0.8 - Um Bolo
Capítulo 0.8
_O que você está fazendo aqui? Como você subiu, garoto. - eu disse assustada e com raiva-.
_Entrei pela janela. - ele disse revirando os olhos-.
_Como você conseguiu escalar isso tudo? - disse olhando pra janela pois meu quarto é no segundo andar-.
_É fácil, mas isso não vem ao caso. - ele disse me medindo de toalha-.
_Você não pode ficar entrando na casa dos outros pela janela não. Aqui tem porta e campainha. - eu disse e ele revirou os olhos novamente-.
_Se você respondesse minha mensagem talvez eu não estaria aqui agora. - ele disse levantando-.
_Da licença pra eu trocar de roupa. - eu disse e ele sorriu sacana-, quando eu acabar a gente conversa.
_Não há nada que eu não tenha visto, só estava um pouco escuro aquele dia e.. - eu o interrompi-.
_Ok. - eu disse e peguei minhas roupas e fui para o banheiro trocar. Quando voltei ele estava parado em frente a minha cômoda olhando minhas fotos-.
_Você sempre foi bonitinha assim? - ele disse pegando um porta retrato de uma foto minha com quinze anos-.
_O que você quer aqui? - perguntei ignorando a pergunta dele-.
_Você tá saindo com o playboizinho? -Oscar perguntou-.
_E se eu estiver? - respondi com outra pergunta-.
_Não tem cara de gostar de playboy. - ele disse e eu ri-.
_Você nem me conhece pra falar do que eu gosto ou não, garoto. - eu disse e ele riu-.
_Vamos sair hoje? - ele mudou de assunto-.
_Eu não quero. - eu disse fria-.
_Ela é só minha amiga. - ele disse rindo e eu revirei os olhos-.
_Ela quem, garoto? -eu perguntei tensa-.
_A menina que você viu saindo da minha casa hoje. - ele disse e se sentou na cama com as mãos pra trás e apoiando o corpo-.
_Nem sei do que você tá falando.
_Eu vi você hoje, e vi você olhando a gente. - ele disse e riu-.
_Você não me deve explicação nenhuma, eu em. - eu disse-, Onde você quer me levar? - eu perguntei mudando de assunto-.
_Onde você quiser ir. -ele disse-.
_Você escolhe o lugar, Spooky. -eu disse-.
_Já te falei como eu fico quando você me chama de Spooky? - ele disse rindo e me puxando pela cintura me fazendo sentar em seu colo-.
Ele beijou meu pescoço suavemente segurando minha nuca e puxando de leve meus cabelos com uma mão e segurando firme minha cintura com a outra me fazendo arrepiar, arfei e já podia sentir sua ereção por cima da bermuda. Merda.
_Te pego as oito. - ele disse me olhando e eu assenti-.
O telefone dele apitou e ele olhou rapidamente.
_Preciso ir. As oito, em. - ele disse e me deu um selinho rápido e saiu, pela janela.
Não sei mais o que penso sobre esse cara, ele me faz arrepiar apenas com seu toque.
Durante o dia eu vi alguns episódios de série e quando já era quase oito comecei a me arrumar, coloquei um vestido e uma jaqueta, deixei meu cabelo liso e fiz uma maquiagem básica. Sentei no sofá para esperar ele, quando deu oito e meia e ele ainda não tinha chegado fiquei super nervosa, ele me deu um bolo na cara dura.
Ainda mais alguns minutos e nada dele aparecer, começou a chover forte então subi para o quarto na força do ódio e troquei de roupa, tirei a maquiagem e vesti um pijama.
Estava mechendo no celular deitada quando escuto um barulho na porta, muito alto. Achei ser meu pai e desci correndo pra ver e me deparo com uma figura sentada no chão com as costas encostada na parede todo machucado.
_Tranca a porta. - ele disse num sussuro e assim eu fiz.
_Oscar, oque aconteceu? -perguntei indo até ele.
_Me ajuda. -ele disse e eu com muito custo conseguir o levantar do chão e o levei até meu quarto.
Ele estava todo molhado de chuva, machucado, olho meio roxo, supercilho machucado e no canto da boca também. Assim que chegamos no quarto eu o sentei na cama, peguei uma maleta de primeiros socorros e comecei a limpar seus machucados.
_O que aconteceu? -perguntei passando um remédio em seu machucado que o fez dar uma careta-.
_Eu tava vindo pra cá e vi um profeta nessa área e nos brigamos feio e ele chamou mais cinco pra brigar comigo.
_É, tô vendo. - falei analisando seu rosto-.
_Desculpa, tava afinzão de sair com você hoje. -ele disse me olhando-.
_Tá de boa, pelo menos não foi um bolo que você quis me dar. - eu disse e ele riu-.
_Seu cabelo tá bonito. - ele disse passando a mão em meu cabelo que estava liso-, diferente ver você assim, acostumei te ver com eles cacheadinhos mas mesmo assim não deixa de ficar linda com eles assim.
_Obrigado. - dei um sorrisinho tímido-, Vou pegar um remédio pra dor. -eu disse e ele assentiu-.
Fui pegar o remédio e dei ele pra tomar. Tirei sua regata branca que estava ensanguentada e não deixei de medir seu corpo.
_Gracias. -ele disse fazendo uma careta de dor-.
_Toma um banho. - eu disse e ele se levantou-.
_Quer vim não? -ele perguntou e eu revirei os olhos-.
Ele conseguiu tomar banho sozinho e eu fui pegar uma calça do meu pai para ele vesti pois suas roupas estavam todas ensanguentadas e molhadas, coloquei elas para lavar e quando cheguei no quarto ele já tinha acabado o banho, estava em pé de com a toalha enrolada na cintura e mechendo no celular.
_Veste isso, eu coloquei suas roupas para lavar. -eu disse entregando a calça para ele que agora me olhava, ele se aproximou e pegou a calça da minha mão e selou nossos lábios com um selinho, merda, porra. Tô começando a gostar desses selinhos-.
Ele tirou a toalha na minha frente, nem se quer mandou eu me virar e vestiu a calça, ele me olhou e riu com malícia quando percebeu que eu estava medindo seu corpo. Homem desgraçado de lindo.
_Gracias, Alexia. - ele disse vindo até mim e beijando minha testa-.
_De nada. - falei e sorri para ele que me deu um longo selinho e eu arrepiei-, tá com fome?
_Bastante. -ele disse rindo-.
Fomos pra cozinha e eu fiz burrito pra gente comer e um suco de maracujá natural. Ele fechou até os olhinhos comendo que eu achei ele até fofo.
_Esto es maravilloso. - ele elogiou-.
_Obrigado. Come mais. - eu disse pegando mais um pra ele-.
_Obrigado. - ele disse de boca cheia e eu ri-.
_E o César? Tá bem? - eu perguntei-.
_Tá, na hora da briga ele não tava em casa não, tava com a Monse.
Ouvimos sirenes e ele levanto e foi olhar na janela.
_Parece que alguém denunciou a briga e está tendo outra Patrulha. -ele disse saindo de perto da janela e se jogando no sofá-.
_Se quiser pode dormi aqui. -falei e ri-.
_Pode mesmo? - ele perguntou-.
_Pode.
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