S/n estava sentada no pátio, olhando para suas próprias mãos, lembrando-se de como havia sido tratada a algumas horas atrás, a garota se sentia vazia e profundamente magoada.

Flashback on

— S/n, você nem deveria estar aqui — dizia Ron com uma expressão raivosa.

— É verdade, você deveria ficar com seu irmãozinho, não é? Deveria seguir os passos do seu pai, invés de ficar aqui, fingindo ser nossa amiga.

— Do que vocês estão falando? — ela perguntou, confusa.

— Você é uma comensal da morte! Como seu irmão e seu pai, nos já sabemos, não precisa fingir — Ron continuou jogando aquelas palavras em cima da c/c, que se sentia triste por seus "amigos" pensarem tamanha coisa dela.

— Eu não sou uma comensal — ela gritou — eu não faço parte dos seguidores de Voldemort só por que sou uma Malfoy — ela falou, assustando-os as pessoas não falavam o nome dele assim — vocês deveriam saber disso, mas nem ao menos se deram o trabalho de pensar em mim! Eu não vejo meus pais ou meu irmão a mais de um ano, eu fui deserdada, fui expulsa de casa, meu pai me ameaçou, falou que eu estava do lado errado e quase me lançou uma das imperdoáveis, mas vocês não se lembram, né? Não se lembram do que eu passei quando comecei a namorar o Harry, não se lembram do que eu passei quando lutei contra meu pai e os comensais, não se lembram do que Sirius fez por mim, não se lembram do jeito que ele me ajudou sem nem ao menos me conhecer direito, me ajudou por que se viu em mim, mas vocês são hipócritas demais para lembrarem disso tudo, só sabem julgar os demais, né? — a essa hora lágrimas escorriam dos olhos dela — eu achei que vocês eram meus amigos, mas agora vi que não estão nem perto disso — ela olhou uma última vez para Harry, como se esperasse que ele dissese algo, mas o moreno nem se mexeu — tudo bem, eu entendi.

Flashback off

Agora a C/c lembrava de cada palavra que Hermione e Ron disseram para ela, as palavras “comensal da morte” martelavam pela sua cabeça, como eles puderam pensar aquilo dela? Como Harry pode ficar calado perante a uma coisa dessas, ela estava indignada.

A Malfoy se culpava tanto que nem ao menos viu quando Harry sentou ao seu lado.

— S/n — ele a chamou, tirando-a do transe em que estava.

— O que você quer? — olhou para ele com seus olhos vermelhos pela quantidade que havia chorado.

— Queria pedir desculpas por não te defender das acusações do Ron e da Hermione — ele suspirou — eu falei para eles que você não era uma deles mas eles nem me ouviram, me desculpa, S/n, eu tentei, me desculpa por deixar eles falarem tudo aquilo...

— Harry, você acha que sou seguidora do Voldemort? Acha que eu seria capaz disso? — ela perguntou com a voz carregada de magoa — acha que eu seria capaz de lutar contra você? Só por que sou uma Malfoy?

— É claro que não, S/n, você lutou com a gente, não tem por que duvidar de você — ele falou, tranquilizando-a — eu acredito em você.

— Obrigada, Harry — ela sorriu fraco e o abraçou de lado — eu te amo.

— Eu também te amo, S/a — ele sorriu e beijou o topo da cabeça dela — promete que vai se proteger? — ele perguntou, não queria perde-la de forma alguma — eles vão vir atrás de você agora.

— É claro — ela sorriu — eu sempre fui melhor em duelos do que você — ela riu da cara do Potter.

— Que mentira — ele disse — tá tudo bem, pode ser que seja verdade, mas...eu sou melhor em DCAT.

— Não é não — riu dele.

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