ᴀᴍᴇᴀçᴀ

     Depois de tudo, sair em busca dela não foi uma das minhas melhores escolas, todos sabemos disso, porém nem todos respeitam minha escolha.

     Talvez porque esperavam o oposto vindo de um líder, no entanto os reinos e ela foi tudo o que meu pai me deixou. Depois de anos pensando que havia me iludido com a profecia eu já não ligo para mais nada a não ser tê-la.

     Há alguns anos o destino me relembrou a promessa, as palavras de meu pai foram ressuscitada em minha consciência com a volta de seu cria, agora mais próximos descobri muitas coisas sobre ela e tive a oportunidade de conhecê-la mesmo sem ela me conhecer.

     Se somos destinados pelo universo eu não sei, mas eu recebi uma profecia do meu pai e, mesmo que hoje esteja vivo apenas nas minhas lembranças mais quentes, as palavras dele nunca deixará de ser cumprida.

— Eu sou o líder, sou seu mentor, não lhe devo satisfações ou justificativas. — a voz sai grossa pela glote trancada, não me lembro mais da consideração que costumo sentir pela mulher a minha frente.

     As vezes seus aliados podem ser mais perspicazes que seus inimigos, nunca confie demais em alguém.

     As mãos espalmadas na mesa de mogno e as costas curvadas sobre ela denuncia minha posição de ataque, não sou nenhum animal e não gosto dessa parte de mim, me lembra de quem um dia eu fui e do quanto eu perdi, no entanto eu gosto ainda menos de ser confrontado sobre as escolhas que eu faço para mim mesmo.

— Acha mesmo que abandonando seu governo, seu povo, conseguirá recuperar o que você perdeu? — sua voz soa ríspida após soltar uma de suas risadas sarcástica.

— O que eu faço ou o que eu decido não diz respeito à você. — não perco a autoridade. — Ponha-se no seu lugar, criança! — vejo seu rosto se contorcer em fúria, mas eu não ligo.

— Eu não posso acreditar que estás a deixar tudo de lado por aquela...aquela...

— Já chega. - soco a mesa furioso. — Eu não quero mais ouvi-la, por favor, se retire da minha presença e da minha casa. — me recomponho ajeitando minhas costas e fechando as mãos em punho.

— Estás a me expulsar? — avisto a sombra da decepção permear seus olhos.

— Sim, e aconselho me obedecer antes eu a ponha pra fora. — e está aqui, o mesmo ser ruim de anos atrás.

    Eu nunca quis feri-la, mas existem limites e eles não podem ser ultrapassados.

    Ela engole em seco pra depois despejar sobre mim seu melhor olhar de desprezo, mas eu não me importo.

— Você se arrependerá por ter preferido ela à nós. — permanece em pé a minha frente na mesma posição de minutos anteriores.

— Querida, você já cometeu muitos erros hoje, não queira continuar. — o riso que sobre por sua garganta e que desenha seus lábios desperta a vibração em meu corpo, eu ainda quero responder por mim e se pra isso for precisa pô-la pra fora, eu farei.

— Não é como se fosse me atacar, eu conheço você.

— Não... - nego enquanto encaro seus olhos profundos, dou a volta na minha mesa e fico na frente dela, deixando meu rosto poucos centímetros do dela.

— Você sabe de mim o que eu quis que você soubesse. — assopro as palavras com firmeza, ela estremece. — Agora vai, antes que comece a conhecer a pior parte de mim.

     Ela me encara, mas sem paciência quebro nosso olhar e sigo até a porta.

— Selene? - chamo baixo e com um acenar de dedo a governanta que se manteve próxima durante toda a "reunião". — Acompanhe, por favor, essa senhorita até a saída. — a mulher branca assente, feição neutra, olhos inexpressivos. — Aconselho ir como um ser civilizado antes que eu mesmo a tire.

     A mulher mantém seus olhos analíticos em mim, não a vejo estremecer o olhar, mas vejo quando seus pés se movem em direção a porta.

— Você escolheu o lado errado. — para a linha frente assim como fiz com ela e eu sinto a raiva em seu hálito.

    Sorrio e ergo minha mão até a mecha de cabelo que lhe cai no rosto e deslizo para trás de sua orelha um pouco pontuada como a de um donde.

— Não. — devolvo seu olhar. — Você está escolhendo um lado e não acho que seja o certo. — me afasto e indico a saída.

     Com um grunhido baixo ela passa por mim deixando para trás o rastro de seu atrevimento e o aroma de pimenta do seu perfume importado.

ᴏᴜᴏ, ᴏᴜᴏ, ǫᴜᴇᴍ sᴇʀá? ɴᴏᴠᴏs ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs, ᴀ ʜɪsᴛóʀɪᴀ ᴇsᴛá ᴄᴏᴍᴇçᴀɴᴅᴏ ᴀ ғɪᴄᴀʀ ᴀɴɪᴍᴀᴅᴀ.

ɴãᴏ ᴇsǫᴜᴇçᴀᴍ ᴀ ᴇsᴛʀᴇʟᴀ ɢᴇɴᴛᴇᴇ.
ᴠᴀʟᴇᴜ ɢᴀʟᴇʀᴀ!

ᴍúsɪᴄᴀ ᴅᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ: ɪssᴜᴇs - ᴊᴜʟɪᴀ ᴍɪᴄʜᴀᴇʟs

ᴅɪsᴘᴏɴíᴠᴇʟ ɴᴀ ᴘʟᴀʏʟɪsᴛ ᴅᴏ ʟɪᴠʀᴏ ɴᴏ sᴘᴏᴛɪғʏ, ʟɪɴᴋ ɴᴏ sᴇɢᴜɴᴅᴏ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ.

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