ᴀ ᴄᴀᴍɪɴʜᴏ ᴅᴇ óʀɪᴏɴ
- Senhor Spencer, com todo respeito, não precisa ficar tão tenso assim. - sorrio após olhar diversas vezes pro homem sentado ao meu lado no banco do meu carro.
Ele nem parecia respirar, não é como fosse surpresa eu ser um vampiro, eu sei que ele já sabia há um tempo.
- Eu sei que as condições não são as melhores, mas vai dar tudo certo. - tento reconfortá-lo já que também sua família estava no hospital.
Ouvi seu suspiro quando voltei meus olhos pra estrada, a velocidade estava alta, porém não como eu desejava, entretanto nos afastavamos cada vez mais de Hope, cada vez mais de LongCity.
- Fala pra mim Mollin, como você encontrou eles? - pergunta sem me olhar e dessa vez quem suspira é eu.
Eu teria que contar a história toda, não me preocupava porque eu não estava envolvido, mas talvez ele não gostaria de saber.
- Olha senhor Spencer... - sou interrompido por ele.
- Sem enrolação, moleque. - eu rio porque teoricamente eu sou duzentos anos mais velho que ele.
- Tá bem. - sabendo que mesmo com os papéis invertidos eu ainda o quero como sogro - Meu pai e eu vínhamos pro mundo dos humanos de meses em meses, um tipo de assembléia anual para manter a ordem entre os vampiros que residiam no meio dos humanos.
- Há muitos de vocês? - parece interessado.
- Apesar da grande maioria de nós preferir manter os laços e vínculos com os humanos distantes, somos 10% da população mundial. - não deveria porque não é apropriado vivermos com os humanos, mas sinto um leve orgulho quando conto a ele por sim, sermos seres capazes de conviver em harmonia com "a nossa presa". - Esse número vem crescendo nos últimos anos, legalmente só é permitido residir no mundo humano os vampiros que tem a certidão de santificados, ou seja, aqueles que não matam humanos por prazer próprio ou para se alimentar.
Para mim soa normal conversar sobre as normas, regras e leis da triplice Oriense sobre todos os outros mundos , mas pela cara dele não parecia tão fácil assim.
- Se eram santificados, porque precisavam vir?
- Por que eles não eram os únicos que atravessavam os portais. - o ouço xingar baixo. - Escuta, isso é muito mais profundo do que o senhor possa imaginar e acredito...
- Continue rapaz, só pare quando eu pedir. - me interrompe e eu sorrio novamente com sua maneira de falar.
- Tudo bem, me desculpe. - digo antes de prosseguir. - Existem os sanguinários, sanguíneos, tanto faz, eles se alimentam do humano até matá-lo. - explico.
- Independente?
- Sangue é sangue, senhor. - murmuro dando de ombros e ele assente olhando para além da janela. - Órion, junto com os outros dois reinos Ópreon e Ótrion, controlavam os portais. - digo - Somente nós podíamos abri-los, mas alguns ainda conseguiam fugir de Lórion e também de Lótrion, por isso tínhamos que vir para... - hesito - Exterminá-los. - falo com um suspiro.
Não estava com pena, mas o cara que é meu sogro estava ao meu lado e por algum motivo eu me sentia nervoso demais.
Não consigo deixar de pensar que o mesmo aconteceu quando conheci ela...
Mas mesmo que seja quase que automático não quero me lembrar, não quero relacioná-las, não quero compará-las.
- Tinha os que se apaixonavam, daí se convertiam ao regeneralismo. - digo e dou de ombros - Vivemos normalmente entre os humanos, tanto que até hoje nunca nos descobriram.
- Isso é loucura. - murmura e eu sorrio.
- Tanto quanto o senhor ser um semideus? - pergunto fazendo ele me olhar.
- Como é que você sabe? - questiona com o cenho franzido após me olhar rapidamente.
- Eu bebi o sangue da...
- Seu moleque, você o que? - me corta e o olho começando a me irritar.
- Senhor, nutro um enorme respeito pela sua pessoa e enorme devoção a Hope, mas pare de me chamar de moleque. - peço realmente irritado. - Eu tenho o dobro da sua idade, duas vezes, então, por favor me chame de Daio, ou qualquer outra coisa que não seja moleque, garoto ou coisa do tipo. - peço - E sim, bebi o sangue dela e ela bebeu o meu, eu amo a sua filha e não faria isso se não fosse do consentimento dela.
O silêncio inunda o carro e atravessamos a entrada de EastVille assim.
- Podemos manter contato pelo sangue um do outro no organismo, se ela precisar de ajuda, eu saberei, e se eu precisar de ajuda, ela saberá. - quebro o silêncio do nada. - Mas também consigo sentir o poder dela e os sentimentos dela através sangue, é como um imã.
- Minha filha é crescida, ela sempre soube o que fazia, se for com o consentimento dela eu não me intrometerei, me desculpe por isso, Daio. - diz e eu assinto.
- Tudo bem, senhor Spencer. - digo e ele assente.
Ficamos em silêncio por mais um tempo e então suspirei, eu precisava contar.
- Em uma noite estávamos fazendo a ronda, eu e meu pai sempre nos dividiamos e lideravamos uma equipe cada um, junto com minhas duas crias. - conto - Havíamos recebido informações de que haviam vários deles na América, em algumas cidades do Canadá e nas que faziam divisa com ele, Nova Hampshire, Vermont, Nova York, Pensilvânia, Michigan, Minnesota, Dakota do Norte, a do Sul e Paradise. - Não eram muitos, mas estavam formando um clã, só se espalhavam pra caçar depois voltavam a se reunir.
Lembro-me que eu e Vitor ficamos com os estados ao lado Sul do mapa, meu pai e Trevis com os do norte e Paradise fica entre Dakota no Norte e o Canadá.
- A caçada funcionava da seguinte forma, o líder delegava as direções e todos se separavam, assim podíamos cobrir o estado em uma noite, no máximo duas. - explico - Ele encontrou Kaleb a beira do rio, os amigos já estavam mortos e ele seria o próximo se meu pai tivesse tardado mais um pouco, a única maneira de salvá-lo foi transformá-lo. - conto por fim.
Eu não sabia mais o que falar depois disso, ouvi quando ele engoliu em seco ao descobrir que o filho quase morreu. Isso deve ser difícil de imaginar, eu senti quando a minha cria morreu e senti na alma.
- Meu filho sumiu por dois meses, eu estava vivendo o luto, nunca passei por algo tão difícil, pior do que quando perdi Aurora. - o olho rapidamente.
- Eu sinto muito por isso, mas tivemos que levá-lo pra iniciação, o vampiro quando recém nascido parecia ser educado como um bebê, ou uma criança. - explico - Quando permitimos a volta dele o fizemos receosos porque Kaleb ainda era muito impulsivo.
- Meu filho sempre foi. - murmura ele com um sorriso. - Puxou totalmente para a mãe essa característica.
- Depois que ele voltou não nos falamos mais, ele só retornou quando meu pai morreu. - digo e ele me olha.
- Eu sinto muito. - fala e eu sorrio amargo.
Essa lembrança ainda doía, a imagem do corpo decapitado foi cenas dos meus piores pesadelos por anos.
- Obrigado! - não há muito o que dizer - Meu pai e Kaleb tinham laços de sangue, DNA, por serem criador e cria, quando ele morreu seu filho me procurou. - digo. - Eu não sabia quase nada sobre ele porque me mantive afastado durante sua iniciação, eu tinha minhas próprias crias pra cuidar. - sorrio me lembrando do trabalhão que Vitor me dava com as vampiras de Órion. - Hope me disse que ele sempre foi muito comunicativo. - comento e o vejo assentir.
- É verdade. - ri fraco.
- Ele me contou sobre a irmã, só que antes do meu pai morrer ele havia me revelado uma profecia, sobre a minha alma gêmea. - franzo o cenho pro quanto aquilo parecia história de mulherzinha. - Ele não disse o nome, mas disse que seria uma Valente, na época que ele me contou Hope ainda não era nascida, então imaginei ser Aurora, mas ela fora prometida a Leopoldo Lee e então me vi confuso. - conto verdadeiro - E então quando Kaleb me contou sobre sua meia irmã eu fiquei encabulado, durante os anos que passaram ela não amadureceu e isso me desmotivou bastante, mas mesmo assim quis conhecê-la. - conto atravessando as ruas de EastVille - Eu soube que era ela no momento em que meus olhos a fitaram. - afirmo sério.
Orra, eu tava contando isso pro pai dela.
- Eu não estava disposto a um novo relacionamento, eu havia me decepcionado duas vezes, a primeira com a traição de uma vampira e a outra com a espera, mas então ela apareceu... - murmuro sem controle das palavras. - O que nos aproximou depois disso foi o destino. - falo prestando atenção ao que saia da minha boca.
Se não fosse por Cristian aquele dia...provavelmente não teríamos nos tornado próximos tão logo.
- Farei de tudo pra que fiquemos juntos, nem que seja arriscar minha vida. - digo parando o carro em frente ao hospital.
Ele abre a porta sem nada falar, mas antes de sair vira-se pra mim e sorri.
- Tem a minha benção, filho. - e então sai do carro, permaneço encarando o lugar da onde ele levantou e por fim sorrio.
Ele já se aproximavam da entrada do hospital quando sinto um cheiro diferente, ah não...
Pego meu celular no console para ligar pra Jace, saio do carro rapidamente, fecho a porta e travo o carro, o celular chama diversas vezes, mas ele não atende.
Alcanço o pai de Hope e toco em seu ombro.
- Eles estão aqui. - vejo seu rosto se alarmar.
- Michel? - mas eu nego.
- Os homens dele. - olho ao redor mais uma vez com o celular no ouvido.
A essa altura ele já deve saber que Hope se foi, se esse é o caso os homens dele não estariam aqui para escoltá-la, mas sim...
- Vamos! - começamos a correr.
Entramos no hospital com pressa, deixamos a recepcionista, que se levanta confusa, falando sozinha, passamos por mulheres e homens vestidos de branco que nos encara confusos.
- Estão no terceiro andar. - ouvi John que parou em uma sala de espera vazia e literalmente sumiu, eu sorri e passei a correr em direção a escadaria.
Eu não sabia aonde estava Jace, mas pra ele não atender o telefone deveria estar ocupado, por isso arrisco e invoco Vitor enquanto corria escadas acima.
· Estou indo. · responde dentro da minha mente.
· Traga reforços, traga Liandra. · peço e ouço sua confirmação.
Chego nas portas de entrada do terceiro andar e vejo dois médicos preocupados tentando abrir as portas sem sucesso.
- Vou chamar os seguranças... - disse um pronto para descer.
Ele se vira dando de frente pra mim, estávamos a alguns metros de distância, mas senti seu coração acelerar em susto.
- O que está acontecendo? - pergunto calmo.
- Você é parente de algum dos pacientes que estão nesse andar? - pergunta e eu assinto.
- Sim, meu meio irmão irmão e minha cunhada que ganhou bebê ontem estão aqui. - digo e ele assente.
- Tudo bem. - murmura - Eu não sei o que houve, as portas estão fechadas e não sabemos o que está acontecendo do outro lado.
- Ouvimos gritos. - disse o outro no mesmo instante que algo atingiu a porta.
Um corpo.
- Meu Deus... - murmurou os dois correndo para perto das portas. - Chame a polícia! - gritou pro outro que estava congelado. - Abram as portas!!! - gritou enquanto socava a porta.
Eu mesmo estava em choque, só não havia percebido ainda. Precisava fazer algo.
- Olhem pra mim. - ordenei e os dois me encaram, captei o olhar dos dois e, apesar de nao gostar de fazar isso, não havia outra opção senao a hipótese. - Vocês irão descer, está tudo bem aqui, todos os pacientes já foram medicados e nenhum deles irá precisar de atendimento pelas próximas horas. - digo e os vejo assentir. - Nada do que viram ou ouviram aconteceu, agora, desçam. - eles assentem passando por mim e descendo as escadas.
Tiro meus olhos deles quando dobram a escadaria e então volto a olhar pra porta de madeira com um retângulo de vidro que tinha sangue do corpo que fora arremessado ali.
Vou em direção a ela sem hesitar, no meio do caminho transformo-me, passo por ela quebrando os vidros e queimando a madeira deixando minha marca e fumaça.
Olho pra trás e sorrio, quando viro-me para frente vejo o cenário mais caótico do que imaginara.
Estava tudo revirado, as cadeiras quebradas, marcas de sangue no chão, ali no hall tinha dois corpos no chão, um deles era o que havia sido arremessado conta a porta, ele tinha algo que parecia uma fecha no peito, mas ela brilhava feito o sol.
O outro estava entre as cadeira quebradas, usava jaleco e ainda respirava, caminhei até ele com pressa, controlei as chamas em mim e o peguei no colo.
Eu o levei para detrás do balcão que havia ali, ouvia respirações rápidas, corações acelerados, cheiro de lágrimas.
- Shiii... - pedi assim que vi a recepcionista e uma criança encolhidas embaixo do móvel de madeira. - Não vou machucar vocês. - acalmo me abaixando. - Preciso que mantenham ele seguro, façam o máximo de silêncio que conseguirem. - peço - Vou tirar vocês daqui. - garanto e elas assentem acolhendo o enfermeiro.
Eu ouvi sons de luta, gritos, choros, e quando me levanto vejo um corpo ser arremessado pra fora de um quarto levando junto consigo a cortina.
Vi quando o benzido se colocou de pé livre da cortina azul, Jace ergueu sobre a cabeça a maca que ia jogar contra ele, assisto o outro sorrir e então levantar suas mãos, antes que ele pudesse se cobrir com sua bolha de poder corro até ele.
Ele percebe minha presença, então tudo acontece rápido, avanço sobre ele e quebro seu pescoço, com sua morte a bolha se quebra e enquanto ergo minhas mãos segurando no ar a maca que Jace havia jogado.
- Finalmente. - está aparentemente cansado.
- Aonde eles estão? - pergunto.
- Lá em cima, onde fica as emcubadoras. - sua respiração está ofegante - Estão com John, ele está segurando as pontas por lá enquanto eu... - ele é atingido por um outro benzido e vejo outro vindo na minha direção.
Movo minha mão buscando o fogo e lanço em seu peito.
- Aaaah... - ele grita enquanto minha bola de fogo consome seu coração.
Não tenho tempo de admirar ele dissolver em pó porque mais deles e mais benzidos e vampiros aparecem, estralo meu pescoço e ergo minhas mãos no ar, quando eu as abaixo incendio.
Eu sorrio para eles e então parto pra luta, com um soco faço minha mão atravessar o rosto de um deles, puxo minha mão ensanguentada e agarro outro pelo pescoço, lutar comigo incendiado era pedir pra morrer.
Sinto minha mão fritar a pele do vampiro enquanto com a outra mão chamas e bolas de fogo nos corações dos outros.
Confesso que preferia lutar sem me transformar, era fato que eu ganharia se estivesse incendiado, mas como era um caso urgente.
Assim que os outros três benzidos viram cinzas e os dois vampiros murcham a minha frente olho pra Jace que tinha alguns ferimentos, mas que também havia matado vários.
-Os pacientes?
- Os que conseguiram fugir estão com Kaleb e John lá em cima, os que não conseguiram ou morreram ou estão escondidos. - diz e eu assinto.
- Tirem eles daqui, eu vou subir. - falo e ele franze o cenho.
- Sozinho? - entendo sua preocupação e até me surpreende, mas não tenho tempo para responder.
- Não. - Vitor responde por mim saindo do portal que se abre no meio do hall. - Uma guerra no primeiro plano? - murmura olhando ao redor.
- Que excitante. - murmura Marceline saindo logo depois.
Ryle e Bernard vem depois, vi Clóvis sair do portal com sua habitual cara de tédio, quando o comparei com o personagem Marcus¹, um dos vampiros membro dos Volturis², faltou ele me matar, depois dele veio Ónix e por fim Liandra.
- Seline quer te matar. - minha cria diz a mim e os encaro sem entender.
- Disse que você mandou que ela ficasse. - Vitor explica e eu sorrio.
- Fez bem, é arriscado demais pra ela, pro bebê e para nós. - concordo.
- Usar roupas é bom, Daio. - Bernard provoca e eu rio.
- E então, benzidos? - pergunta Clóvis próximo a um punhado de cinza, ele o assopra sem nenhuma consideração.
- E sanguinários. - observa Bernard os corpos murchos e queimados.
- Temos humanos sobreviventes, Jace os tirará daqui, mas preciso que um de vocês vá com ele pra apagar as memórias. - peço e nenhum deles diz nada.
Eu sabia que todos preferiam lutar, mas esse também era um trabalho digno.
- Marceline, Vitor e Ryle - digo e os três me olham com desgosto. - Decidam no jokenpô. - me aproximo de Liandra, dos dois anciãos e de meu estrategista.
- O que está havendo? - pergunta Clóvis.
- Michel quer a família de Hope. - digo rápido - Pelo que entendi, ele e Erick Lee querem ela e Aurora para um ritual de posso de poder - explico e Liandra arregala os olhos.
- Aurora Valente está viva? - eu assinto.
- Em Varsóvia. - digo e a mulher parece se perturbar.
- O que eles querem com Hope? - pergunta Ónix.
- Ela é...
- A Remény... - fala Liandra e nós a olhamos.
Fazia sentido Erick e Michel a quererem, Hope era a merda de uma semideusa vampira, a Remény, ela era a única em todo o universo.
A mais poderosa entre todos os seres sobrenaturais.
- Eles só estarão seguros longe daqui, precisamos levá-los a Órion. - volto ao mais urgente entre todos os acontecimentos.
Se um deles morrerem...Hope jamais me perdoará.
- Sabe que isso é arriscado. - encaro Ônix.
- Kaleb é cria de meu pai, irmão da minha prometida, não os deixarei na mão. - digo sério.
Entendo seu papel como conselheiro e ancião, mas isso diz mais sobre mim e minha família do que à ele.
- Bem, Daio parece estar decidido, não há o que descutir. - Liandra diz apartando o que pareceu ser início de uma discussão. - Eu abro o portal, não tem como tirá-los aqui de outra forma. - é Ônix quem quebra o contato visual primeiro e só assim olho pra Liandra..
- Isso é ridículo. - esbraveja Ryle para minhas crias.
- Caraca, trabalhar comigo é tão chato assim? - pergunta Jace no mesmo instante que o teto rompe e Kaleb cai de lá de cima grudado no pescoço de Daniel.
Merda.
- Vão! - grito e os vejo pular buraco acima.
Antes de seguir os outros vejo Kaleb dividir a cabeça do vampiro pela arcada dentária, ele se levanta e então vai até uma cadeira, arranca uma de suas pernas e volta para perto do corpo enfiando o metal no coração do vampiro.
Eu sorrio e então ele me olha.
- Eu estava com saudade disso. - afirma e eu assinto.
Pulamos os dois buraco acima e voltamos a lutar, eu em chamas, Kaleb furioso, John com suas flechas de luz, Bernard com sua agilidade de guerra, Marceline com seus olhos ultravioletas e Vitor com sua agilidade e força sobre-sobrenatural.
Não sei quanto matei, eu só enxergava fogo, havia me posicionado em frente ao quarto aonde estava Lissa e o pequeno bebê, além dela havia uma enfermeira ali dentro.
Com as bolas de fogo e as chamas eu conseguia manter os inimigos a uma boa distância, até o momento estávamos ganhando.
Liandra a qualquer momento subiria para abrir o portal, estava confiante de que conseguiríamos sair dali em poucos minutos, os homens que Michel mandou eram bons, mas não o suficientes para nós.
O andar de baixo estava livre de sanguinários, e no de cima eles estavam sendo exterminados com rapidez.
- Marceline, abaixa. - digo e lanço fogo no vampiro que incendia no mesmo instante gritando desesperadamente, Vitor se vira e então o degola com a própria mão.
Essa era minha garota.
- Vamos conseguir! - alguém falou ao meu lado de repente. - Ei! - ergue as mãos vendo eu mirar a minha em sua direção.
Reconheço Kaleb então cesso fogo, eu assinto ofegante e dou um mínimo sorriso que some assim que ouço um grito horrível do andar de baixo.
- Jace. - sibilo alarmado dando as costas pra Kaleb pra ir em direção ao buraco, mas no mesmo instante paraliso ao sentir algo ser enfiado em mim, na reta do meu coração.
Arfo
- DAIO!!! - ouvi Marceline gritar e então olhei pra baixo sentindo uma imensa dor.
Olho pra trás buscando por Kaleb, encontro seus olhos totalmente negros e o sorriso maléfico no rosto.
Eu não tenho tempo pra mais nada.
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¹ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍ ᴅᴀ sᴀɢᴀ ᴄʀᴇᴘúsᴄᴜʟᴏ, ᴠᴀᴍᴘɪʀᴏ ᴍᴇᴍʙʀᴏ ᴅᴏs ᴠᴏʟᴛᴜʀɪs.
² ᴍᴀɪᴏʀ ᴇ ᴍᴀɪs ᴀɴᴛɪɢᴏ ᴄʟã ᴅᴇ ᴠᴀᴍᴘɪʀᴏs ᴅᴀ sᴀɢᴀ, ᴇʀᴀᴍ ᴜᴍᴀ ᴇsᴘéᴄɪᴇ ᴅᴇ ʀᴇᴀʟᴇᴢᴀ.
ᴀí ɢᴇɴᴛᴇ...
🤧🤧
sᴏᴄᴏʀʀᴏ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ᴛô ᴄʜᴏʀᴀɴᴅᴏ ʀɪᴏs
ᴄᴏᴍ ᴇssᴇ ғɪɴᴀʟ.
ɴᴏssᴏ ᴅᴀɪᴏ...
ᴠᴏᴛᴇᴍ ᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴇᴍ ʜᴜᴍᴀɴᴏs,
ᴀs ʀᴇsᴘᴏsᴛᴀs ᴠɪʀãᴏ ɴᴏs ᴘʀóxɪᴍᴏs ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏs, sᴇ ᴍᴀɴᴛᴇɴʜᴀᴍ ʟɪɢᴀᴅᴏs.
ᴍúsɪᴄᴀ ᴅᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ: ʀᴀᴅɪᴏᴄᴛɪᴠᴇ - ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴs
ᴅɪsᴘᴏɴíᴠᴇʟ ɴᴀ ᴘʟᴀʏʟɪsᴛ ᴅᴏ ʟɪᴠʀᴏ ɴᴏ sᴘᴏᴛɪғʏ, ʟɪɴᴋ ɴᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ.
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