Sou bombeira há pouco menos de um ano, estou no LAFD no posto 118. Estou com meu namorado que também é bombeiro há cerca de 6 meses. Eu ainda não tinha perdido nenhuma vítima, isso até hoje.

"Ei, chefe, tenho um homem inconsciente no terceiro andar, sangrando muito." Falei pelo rádio com meu capitão, Bobby Nash. "Não consigo descobrir se o sangramento é muito forte." Ajoelhei-me pegando dois dedos para verificar seu pulso.

"Como está o pulso dele." Eu o ouvi pelo meu rádio.

"Pulsação fraca, iniciando compressões."

"Entendido."

Comecei as compressões colocando todo o meu foco para manter esse homem vivo até a chegada da ambulância. "Ei, verificação de pulso." Ouvi meu namorado, Buck, correndo pela porta para me ajudar.

"Está desacelerando." Ele olhou para mim com olhos solidários. "Continua." Imediatamente comecei a colocar todos os meus esforços novamente, sabendo que estava ficando sem tempo para salvar este homem. "Fique comigo. Não vou perder você hoje." Meus braços estavam começando a doer e eu podia sentir meus olhos começarem a lacrimejar.

"Verificando o pulso." Buck disse verificando o pulso com o dedo novamente. "Sem pulso." Ele suspirou se levantando.

"Continuando." Recuso-me a deixar este homem morrer sob meu comando. Olhei para o chão e percebi que o sangue estava se acumulando em minhas pernas cobrindo meu uniforme.

"(S/n) você tentou de tudo, me desculpe, mas temos que reportar." Buck disse dando tapinhas nas minhas costas. "Capitão, este é Buck, o homem do terceiro andar está sem pulso, estamos reportando." Ouvi o rádio dele até o nosso capitão, mas não consegui parar. Minha respiração estava pesada e a dor agora era dolorosa.

"Ele se foi, baby, isso não é você desistindo. Você fez tudo que podia para ajudar." Minhas lágrimas caíram rapidamente pelo meu rosto enquanto eu soluçava parando as compressões.

Buck me levantou do chão e agora fiquei na frente dele. "Ele se foi antes de você chegar, isso não é culpa sua." Ele me acalmou.

“Nunca perdi ninguém antes, não pode ser assim.” As mãos de Buck acariciaram minhas costas antes de ele se afastar, dando-me um pequeno beijo na minha cabeça, pegando minha mão para sair da sala.

Esse sentimento era totalmente novo para mim, eu não sabia se algum dia conseguiria fugir disso.