Johnny estava fora durante toda a manhã e me sentia ansiosa com seu retorno, pois ele havia me pedido para dizer o que eu queria fazer no fim de semana e eu ainda estava decidindo sobre isso.

Enquanto lia os artigos da revista People, sentada no sofá da sala de estar da casa do meu namorado, ouvi a porta da frente ser aberta e logo passos preencheram o local. Era ele.

Johnny caminhou até mim e deixando sua caixa da guitarra em um canto do sofá, ele se curvou e beijou minha cabeça.

-Olá, querida.

-Ooi. _sorri para ele enquanto fechava a revista_-Como foi o ensaio?

-Bom. _ele assentiu _-Muito bom.

-Fico feliz por isso. Como estão os caras?

-Estão bem. Te mandaram um abraço. E Alice disse que gostaria que você tocasse em um de nossos shows. _Disse indo pegar um copo e vinho.

-Será um prazer. _falei com honestidade. _-Vamos combinar o dia e deixar marcado.

Johnny sorriu para mim. Pegou sua bebida, me ofereceu, mas gentilmente recusei, depois ele veio se sentar ao meu lado colocando uma de suas mãos sobre minha coxa enquanto tomava o líquido do copo.

-Então, já decidiu como quer passar nosso fim de semana? Estarei totalmente livre pra você, boneca.

Sorri e coloquei minha cabeça no ombro dele depois de lhe dar um beijo na bochecha.

-Não quero sair. _ele assentiu _-Quero passar a manhã descansando, porque você precisa disso, amor. _Johnny sorriu acariciando minha coxa para cima e para baixo _-E a tarde, bem, eu adoraria fazer uma tatuagem.

-O quê?_ele tencionou_-É sério?_me afastei dele e sorri com sua reação chocada.

-É, baby. É muito sério.

-Mas _ele franziu o cenho_-Você me disse uma vez, quando nos conhecemos, que tinha medo de fazer tatuagens. O que mudou?

-Eu ainda tenho um pouco...mas pensei que se você fizer em mim, terei mais confiança do que fazer com um desconhecido.

Ele me olhou nos olhos pensando se eu estava brincando ou sendo sincera.

-Tem certeza disso, querida?

-Tenho. Confio em você, Johnny.

-Mas eu não sou profissional.

-Não tem problema, pois será algo pequeno.

-Ok. Se está mesmo certa disso..._acenei com a cabeça _-Então faremos isso.

Sorri e o beijei nos lábios sentindo o gosto do vinho.

Na manhã seguinte, ficamos um pouco mais na cama descansando. Johnny estava deitado com a cabeça sobre meu peito enquanto eu acariciava o coro cabeludo dele deixando-o relaxar e dormir.

Mais tarde, pedimos comida e depois de almoçar, andamos um pouco pela propriedade. Ao retornar para casa, Johnny me levou ao escritório onde preparou sua própria máquina de tinta para tatuagens. Eu me deitei no sofá e esperei um pouco aflita, ele vir até mim com aquela agulha.

E ele veio.

Deus é Pai!!

Johnny sentou em um pequeno banquinho e me olhou.

-Onde vai querer que tatoo, querida?

-Hmm..._apertei os lábios pensando em um lugar que talvez não fosse tão dolorido. _-Pode ser no pé.

-Direito ou esquerdo?

-Qual você gosta mais?_Brinquei e ele riu

-O direito?!

-Então será nesse.

-Ok. E o que deseja que eu faça?

-Pode ser a data em que começamos a namorar. O que acha?

-Certo! Acho perfeito, boneca.

Ele limpou o local com toda delicadeza possível e me avisou que iria começar, mais, porra! Que dor!

-Calma...calma...calminha...aaaaaw

Ele ria com cada reação minha e as vezes se afastava pois eu não parava quieta.

-Amor, isso dói mais do que pensei.

-Mas eu ainda nem encostei a agulha.

Ele sorriu divertido quando me viu desapontada.

-Você tá querendo me torturar, não é, senhor Depp?

-Jamais, amor! Jamais. Vou começar agora, tá?

-Homem...seja cuidadoso.

-Serei, querida.

E finalmente ou não, ele começou e minhas reações se tornavam pior a cada contorno da agulha em minha pele. Johnny tentou ser o mais cuidadoso possível, mas a dor era terrível...Isso que dá ser muito sensível ao toque.

Entre gemidos e suplicas, Johnny finalmente e agora era pra valer, terminou de marcar a data de nosso namoro em minha pele. E logo depois ele beijou acima dela em um gesto carinhoso.

-Acabei, amor. Você se saiu muito bem.

Disse ele sendo fofo de novo.

-Obrigada ...eu adorei, meu amor.

Falei olhando para a data no meu pé

-Doeu pra cacete, mas ficou muito bom!

Johnny sorriu olhando de mim para sua obra de arte.

-Bem, agora eu vou querer outra. _ele me olhou chocado_-Seu nome na minha virilha.

-O quê?

Comecei a dar risada de sua reação e de seus olhos arregalados.

-Só estou brincando, seu bobo..._ele pareceu respirar aliviado, mas não por escrever seu nome naquela região, e sim porque sabia que eu sofreria ainda mais com a dor..._-Mais quem sabe numa próxima, hun?

Mexi as sobrancelhas freneticamente e Johnny sorriu balançando a cabeça, se aproximou, e juntou nossos lábios em um beijo suave.

...

Notas:
Este pequeno eu trouxe para cá de outro livro de imagine que comecei a publicar, mas desisti. 😗 Nesse aqui tenho mais leitores...então obrigado pela preferência seus lindos(as)