Capítulo 1

    Abri os olhos e levantei. Com a mesma sensação indiferente de todos os dias, até familiar para ser sincera. Olhei para o meu relógio no criado mudo. Marcava 5h30, 5 horas de sono. Um avanço. Fui até o banheiro, escovei os dentes e seguir para o meu closet. Vesti uma legging, moletom e tênis, passei as mãos no cabelo e desci as escadas.

   Encontrei meus fones de ouvido e celular lá embaixo na bancada da minha cozinha, coloquei meu relógio, sai de casa, liguei o cronômetro e comecei a correr.

...

   Parei na calçada de casa. Parei o cronômetro e levantei a mão ao meu peito que ardia, O suor descia pelo meu rosto. Olhei ao redor. a vizinha da frente regava as suas flores e me encarava, Fiz um aceno de cabeça e entrei.

   Segui para o banheiro, me despi e entrei no chuveiro. Banho gelado. me acalma. fui até o closet, peguei o cabide com a minha roupa pronta e coloquei sobre a cama, calça jeans preta, blusa de mangas cumpridas azul escuro e jaqueta de couro. Vesti e calcei a minha bota. Me olhei no espelho do closet, penteei o cabelo e me agachei. Toquei o espelho e ouvi o click. O espelho se abriu e eu encarei o meu arsenal. Coloquei o meu coldre, junto com a minha 9mm e segui os olhos a procura da caixinha preta de camurça, a peguei e abri encontrando o meu distintivo. O pendurei no pescoço, tranquei tudo e segui para a garagem.

   Puxei a capa que cobria a minha moto e, coloquei o capacete, abri o portão pelo controle subi, a liguei e dei partida.

    Cheguei em 30 minutos. Estacionei e peguei o elevador. As portas se abriram e os olhares foram fixos para mim, seguir para a sala coberta de vidros e bati na porta. O homem de terno dentro da sala me viu levantou.

_Entre!_  disse ele.

   Empurrei a porta entrando e apertei a sua mão estendida.

_Capitão Gregory Camões!

_Detetive Cassandra Clark ao seu dispor!

_Seja bem-vindo à nossa organização, venha, irei apresentar sua nova equipe.

   O segui até uma sala de reunião e entramos. Detectei animação do olhar de um dos homens ao me ver e parei ao ouvir o capitão começar a falar.

_Esta é...

_ Detetive Cassandra Clark das forças armadas, com 10 condecorações, 8 medalhas e mistério sobre vida pessoal!_  disse o homem animado ao me ver.

_ Eu ia dizer Cassandra Clark a nova integrante da equipe mas isso conta. _ Continuou o capitão_ Este é Dyllan Adams, Rose Lancaster e Cleiton Gomez aparentemente seu fã. _ todos riram inclusive eu.

_É um prazer!_ disse a Rose.

  Apertei a mão dela e de cada um até chegar no chefe da equipe: Dyllan Adams.

_Seja bem vinda!_ disse ele.

_Obrigado!_ agradeci_ então, podemos começar?

_Esse é o espírito.

   O tablet do Cleiton vibrou e ele levantou.

_Opa!_ disse seguindo para o meio da sala até à TV e dando uns clicks.

    A TV ligou e apareceu a foto e um mercado?

_Este é o maior supermercado que temos na cidade e ele acaba de ser invadido.

_Por que arrombariam um supermercado?_ perguntou a Rose.

_Aqui!_ eu disse e levantei indo até a TV_A logo do supermercado é diferente!

_Como você?

_É verdade!_ o Cleiton disse e mostrou as duas antigas até está.

   Tinha uma flor como a bolinha do "i".

_Outra coisa, as câmeras não mostram quando as placas foram trocadas!

_Como?

_É uma armadilha!_ disse o Dyllan._ Sumiram duas horas na gravação!_ Eu disse ao pegar o tablet do Cleiton.

_Como você?

_O seu login é facil!_respondi.

_Cleiton olhe todas as câmeras e tente achar mais incongruências, ligações ou qualquer outra falha. O resto vem comigo!

   O segui até o arsenal deles e tirei a jaqueta e coloquei o colete.

_Vamos!_disse o Dyllan.

   Colocamos o escuta no carro e o Cleiton a testou.

_Eu aprimorei o equipamento de vocês e controlo daqui a tecnologia e...

_Alguma novidade sobre o caso?_ perguntou a Rose.

_Encontrei em uma das câmeras o segurança do local carregando encomendas.

_Algo normal certo?

_Não, o mercado foi abastecido um dia antes. E está pequena sequela foi pegada pelo reflexo de um carro, as 3h06 da manhã.

_Suspeito!_disse o Dyllan_vamos.

   Descemos do carro e seguimos para a tenda policial.

_Agente especial Dyllan Adams e está é a minha equipe!

_Estamos falando com um dos assaltantes!_disse ele e passou o telefone para o Dyllan.

   Olhei ao redor. Até algo lá dentro começar a chamar a minha atenção.

_Tem alguém saindo!_ eu disse e todos miramos.

   Era um homem com um colete e calça coberta de explosivos. Com um garoto em sua frente. Tirei o colete e sai de trás do carro.

_Não atirem!_ eu disse e coloquei a minha arma no chão e me aproximei_oi, tudo bem?

   Levantei as mãos devagar e encarei o garotinho que tremia e chorava.

_Cala a boca moleque!_ gritou.

_Me leva no lugar dele!_ falei.

_Quê?

_Ele é asmático. Vai ter uma crise em 3 minutos, sufocar em 6 e você vai ter que chamar um paramédicos. Com o trânsito que está eles vão chegar em meia hora e até lá aquele atirador ali já vai ter te matado!_ disse apontando devagar para o prédio atrás de mim_ você decide!

   Ele olhou ao redor e para o garoto.

_Vem, anda!

   Abaixei as mãos e me aproximei devagar. Ele soltou o garoto e mudou em mim. Entramos juntos.

_Não se mexa!_ disse ele e eu parei.

   Percebi alguém em cima da prateleira e dois reféns com armas falsas no corredor. Olhei fixamente para o primeiro refém e ele virou o rosto devagar piscando. Mirando.

_Vamos!_ continuei andando e vi todos os reféns agachados e amarrados na área dos frios.

_Cassandra, fale alguma coisa!_ disse o Dyllan.

   O atirador que cuidava dos reféns saiu e eu vi vantagem. A atirador em cima da prateleira desceu, empurrei o braço do que estava mirando em mim pegando a sua pistola e mudei na atiradora a colocando na minha frente.

_Não ouse!

_Se não o que?_eu perguntei andando até os reféns_prenda as mãos dela!_disse para um refém e ele o fez.

_Trouxe uma tira?_perguntou o líder deles e atirou nele.

_Cassandra!_disse o Dylla_responda!

_Eu achei uma ótima ideia colocar reféns como atiradores, até parecem profissionais!_eu disse esperando que alguém lá de fora tenha entendido.

   A garota junto a mim tremia.

   Eram seis, mas lá fora pareciam mais de dez. O líder começou a andar e eu atirei.

_Nem mais um passo!

_Você é policial não pode...

   Atirei nos dois da ponta.

_O que ia dizer?

   Um deles começou a atirar. Empurrei a garota para o chão e me agachei. Gritando:

_Pro chão!

   Os tiros cessaram e eu revidei. Dei uma cambalhota saindo de trás do freezer e atirei no terceiro. Levantei e chutei a arma do líder atirando no quarto. O líder revidou e me chutou no abdômen. Cambaleei e revidei o chute, o quarto levantou e eu soquei a cara dele o fazendo apagar.

_Saiam!_ gritei e começaram a correr.

_Parada!_ disse o líder com a arma apontada para cabeça de um refém.

_Você não quer matar um inocente!_ falei.

_Eles levaram ela!_ disse ele entre dentes.

   Vi uma pistola no chão, me joguei, virei e atirei.

_Vem!_ o garoto disse e o mercado explodiu.

   Cobri o garoto na queda e tudo começou a girar, consegui levantar, meu ouvido zunia. Puxei o garoto, verifiquei se estava ferido e ele caiu.

_Não, levanta!_ eu gritei e o puxei.

    O fogo começou a se espalhar e a fumaça começou a subir.

  Passei o braço dele pelo meu pescoço e corri pra fora com ele. Saímos pelos fundos e eu não aguentei segurar, ele caiu em cima de mim.

_Achei eles!_ ouvi e fui levantada por um policial.

   Andamos até a frente do mercado e a salva de palmas começou. Me colocaram numa ambulância para me examinar e o Dyllan apareceu.

   Ficou em silêncio até terminarem e o enfermeiro sair.

_Você não pode fazer o que fez hoje!_ ele disse.

_Fazer o quê? O meu trabalho?

_E se você tivesse morrido?

_E se é uma variação linguística muito perigosa Drake!  

  Ele me encarou bufando.

_É Dyllan!_ele disse e saiu.

   O segui mantendo uma distância considerável e entrei no carro

   Chegamos ao escritório e eu peguei o meu equipamento.

_Aqui!_ disse a Rose me entregando o meu distintivo e pistola_faz alguns meses... Estávamos em uma missão, um de nós acabou morrendo...

_Por isso ele acha que precisa proteger todo mundo?_perguntei_pessoas morrem, todos os dias._ eu disse e segui e segui para o elevador.

_Era como um irmão pra ele, você já perdeu alguém assim?

   Eu parei.

" O caixão era preto mas parecia reluzente. O céu parecia chorar a perda assim como eu e uma foto dele sorrindo me encarava. E em sua lápide: Carter Clarck, amado filho, irmão e amigo."

   Balancei a cabeça para dispensar a lembrança e peguei o elevador.

   Guardei o equipamento e fui para a sala de reunião.

_Oi!_ disse o Cleiton.

_Oi!_ falei e sentei.

_Acompanhei o que fez hoje, foi demais!

_Nem todo mundo acha isso verdade!

_O Dyllan?_ perguntou_ claro que é ele, isso vai ser interessante.

_Oque?

_Você e ele!_ rimos e a Rose entrou acompanhada do mesmo.

_E então?_ perguntou a Rose.

_Eu analisei no banco de dados. O segurança é tecnicamente um fantasma!

_O que?

_Sem nome, endereço, telefone... Absolutamente nada. Está fora do banco de dados Nacional!_respondeu_a flor da placa é uma astromélia...

_Representa um vínculo forte entre duas pessoas, normalmente usadas para expressar agradecimento, saudade._falei.

_Exato!_ disse o Cleiton.

_O que vai acontecer com a garota?

_Ela confessou que o irmão e a pequena gangue obtiveram informações sobre um cofre no supermercado e por isso invadiram._ disse o Dyllan_ estamos ligando para os pais, como ela só tem 14 anos vai pra casa.

_Liberados então!_ disse o capitão.

_Você fala como se soubesse muito sobre mim!_ disse para o Cleiton assim que todos saíram.

_A minha mãe foi a única mulher negra de 38 que passaram para o exército, e ela me falou sobre a garota da escola dela que ela admirava por ser durona. A sua mãe. Quando ela soube do...

"Vamos buscar a mamãe e o papai Carter!_eu o chamei.

_Eles iam querer você em segurança, a dinda foi buscar ajuda, venha!_disse ele me afastando da casa em chamas."

    Apenas forcei um sorriso e sai da sala.

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