Pane na comunicação
— Sua filha está me deixando maluco! — Bate a porta do quarto, caminhando irritado até o banheiro. Franz tira o livro que estava lendo da frente e encara o marido lavando o rosto e se olhando no espelho.
— Ah, agora ela é minha filha? — Arqueia uma sobrancelha, fechando o livro e ajeitando-se na cama.
— É, quando age assim, é! — Encara-o pelo espelho. Era bizarro, o verde dos olhos dele pareciam ficar mais foscos quando estava aborrecido com algo, observa Franz. O moreno suspira, já prevendo uma breve discussão.
— Tudo bem, Leon, o que foi que ela fez dessa vez? — Pergunta cansado.
— Quer saber o que ela fez? — Caminha até a cama, ajeitando os botões de seu pijama verde. — Primeiro, a Senhorita Mal-Criada pensa que sabe tudo! Ela não escuta ninguém. Ou melhor, não me escuta!
Ambos já estavam indo dormir. Leon havia descido para pegar um copo d'água. Aparentemente tinha cruzado caminho com Zoe, que não está nos seus melhores dias e parece não aguentar ver a cara do pai.
— Ela é adolescente, passaria por essas mudanças você querendo ou não — argumenta.
— Tá, mais e com você? — Engatinha para seu lado da cama, vendo Franz ficar sem o que dizer. — Viu! Esse é o problema.
— Tá, talvez ela me trate melhor do que vem te tratando ultimamente...
— Eu sei que ela me ouve falar, mas não entende o que eu falo. Poxa, eu só quero conversar com ela! O que foi que eu fiz?
— Talvez ela esteja passando por alguma coisa na escola e não quer contar pra você... Você sabe que fica perguntando demais, né?
— Isso não justifica — retruca, enrolando-se no cobertor. — Acho que eu sou carinhoso demais, se eu fosse mais chato que nem você, talvez ela gostasse mais de mim.
— Chato? — Questiona com indignação, jogando o livro na mesinha de cabeceira. Leon toma um leve sustinho e ri.
— Eu te amo muito, Franz, mas às vezes você é um porre — brinca, vendo o moreno encará-lo. Gargalha.
— Ah, é? — O homem se desencosta da cabeceira, ameaçando Leon, que estava em crise de riso.
— É! — Responde tapando a boca para se conter.
— Eu te mostro o chato agora! — Pula em cima dele em ataque.
— Ah!! — Ri, tentando afastar Franz. Leon lhe dá um beijinho após a brincadeira. — Mas é sério... conversa com ela. Pergunta se eu fiz alguma coisa — pede com o sorriso desfeito. — Ela só escuta você.
Franz encara os olhos pidões de seu esposo, agora com um verde mais vivo. Sua expressão séria se abre para um sorriso.
— Deixa comigo — responde. Leon sorri fraquinho. Beija-o, saindo de cima dele e se cobrindo com o lençol.
— Obrigado, gatinho.
— Gatinho? Da onde tirou isso? — Pergunta confuso.
— Você é o meu gatinho, amor — Leon ergue o tronco e se estica para desligar o abajur que estava do lado de Franz. — Boa noite! — Cobre-se. Depois de alguns instantes, sente o calor do toque de Franz sobre sua mão, agarrando-na.
— Boa noite.
[ . . . ]
Franz ouve risos de Gael e Leon vindos da cozinha, e se espreguiça na cama sentindo o vazio ao lado, onde era para estar seu marido. Sorri, essa era a melhor forma de acordar em uma manhã de doming: ouvindo a alegria que a casa tinha. O sorriso do moreno logo desaparece ao ouvir um resmungo irritado de Zoe passando pelo corredor. Parece que alguém acordou de mal-humor.
Franz se levanta da cama e joga o cobertor para trás. Espreguiça-se mais uma vez antes de se levantar e sair do quarto.
Descendo as escadas, vê Zoe indo até a cozinha vestindo o capuz do moletom em um estilo bem introspectivo. Não demora muito até as discussões começarem também.
— Me dá logo isso, eu peguei primeiro! — Franz escuta, ainda da sala, Gael reclamar.
— Mas EU sou a mais velha!
— E a mais imbecil! — Retruca com raiva.
— OW! — Repreende Leon. — É sério que vão brigar por uma caixa de suco?! — Aparentemente Zoe não dá bola para o sermão e continua provocando o irmão. Quando Franz dá as caras na cozinha, vê os filhos puxando, cada um para seu lado, uma caixa de suco como uma verdadeira disputa de cabo de guerra.
— Ô, pai! — Resmungou Gael, puxando a caixa, pedindo para que seu pai intervisse na briga.
— Ô, Zoe, dá logo o suco pra ele, vai! Não era você quem disse que não tava tomando mais esse tipo de suco?
— Sim, mas hoje EU QUERO! — Elevou a voz, irritada.
— Ei, mocinha, não fale com seu pai nesse tom — Franz intervém, repreendendo-na.
— Argh! — Resmunga alto. Gael, já irritado, solta a caixa no momento em que a irmã a puxa, fazendo com que o suco derramasse em toda a sua blusa. A mancha escorreu para o short, mas parou na barra. — ARGH! — Jogou a caixa no chão. — A CULPA É TODA SUA! — Gritou com o menino e saiu pisando forte para fora da cozinha.
O clima pesa. Gael pega a caixa que a irmã jogou no chão e a atira no lixo. Leon pede para ele não fazer mais isso e ele assente. Franz caminha até Leon, que estava atrás da ilha da cozinha, no fogão. Ele fazia panquecas, uma das únicas comidas que era capaz de fazer sem queimar completamente ou causar qualquer outro desastre culinário.
— Bom dia — deseja, beijando a bochecha do homem.
— Bom dia, Franz — sorri fraco, beijando-o também. O moreno então segura seus ombros e faz uma rápida massagem.
— Eu vou falar com ela — sussurra em seu ouvido. Leon sente um arrepiu, mas concorda com a cabeça. Franz sai de trás dele e sai da cozinha.
— Quem está pronto pra primeira rodada de panquecas?? — Leon ergue um prato cheio de panquecas gordinhas. Gael bate palmas e grita um "eeuu!!".
[ . . . ]
Franz dá três batidinhas na porta.
— Vai embora... — Ouve a voz abafada da filha.
— Filha, sou eu. Deixa eu entrar, por favor — pede calmamente. Ela demora a responder, mas permite. — Zoe, o que está acontecendo com você? — O homem fecha a porta atrás de si ao entrar. — Você viu como falou com seu irmão na cozinha? Viu como falou com o seu pai? — Caminha até ela. A garota estava deitada, sem a blusa, com o rosto escondido pelo travesseiro. Franz senta na beira de sua cama, dando-lhe espaço.
— Pai, você viu o que o GAEL fez? — Levanta-se. — Olha como tá a minha blusa! Como eu vou pra escola agora?
— Zoe, você tem uma porção de roupas, escolhe outra.
— A questão não é essa, pai. — Encara-o seriamente. — Primeiro, ele SUJOU a minha blusa DE PROPÓSITO! Segundo, eu não tenho tantas roupas boas pra sair. A maioria é de ficar em casa.
— Tem razão. Gael não devia ter jogado o suco em você, mas você também não tinha que implicar com ele por um resto de suco que não dava nem pra ele beber — rebate. — Em relação a blusa, eu mesmo lavo pra você, e podemos procurar uma outra roupa bem mais bonita — incentiva, tocando o braço da filha e acariciando-o. — Agora... eu tenho outra coisa pra conversar com você...
— Hm, fala. — Permite, levantando-se e indo até o guarda-roupa para procurar alguma camisa decente.
— Zoe... o que tá acontecendo entre você e o seu pai? — Pergunta. Ele então ouve sua filha suspirar.
— Pai, eu não faço de propósito, eu juro, é só que... — hesita — eu tenho estado tão... cansada...
— De quê, exatamente?
— De... — hesita mais uma vez. — Olha, eu não gosto do jeito dele comigo, só isso.
— Como assim? – Ri sem intenção.
— Ah, pai, ele é sempre tão... bobo...
Ouvir aquilo fez Franz ter um leve choque. Não esperava ouvir isso de sua filha. Não de forma negativa. Ele sempre achara que o jeito divertido de Leon aproximaria eles mais do que Franz conseguisse acompanhar, mas o efeito surtiu de forma contrária.
— E isso é ruim pra você? — Questiona meio chateado.
— Eu sempre acho que ele não vai me levar à sério quando eu preciso disso. E além disso, eu não aguento mais abraços! — Puxa uma roupa do armário. — Eu não sou mais uma criança.
— Zoe, eu tenho certeza de que ele não te acha uma criança de forma alguma — defende. — Ele só quer estar mais próximo de você. Você ainda é a bebezinha dele — sorri percebendo o quão bobo era falar aquilo. — Mas só porque ele age dessa forma, não significa que não te veja como uma mulher agora. Veja como já está crescida.
— Ele me irrita, pai...
— Eu imagino que você deva estar bem desconfortável com essa situação toda por causa da sua idade, mas... tem certeza de que quer continuar tratando seu pai dessa forma? — Levanta-se da cama dela. Caminha em sua direção. — Pense nisso — sussurra. — E se vista rápido, já está quase na hora. Quem vai te levar é o seu pai Leon. Eu tenho que estar em uma reunião em 20 minutos e nem arrumado tô — brinca com a filha, acariciando seus cabelos.
Franz sai do quarto dela. Ela respira fundo.
[ . . . ]
— Mas você não vai nem tomar café? — Grita Leon para o marido, que estava na correria para abotoar a camisa.
— Eu passo em um café no caminho pro trabalho e pego alguma coisa pra mim, eu tô quase me atrasando — responde correndo pela sala procurando pela carteira.
— E vai com quem? — Bebe um pouco de seu café.
— O Larry vai me dar uma carona — diz e então ouve uma buzina na calçada. — Ah, falando nele!
— É bom correr, então...
— Tchau, pai! — Acena Gael junto de Leon à mesa.
— Tchau, meninos — Franz dá uma corridinha e beija a testa do filho, passando para Leon e erguendo a cabeça dele para beijá-lo na boca.
— Eca — ri.
— Tchau, amor — sorri —, bom trabalho — deseja, todo derretido pelo gesto de carinho do outro. Encara-o se distanciar rapidamente com um olhar apaixonado.
— Boa sorte com eles hoje! — Grita da calçada. Leon ri e se levanta da cadeira, tirando os pratos da mesa e levando para a pia. Zoe adentra o recinto. Gael sai.
Zoe, meio envergonhada, mas ainda com um olhar sério e soberbo; senta-se à mesa.
— Vai comer das panquecas ou quer outra coisa? — Pergunta gentil, mesmo que sem encará-la. Estava lavando os poucos pratos que haviam dentro da pia.
— Não dá tempo. — Responde séria, pegando duas panquecas e pondo em seu prato com geleia.
— Ah, é verdade... — morde o lábio inferior. — Ah, e que tal irmos ao shopping hoje? — Pergunta sorridente, animando-se.
— Tenho outros planos.
Leon se retrai. Suspira. Tudo bem, Zoe, você venceu.
E a refeição inteira foi feita em silêncio.
[ . . . ]
Zoe sente a culpa cair sobre seus ombros. Já estava no carro, sentada no banco do carona esperando por seu pai e irmão. Gael não havia encontrado seu sapato, então pediu ajuda para procurá-lo. As manhãs eram sempre assim, cheias de contratempos. Zoe apreciava isso, de verdade, mas ultimamente estava se sentindo alheia à tudo.
Em circunstâncias normais, ela riria do fato do irmão ser incapaz de encontrar o próprio sapato, mesmo sendo considerado o gênio entre os dois.
Com a cabeça apoiada na janela, Zoe morde o lábio, pensando no que seu pai Franz havia dito mais cedo. Tem certeza de que quer continuar tratando seu pai dessa forma?
Mas... de verdade... por que ela estava tratando seu pai daquele jeito? Parecia não ter respostas concretas. Será realmente que era por achar seu pai imaturo demais?
— Voltamos — Leon abre a porta do carro e entra. — Os tênis do bonito estavam em cima da prateleira da sala. Não pergunte como eles foram parar lá.
Zoe ri sem muita emoção.
— Ah, pai! A culpa não é minha se não conseguimos ter uma manhã normal! — O garotinho brinca.
Leon liga o carro e vão rumo à escola dos garotos.
O caminho segue sendo silencioso. Zoe manteve-se presa em seus pensamentos misturados às músicas nos fones de ouvido. E Gael lia um livro chato de matemática básica, às vezes comentando algo que considerava interessante para o pai, que só concordava com um sorriso sem graça, tentando entender os conceitos e palavras que o filho usava.
— Acho melhor você conversar sobre isso com o seu pai Franz, Gael! — Brinca. O garoto ri e volta a se concentrar na leitura.
Leon percebe Zoe respirar fundo, mas prefere não perguntar. Ela tira os fones ao ver que estavam se aproximando do colégio e guarda-os no bolso da mochila.
Leon estaciona em frente ao portão, onde vários alunos caminhavam conversando. Havia um grupinho formado perto dali. Zoe abaixa o vidro e acena animada para ele. Assim que o pessoal a vê, sorriem e acenam para ela também. Gael é o primeiro a descer. Leon se despede dele, mandando um beijinho no ar.
Zoe desce enquanto o irmão sai correndo para dentro do colégio.
— Pai... — chama antes de fechar a porta.
— Sim, Zoe?
— Eu... vou ao shopping com você hoje... — diz, meio constrangida.
— A-Ah, v-vai? — Pergunta surpreso. — Oh, err... t-tudo bem. Tudo bem, filha — sorri para ela. A garota fecha a porta e caminha até seu grupinho.
Leon ri sozinho dentro do carro.
[ . . . ]
— Imagino que seu pai tenha comentado com você sobre nós — Leon quebra o silêncio que se instaurava à mesa que sentavam na praça de alimentação. Zoe mexia nas batatas fritas, sem comê-las. — Foi ele que te convenceu à vir?
— Pai, escuta... — respira fundo — não é que eu faça isso de propósito, é só que... tudo tá mudando comigo. Eu tô em uma escola nova, no ensino médio e... eu não sei em quais panelinhas me encaixar. Parece que todo mundo sabe o caminho, menos eu!
— Ué, mas e aquele grupinho que te esperou na frente da escola?
— Ah, eles? São amigos, sim... mas... eles mesmos tem seus grupos individuais e... parece que eu ainda não consegui encontrar o meu... — Desliza na cadeira com os braços cruzados e postura introspectiva.
— E como são esses grupinhos? — Debruçou-se mais à mesa, buscando aproximação com a filha.
— Você nunca esteve num grupinho? — Arqueou uma sobrancelha.
— Eu tinha o meu próprio — deu de ombros, sorrindo. — Quando você encontra pessoas que dividem o mesmo espírito, é fácil se sentir parte de um grupinho, mesmo que seja o seu próprio.
— Pai... eu sou esquisita...
— O quê? — Perguntou, sem reação. — Zoe, claro que não! Por que diz isso?
— Olha pra mim! Eu sou esquisita! — Estende os braços para que Leon pudesse ver seu corpo, como se o problema estivesse nele. Leon franze a testa. — As pessoas dizem isso... — sussurra cruzando os braços novamente.
— Eu...
— Eu só sei falar besteira, pai! — Endireita a postura, como quem estava prestes a discutir. — Eu fico nervosa e falo a primeira coisa que me vem à cabeça! Eu pareço uma maluca! Eu assusto as pessoas! E... além disso... — hesita contendo as lágrimas. Zoe odiava chorar, principalmente em público. — Eu... eu não sei fazer nada... — Cai o rosto sobre a mesa, escondendo-o com os braços ao redor.
— Zoe...
— O pai é mega inteligente! — Ergue a cabeça de novo — Tipo, até consertar a TV ele sabe! É ridículo! — Bate as mãos na mesa, indignada. — O Gael é a mesma coisa, ele é o melhor da sua turma! Ninguém supera ele em uma conta de multiplicação. Ou em um jogo de xadrez. Ou em soletração. Ou matemática básica! — Respira antes de continuar. — Não me leve à mal, pai, eu fico muito orgulhosa por ele, de verdade. Meu irmão é um gênio em ascensão! Mas... aonde eu fico nisso? — Encara o homem tristemente, que estava sem saber o que dizer após o desabafo. — Até você. Você canta, você atua... Você é artista!
— Zoe, e se eu te disser que eu era exatamente como você? — Sorri.
— Um zero à esquerda? — Apoia o queixo na mão. — Duvido muito — revira os olhos.
— Filha, acredita em mim — segura a mão dela. — Na minha época, o Franz era o valentão, e ainda é; o Larry, o artista e o Jimmy, o inteligente fofinho. Agora me diz, onde eu me encaixava nesse meio? — Faz uma pergunta retórica. Zoe logo entende o que ele queria dizer. — Você ainda tem muito tempo pra se encontrar, Zoe. Relaxa. — Acaricia a mão da filha, que sorri fraco. — E aproveita que você é a descolada enquanto dá — sussurra para ela. A garota gargalha pela primeira vez em anos para Leon. Ele abre um sorriso satisfeito. Finalmente havia conseguido se reconectar com a filha.
— Me acha mesmo descolada?
— É claro! Filha minha, lógico que vai ser descolada! — Dá de ombros. — Quais outras meninas nocauteiam garotos na escola? — Relembra uma antiga memória.
Aos 13 anos, Leon e Franz são chamados na diretoria por causa de Zoe. Aparentemente a garota havia derrubado um colega que queria bater em sua amiga. Eles se surpreenderam quando souberam que o garoto era do 9° ano. Ela estava no 7°. Ele deveria ser no mínimo grande.
Mesmo sabendo que era perigoso, Leon não deixou de sentir orgulho da filha por defender os "mais vulneráveis". Franz apenas ficou aborrecido com ela, mas o castanho sabia que, no fundo, o marido também estava com um certo orgulho.
— Não lembra dessa história! — Ri. — É constrangedora! Eu tive que ajudar as tias na faxina da escola depois dessa!
— O que quero dizer, Zoe, é que você tem muito a oferecer ainda. Não perca as esperanças.
— Mas e quando vou me descobrir assim? Eu sou um lixo pra absolutamente tudo! Eu sei amarrar o cadarço do meu tênis por WO — fez bico, criticando-se duramente.
Leon a encara, triste pela forma como a filha se põe para baixo. Pensando em ajudá-la, depara-se com uma vitrine ao lado. Bem à mostra estava uma roupa estilosíssima. Lembrava a época de hip-hop. O conjunto era composto por uma blusa curta e vermelha, pintada com bolinhas pretas, e uma calça com o mesmo tipo de tecido, mas era preta e larga, com a cintura caída. Olhando para cima, Leon vê de que se tratavam aquelas roupas e então sorri.
— Sabe, Zoe, acho que acabei de reanimar um talento seu... — Arqueia uma sobrancelha, sorrindo arteiro.
[ . . . ]
Zoe abre a porta de casa com tudo e sai correndo pela casa até as escadas, subindo para o primeiro andar. Franz, que estava no sofá, assusta-se com a movimentação repentina.
— Franz, chegamos! — Avisa enquanto fecha a porta e joga as chaves em cima da mesa ao lado.
— É, eu percebi — ironiza. — E aí, como foi lá? — Pergunta vendo Leon caminhar em sua direção e se deitar em seu colo.
— Foi ótimo! Você não faz ideia!
— Ah, que bom, então.
— Aliás, Franz, tá livre na sexta-feira?
— A maior parte do dia, sim — pensa. — Por quê?
— Vamos matricular a Zoe em uma escola de dança — anunciou se levantando do colo do homem. — A minha filha vai dançar! — Diz orgulhoso.
— Ah, agora ela é sua filha?
— Quando age assim, é!
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Bagunhao desculpem a demoraaaa, espero que ainda estejam acordados kaakakak e sim, a inspiração para a aparência da Zoe (no caso das imagens) é a Emma Agreste Dupain! Sem julgamentos aqui, ok? Ela se encaixou perfeitamente na personagem da minha imaginação e acabou rolando (aliás, o olho azul foi pq eu não achei a Emma com a roupa que eu queria, então foi de Marinette mesmo, mas o olho da Zoe é o verde do Leon <33)
Obs: só descrevi o Leon como "castanho" pq ele já adulto decidiu deixar o cabelo castanho crescer, ele não é mais ruivo (tenho um crush nele de cabelo castanho, ui)
Os erros serão corrigidos depois, aproveiteeem <333
Ariadney123 espero que goste também, amg <33
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