VS Raira Academy Final
Eu ainda tinha muito para queimar, se quisessem ir para os 40 pontos, a Academia Fukurodani o fazia sem pestanejar. Porque treinamos para abrir o caminho independente do adversário, e independente de quem está na quadra.
Depois do primeiro ano, quando não tínhamos escolhas, um ponto de trabalho de Dan foi tornar nosso time adaptável. Todas as jogadoras são substituíveis e tem alguém da mesma qualidade para entrar no lugar.
Eu não sabia qual era a estratégia da Raira e nem queria saber o que quero, ou melhor, o que queremos é uma vitória completa.
— Manda para dentro!
— Afunda Sora!
Numa jogada recebida na linha da frente, a bola retornou próximo à rede, Sora era a bloqueadora na frente e pulou para disputar com a meio de rede da Raira Academy. Sora ganhou na disputa, mas a líbero delas conseguiu recuperar e recomeçar a jogada.
— Atenção, não se deixem levar por iscas.
— Hana, boa recepção!
Chizue estava na quadra, na posição oposta a minha, era um bom momento para usar nosso ataque espelhado. Chiasa também pegou rápido a intenção, joguei os braços para trás e em seguida pulei.
Durante algum tempo trabalhei em fortalecer o meu corte com a mão esquerda, num momento como esse eu tinha que estar preparada para quebrar qualquer barreira. A capitã tentou receber, mas ela estava muito na frente e acabou recebendo no ombro a bola que caiu em seguida marcando o ponto.
16 a 14 para Fukurodani.
Eu não sabia se havia pego no rosto dela ou não, mas mesmo assim me desculpei fazendo uma boa média com a juíza apitando, porém, com as jogadoras a mensagem era diferente. "Desculpe por ser forte demais". Bati nas mãos das minhas jogadoras comemorando e fui para o saque.
Respirei fundo e soltei os ombros.
— Ace, Ace! — a torcida da Fukurodani gritou atrás de mim ritmadamente — Ace, Ace!
Bati a bola duas vezes no chão e me preparei, esperando o apito autorizando a minha jogada. Joguei ela para cima e me preparei no meio do saque, percebi que as adversárias recuaram no saque, e mudei a estratégia batendo na bola de palma aberta aproveitando o buraco que deixaram na frente.
— Voe, Voe, [Nome]! Força, Força, [Nome]! Mais um Ace!
Abrimos a vantagem, pequena, mas nos colocou mais próximos dos 20 pontos. Meu segundo saque também foi com a direita, mas dessa vez foi com força total, elas receberam, mas a bola veio direto para a nossa quadra. Chiasa me mandou um ataque de fundo que estourou no bloqueio. Obviamente a Raira Academy não estava disposta a perder o jogo, uma das jogadoras correu para buscar a bola, e o passe foi feito para a levantadora. Nosso bloqueio estava bem posicionado, mas ela escolheu jogar de segunda. O toque foi fraco, mas previsível, me joguei no chão colocando a palma da mão entre a bola e a quadra.
— Cobertura!
— Chizue é sua!
Chia mandou o passe para a gêmea de manchete, Chiu fez um ataque inteligente buscando se aproveitar da desorganização do outro time. Contudo, não podíamos as subestimar. Eu me levantei rapidamente e me preparei para o contra-ataque, não tínhamos uma líbero na quadra, logo o peso da especialista de defesa estava nas minhas costas.
Sora que estava na rede, comandou o bloqueio fechando a trajetória da paralela forçando um cruzado bem na minha direção. Me inclinei para a frente fazendo a recepção, Chia mandou para uma das atacantes que acabou sendo pega no bloqueio. Porém, não perdemos o ponto, Chizue correu para buscar o passe me dando tempo para me preparar.
— Chiasa — levantei a mão pedindo o passe.
Bati na lateral na perna me preparando para um novo ataque de fundo.
— Capitã, por favor!
Girei o corpo para tirar ainda mais força do ataque usando todos os músculos do meu torso, elas poderiam subir com as cinco jogadoras no bloqueio, não faria diferença.
Fechei a mão em punho e gritei comemorando o ponto depois de um longo rally. Bati nas mãos das meninas e voltei para o saque, atrás de mim a torcida estava inflamada e na quadra minhas garotas mais ainda.
Nossas adversárias entraram com a mentalidade de nos forçar a quebrar, e conseguiram parte disso. Era nosso único jogo do dia, não tínhamos motivo para nos segurarmos, forçamos o máximo que deu, uma pena para elas que somos extremamente flexíveis.
Em retrospecto, nos anos que se passaram não treinamos apenas vôlei, técnica e jogadas. Treinamos a mente, treinamos o corpo, aprendemos a cair — literalmente —, e nos levantar. Se a Raira cometeu um erro nesse jogo, começou antes de entrar na quadra, achando que podiam nos controlar.
As cordas da Fukurodani tocam apenas para mim.
Estávamos no último ponto, para nós match-point, para as adversárias a possibilidade de levar para um terceiro set e se recuperar.
— Vamos acabar tudo aqui — falei e bati palmas me preparando para o saque adversário.
Passei a mão na nuca, desgrudando os fios grudados no suor e me posicionei na quadra colocando as mãos na cintura. O time sabia as possibilidades de jogadas conforme o meu posicionamento na rotação, local da quadra e se ficava de pé ou curvada.
Senti os olhares me fitarem discretamente, de repente minhas meninas se moveram se ajustando nas posições. Tínhamos virado a rotação, o que significava que eu e Keiko estávamos na rede e Aya — que trocou com Emi —, estava no fundo.
A bola estralou com a recepção, Chia fez o levantamento, pulei para atacar. O bloqueio veio em peso em cima de mim, aproveitei para recomeçar a jogada. O rebote foi efetivo e deu espaço para Chiu atacar com força da linha do fundo, a Raira que gostou tanto de pontuar com ataques indiretos no primeiro set, estava provando do próprio remédio. A diferença é que não tinham uma defesa ágil como a nossa para acompanhar.
Receberam, mas foi ruim.
Me coloquei ao lado de Kei para bloquear, antes da bola sequer receber o toque ela disse.
— Vem pelo meio, cruzado. Chizue está atrás de nós na rota paralela, troque comigo antes de pular.
Quem sou eu para ir contra as palavras do nosso principal escudo, fiz exatamente o que Keiko indicou. A previsão da central foi precisa e a surpresa depois disso ainda maior, não fui a única que ganhou mais algumas técnicas para brincar em jogo.
Keiko abriu os braços propositalmente, fazendo com que o ataque fosse para fora. Era um tipo de jogada que se via em partidas oficiais de alto nível, mas indicada para por uma das centrais da Nittaidai. Ainda é uma habilidade prematura para usar em ataques de frente, mas lateralmente, é matador.
25 a 22, vitória da Fukurodani por dois sets a zero.
— Deu certo! — ela parecia mais surpresa do que qualquer um. Kei pulou no meu colo passando as pernas na minha cintura.
Gargalhei e sustentei seu peso — Sorte sua, ou Dan puxaria sua orelha por fazer isso num match-point.
— Tem razão! — Kei beijou meu rosto e então pediu para eu soltar.
As outras jogadoras se juntaram e então comemoramos, nos alinhamos para cumprimentar as adversárias com gritos estrondosos da plateia. Apertei a mão da capitã.
— Achei que podíamos criar um pouco mais de oportunidades, considerando o primeiro ano — me alfinetou, mascarando como elogio.
Apertei sua mão de volta, com um pouco mais de força do que o necessário — Talvez seu erro tenha sido nos tratar como o mesmo time do primeiro ano.
A soltei e então virei as costas direcionando as jogadoras para a arquibancada para agradecer a torcida. Contei até três e nos curvamos. Acenamos para os alunos que estavam torcendo, pais e também o time masculino que teria uma das últimas partidas do primeiro dia. Honestamente os meninos pareciam mais felizes que nós, como se fossem eles a ganhar o primeiro jogo, mais evidente nos terceironistas do que nos mais jovens.
Dan, Chie e Hibiki-sensei também nos parabenizaram. Amano-kun tinha lágrimas acumuladas nos olhos de rubi dele e balançou o amuleto que o velho Shin nos deu quando olhei para ele. O abracei pelos ombros e em seguida disse para o time se preparar para deixar a quadra.
Um pedaço do grupo se desprendeu para fazer uma visita ao vestiário, estávamos completamente bagunçadas ainda com todos os ânimos do jogo à flor da pele. Lavei o rosto com água fria e prendi novamente o meu cabelo.
— Ainda estou com adrenalina — Hana fechou ambas mãos em punho. — Sinto que poderia jogar mais alguns sets com força total.
— Já nos forçamos — Aki a empurrou —, temos que descansar para amanhã.
Apertei forte a mão e em seguida soltei, sabia exatamente o sentimento, ainda podia ver as chamas atrás dos meus olhos. Foi só o primeiro jogo, mas o que ficou entalado na garganta durante anos finalmente se foi, substituído por uma vitória completa.
— Se fosse possível, gostaria de vencer por cinco sets a zero — Sora anunciou —, acho que só depois começo a ficar mais calma.
Ajustei o agasalho no corpo — Guarde para os outros times que temos para jogar, chance não vai faltar para se livrar dessa tensão. Respire fundo.
Sora ajustou o elástico na cabeça e respirou fundo, fechando os olhos e soltando o ar devagar — É mais fácil falar do que fazer.
Aki e Hana pararam de se cutucar para se encararem — Me surpreende mais que você seguiu o conselho da capitã do que outra coisa.
Minha amiga se virou tentando acertar as duas de uma vez, as pontas saíram do vestiário rapidamente sob xingamentos, dei uma última olhada no espelho e saí atrás delas rindo. Logo na porta bati contra Sora que estava parada no meio do caminho, quando ergui os olhos, perdi o riso por completo.
— Deve ser muito bom ser a Fukurodani — Mahiru estava parada no corredor, batendo palmas lentamente. — Ficando felizes com uma vitória tão pequena, pelo menos dessa vez a capitã saiu de quadra andando dessa vez.
Coloquei a mão nas costas de Sora pedindo passagem.
— O time feminino da Itachiyama deve ter muito tempo livre para se dar ao trabalho de vir até aqui por isso. — respondi. — Me diga, você mantém um recorte de todas as nossas partidas por acaso? É inacreditável como se preocupa com o meu time quando nem faz parte dele.
Cruzei os braços — Cansa sabia, você vem até nós, fala e fala e sempre sai com os rabinhos entre as pernas. Ou você é muito idiota, ou gosta muito de ser humilhada, e sinto muito se for essa segunda opção. Já tenho alguém no meu coração.
— Ah sim, aquele capitãozinho bom para nada — ela balançou os dedos. — Suponho que os semelhantes se juntem.
Gargalhei e coloquei a mão na boca — Me desculpe! Bom para nada? O que você conquistou mesmo? Nacional? Os últimos dois anos não foram, a Fukurodani esteve em todas as vagas e eu não te vi lá, apenas Iizuna e os garotos dele.
Empurrei as minhas meninas para longe tentando sair dali — Não vale nem a pena falar isso com você de novo.
— É exatamente esse o comportamento que eu espero de uma vagabunda como você, afinal todo mundo sabe como as notícias da Fukurodani entraram na revista mensal. — parei de andar. — Quem foi que você levou para cama? O diretor da escola ou o repórter do jornal?
Olhei por cima do ombro — O que você disse?
— Vocês não eram nada e de repente começaram a ganhar toda essa atenção? É claro que usou o que tem no meio das pernas para conseguir algo.
— Deve estar falando da sua própria experiência — rebati —, mostramos resultados, diferente de você.
— Oh, que atitude mais digna. Pode realmente reagir assim quando tem uma mãe depravada como a sua? Divorciada, com um meio-irmão e fiquei sabendo que apareceu mais um, que tal abrir uma caridade para mestiços?
Eu não sei de onde ela conseguiu informação de Tom, ou sobre a minha mãe. Já é difícil o suficiente para ela ser uma mulher divorciada de um estrangeiro com um filho de dupla nacionalidade e Thomas nem se fala. Ele perdeu tudo que tinha e começou agora a encontrar uma vida nova.
— Sugiro fortemente que você cale a porra da sua boca.
Mahiru sorriu — É esse o tipo de educação que recebe? Não me surpreende, cercada de selvagens, é uma pena.
— Quem você pensa que é? — Sora colocou o braço na minha frente tentando me defender.
— Não fale comigo, sua imunda — ela olhou Sora da cabeça aos pés. — Uma garota que beija outra garota, não posso nem imaginar o que acontece no ginásio da Fukurodani.
Até então ela nunca tinha se direcionado às outras meninas, mas parece que depois de ficar revirando como um rato atrás de informações ela tomou um pouco de coragem.
— O que você tem a ver com isso? — dei um passo para frente — Quer falar de sujeira? Quer que eu fale a verdade também? Como seu pai comprou sua vaga no treinamento da juventude nacional? Ou dos robôs que usou para treinar antes da temporada? Quem sabe dos meus ataques copiados.
— Acha que comprando uma briga comigo aqui chamará a atenção do seu papai? Querida, ele não olha para você nem que esteja coberta de ouro, você é a grande tola dessa história.
Foi a primeira vez em muitos anos que vi ela perder a compostura, minha mãe que me perdoe. Mas que a empatia vá para o inferno, Mahiru é um desperdício de carne e ossos de todas as formas.
— Você não sabe o que está falando — ela me empurrou com as duas mãos para trás.
— Não? — cresci para cima dela — São os meus ataques que ele pediu para você copiar, durma sabendo que ele olha mais para mim do que para essa desculpa patética de jogadora que você é.
— Acha que tenho medo de você? — o rosto de Mahiru estava vermelho de ódio.
— Se não tem, deveria ter.
Contra todas as boas condutas esportivas, ela avançou para cima de mim, sendo felizmente segurada pelas jogadoras que estavam por perto antes de expulsar ambas dos times e da competição inteira.
— Vai, é só isso que você sabe fazer mesmo! — gritei de volta. — Você é ruim!
— Vou acabar com você [Nome]!
Sora e Hana também me seguraram enquanto eu apontava o dedo na cara dela — Vai acabar comigo? Onde? Sendo que nem ganhar os próprios jogos você consegue?
Um sorriso sombrio tomou seu rosto — Tem muito mundo lá fora para manter as coisas apenas nas quadras.
— Você está ameaçando a minha família, sua vagabunda?
— [Nome], não caia na pilha dela — Hana forçou a mão — Aki, eu não vou conseguir segurar!
As pessoas fizeram uma roda para nos observar — Não se atreva a chegar perto da minha família, está ouvindo? Se quer resolver qualquer coisa comigo que seja em quadra!
Me soltei das garotas, mas antes de avançar alguns passos fui segurada novamente. Dessa vez por um par de braços mais familiares.
— [Nome] não! Você vai ser expulsa — Kou disse.
— Covarde! — ignorei o garoto ainda vidrada em Mahiru — Só fala do extra quadra porque não se garante em habilidade!
— Cada uma joga com o que tem — respondeu também gritando. — Tome cuidado quando estiver andando na rua, nunca se sabe o que pode acontecer!
— Eu realmente espero que nos enfrentemos — tentei me soltar —, eu vou esfregar a quadra com a sua cara, sua maldita!
— Se estiver viva até lá!
Com um impulso, fui tirada do chão perdendo o apoio de força.
— Me solta Bokuto! — ele tinha me colocado nos ombros, me forçando a apoiar as mãos em suas costas para não ficar completamente de cabeça para baixo.
— Nem pensar — ele me levou para longe, até que estivesse no meio das outras jogadoras, ele não me colocou no chão.
— Inferno! — chutei um tênis que estava solto no meio dos equipamentos, o fazendo bater com força na parede. Em seguida fechei a mão em punho mirando a parede, esperei a dor de acertar algo duro, mas ele não veio.
— Ai! — escutei uma reclamação de dor saindo da minha bolha de ódio para encontrar o capitão esfregando o braço.
— Por que entrou na frente?
— Não pode machucar sua mão, vai jogar amanhã — respondeu — você é forte de verdade.
Levantei a mão até a testa e em seguida desabei sentando no chão sem saber o que falar, eu teria sorte se ainda tivesse permissão para jogar.
— O que aconteceu? — escutei a voz exasperada de Daniel surgir e em seguida minhas amigas começarem a falar. Chie veio para o meu lado e colocou a mão no meu ombro enquanto Hibiki-sensei e o treinador Esparta escutavam os relatos.
Dan esfregou o rosto — Isso é inacreditável!
Ele não conseguiu completar a fala, só vieram resmungos de ódio. Hibiki-sensei se abaixou na minha frente.
— Se acalme Dan — pediu o mais velho —, já estamos sofrendo demais. Agir quando estamos com raiva só piora as coisas, precisamos pensar friamente para não causar mais dano.
— Hibiki-sensei está certo — todos se viraram para ver Makoto abrindo caminho entre os jogadores. — Apesar disso, [Nome] não precisa se preocupar com o que acontece fora da quadra. O pai de Mahiru não costuma comprar as brigas da filha, se isso tiver uma reação, pode apostar que é negativa.
— Makoto-senpai! — Aki o chamou — Você viu tudo?
— Sim, desculpe por não intervir — se desculpou —, pensei que ter uma cópia da situação era mais importante. Os patrocinadores não vão agir diretamente, mas podem fazer sumir alguns dados.
— Makoto-kun — o tom de voz de Hibiki-sensei ficou sério. — É a segunda vez que coloca uma das alunas numa situação desagradável.
O antigo aluno levantou as mãos — Sei, e a culpa é toda minha. Se me acompanhar, explicarei tudo que está acontecendo, mas por hora a melhor saída é ficar quieto.
— Só pode estar brincando, escutou o que aquele lixo disse para [Nome] — Sora tentou argumentar.
— E para você Sora-chan, mas o que você acha que é mais fácil de acontecer? Ambos lados esconderem tudo e continuar o torneio, ou a Fukurodani sair mais prejudicada do que a Itachiyama? [Nome] pode ser penalizada e o time ser cortado da competição. É injusto, eu sei, o que foi dito não vai sumir, mas vocês não podem jogar a chance construída há anos, fora.
— Droga — Dan reclamou.
— Estamos quase conseguindo — ele disse — por favor aguentem apenas mais um pouco.
— Você tem certeza? — levantei a cabeça encarando o antigo capitão.
— De que está acabando? Bem-
— De que as ameaças de Mahiru não vão sair das mentiras — interrompi Makoto o corrigindo. — Pode me garantir, que não vai acontecer nada com a minha família ou amigos? Com todas as letras e palavras.
Ele se aproximou e estendeu a mão — Sim, posso garantir isso.
Aceitei sua mão e me levantei — Vamos ficar quietos, por hora.
— Capitã! Mas...
— Faremos o que podemos, limpar o chão da quadra de vôlei com a língua daquela cobra se preciso — ralhei —, fora dela toda a responsabilidade é desse idiota.
Apontei para Makoto que fez uma careta — Idiota não, soldado honorário.
Dan pegou o jornalista pelo pescoço e o arrastou, sendo seguido pelos outros dois, o conselheiro do time e a namorada — Vai me falar detalhe por detalhe do que essa sua cabecinha está pensando.
Meu olhar cruzou com o de Sora e ela sorriu triste — Eu sei, não precisa me dizer ou pedir desculpa. Guarda para ele.
Minha amiga apontou para Kou que parecia preocupado, pedi para ver seu braço e quando ele tirou o agasalho havia uma mancha começando a ficar escura.
— Anda pessoal circulando — Hana anunciou —, deixem os capitães se entenderem. Temos que repor as energias.
Ri com o dispersar nada sutil da ponta.
— Desculpa — voltei a minha atenção para Kou, traçando de leve o músculo acertado com o indicador.
— Está melhor do que parece — respondeu positivo —, só está dolorido. Estou feliz que é o braço esquerdo. Você é tipo, super forte.
Balancei a cabeça e ergui uma parte da manga do uniforme, beijando a marca, me lembrando do dia em que ele cortou no meu rosto.
— É para melhorar não é?
— Sim — ele sorriu e ajeitou o casaco. — Pelo menos foi o que minha irmã disse.
— Então deve ser verdade — o abracei pela cintura apoiando a cabeça em seu peito ouvindo as batidas ritmadas de seu coração.
— Parabéns pelo jogo. — Senti um afago na cabeça e em seguida seus braços também me abraçando. — Não tirei os olhos de você um segundo, não consegui.
— Todos os meus pontos são seus.
Escutei ele rindo, uma risada sincera que nasceu no centro do seu peito. Afastei a cabeça para olhar seus olhos.
— Vou precisar devolver na mesma medida, então — ele parou e olhou para cima para o teto, como se tivesse a resposta — Espera, está certo falar isso?
Sem segurar minha vontade, deixei um beijo rápido em sua boca antes de voltar a me aninhar em seus braços. — Sim, está.
N/A: MAHIRU VEM EM MIM QUE EU VOU TE QUEBRAR NA PORRADAAAAA! Não chega perto das minhas filhas.
Como sempre, comentários são bem-vindos. Como eu disse em CF, não vou parar de escrever até terminar de vez, MAS comentários deixam a gente mais animada.
Agora coisa boaaaa, olhem esse desenho lindo by Ghost___0xx
Minhas queridas sendo mais queridas ainda T.T, obrigada de novo pelo desenho!
Essa semana é isso.
Obrigada por ler até aqui!
Até mais, Xx!!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top