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Academia Fukurodani: O Time de Vôlei Feminino que Ascende ao Topo
Por: Hiro Makoto
Os torneios colegiais são frequentemente palco de grandes revelações esportivas. Inúmeras vezes testemunhamos jogadores de escolas renomadas e desconhecidas trilharem seu caminho rumo ao topo, deixando o país para jogar, conquistando vagas nas seleções nacionais e até mesmo sendo adquiridos por times estrangeiros. No entanto, nem todos os talentos excepcionais recebem o reconhecimento que merecem. Surpreendentemente, um desses talentos parece estar oculto do radar da atenção dada aos demais.
Apresentamos a Academia Fukurodani, uma equipe recente que vem se destacando e mantendo-se entre os melhores times do país há três anos consecutivos. No entanto, suas conquistas vão muito além do que aparentam.
A central Sora Marsumura, por exemplo, antes de ingressar no clube no primeiro ano, era integrante do time de basquete. E esse não é um caso isolado. Outras três jogadoras que desempenharam papéis fundamentais desde o início e permanecem na equipe até hoje tiveram seu primeiro contato com o esporte apenas no primeiro ano escolar.
Como um time sem experiência conseguiu ascender tão rapidamente? Por que não estamos dando a devida atenção a isso?
A resposta para a primeira pergunta reside na rotina de treinamento e na dedicação da equipe técnica e das jogadoras. Especial destaque é dado a [Nome] [Sobrenome], capitã do time desde seu surgimento, a maior pontuadora e uma estrategista exímia.
Força, técnica e espírito. A Academia Fukurodani parece possuir todas essas qualidades. Não é mera coincidência que cinco de suas jogadoras tenham se destacado a ponto de serem convidadas para participar do acampamento nacional, ganhando assim a chance de integrar a futura seleção sub-19.
No entanto, esse reconhecimento não alcançou o grande cérebro por trás do time. Isso nos leva de volta à pergunta inicial deste texto.
O time de vôlei feminino da Academia Fukurodani cresceu exponencialmente desde sua primeira aparição há três anos e chega ao Torneio de Primavera como um dos favoritos de Tóquio, liderado por uma jogadora que possui o maior potencial entre as atacantes do país. Basta apenas um set para se perceber a qualidade de sua técnica e força, que se destacam tanto em ataques realizados com a mão esquerda quanto com a direita.
Entre os entusiastas do vôlei, não há quem não coloque [Nome] entre as cinco melhores jogadoras do país e no top 3 das melhores sacadoras nacionais.
A Academia Fukurodani, que continua revelando tantos talentos futuros e investindo em seus atletas colegiais, acredita não apenas em seu time, mas também em suas jogadoras. Nas palavras do diretor: "O time feminino de vôlei trouxe uma visibilidade enorme para nossa instituição, que antes era conhecida apenas por seu ensino de alto nível. Muitos atletas desejam vincular sua formação ao prestígio e ao nome da escola."
O reitor também não economiza elogios ao time. "[Nome] consegue inspirar até mesmo outros capitães e atletas. Sua presença na escola tornou-se indispensável, e sua força e liderança se destacam não apenas na quadra, mas também na sala de aula, mantendo notas elevadas e colaborando com seus colegas de classe."
No processo de criação de um time, a renovação é constante, e uma única jogada pode pôr fim a uma história de vitórias. A experiência adquirida ao longo dos anos, construindo o time e moldando seu estilo, é considerada um fator vital, conforme enfatiza o treinador.
Para as determinadas jogadoras da Academia Fukurodani, não há outra opção além do topo. [Nome] retorna às quadras com sua equipe, almejando o primeiro lugar no torneio nacional de primavera, e esse objetivo não parece ser um sonho distante, mas sim algo alcançável e mais próximo a cada dia.
— Makoto-senpai sabe realmente escrever uma matéria — Keiko comentou puxando a revista de vôlei nacional das minhas mãos —, até parece que ele é um jornalista de verdade.
— Esse tipo de coisa parece com algo que eu diria — comentei —, quantas vezes você pretende ler isso?
— Menos que o diretor — minha amiga levantou a cabeça —, ouvi dizer que ele mandou enquadrar a matéria para colocar no corredor de troféus.
— Isso já é demais — reclamei.
Makoto está fazendo exatamente o que me disse, apesar de parecer uma matéria onde coloca a Academia Fukurodani lá no alto, também cria questionamentos do porquê isso não aconteceu antes. Não muito agressivo, mas com consistência.
— Agradeça a matéria, foi graças a ela que ele nem prestou atenção quando Hibiki-sensei disse da italiana passar um dia de treino aqui.
Isso é verdade.
Faz alguns dias que a gerente da Nekoma me mandou mensagem pedindo um favor, embora antes disso o Kuroo já tivesse me avisado sobre a situação.
Aquela que foi forçada a abandonar o esporte que ama por uma lesão, iria retornar ao seu país para jogar uma última partida. A despedida oficial. Por meses a italiana ficou se recuperando de uma lesão ainda mais séria que a minha, sem ter um time para jogar ela gostaria de entrar em forma antes da viagem.
Seriam algumas semanas durante o tempo de férias de verão, em tese não tinha nenhum problema. Mas colocar uma pessoa de outra escola para dentro da Fukurodani precisava de algumas autorizações.
Dan também não se opôs, Chie disse ser uma boa oportunidade, e Hibiki-sensei tomou conta do resto.
— A propósito, cadê o Dan e o Hibiki-sensei? — Hana perguntou girando a bola de vôlei no dedo.
— Eles tem uma reunião de negócios — treinadora Atena respondeu —, não é só porque ele está longe que vocês podem relaxar. Fim do intervalo, vamos nos organizar para jogar.
— Sora, [Nome] vocês escolhem os times.
— Vamos jogar contra? — sorri — Já faz um tempo, quantas vezes eu ganhei mesmo?
— Menos do que você realmente acha, idiota — imediatamente ela puxou Keiko pelo pescoço —, escolho essa paspalha primeiro.
— Não sei se eu fico feliz ou triste.
Sorri — Chizue — chamei a segundo anista, recebendo um olhar fulminante em seguida. Ela sabia que tinham alguns ataques que funcionavam melhor conosco em quadra.
Por fim assim que os times foram escolhidos entramos em quadra, além de Chizue estava com Aya, Misaki, Sayuri, Yumi, Hana. Para o segundo set iriamos fazer uma nova troca de jogadoras.
Quando finalizamos o segundo set, eu tendo ganho o primeiro e Sora o segundo, Dan retornou. Meu irmão arregaçou as mangas e jogou o agasalho num dos degraus de concreto.
— Parece que as coisas estão seguindo bem sem mim, nem sei porque eu voltei. Devia tirar férias.
— Pra depois ficar, "desculpe por não estar lá" — engrossei a voz.
Treinador Esparta fez uma careta quando o restante do time riu — Você devia aprender a fechar a boca [Nome].
— E você a ser mais sincero Daniel.
Ele sabia que não ia ganhar essa discussão, então só respirou fundo e se aproximou de Chie para dar uma olhada na prancheta de anotações — Vamos parar por aqui, finalizamos com o time masculino hoje.
Sora clicou a língua, descontente por finalizar empatadas.
Arrumamos o ginásio e seguimos para o dos garotos, eles também estavam terminando de jogar um set. Parece que hoje não vamos jogar, e sim fazer um treino de habilidades.
Dez minutos foram dados para que eles descansarem e os dois treinadores combinar o restante do treino. Eram muitos jogadores, por fim fomos todos divididos em três grupos, Yamiji, Dan e Chie iriam supervisionar com cada um deles uma atividade diferente.
Recepção, saque e agilidade.
Bokuto acabou ficando num grupo diferente, fazendo dupla com Sora, enquanto isso Washio e eu fizemos o circuito juntos. Corte e recepção sem deixar a bola cair para o primeiro, saques consecutivos no segundo e para o terceiro.
Suspirei vendo os cones posicionados na quadra, e as caixas de pulo no fim dela.
— Você realmente odeia isso não é? — Washio comentou com um riso.
— Não faz ideia — tombei a cabeça para o lado me posicionando ao seu lado.
Chie apitou e nós partimos ao mesmo tempo, desviando dos cones, parando na segunda sessão para recuperar bloqueios e fazendo dez toques para o alto. Por fim três caixas de salto diferentes.
— Estão com o melhor tempo até agora — Chie apitou —, bom trabalho.
Bati a mão com a de Washio comemorando e me sentei na lateral, Amano-kun me entregou uma toalha e eu agradeci.
Não muito depois, Misa e Komi-yan se sentaram do nosso lado.
— Você parece estar lidando melhor com os pés [Nome] — comentou Misa limpando os óculos.
— Um pouco — estiquei as pernas e balancei os pés batendo as pontas dos meus tênis — acho que estou chegando perto do que eu realmente quero.
— O que quer dizer com isso? — o líbero perguntou.
— Pode se pensar que os braços são mais importantes, porque são os que geralmente fazem mais contato com a bola, pernas servem apenas para pular. Mas não é bem assim, quero ter o poder de fazer com os meus pés o que quiser.
— Nunca está contente com a situação atual — Washio sorriu —, acho que é por isso que continua evoluindo.
Deitei a cabeça no ombro de Misa — Ou sou só uma idiota do vôlei, como Sora diz.
— Falando em Sora, não sei como ela e o Bokuto-san não se mataram ainda. É uma combinação incomum pro treino — a levantadora comentou —, parece mais que eles estão competindo entre si do que outra coisa.
Mirei os olhos para a segunda quadra, onde eles estavam, todo instante discutiam, mas faziam o necessário para ficarem entre os melhores do grupo.
— [Nome]-chan — Yuki, uma das gerentes me chamou — Shuuya-san está te procurando.
A garota apontou para a porta onde estava o capitão do time de futebol, devia ser minha entrega especial.
Me levantei e corri para a porta.
— Shuuya — o cumprimentei.
— E aí, [Nome] — ele estava do lado de fora para não precisar trocar os sapatos. Ele me entregou uma sacola de papel —, o que me pediu está aí dentro.
— Obrigada — sorri conferindo —, foi mais rápido do que eu imaginei. Espero não ter atrapalhado.
Ele balançou a cabeça — De jeito nenhum, parece que ainda está em treino. Vou deixar você trabalhar, até mais.
Acenei e agradeci mais uma vez. Deixei o pacote guardado próximo a minha bolsa até a hora de ir embora.
No fim do treino ambos treinadores falaram dos acampamentos dos grupos de treinamento. Os garotos teriam um treino com todas as escolas na Nekoma, e depois na Fukurodani e então teriam a semana de treinamento em Shinzen. Nesse mesmo período o grupo Fuyumi irá se reunir na Unsei.
Na volta para casa, Kou segurou minha mão balançando o braço entre nós conforme andamos.
— Vamos jogar com o Kuroo, sábado, depois o grupo vai se reunir na Nekoma. Ah, Kuroo disse que a escola que eles jogaram em Miyagi vem mesmo. Estou ansioso para ver o tal ataque rápido deles, como será que é?
— Pro Bakaneko ficar impressionado deve ter algo diferente — comentei —, do jeito que fala até eu estou curiosa. Que bom que o treino antes da semana intensiva em Shinzen é aqui, também quero conhecer esses corvos que eles tanto falam.
— Ah, e a italiana? Conseguiu?
É normal durante nossas idas e voltas para a escola, comentar sobre coisas não tão relacionadas aos times. Vez ou outra ele fala sobre as irmãs e família, ou coisas que acontecem na sala de aula quando estou longe. A maior parte do dia ficamos separados e ainda assim quando juntos, ele me conta todos os detalhes que não presenciei.
Dessa vez foi o caso da gerente da Nekoma.
— Sim, Hibiki-sensei conseguiu convencer o diretor. Só não avisei ainda.
— Que bom! Ah, [Nome] o que é isso na sacola? — perguntou se inclinando para espiar — Vi Shuuya-kun te entregando.
— É uma bola de futebol — abri para ele poder ver o padrão branco e preto —, Thomas parece estar um pouco entediado. Ele não pode usar o braço quebrado, mas ainda pode fazer algo com os pés.
— Oh, seu irmão novo joga futebol né? Achei que era pra você, já que está treinando os pés.
Foi então que um pensamento me ocorreu, tenho a maior fonte de conhecimento sobre movimentos bem do meu lado.
— Kou, você é um gênio!
Puxei seu braço beijando seu rosto, imediatamente o garoto ficou vermelho — Eu... Claro que sou! Mas, por quê?
— Por me ajudar a enxergar algo bem debaixo do meu nariz.
— Ah! Então, de nada.
N/A: Obrigada por ler até aqui!
Até a próxima, Xx!
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