28
Jimin abriu a porta do quarto e entrou, segurando Minjeong em seus braços.
O cômodo era iluminado apenas pela luz do luar através da varanda, mas para criaturas da noite como elas o ambiente estava perfeito. Ainda era possível ouvir a música da sala, mas esta agora servia apenas de plano de fundo enquanto as duas vampiras se beijavam com paixão.
A Princesa guiou Minjeong até a cama e se afastou, segurando seu rosto com uma das mãos.
– Nesse momento eu não quero pensar em nada além de aproveitar a noite com você.
– Então me deixe te ajudar com isso.
Ela se ajoelhou na cama e levou os dedos aos botões da sua camisa. Parada, Jimin observou a ânsia dela com certo ar de diversão.
– Que interessante.
– O quê? – Minjeong tirou suas abotoaduras e despiu sua camisa, que jogou no chão.
– Estou acostumada a ser a sedutora.
A musicista levou os dedos ao fecho do sutiã e aproximou os lábios do seus seios. Beijou a superfície macia e apreciou o súbito arquejo dela quando abriu a boca e sentiu o gosto da sua pele.
Jimin tinha um corpo perfeito, e ela não se cansava de apreciar isso.
– Não quer que a toque? – Ela parou, contornando com o dedo o espaço em que ficava seu coração.
Jimin baixou a voz.
– Não disse isso.
Ela tocou seus ombros e alisou seus bíceps, fascinada pela força contida ali. Acariciou de leve a barriga e depositou um beijo logo acima do umbigo. A Princesa emaranhou uma das mãos em seus cabelos castanhos compridos, deixando os fios escorrerem pelos dedos.
Com os olhos cravados nos de Jimin, ela tocou o cós da sua calça. A Princesa assentiu com a cabeça.
Minjeong abriu sua calça e a desceu pelo quadril juntamente com sua calcinha. Então sentou-se sobre os calcanhares e se demorou um instante admirando aquela mulher perfeita.
Jimin ficou em pé na sua frente, exibindo orgulhosa a nudez.
Minjeong ergueu os olhos para ela.
– Alguém já disse o quão perfeita você é?
Ela lançou-lhe um sorriso convecido.
– Nunca.
Com um revirar de olhos, Minjeong a puxou para a cama e empurrou seu corpo contra o colchão enquanto beijava seu pescoço.
– Da última vez que estivemos juntas, você foi muito... generosa. Merece o mesmo tratamento.
– Seu prazer é o meu. – Sua voz soou áspera. – Não tem idéia do quanto eu gosto que chegue ao orgasmo.
Minjeong sorriu, tocando seu corpo, apreciando a textura lisa e fria de sua pele. Esfregou as unhas suavemente sobre sua barriga, acariciou-lhe os quadris com os dentes. Então sua boca mergulhou entre as pernas dela.
Jimin enrolou seus cabelos em volta do pulso, e um gemido lhe escapou da garganta. O gosto dela era diferente. Foi a primeira coisa que Minjeong notou. Sua pele tinha uma textura humana, só que mais fria. Mas o sabor era... indescritível. Ela lhe deu prazer com a boca e torceu para ela estar gostando.
Ao que tudo indicava – a expressão arrebatada nos olhos de Jimin, os ruídos que lhe escaparam da boca, o modo como ela agarrou seus cabelos –, teve sucesso.
Mas a Princesa se conteve.
Manteve a tensão entre sua mão e os cabelos dela, mas sem dar trancos nem puxar. Tampouco empurrou sua cabeça para baixo. Na realidade, pareceu se contentar em acompanhar calmamente os movimentos de Minjeong e permitir que ela controlasse a interação.
No instante em que ela a penetrou com os dedos, faltou-lhe pouco para alcançar o êxtase. Jimin gemeu, seus músculos internos se contraindo ao redor dos dedos dela. A Princesa cravou os dentes no lábio inferior e jogou a cabeça para trás, respirando fundo.
Minjeong tocou o seu centro com a ponta da língua e logo a fez padecer uma verdadeira tortura.
Ela sabia exatamente quando acelerar o ritmo e quando fazer uma pausa. A combinação de sua boca e seus dedos entrando e saindo constituíam um embate duplo que Jimin quase não podia suportar. Ela levou-a a borda uma e outra vez até que se viu obrigada a suplicar.
– Minjeong, por favor...
Ela sorriu e a lambeu de novo, sugando com uma leve pressão, e Jimin se arqueou toda na direção de sua boca. Estava no limiar do orgasmo, exatamente onde a musicista queria quando a abocanhou. Jimin gemeu, se esfregando contra seu rosto, e ela se perdeu no sabor e nos ruídos dela, na sensação de prová-la com a língua. Não havia nada igual.
Com um movimento dos dedos, Minjeong continuou a penetrá-la de forma lenta e constante. Jimin levou o dorso da mão à boca e a comprimiu um pouco mais. Quando chegou ao clímax, sentiu como se a tivessem esmigalhado em duas; a descarga de energia criando uma onda de choque que atravessou todo o seu corpo.
Quando a Princesa ergueu lentamente a cabeça, percebeu que era a primeira vez que alguém se dedicava tanto em agradá-la.
– Você me delicia – sussurrou ela. – Sua boca é maravilhosa. Mas agora é a minha vez.
Minjeong lhe sorriu, consideravelmente orgulhosa de si mesma.
Com gestos ágeis, a Princesa tirou seu vestido e o jogou de lado.
– Ah! – Exclamou, ao ver a lingerie preta que ela estava usando.
A musicista franziu o cenho.
– Não gostou?
– Gostei muito. – Ela a olhou de cima a baixo, absorvendo cada centímetro do tecido. – Preto é a minha cor preferida.
– Nem imaginei. – Ela piscou o olho.
Jimin encostou a mão de leve em seu peito, incentivando-a a se deitar. Levou os lábios aos seios dela através do sutiã enquanto mergulhava os dedos entre suas pernas.
– Gostei disso – murmurou Minjeong, apertando seu pulso.
– Eu também. – Jimin moveu a mão até o seu quadril, acompanhando a tira que formava o cós da calcinha.
Lambeu os lábios.
Rolou-a de lado apenas para poder admirar a curva das suas costas até o quadril, que apalpou e apertou com as duas mãos. Então fez um dos dedos escorregar entre suas pernas por cima da calcinha, provocando-a.
Minjeong tornou a se deitar de costas e abriu as pernas, sentido sua necessidade aumentar. A expressão de Jimin quando ela começou a se mover no mesmo ritmo de suas mãos foi de triunfo.
Sem aviso, ela retirou os dedos e começou a despi-la.
Segurou as mãos dela com a sua e as estendeu acima da sua cabeça antes de se inclinar sobre seu corpo. Após alguns beijos urgentes e algumas mordiscadelas nos mamilos, penetrou-a com os dedos.
Minjeong fechou os olhos e expirou. Jimin a fez expandir-se por dentro até o limiar, mas ela gostou de se sentir preenchida.
A Princesa se moveu devagar e colou a boca na dela antes de descer para lamber seus seios. Ela ergueu o quadril ao seu encontro, saboreando cada movimento e cada arremetida. Jimin continuou a mover os dedos dentro dela, retirando-os e tornando a mergulhar um número incontável de vezes.
Quando ela interrompeu o toque, foi impossível não protestar.
– Jimin, não para, eu...
A Princesa ergueu os dedos e enfiou na boca. A intensidade daquele olhar, combinada a um sorriso diabólico, fez com que Minjeong se agarrasse com toda a força às cobertas, sentindo seu ventre se contrair inteiro.
A carícia foi retomada de forma lenta e profunda. Minjeong gemeu e a apertou ainda mais em resposta, arqueando os quadris contra sua mão, empurrando-a mais para dentro. Quando Jimin se afastou de novo, ela baixou as mãos pela barriga com uma frustração intensa, mas seu próprio toque não contribuiu em nada para sua excitação.
Jimin agarrou os joelhos dela e separou-os para expor seu sexo. O peito dela se expandiu numa respiração profunda. Ela engoliu em seco, produzindo um ruído alto.
A Princesa se inclinou para perto dela, fazendo sua necessidade disparar para um nível ainda maior, então respirou fundo. Ela plantou um beijo suave de boca fechada em seu centro, e o corpo inteiro dela se acendeu.
– Jimin, por favor...
Mais um beijo, seguido por uma saboreada bem lenta. Jimin manteve um ritmo constante, lambendo de cima a baixo, provando o seu gosto, sugando, mergulhando a língua lentamente dentro dela e se afastando bem devagar antes de mergulhar novamente. Ela farejou o interior da sua coxa antes de colocar a pele em sua boca e chupar.
Deslizou a mão pela lateral do corpo dela até pegar seu seio direito, segurando-o com a mão aberta. A musicista murmurou uma aprovação, e ela mordiscou sua coxa.
– Vou me alimentar de você. Aqui. – Ela mordeu a pele novamente, só para dar um aviso.
Minjeong levantou a cabeça, olhando para a poderosa criatura entre suas pernas que a venerava.
Ela assentiu.
Jimin levantou o olhar para ela e deu um sorriso lento e sensual.
– Prepare-se para receber prazer.
Minjeong viu a cabeça dela descer. Mas, com o primeiro toque de sua boca, ela fechou os olhos. A língua dela a atacou, intensificando o seu prazer. Então Jimin voltou a beijá-la, saboreá-la, lambê-la. Seu peito subia e descia, arfante, enquanto ela sentia seu interior se compirmir.
Quando estava perto do orgasmo, a Princesa a soltou, virando a cabeça para a perna dela. Apertou bem a coxa e sugou a carne com a boca, cortando a pele com os dentes.
Minjeong se sentiu como que suspensa no tempo, tomada por um êxtase absoluto, enquanto seu corpo tremia com um prazer irracional.
Jimin bebeu, engoliu e bebeu mais um pouco, apertando a coxa cada vez mais forte. Quando o corpo dela finalmente relaxou, ela a soltou, pressionando a frieza de sua língua no ferimento da perna.
– Eu poderia secá-la e nunca me satisfazer. – Ela sussurrou, beijando sua barriga.
Minjeong levantou a cabeça, mas achou a tarefa difícil demais e pousou-a de volta no travesseiro, sua mente flutuando numa onda de êxtase.
\[...]
Com os primeiros raios do sol iluminando a cidade, Minjeong acordou e descobriu uma vampira linda a observando. Seu corpo nu estava encostado no dela, os braços ao redor de sua cintura, as longas pernas emaranhadas nas dela.
Era muito confortável, apesar da frieza da pele de Jimin. Ela fechou os olhos e se aninhou em seu abraço.
– Fiquei me perguntando quando você iria se mexer. – Jimin riu no ouvido dela.
– Podia ter me acordado.
– E perder a oportunidade de fazer... como eles chamam isso?
– O quê?
Ela abraçou a cintura dela.
– Não sei como se chama essa forma como nós nos deitamos juntas às vezes.
– Chamam de conchinha.
Jimin parou por um momento.
– É uma descrição extraordinariamente tola para algo tão sensual.
Minjeong riu e se aninhou mais perto. Sorrindo, a Princesa encostou o rosto no cabelo dela.
– Queria ter seu talento para a música. Eu iria compor algo único para você.
– Reparei que você guardou meu violino junto com seus instrumentos.
– Fiz isso não pelo instrumento, mas pela musicista.
– Você o colocou ao lado de um Stradivari 1721. – O tom dela foi levemente acusatório.
– Instrumentos de grandes artistas devem ficar na companhia de instrumentos de grandes artistas.
Ela balançou a cabeça, mas seu sorriso permaneceu.
Jimin se aproximou.
– Você consideraria compor uma música para mim?
Minjeong levantou as sobrancelhas.
– Sério?
– Sério.
– Acho que sim. – Disse ela, sorrindo.
– Achei você linda, mesmo na noite em que a conheci. – Lentamente, a Princesa entrelaçou as mãos de ambas, levou-as à boca e começou a beijar a ponta dos dedos de Minjeong. – Foi seu cheiro que me atraiu. Ele dizia que você tinha uma bela alma. Mas fui cativada por seus olhos.
Ela baixou os olhos e abriu um sorriso hesitante.
Os dedos de Jimin traçaram a curva dos lábios dela.
– Você é a única que faz com que eu sinta que tenho um lar. Havia me esquecido dessa sensação depois da morte da minha família.
– Sente saudades deles?
Jimin rolou de costas e olhou para o teto.
– Não tanto quanto antes. Ainda sinto que as coisas podiam ser diferentes, mas depois da transformação, tive menos interesse neles. – Ela passou a mão nos cabelos. – A maioria dos vampiros são egoístas, só se preocupam consigo mesmos e com o que lhes agrada. Não sobra muito espaço para relações familiares.
Normalmente, Minjeong teria discutido, argumentando que o princípio geral que se aplicava aos vampiros não funcionava para ela. Mas não queria discutir naquele momento, então ficou quieta.
– Como era seu pai? – Perguntou Jimin.
– Alto, mais alto do que você, e atraente. Tinha cabelo escuro e olhos castanhos – disse Minjeong, e apontou para o próprio rosto. – Eu me pareço com ele. Meu pai era divertido. Gostava de rir. Gostava de me levar ao parque para correr.
– Se eu tivesse o poder da ressurreição, eu o traria de volta para você.
Lágrimas tomaram os olhos de Minjeong. Ela assentiu, emocionada demais para falar.
Jimin levantou a mão para acariciar o rosto dela.
– Sinto muito. Eu... – Ela balançou a cabeça. A musicista notou a expressão preocupada dela.
– O que foi?
Ela voltou a olhar para o teto.
– Vejo seu sofrimento e não sei como acabar com ele. Gostaria de trazer seu pai de volta. Gostaria de devolver sua antiga vida. Mas não posso. Isso me deixa... – Ela pausou abruptamente. – Não gosto de me sentir impotente.
Minjeong descansou a cabeça no ombro dela.
– Obrigada.
– Por que está me agradecendo? Não fiz nada.
– Você está aqui.
Bem suavemente, Jimin a puxou para cima de seu corpo e elas se entreolharam por um longo tempo.
– Queria ter conhecido você há quatrocentos anos.
Minjeong passou o dedo pelo rosto dela.
– Não teríamos uma a outra agora.
Ela teve a impressão de que a Princesa queria dizer algo, mas escolhia as palavras cuidadosamente.
– Você esperava formar uma família?
Era uma pergunta que ela não esperava. Minjeong descansou a cabeça em seu ombro.
– Eu não esperava encontrar alguém para amar. Casar e ter filhos não faziam parte das minhas aspirações. Queria uma vida tomada de beleza e amigos, e estava determinada a me satisfazer apenas com isso.
– E era o suficiente para você?
– Não sei. Naquela época talvez fosse, mas agora acho que a ideia de não compartilhar a vida ao lado da mulher que amo é repugnante.
Jimin abraçou-a pela cintura, puxando-a para perto.
– Chega de falar de mim, Jimin. Deveríamos conversar sobre seus problemas. Sinto muito ter me concentrado tanto em mim mesma.
A Princesa empurrou o cabelo dela para trás do ombro, um sorriso surgindo em seus lábios.
– Você nem percebe como é altruísta. Tem perguntado sobre meus problemas com o principado e se preocupado comigo há dias. Já fez mais do que o suficiente.
– Acho que toda essa conversa profunda é por causa da vista – comentou ela. – A beleza dos seus jardins faz as pessoas refletirem sobre a vida, o tempo e os desejos secretos.
Jimin deu uma risadinha e beijou a testa dela.
– O que você deseja?
– O amor eterno da mulher que amo.
Jimin a abraçou com ainda mais força.
– Amo você, e meu amor certamente é eterno.
Minjeong fechou os olhos e se recostou nela.
– Admiro você – disse Jimin com o rosto colado ao cabelo dela.
– Por quê?
– Porque você tem princípios e se agarra com firmeza a eles, mesmo na dificuldade. Você é nobre.
– Eu já me senti desconfortável e oprimida em vários momentos da minha vida.
– Não parece. – Ela levantou o queixo dela. – Sabendo o que eu sei sobre sua personalidade e seu coração, nunca vi alguém mais bonito.
Minjeong desviou o olhar.
– Pare.
– Eu amo você. – Ela beijou o rosto dela, da forma como uma garota tímida finalmente beija a menina de quem gosta.
– Eu também amo você.
Jimin relaxou os braços. Minjeong não havia notado que ela a abraçava com tanta força até sentir a mudança.
– O que há de errado? – Ela tocou o rosto dela.
– Nunca terei sua nobreza de espírito ou sua natureza protetora, mas serei feliz enquanto tiver seu amor.
Pequenas lágrimas brotaram nos cantos dos olhos de Minjeong.
– Está me dando diabetes.
Jimin arqueou uma sobrancelha.
– Como isso é possível?
Ela riu.
– É só uma forma de dizer. Significa que está sendo doce demais. Diga algo feio.
A expressão de Jimin mudou e ela levou os lábios à orelha dela.
– Quero pressioná-la contra a cama e fazer todo tipo de safadeza com você.
Minjeong encostou o nariz no queixo dela.
– Meu diabetes passou.
Com outro riso, Jimin levou sua boca à de Minjeong, provocando-a com a língua antes de mergulhar dentro dela.
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