Prólogo



Parada do lado de fora das quadras, no corredor eu junto do restante do time esperávamos para que pudéssemos entrar no ginásio para dar início ao aquecimento oficial, seria o nosso primeiro jogo no nacional de primavera.

-Olha se não é a rainha de Tóquio – alguém disse as minhas costas, o tom sério entrelaçado com um segundo mais cômico.

-Rainha está um pouco fora dos nossos padrões, não ficamos num trono à espera de conquistas – respondi reconhecendo a pessoa antes mesmo de me virar – Ir para a guerra e arrancar a vitória com os dentes é mais a nossa cara.

Olhando para trás me deparei com o capitão do Instituto Itachiyama e junto dele, um pouco mais atrás, o restante do time. Julgando pela aparência dos garotos eles deveriam estar saindo de uma partida, Komori o líbero e Sakusa o atual ace, eram os únicos que conhecia então recebi um aceno de cabeça e um cumprimento quando eles passaram por mim.

-Já teve a sua partida, favorito-kun? – perguntei desviando o olhar para meu colega jogador, desde a pequena conversa no corredor durante o torneio do segundo ano desenvolvemos no mínimo uma relação de amizade.

Ele riu com o apelido e cruzou os braços – Já, felizmente com a vitória.

-Parabéns. – respondi com sinceridade, embora quem visse a cena de fora achasse que não

Iizuna agradeceu e continuou a falar - Vi que são as próximas a jogar, mas não devem ter muito problemas já que você está ganhando de mim no quesito "jogadores de nível nacional", quantas das suas garotas foram para o acampamento feminino? Três?

- Cinco – respondi e olhei para o meu time que estava conversando animadamente enquanto aguardava as outras partidas terminarem – Embora esse ano só três delas foram, você sabe o acampamento é para a juventude eles geralmente não recebem terceiro anistas.

- Ah sim, as suas duas meio de rede foram ano passado não é?

- Sim, ano passado as 5 foram para o acampamento – deixei que a fala morresse por ali, afinal lembranças invadiram a minha mente.

Depois que perdemos na eliminatória e ficamos com a segunda vaga para o intercolegial conseguimos chegar até os 16 melhores times na competição nacional. E no torneio seguinte, o de primavera, no mesmo ano conseguimos a primeira vaga em cima da Raira Academy, mas não passamos dos 8 melhores times.

Já nas eliminatórias deste ano n-

-[Nome]! – alguém gritou por mim fazendo com que desviasse a atenção do capitão da Itachiyama e dos meus pensamentos. Iizuna riu assim que viu quem era a pessoa que vinha em nossa direção.

-Vai lá, nós encontramos por aí espartana – o rapaz saiu com um aceno e eu me virei para dar quase de frente com o capitão do time masculino da Fukurodani.

-Era o capitão da Itachiyama? O que ele queria? Aquela garota Himaru não está aqui né? – perguntou olhando pros lados e protetoramente se colocando a minha frente.

-Não Kou, não está – disse com um riso brincando no canto da minha boca - Só aconteceu de Iizuna-kun trombar conosco na saída do jogo, sabe que conversamos de vez em quando – completei

-Maldita Itachiyama, ainda não perdoei o Sakusa-kun pela final de Tóquio – ele disse cruzando os braços e fazendo quase que um bico.

-Mas você cometeu alguns deslizes a mais não foi – rebati e cutuquei sua costela fazendo com que ele sentisse cócegas e se retraisse.

-[Nome]! Já não basta o Akaashi, não preciso de você me lembrando esse tipo de coisa também – Às vezes Bokuto ainda agia como uma criança mas com a mesma velocidade que ele ficou emburrado um sorriso brotou em seu rosto – Vim te desejar bom jogo.

Senti as minhas bochechas esquentarem, Kou pegou a minha mão e apertou ela de leve mantendo o na feição um sentimento de carinho que já era bem conhecido por mim. Mas antes que pudesse falar ou fazer qualquer coisa Aya, a líbero do segundo ano gritou por mim.

-Capitã o jogo terminou! – Olhei para as meninas que começavam a se movimentar para entrar na quadra, devolvi o aperto na mão ao mesmo tempo que a respondia – Certo Aya, já vou!

-Vamos nos encontrar no alojamento a noite certo? – perguntei e ele acenou.

-Claro que sim. - Uma promessa oculta, entre nós dois, de que venceríamos nossas partidas. Soltei a sua mão e segui para onde o time estava, joguei o meu cabelo pro lado antes de entrar na área das quadras.

Eles dizem que nós somos o que somos, mas não temos que ser. Porque nós podemos ser imortais.

E dessa vez, é pra valer.

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