Resumo: Você e Henry estão saindo de férias pela primeira vez, e você espera ficar sozinho. Mas nem tudo corre como planejado.

Avisos: Pura penugem!
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Eu escapei do sol e do calor como alguém que escapa de um monstro de seis cabeças, do conforto do guarda-chuva colorido. Eu já tenho sardas suficientes: sinto muito, mas não há espaço para mais. Eu fecho o livro e empurro os óculos de sol pelo meu nariz. Eu procuro Henry à distância. Lá está ele, mergulhando no mar como uma criança.

Eu sorrio. Este momento, este lugar, é o paraíso. Meu paraíso.

Eu coloco o livro de lado, bebo da minha garrafa de água gelada e tenho coragem de deixar o abrigo da sombra. Eu atravesso a areia enquanto o ar quente lambe minha pele, chegando à costa. Eu estico meu corpo e brinco com a areia molhada nos meus pés, revigorado pelas ondas que vêm para acariciá-los.

Henry se vira para mim e seu sorriso se torna enorme quando ele me vê. Ele atravessa a água lentamente até chegar ao meu lado.

"Ei..."ele diz em voz baixa, quando está ao meu lado. Ele descansa as mãos nos meus quadris, me puxando para mais perto dele. Não é indiferente a mim que seus dedos pressionem minha carne com necessidade.

"Suas mãos estão frias"eu digo a ele, penteando seu cabelo molhado com meus dedos. As mãos dele sobem, seguindo o caminho sob a minha camisa branca.

"Porque a água está fria..." ele murmura, abaixando os lábios até o meu pescoço. Eu o abraço, não me importo que ele esteja encharcado. Ele passa os lábios pela minha pele, mordiscando meu lóbulo da orelha e depois beijando onde seus dentes escovaram contra mim.

O som das ondas não me impede de ouvir seus pequenos sons de prazer. Ele me abraça com força, e eu sinto sua ereção no meu abdômen. Eu suspiro e pego o rosto dele entre minhas mãos, olhando nos olhos dele antes de beijá-lo. Sua língua está quente, e seu beijo é suave e calmo. Seus braços me prendem contra seu corpo, envolvendo-me com tanta força que meus pés saem da areia. Ele morde meu lábio inferior, arrastando-o para baixo enquanto sorri para mim.

"Você quer entrar?"ele me diz sorrindo enquanto levanta uma sobrancelha.

"Só para nadar?" Eu conheço esse olhar, e sei quais são as intenções dele.

A praia está quase deserta, mesmo que o dia seja bonito e quente. E é por isso que escolhemos esta pequena cidade para fazer nossa primeira viagem juntos: uma cidade remota e pequena com quase não turistas, onde ele pode passar despercebido. Onde podemos passar despercebidos.

Ele olha em volta e seu sim foi consertado em um ponto. Ele inclina ligeiramente a cabeça e estreita os olhos, como se estivesse tentando se concentrar em um ponto muito distante.

"Mmmm..." ele rosna.

"O que...?" Eu tento me virar para olhar, mas ele me impede.

"Não"pega meu rosto com as duas mãos e ele me olha nos olhos, envergonhado "acho que há alguém lá em cima."

"Alguém?"

"Com uma câmera."

"O quê?"meu coração acelera "Um paparazzi? Como...?"

"Eu não sei" ele parece sub-repticiamente por cima do meu ombro novamente "Talvez alguém na cidade tenha ligado para eles."

Não, Henry não passa despercebido, nem mesmo aqui. Não na cidade mais lotada, nem na menor cidade. Sua altura, seu rolamento, seu rosto perfeito, seu corpo desmaiar... Mais cedo ou mais tarde, alguém sempre o reconhece.

Eu engulo saliva. Estávamos vivendo por meses um relacionamento idílico e perfeito, apenas entre nós dois. E enquanto conversamos muitas vezes que, em algum momento, alguém iria nos ver e deveríamos viver parte de nossa história na frente das câmeras, implorei a ele que atrasasse esse momento o máximo que pudéssemos. não estou pronto. Acho que não estou pronto. Estou pronto para o mundo saber que estou com ele? Para ouvir e ler o que eles têm a dizer sobre mim por estar com ele e sobre ele por me escolher? Uma garota normal que não se parece nada com o que a mídia espera da namorada de uma estrela de cinema. Estou pronto para que tudo mude? Estou com muito medo de me machucar.

O polegar dele acaricia meu lábio inferior e eu volto à realidade. Os olhos dele procuram os meus e ele me olha insistentemente, sorrindo.

"Eu sei o que você está pensando" sua voz é séria, profunda, mas cheia de ternura "e temos duas opções. Podemos sair daqui sem que ninguém veja seu rosto. Você tem seus óculos de sol, seu chapéu... ninguém saberia quem você é. Ou podemos enfrentá-lo e finalmente dar o passo e dizer ao mundo que estamos juntos. A decisão é sua."

"A decisão é sua também. Eles saberão que você está comigo..."

Eu mordo meu lábio. A brisa leve do mar move meu chapéu. Eu olho nos olhos dele, azul e bonito como o céu ao nosso redor.

"Eu lhe darei algumas informações que podem ser úteis para você decidir" ele faz uma pausa e sussurra "eu te amo."

"Você faz?" é a única coisa que sai da minha boca. Nós nunca tínhamos dito isso em voz alta, e suas palavras me surpreendem. Ele ri de uma risada saudável.

Eu sorrio de volta. Eu fico na ponta dos pés e me enforco em volta do pescoço dele para beijá-lo, esquecendo tudo o que me incomodava antes. Seus braços me pegam e ele me levanta de volta para o ar, e eu envolvo minhas pernas em volta da cintura dele para me sustentar. Meu chapéu vai voar.

"Eu também te amo" Eu digo a ele sem tirar meus lábios dele, incapaz de esconder meu sorriso.

"Espero que aquele cara lá em cima esteja tirando boas fotos. Eles serão ótimos para contar aos nossos filhos um dia como seu pai declarou à sua mãe em uma praia deserta."