Volturi a menos para nos preocuparmos. Devido ao frio e a leve pancada de neve que se iniciava, não foi possível comemorarmos nossa vitória.
Os dias seguintes foram passando, as pancadas de neve diminuindo sua frequência. Ao quinto dia sem ver Demetri, ao fim da tarde, senti seu cheio ao longe, ele estava acompanhado.
Aguardei ansiosa por sua chegada. Mais como havíamos combinado, esperaria que ele fosse ao meu encontro.
Uma hora após sentir pela primeira vez sua presença, ouço sua voz na entrada de casa.
— Fico feliz que tenha voltado, jovem rapaz. - Ouço a voz de Billy.
— Fui apenas atrás de reforços para nossa causa. - Respondeu Demetri. - Ouvir sua voz me fez tremer cada centímetro de meu corpo.
— Entre, a Kayra, está no quarto, vou chamá-la. - Convidou Billy.
Minha ansiedade por vê-lo me fez sair em sua procura no momento em que ouvi sua voz.
— Não precisa, tio Billy, a porta estava entreaberta, pude ouvir. - Lhe disse. Seguindo pela sala.
Demetri estava parado próximo ao sofá. Vestia calças escuras, que combinavam perfeitamente com seu sapato. Uma blusa de gola alta é um sobretudo preto, que ia até próximo ao joelho. Seus cabelos estavam desgrenhados, e pequenos flocos, dê neve enfeitavam alguns de seus fios.
Segui para um abraço, sentia falta de estar entre seus braços, e fazer o frio de seu corpo ganhar quentura.
— Senti sua falta. - Ele me disse após me abraçar, dando-me um beijo breve.
— Eu senti bem mais. - Respondo sorridente.
— Gostaria que viesse comigo, até a residência dos Cullen's. Quero lhe apresentar a um membro de minha família.
— Tio Billy, vou à casa dos Cullen's, com Demetri. - Grito já saindo de casa.
Demetri me colocou em suas costas e seguimos por entre a floresta. Senti o cheiro de Bella e sua família quando nos aproximamos da prioridade.
— Acredito que mais alguém conseguiu suas testemunhas. - Comenta ele.
Davros nos aguardava na sala de espera. Observava alguns dos quadros espalhados pelo cômodo.
— Engraçada essa família não? - Fazendo cara de deboche. — Você viu a quantidade de chapéus de formatura que há naquele quadro? - Apontando para um quadro quase ao topo da escada.
Sorrio, disfarçando uma risada.
— Os Cullen's seguiram suas vidas como se nada houvesse acontecido. - Responde Demetri cabisbaixo. — Ao contrário de alguns, que apenas sabíamos reclamar e lamentar a boa vida que tínhamos. - Olhando serio e fixamente a Davros. Ambos pareciam arrasados, mas negavam tocar no assunto.
— É um prazer conhecê-la, Kayra. Meu sobrinho falou muito de você nos últimos dias. - Pegando minha mão direita com suas duas mãos, formando uma concha em sua volta.
— Toca o menos possível, Davros. - Ralha Demetri, retirando suas mãos das minhas.
— Não ligue, ele tem medo que eu a conquiste e você o troque. - Fala Davros sorrindo e seguindo para a sala de estar.
Demetri revira seus olhos, e segurando em minha mão, seguimos ele. Sentamos no sofá de dois lugares ao lado da poltrona cor de pele em que Davros se sentou.
— Ele já lhe contou a história de nossa família? - Ele me perguntou.
— Sim. Ele, me contou sobre vocês.
— Aposto que não contou que ja fui Rei?
— Rei? Não contou não.
— Tecnicamente você não foi rei Davros. - Demetri lhe repreendeu.
Davros revirou seus olhos como uma criança e continua falando:
— Nasci em 13 de agosto de 1904, na cidade da Flórida. Meu pai era o filho único de um empresário do ramo têxtil, negócios de família.
— Em 1923 entrei para Harvard, nos anos seguintes cursei medicina e fiz pós-graduação.
— Já em 1932, agora com vinte e oito anos, perdi meu pai, único membro vivo que possuía. Médico e formado, foi em uma viagem pelo mundo, conheci uma jovem donzela. Seus pais pertenciam à corte Real Espanhola. Ficamos enamorados, e a pedi em casamento apenas a alguns meses depois.
— De início seu pai foi totalmente contra, mas ao ver que o Rei se afeiçoava a mim, a cada dia que se passava, aceitou nosso casamento. Ganhei um lugar na corte Real. Médico Real. Um dia, os Reis sofreram uma traição, e ao final quem possuísse maior autoridade dentre a corte, assumiria seu lugar.
— No primeiro dia de meu Reinado, minha esposa e eu, fomos assassinados pelo meu próprio cunhado. Que desejava ser Rei. Em 12 de maio de 1934, fui transformado por Callida.
— Claro que ao longo dos anos seguintes me vinguei da maioria deles. Ao final consegui um pequeno castelo na região das Mil Ilhas em Nova York. - Conclui dando de ombros.
— É, tecnicamente você não foi Rei. - Respondi soltando uma breve risada.
O momento esquisito foi interrompido pelos anfitriões.
— Davros. Fico feliz em vê-lo novamente. - Edward lhe cumprimenta, estendendo sua mão.
— Edward Cullen. A quanto tempo, meu querido. - Davros lhe cumprimenta, segurando com suas duas mãos a dele. — Vejo que se deu bem. - Piscando ao final da frase.
— Está é Bella, minha esposa. - Ele a apresenta, levemente envergonhado. Com aquele meio sorriso disfarçado que era só seu.
— Magnífica. - Elogiou Davros em resposta.
— E, esta pequena é Renesme. Nossa filha biológica. - Apresenta a garota, orgulhoso.
— Já vi que não perde tempo mesmo em Edi. - Comenta ironicamente.
Renesmee apenas sorri, corando levemente o auto de suas bochechas.
Com toda certeza, se Bella ainda tivesse um coração batendo. Naquele momento estaria com as bochechas coradas também.
Demetri aproveitando o embaraço do momento. Me puxando em direção ao corredor onde ficavam os quartos.
Entro lentamente observando o quarto que estava diante dos meus olhos. Decorado com cores similares aos tons de outono. Com um ar masculino definido. Um arrepio tomou posse do meu corpo, minha alma gritava na ânsia por seu corpo ao ver sua cama, em um estilo Quenn, tão arrumada e tão perfumada. - As gotas minúsculas de perfumes me fascinavam, o seu cheiro estava sobe cada imóvel, cada livro em todas as partes. A parede em sua frente consistia em apenas vidros, com uma enorme cortina entre aberta. Pude ver alguns livros que estavam na caverna, em uma pequena estante, ao lado de uma porta que se abria para fora da residência - no segundo andar. Dois abajures de canto iluminavam o ambiente. Ao fundo do quarto, ao lado da porta para fora, havia um closet e ao seu final um banheiro razoavelmente grande. Vários objetos decorativos estavam espalhados pelo quarto.
— Uau. Que quarto incrível! - Exclamei fascinada ao adentrar o cômodo.
— Era o antigo quarto do Edward. Mudei algumas coisas. Trouxe os livros, e dei aquele toque final. - Respondeu sorrindo. — Ficarei aqui, até tudo se resolver. - Seguindo para a outra porta e a abrindo.
Me aproximo também, observando o fraco por-do-sol que se iniciava por entre as árvores.
— Ouvi falar que há uma árvore tão alta, que proporciona o mais incrível por-do-sol dessas bandas. - Ele fala sorrindo.
— Interessante. Onde ouviu falar?
— Um vampiro aí. - Disse dando de ombros e sorrindo ao final. — Estaria interessada em conhecer?
— Não tinha planos para agora mesmo. - Respondo ironicamente.
Subo sem suas costas, ainda dentro de seu quarto. Corremos por um breve caminho e chegamos a um enorme Pinheiro.
Demetri me desceu de suas costas a alguns metros de distância. Me pediu um minuto com os dedos e seguiu em direção a árvore quase que completamente coberta por uma camada de neve.
Ao se aproximar, começou a chacoalha-la fazendo com que toda sua neve, se desgarrasse de seus galhos e caíssem sobre ele. Ficando completamente submerso por entre a camada de neve.
Antes que pudesse sair do lugar, ele já estava de volta, completamente coberto por flocos brancos.
Apenas sorri pelo acontecido, sendo guiada por ele.
— Se segura bem macaquinha. - Me colocando novamente em suas costas e sorrindo.
Ele pulava por entre os galhos subindo cada vez mais, em segundos chegamos a seu topo.
Era possível ver toda a floresta, a casa dos Cullen's e a da Renesmee. As montanhas, a praia de Lá Push e o mar.
Sai de suas costas e me segurei ao tronco central do Pinheiro. Demetri me abraçava, também se apoiando.
O sol encoberto pela neblina, começava a ser visto ao horizonte. Alaranjado com as bordas levemente vermelhas. Seu reflexo batia no mar e deixava as águas em tom laranja avermelhado.
Demetri não observava o evento. Ele me observava. Ao sentir seus olhos, me virei em sua direção.
— Você está perdendo o espetáculo do sol. - Lhe digo.
— Estou observando o espetáculo da vida. - Respondeu ele sorrindo.
Sinto minhas bochechas corarem. O calor de meu corpo se elevar.
Ele aproxima lentamente sua mão de meu rosto, retirando uma mecha que cobria meu olho, colocando-a para trás da orelha, seguindo com a mão para minha nuca, aproximando seu rosto do meu, enquanto se segurava com a outra mão no tronco.
Aos poucos foi aproximando seus lábios levemente preenchidos aos meus. Quando o sol deu seu último vestígio de luz, ele me beijou.
Um beijo ardente e provocativo. Em meio a isso, ouço Jacob uivando em aviso de reunião na casa dos Cullen's, pois, haviam novidades. E estava sendo convocada, junto a outros membros.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top