Capítulo 11
Fomos para a cobertura e eu comecei a guardar o equipamento.
_Estou falando com você!_ gritou a Leslie e puxou o meu ombro.
Me joguei para a frente segurando o braço dela ela caiu de costa no chão.
_Não tenho tempo para isso agora!_ falei para a mesma_ me entregue as suas chaves!_ pedi para o Brian.
Ele me entregou e eu joguei a maleta para o mesmo, descendo. Abri o porta-malas, guardamos tudo e entramos no carro.
Peguei o meu celular e liguei o rastreador do Dyllan acelerando.
_O que vocês fizeram?
_Descobrimos a verdade!
_Se vocês tivessem nos contado, isso não teria acontecido!_ disse a Leslie do banco de trás.
Simplesmente freei no meio da rodovia.
_Como vocês sabiam onde estávamos?
_Não sabíamos!_ respondeu o Brian.
_Estávamos atrás do Fred!_ disse a Leslie.
_Descobriram que vocês estavam atrás dele e acharam que ele tinha sido comprometido!_ disse eu acelerando de novo.
_Isso significa que...
_Que podem estar tramando uma execução!_ completou o Brian.
"O Dyllan não!"
Então acelerei mais e comecei a desviar dos carros. Fiz uma entrada não pensada e continuei acelerando, até frear e continuar devagar.
_Onde estamos?_ perguntou a Leslie.
Estacionei e desci. Abri o porta-malas e peguei outra pistola, revisei as balas e a Leslie entrou na minha frente.
_Qual é o plano?
_Não é obvio? Entrar pegar o Dyllan e sair!
_Vamos esperar reforços!_ disse ela para o Brian.
_Então era disso que o Marvin falava?_ perguntou o Brian_ isso é loucura!
O encarei.
_Pare de falar como se me conhecesse!_ falei me aproximando dele_ o Marvin sabia exatamente onde estava se metendo, sempre soube!
_E o Dyllan sabe?
_Isso é diferente1
_Será mesmo?
_O seu ciúme doentio não vai estragar tudo desta vez!_ gritei_ quer ficar aqui parado sem fazer nada? Tudo bem, eu vou entrar, não importa o que aconteça.
Destravei a pistola e mirei, seguindo o matagal até a o outro lado da rua. Avistei o prédio e em frente, uma van branca. Me aproximei e a abri, as paredes estavam sujas de sangue.
_Já chamei reforços!_ ouvi a Leslie e virei.
Ela e o Brian estavam atrás de mim. Dei sinal, me aproximei da porta e entrei devagar. Atirem em dois homens que desciam as escadas e os dois foram vasculhar o local. Continuei subindo, dois andares acima e nada, quando abri a porta para sair da escadaria ouvi os tiros, me abaixei e atirei na cabeça de dois. O Terceiro eu corri e chutei a sua arma, atirei em seu joelho o fazendo gritar.
_Onde o policial está?
_Vai se ferrar!_ gritou.
_Não, eu vou te ferrar!_ falei segurando o pescoço dele_ Ultima chance!
Atirei em seu joelho e ele gritou de novo.
_Sexto... Andar!
O dei uma coronhada e continuei subindo.
"_Cass, vem, não precisa ter medo é só uma montanha russa!__ dizia o Carter."
Balancei a cabeça para afastar o pensamento e me abaixei ao ouvir passos. O esperei se aproximar e dei uma rasteira, o mesmo caiu e eu dei uma pesada em sua cara. Levantei e logo achei o andar, chutando a porta. O cômodo levava para três quartos, a primeira porta abriu e dois homens armados saíram, atirei mas me vi sem balas. Então joguei a minha arma na cara do primeiro chutando a arma do segundo e o dando uma voadora. O primeiro me deu uma rasteira, cai em cima do segundo e rolei para cima do mesmo quebrando o seu pescoço. Alcancei a pistola do mesmo e levantei, atirando. Ele caiu abrindo a porta. Vi o Dyllan e corri até ele. Desamarrei o mesmo e o segurei.
_Ei, ei...
_O Fred está... _falou apontando para o que parecia ser um banheiro.
Levantei abrindo a porta e ele se jogou em cima de mim, fui de encontro com a parede e ele correu para fora do quarto.
_Aqui!_ disse o entregando a minha pistola e continuei correndo atrás dele.
Ele saiu pela janela do corredor e subiu as escadas de incêndio até a cobertura.
_Fique longe!_ gritou prestes a pular a barra de segurança.
_Você não precisa fazer isso!_ falei_ tem um cara lá dentro que te ver como um pai!
_Eu lembro dele correndo pela quadra, como se dominasse o mundo!_ falou virando para mim, ainda encostado na barra de proteção_ Até o perder e se fechar... O vi se transformar num homem melhor, cuida dele por mim...
_Parado!_ ouvi e senti o cano da arma na minha cabeça_ ou eu mato ela!
_O que pensa que está fazendo Pedro? Afaste-se dela é uma ordem!
_Ordem? Você já é um homem morto!
Senti a coronhada e cai. Foi tudo rápido demais, o Fred correu pulando no garoto e os dois rolaram no chão, até o garoto cair e puxar o Fred junto.
Corri tentando o alcançar mais tudo o que conseguir foi empurrar a barra de segurança ainda mais a fazendo soltar. E eu acabar pendurada.
_Droga!_ murmurei.
_Cass? Cass?
_Aqui!_ gritei tentando subir mas a minha mão tinha se tornado escorregadia.
Quando não aguentei mais segurar o Dyllan apareceu e me segurou. Sangue saia da sua boca, testa e nariz. O braço dele...
_Me solte Dyllan, o seu braço está quebrado!
Ele respirava fundo.
_Não vou largar você!
Ouvi o barulho de aço.
_A barra não vai aguentar nos dois!
_Eu tive uma ideia... No três dê um impulso!
_Dyllan!_ gritei quando o ferro entortou de uma vez.
Abri os olhos e senti o vento no rosto. Estávamos na borda. Juntos.
_Você está um caco!_ comentei.
_Tenta passar dez minutos com bandidos que odeiam policiais engraçadinha!_ sussurrou.
Eu estava com a cabeça encostada no peito dele.
_O Fred..._ comecei.
_Eu sei, você estava certa!
_Ele salvou a minha vida!_ sussurrei e o encarei.
Levantei e o ajudei, passei seu braço pelos meus ombros e o ajudei a andar.
_Aqui!_ disse o Brian assim que nos encontrou no quarto andar.
Foi para o outro lado e me ajudou com o Dyllan. Logo descemos e o colocamos na ambulância.
_Você está horrível!
_É bom te ver também Rose!
_Temos que ir para o hospital!_ disse o paramédico.
_Vamos!_ falei e entrei.
A ambulância logo estava em movimento, cuidaram dos ferimentos e o deram um sedativo, o vi apagando aos poucos e senti sua mão vasculhando, procurando alguma coisa. A segurei e o vi sorrir, ao ficar inconsciente. Logo chegamos ao hospital. Nos separaram e uma enfermeira passou a me atender.
Como eu não tinha ferimentos graves, fui mandada para uma sala de espera e lá fiquei por duas horas até virem dá notícia.
_Ele fraturou a costela, seu braço direito está...
_Quebrado!_ o cortei_ ele vai ficar bem?
_Com repouso e alimentação adequadamente sim!
Respirei fundo.
_Ele logo vai ser transferido para o quarto 62, você pode esperar lá!
Assenti e fui para o quarto. Minutos depois o trouxeram, ele dormia profundamente conectado a fios. Sentei na poltrona ao seu lado e peguei o meu celular.
Mandei mensagem para a Barbara e o encarei me aproximando, tirei o cabelo do seu rosto e senti a minha cabeça latejar. O remédio parecia está fazendo efeito. Meu corpo inteiro doía, o quarto estava fresquinho, então apaguei.
_Acordei. Estava na minha cama, no quarto que eu dividia com o Carter. Levantei e segui tocando as paredes e descendo até as risadas.
_Filha, oi meu amor!_ disse o papai me abraçando_ bom dia querida!
O Carter passou por trás de mim e bagunçou meus cabelos. Sentei ao seu lado e a mamãe apareceu.
Papai como sempre contando suas histórias de quando adolescente e nós riamos. Riamos muito.
_Esqueci a margarina!
_Eu pego!_ falei levantando.
Segui até a cozinha e a encontrei no balcão, a peguei e quando os encontrei na mesa, estavam todos queimando."
Levantei no pulo e a Barbara me olhou espantada.
_Cass, tudo bem?
Eu assentia enquanto tentava normalizar a minha respiração. O Dyllan continuava dormindo, me aproximei do mesmo, beijei a sua testa e sai.
Peguei o elevador e logo estava em frente ao hospital, peguei um táxi e minutos depois ele estacionou em frente ao escritório. Paguei a corrida e subi seguindo direto para a sala do Jake, o peguei saindo e entrei sentando no sofá.
_Pois bem!_ disse ao me encarar por uns segundos_ são as lembranças?
_Sim!_ respondi.
_Com que frequência elas ocorrem?
_Antes apenas quando eu dormia, mas agora... _ respondi.
_Pode me dá um exemplo?
_Eu devia ter contado para o Dyllan antes!_ admiti_ e quando ele descobriu, ele deixou a síndrome de super-man falar mais alto, o que acabou resultando no sequestro do mesmo!_ respirei fundo_ eu achei ele, e quando estava indo encontra-lo o Carter apareceu e... Me chamou para entrar na montanha russa...
Eu respirava fundo.
_As lembranças são só com o seu irmão?
_Sim e...
_Pesadelos, com os seus pais?
Eu não conseguia falar, minha respiração falhou e eu fechei os olhos com força.
_Os seus sintomas indicam depressão clínica!
_Não!_ falei olhando ao redor.
_Não por que não acredita que está depressiva ou não por causa dos medicamentos?
Pensei um pouco e levantei.
_Tenho que ir!_ falei seguindo para a porta.
_Beber não vai ajudar Cassandra!
_E quem te disse que eu quero ajuda?_ Perguntei e sai.
Encontrei a minha moto na garagem. A liguei e fui para casa. Estacionei e entrei.
Tirei as botas, abri uma garrafa de whisky e encarei o bilhete que a Bethany havia deixado na geladeira.
"Obrigada por ter levado o Lucas senhorita, eu achei o que me mandou procurar, muito obrigada!
E outro que parecia de hoje.
"O Lucas pediu para avisar que venceu o jogo!
Ps: Deixei pratos prontos na geladeira, só esquentar. Tenha uma boa noite senhorita!"
Caminhei escada acima e segui para o banheiro, liguei a banheira, e enquanto esperava encher terminei a garrafa. Desliguei a torneira, coloquei o meu coldre em cima da pia junto com o meu celular, carteira, distintivo e entrei, me afundando.
Quando eu senti, era como se alguém estivesse do lado de fora da banheira me afogando. Comecei a sufocar e pulei para fora, molhando o banheiro todo, deitei tossindo e encarei o teto. Não havia ninguém, eu estava sozinha.
Levantei, tirei a roupa molhada e vesti uma calça de moletom, regata e tênis. Peguei as coisas da pia e as minhas chaves descendo. Tranquei a casa, coloquei o capacete e dei partida. Cheguei ao hospital e subi até o quarto do Dyllan.
A Barbara dormia profundamente no sofá e ele mexia em seu celular, o encarei na porta por uns minutos até ele me ver.
_Oi, vai entrar ou vai ficar ai me encarando?
_Como você está?_ perguntei me aproximando.
_Bem!_ respondeu guardando o celular e sentando_ Vem cá!
Sentei ao lado dele.
_A esposa do Fred ligou!
_E?_ perguntei.
_Parece que também não sabia da vida dupla do marido.
_Como você está?
_Eu já...
_Sobre isso!_ complementei.
_Ainda não sei!_ respondeu olhando ao redor_ e você?
_Eu cometi um erro e...
_não não não... _ começou_ não foi culpa sua!
_Foi sim!_ continuei_ se eu não tivesse cometido o erro teríamos duas testemunhas crucias e estaríamos um passo a frente deles!
_Cass...
_Você não estava lá e mesmo assim está...
E ele segurou a minha mão, me fazendo parar de falar.
_Hora dos remédios senhor Adams!_ disse a enfermeira entrando.
Ele foi medicado e ela logo saiu.
_Vai estar aqui quando eu acordar?_ perguntou bocejando.
_Se você tiver sorte!_ respondi e ele riu.
Ele logo pegou no sono, as luzes se apagaram e eu fiquei lá encarando o vazio. Ouvindo sua respiração.
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