Johnny Depp✨

(Onde Você é Autista)

Pedido de : @woonyj

Não sei muito como um autista reage então me desculpa se ficou ruim, tá?

Enfim, espero que goste.

Boa leitura.

A vida não é facil para ninguém, porém para mim considerava ser pior. Fui abandonada em uma clínica pelos meus pais quando eu ainda tinha dez anos de idade, fôra quando eles descobriram o meu diagnostico de TEA: Transtorno do Espectro Autista. Meus pais disseram ao médico que não poderiam cuidar de mim neste estado, pois não tinham condições, então com orientação do próprio médico, os meus progenitores me colocaram em uma clínica onde segundo eles, eu podia ter uma vida melhor e cuidados que eu precisava.

Quando me deixaram aqui, eles nunca mais voltaram. Os anos foram passando e eu fui crescendo, mais ainda tentando convencer as pessoas que eu era normal, apesar da minha especialidade clínica. Durante os anos que estive presa a esta clínica, não consegui me aproximar de nenhum interno. Não eram todos os médicos que eu permitia se aproximar para cuidar de mim, porém havia um deles, muito especial, por quem eu tinha uma admiração. Ele cuida de mim desde os dez anos e é o único médico que me entende e consegue tirar um sorriso meu. Toda vez que o vejo, sendo nos dias de exame ou nas visitas de rotina, meu coração parece bater acelerado. Eu fico assustada com a intensidade das batidas...É mais ou menos assim ó: Tum tum tum tum tum
Johnny é o culpado desse descontrole em meu peito, mas ao invés de sentir raiva, eu só sentia amor.

Johnny é tão importante pra mim ...

Hoje era dia de sua visita, eu estava arrumada, coloquei meu melhor vestido, pois uma enfermeira chamada Azura, que trabalhava cuidando de mim desde que eu entrei, e a única que me entendia além do Johnny, me ajudou a escolher o vestido e ajudou a arrumar meu cabelo. Eu sabia fazer isso sozinha, mais ela sempre fazia questão de me ajudar.

Depois que terminei de me arrumar, fiquei sentada na poltrona de frente pra janela. Eu estava ansiosa e não consegui controlar meu corpo. Enquanto aguardava a visita do médico, fiquei me balançando para frente e para trás enquanto apertava meus dedos das mãos.

-Querida, tente se acalmar, o doutor Depp já está chegando.

A senhora Azura disse e ela só conseguiu piorar meu estado. Comecei a apertar meus dedos com força até que parei ao ouvir a porta se abrir e duas batidas como Toc toc, que eu reconheceria em qualquer lugar.

-Olá!_Disse a voz masculina adentrando o quarto. Mais eu ainda não olhei pra ele_-Como vai minha paciente preferida?_Johnny perguntou e eu sorri feliz, mais ainda me balançando para frente e para trás.

-Ela estava ansiosa pra ver você, doutor. _Disse a enfermeira e o senti rodear a poltrona e se agachar a minha frente, meus olhos encontraram os dele.

-Hey querida. Como você está?_Perguntou com sua voz muito, muito gentil.

-Eu tô bem..._respondi e Johnny sorriu, ele tocou minha mão e deixou um beijo em minha testa antes de se levantar e sentar a minha frente e cruzar a perna colocando a direta por cima da esquerda.

-Eu soube que a senhorita não se alimentou direito no fim de semana. _ele falou preocupado _-Você precisa se alimentar bem, querida.

-Eu não consegui. _comecei a ficar tensa _-Desculpa, Johnny. Eu prometo que vou me alimentar viu...eu te prometo isso.

-Eu sei que sim. _ele esticou o braço pra tocar minha mão. _-Não fica assim, tudo bem? Eu não estou bravo com você.

-Você não está bravo comigo?

-Não! Eu me preocupo, mais se me prometeu que vai se alimentar bem, então fico mais aliviado. Você precisa ficar forte para quando sair daqui, S/n

-Sair daqui?_O olhei sem entender_-Johnny, eu não vou sair daqui, o que você tá falando?

O vi olhando para a enfermeira e depois de volta pra mim

-Querida, você já é maior de idade, mais há uma tia avó que aceitou cuidar de você e lhe dar o suporte que precisa. Fora daqui você poderá viver sua vida como uma pessoa normal...

-Mais eu não sou normal.

Abaixei a cabeça e Johnny se levantou e sentou em um banquinho ao meu lado

-S/n, me escuta _Eu o olhei e ele continuou

..._- Você é diferente dessas pessoas, mais a questão é que é bom ser diferente. Ser normal nem sempre é o adequado, querida, e eu também não sou normal. _ele me fez sorrir e sorriu_-E a propósito, você descobrirá um novo mundo lá fora. Pessoas poderão te julgar pelo que você é, mais você só precisa ser você mesmo e que se dane as outras pessoas.

-E se eu falhar? E se eu ficar com medo e não souber lidar com o que me espera lá fora, Johnny?

-Então ainda terá a mim. E eu sempre estarei aqui pra você, S/n.
E...quando sentir medo, você só precisa fechar os olhos, respirar fundo e dizer a si mesmo: eu não sou refém do medo, sou corajosa e posso seguir em frente...

...-A caminhada pode ser longa, mais você tem chances de conseguir tudo que sonha como qualquer outra pessoa. Você é tão capaz como uma pessoa "normal", S/n. E eu estarei aqui, torcendo por você. _Johnny sorriu e foi então que decidi me arriscar e o abracei apertado. Johnny me retribuiu com carinho.

O doutor falou que minha tia avó me buscaria no dia seguinte. Então no tal dia, me preparei. Eu realmente não queria ir, não queria deixa-lo mais eu precisava, porque eu não podia mais ficar naquela clínica com minha idade atual.

Quando chegou a hora, Johnny não conseguiu me levar até a saída, ele estava com outros paciente e pelo que percebi quando nos despedimos, era que nem ele queria que eu fosse embora. Eu não sabia o porque. Então perguntei a enfermeira Azura que me levava até a recepção onde supostamente eu encontraria minha tia avó.

-Por que ele parecia tão triste?_perguntei apertando a manga do meu suéter rosa bebê.

-O doutor vai sentir sua falta menina. Ele gosta muito de você.

Parei de andar e olhei para a enfermeira

-E eu acho que o amo. Eu não quero ir.

De longe pude ver uma mulher me observando ao lado de um homem com uma pasta, e ao vê-la, mais me desesperei. Eu já era maior de idade afinal, eu poderia tomar minhas próprias decisões.

-Eu não quero ir_sussurrei enquanto me aproximava da mulher. _-Não não não...eu não quero ir...eu não quero ir

Comecei a bater em minha cabeça enquanto me desesperava.

-Calma minha jovem...fique calma. _a enfermeira tentou me acalmar mais eu me afastei dela e comecei a andar de um lado ao outro ainda batendo em minha cabeça.

-Eu não quero...não quero ir com ela...não! Eu quero ficar aqui
...

A enfermeira entregou minha mala para a mulher e ela se aproximou de mim para pegar o meu braço, mais eu afastei abruptamente do toque dela.

-NÃO TOQUE EM MIM! Não toque...não te permiti tocar em mim, então não toque.
Eu não vou com você...não vou!

-Você precisa ir com ela, foi o que o juiz determinou..._eu ouvi o homem falar mais o ignorei e olhei em volta procurando pelo doutor. Ele não estava por perto. Havia apenas outros médicos ao redor.

-Vamos querida...vamos pra casa. _disse a mulher tocando meu braço e eu gritei de raiva.

-NÃAAAO! me solta...para...não toque em mim...Johnny, socorro!

Comecei a me debater e quando dois enfermeiros tentaram me segurar, como eu estava um pouco agressiva, os empurrei.

-JOHNNY!_comecei a chorar ainda batendo em minha cabeça _-Onde ele está? JOHNNY...

-Coloca as coisas dela no carro. Eu levo ela.

Ouvi o homem falando e ele se aproximou e me pegou apertando meu braço.

-Vamos! Você tem sorte que sua tia ainda sinta pena de você, se fosse eu, te deixaria aqui nesse lugar até você apodrecer.

O homem falou em meu ouvido e foi aí que comecei a espernear mais ainda enquanto ele continuava a apertar meu braço com violência.

-Vamos...

-Me solta, haaaaa....Johnny!!! Johnny, por favor...

Lágrimas escorriam dos meus olhos, minha visão tava embaçada e eu comecei a me debater contra o aperto

-Me solta!..me solta, me solta...

-SOLTE-À! _Ouvi a voz atrás de mim...estava distante ainda, mais era a voz que eu tanto amo escutar. _-Você está a machucando, solte-à agora!

O homem largou meu braço e ouvi passos de corrida em minha direção, Johnny de repente me abraçou por trás e começou a sussurrar em meu ouvido.

-Shiiii...tudo bem querida, está tudo bem, fique calma...eu já estou aqui, hm, não vou deixa-los te levar pra longe de mim...Shiiii.

-Johnny...

Sussurrei entre soluços enquanto ele ainda me protegia em seus braços. De repente, senti meu corpo amolecer e comecei a escorregar levando Johnny comigo. Ele se sentou no chão e eu fiquei entre suas pernas enquanto ele ainda me abraçava por trás e tinha a boca bem próxima do meu ouvido sussurrando palavras reconfortantes enquanto me balançava de um lado ao outro delicadamente.

-Você vai morar comigo, querida. Eu vou te proteger do mundo.

-Por favor, não me abandone mais...

-Não vou, eu te prometo, S/n!

-Eu pensei que você...Você não viria até mim, Johnny.

-Seja onde estiver, eu sempre irei até você amor.

Ele beijou minha cabeça ainda me balançando de um lado ao outro acalmando todo o meu ser.

-Eu te amo, querida.

Com aquelas doces palavras, coloquei minha cabeça abaixo de seu ombro e fechei os olhos. Naquele momento havia apenas nos dois ali, o resto não importava mais.

✨✨✨

N/A

Desculpa se ficou ruim..foi o que consegui escrever.

😘









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