☠️¹𝕃𝕚𝕞𝕚𝕥𝕖 𝕕𝕠 𝕕𝕖𝕤𝕖𝕛𝕠 (Bruce Wayne)
Palavras: 4091
S/n (Mulher cis): Rosalind. Cabelo longo quase branco, olhos azuis e corpo sem muitas curvas
Contexto: Bruce está casado a muito tempo com Diana e precisa de um pouco de diversão extra conjugal, o que ele não esperava é que a adolescente que ele contratou fosse a mesma que era sua secretária
Gatilhos: Traição; Pedofilia; Manipulação de menor de idade; prostituição infantil
A noite caía sobre Gotham, mergulhando a cidade em um manto de sombras e luzes brilhantes. Bruce Wayne, um homem acostumado a carregar o peso do mundo sobre os ombros, sentia-se sufocado em sua própria vida. O relacionamento com Diana, uma mulher que ele amava profundamente, parecia ter entrado em um marasmo, preso em uma rotina que não trazia mais a emoção que um dia tiveram. Ele se lembrava dos momentos intensos, das risadas e das aventuras compartilhadas, mas agora tudo parecia distante, uma memória envolta em uma neblina de complacência.
Em busca de algo que reacendesse a chama em seu coração, Bruce decidiu que precisava de diversão. Não uma diversão qualquer, mas algo que o fizesse sentir-se vivo novamente. O desejo ardente de recuperar sua juventude o consumia, e ele ansiava por um momento de adrenalina, algo que o tirasse da monotonia de sua vida como empresário e vigilante. Contudo, ele não buscava uma mulher infantil; Bruce não era um pedófilo. O que procurava era uma mulher que pudesse despertar em sua essência aquele jovem ousado e destemido que um dia fora, uma adolescente para o fazer se sentir como um de novo.
Bruce delegou a tarefa a um de seus secretários, alguém de confiança que pudesse encontrar a jovem certa para ele. A ideia de contratar alguém parecia arriscada, mas ele precisava disso e naquela cidade recheada de crime, não era tão complicado para um homem como ele encontrar uma garota da noite que fosse mais jovem. Ele escolheu um hotel de luxo, um lugar onde sabia que a confidencialidade era garantida, longe das suspeitas de Diana. No fundo, Bruce sabia que isso era uma traição, mas a angústia de sua vida atual o empurrava para essa decisão.
Quando chegou ao hotel, uma mistura de excitação e ansiedade percorria seu corpo. Ele se sentia um adolescente novamente, em busca de uma experiência proibida que o fizesse se sentir vivo. Naquele instante, a sombra do homem que ele era, o Cavaleiro das Trevas, parecia se dissipar, dando lugar a um Bruce Wayne que apenas desejava escapar da dor da rotina.
Ele adentrou o elegante saguão, a luz suave refletindo em sua expressão determinada. Havia algo de sedutor e perigoso no que estava prestes a fazer, e, mesmo que a culpa o consumisse, a esperança de redescobrir a emoção e a paixão o fazia seguir em frente.
O quarto era bonito, um típico quarto de luxo de um motel tal como seria o esperado, ele apenas precisava se sentar na cama e esperar que a garota aparecesse na porta, seriam apenas alguns minutos de espera. E assim que a porta do quarto finalmente Se abriu os olhos de Bruce se arregalaram ainda mais que os dela ao realizar quem seria aquela garota que fora contratada para ele.
Merda merda merda! Ela podia contar isso a Diana, podia espalhar que ele estava traindo a esposa com uma prostituta! E ainda por cima uma prostituta menor de idade! Isso era o fim.
- Porra.... - ele ofegou
Não tinha como não ser ela, mesmo que não tivessem tido longas conversas - ou qualquer conversa na verdade - aquele era o rosto da secretária que trabalhava meio período para ele. Era uma adolescente bonita de boas notas, com lindos cabelos loiros quase platinados e olhos azuis tão belos que ele mesmo admitia já ter olhado uma ou outra vez, ela estava ali e mesmo que estivesse sem aquelas roupas profissionais, ele poderia a reconhecer.
A atmosfera no quarto era tensa, com uma expectativa palpável pairando entre os dois. Bruce Wayne observava a jovem à sua frente, uma mistura de surpresa e confusão conturbando sua mente. Ele se lembrava de quando a conhecera, uma garota de apenas 16 anos, uma menina respeitosa e bem educada. Havia algo naquela situação que o fazia sentir-se desconfortável, mas a adrenalina pulsava em suas veias, um lembrete de que ele era mais do que um simples bilionário.
A jovem se aproximou, sua presença preenchendo o espaço entre eles, mas Bruce manteve seu olhar fixo no chão por um momento, tentando organizar os pensamentos. Ele podia sentir a pressão de seus próprios conflitos internos, mas estava determinado a manter a expressão impassível.
Finalmente, ele quebrou o silêncio, a voz soando como um sussurro forçado.
- Quando descobrem sua idade...
A pergunta saiu mais como uma confissão de sua própria luta interna do que uma indagação real. Bruce estava tentando processar a situação. Ele a encarava de cima abaixo, seu olhar perscrutador tentava decifrar o que estava acontecendo, os olhos percorrendo aquele belo corpo, as curvas delicadas que eram visíveis por conta do vestido preto justo, mas que não era vulgar já que o casaco de couro cobria tudo que fosse demais para ser visto. Como um homem que sempre estava no controle, agora se via vulnerável.
- Quantos anos você tem? - ele perguntou, o tom mais direto, mas ainda envolto em hesitação.
- Você já sabe a resposta - a jovem respondeu, com um sorriso amargo, como se sua afirmação estivesse impregnada de uma verdade dolorosa.
A confirmação fez o sangue de Bruce ferver, uma mistura de raiva e incredulidade passando por seu corpo. Até aquele momento, ele ainda tentava acreditar que era tudo um pesadelo, mas a realidade o esmagava com um peso insuportável. Ele mordeu o lábio, fechando os olhos por um breve instante, buscando algum tipo de clareza em meio ao caos.
- Merda... - ele finalmente murmurou, encarando-a novamente, os olhos carregando a frustração e o desespero da situação. - Você tem noção de que é menor de idade, certo? - questionou, tentando manter a calma, mas a irritação transparecia em sua voz.
Ela desviou o olhar, um sorriso sardônico se formando em seus lábios.
- Sei, na verdade, pagam mais caro ainda por conta da minha idade... Assim como você pagou mais caro por conta disso.
Aquelas palavras cortaram Bruce como uma lâmina, revelando a dura realidade de sua decisão. Ele havia buscado uma fuga, uma forma de reviver a adrenalina da juventude, mas agora se via preso em uma situação grotesca. O constrangimento o invadiu, mas ele fez o possível para esconder suas emoções.
- Você tem consciência de que isso é errado? - ele comentou, a voz firme enquanto se inclinava para ela, seu olhar se tornando um pouco mais intenso.
- Não tão errado quanto comprar uma garota mais nova para trair a esposa - ela disparou, suas palavras cortantes atingindo um nervo exposto em Bruce. A frustração crescia dentro dele, enquanto ele tentava processar a verdade daquelas afirmações.
- Eu não sabia que era você! - ele retrucou, a defensiva tomando conta, como se a falta de reconhecimento fosse uma justificativa.
- E eu não sabia que seria você... - ela respondeu, cruzando os braços, a tensão no ar quase palpável. - Vai querer continuar o programa? - a provocação pairava entre eles, e Bruce, finalmente, se lembrou do motivo de estar ali. Mas agora, a ideia parecia absurda.
Ele se afastou, o impulso de se afastar o dominando.
- Não... De forma alguma. - A negativa soou mais como um lamento do que uma afirmação.
Sentou-se na cama, olhando fixamente para o chão, o peso da decisão afundando sobre seus ombros. Bruce apoiou a cabeça na mão, respirando fundo enquanto tentava juntar os pedaços de sua mente em desordem.
- Quantas vezes você faz isso? - ele perguntou, virando o rosto para ela novamente, a curiosidade misturada à preocupação.
- Não falo sobre esse trabalho, mesmo com clientes... Mas e você? Gosta de garotinhas ou só queria experimentar uma que estivesse em idade de consentir? - A pergunta a pegou desprevenido, a indignação flamejando em suas veias. Ele fechou a mão em um punho, os olhos azuis fulminando-a com um olhar perigoso.
- Não sou um pervertido. - Afirmou, a voz carregada de firmeza.
- Nunca disse que era... Relaxa, meus clientes são metade homens pedófilos que não querem cometer um crime ao ficar com crianças e a outra metade que quer a adrenalina de estar com uma menor. Não tô te julgando por isso.
Bruce revirou os olhos, buscando manter a calma, a confusão crescente dentro de si. Ele nunca imaginou que passaria por algo tão perturbador.
- Como alguém tão inteligente quanto você decide usar seus talentos dessa forma, ao invés de... - fez uma pausa, buscando as palavras. - Estudar? Entrar em alguma faculdade? Ter uma vida normal?
- Eu *tenho* uma vida normal - ela respondeu, revirando os olhos. - Eu vou pra escola, tiro boas notas, trabalho como sua secretária como jovem aprendiz. Eu faço sim essas coisas.
Ela se aproximou da cama, curvando-se para olhar diretamente nos olhos dele.
- Você não respondeu minha pergunta, você é um pedófilo ou só é tarado? Porque você sabe que pra achar uma garota mais nova como eu, tem que procurar bem por isso, você não contratou uma menor "sem querer".
O rosto de Bruce escureceu ainda mais com a provocação, sua mente começando a perceber a realidade em que se metera. Ele mordeu o lábio, reconhecendo que, de certa forma, estava também jogando com fogo.
- Eu não sou nenhum pervertido... - ele insistiu, cruzando os braços em um gesto defensivo.
- Então é pedófilo? - a indagação ecoou pelo quarto, sua provocação ecoando nas paredes.
Bruce estava prestes a perder a calma, a frustração transbordando em seu interior.
- Eu te disse que não sou nenhum pervertido! - ele exclamou, a voz mais alta, mas ainda tentando manter o controle.
- Ser pedófilo e ser pervertido são coisas diferentes. - A verdade soou clara e firme, levando Bruce a um momento de introspecção. Ele fechou os olhos, tentando organizar os pensamentos em meio à confusão.
Bruce percebeu a lógica em suas palavras, um nó se formando em seu estômago.
- Então qual é a diferença? - ele indagou, a frustração começando a se dissipar, enquanto tentava entender a linha tênue entre o que era moralmente aceitável e o que não era.
- Pedófilos sentem atração sexual por crianças e menores de idade; pervertidos têm alguma tara sexual ou desejo sexual maior do que só gostar do sexo mais monótono. - A explicação parecia fazer sentido, mas a confusão ainda pairava sobre sua mente.
- E eu sou o que, na sua opinião? - ele perguntou, a voz mais baixa, quase como um sussurro.
- Acho que você é pervertido, quer a adrenalina de estar com uma "ninfeta", mas não sente atração por crianças. Se eu não tivesse corpo de mulher, duvido que conseguiria te deixar de pau duro - respondeu, desinteressada, mas sua afirmação tinha um peso que não podia ser ignorado.
O moreno abre os olhos lentamente ao ouvir as palavras da jovem, voltando seu olhar para ela enquanto tenta absorver e processar todas as informações.
Era difícil.
Ele morde o lábio novamente, sua mente percorrendo os últimos momentos e finalmente percebendo que ela estava certa. Então, ele desvia o olhar para o chão.
Ele direciona seu olhar para a janela, que revela a visão da cidade de Gotham a partir do hotel de luxo, era uma bela vista se você gostasse de uma cidade grande a noite.
- O que vai fazer agora? - pergunta, sem olhar para ela.
- Seu assistente já me pagou por duas horas, então vou fazer o que você quiser que eu faça.
Um pequeno suspiro de frustração escapa dos lábios de Bruce. Essa era uma situação complicada. Ele desvia o olhar para a jovem novamente.
- Podemos, pelo menos, conversar? Sem nenhum tipo de contato físico. Apenas conversa.
A pergunta dele faz Rosalind sorrir levemente, uma expressão que contradizia a seriedade do momento. O som da risada dela faz o canto da boca de Bruce se elevar levemente enquanto a observa se sentar ao seu lado na cama.
- Claro, podemos só conversar sim... Muitos homens me procuram só para poder desabafar, eles gostam de ser ouvidos.
Seu comentário provoca um leve rubor em suas bochechas, que ele tenta ignorar.
- Eu imagino... - responde, encarando o carpete de lã.
Um momento de silêncio se segue enquanto ele hesita em formular suas próximas palavras. Bruce parece concentrado, sua expressão neutra, mas sua mente trabalha para entender toda a situação. Finalmente, ele se volta para ela novamente.
- De onde veio o seu nome?
A pergunta sai de sua boca de forma sincera e curiosa, como se estivesse tentando distrair-se da gravidade do que estava acontecendo.
- Minha mãe amava rosas, eram as flores favoritas dela e ela sempre as recebia do meu pai. Eu fui um bebê arco-íris, então ela dizia que meu pai tinha dado outra rosa para ela. Daí veio o nome Rosalind, porque, para ela, eu era uma rosa linda. Juntou rosa com linda, Rosalinda, mas não gostaram do nome Rosalinda e tiraram o "A", dai ficou Rosalind.
A história a faz parecer ainda mais jovem do que ele imaginara, chamando a atenção de Bruce, que não pode evitar de sentir uma pontada de culpa. Ele leva a mão ao rosto, revelando consternação.
- É um nome bonito... - comenta, fechando os olhos novamente.
Depois de um momento de silêncio, Bruce abre os olhos mais uma vez.
- Quantos anos você tem?
Dessa vez, a pergunta parece mais direta.
- Faço 17 em dois meses.
As palavras quase fazem o rosto de Bruce se contorcer em desgosto. Ele fecha a mão em um punho, obrigando-se a manter a calma. A imagem de um pedófilo ainda não havia desaparecido de sua mente. Ele solta a respiração e observa o rosto dela, estudando cada detalhe.
- O que faz na escola?
- Normalmente, passo meu tempo sozinha quando não estou em aula. Não sou uma nerd que fica na biblioteca, mas também não sou uma garota popular que está sempre com os amigos. Eu fico no meu canto, mexendo no celular.
Bruce observa enquanto ela fala, impressionando-se consigo mesmo por só perceber agora sua aparência jovem. Ela era bonita, ainda mais com o uniforme de secretária que usava na empresa. A imagem do uniforme o faz se remexer ligeiramente, mas ele tenta mascarar essa reação. Seu olhar retorna ao rosto dela, enquanto tenta ignorar pensamentos mais escusos. Ele finalmente pergunta:
- Como conseguiu este emprego como minha secretária?
- Foi fácil. Eu estava procurando trabalhos de meio período por um bom tempo, vi uma vaga em uma empresa de tecnologia. Fui tentar para auxiliar de T.I., mas me confundiram para a vaga de secretária.
A explicação parece fazer sentido para Bruce, que continua a observá-la enquanto ouve sua história, tentando ao máximo ignorar seu corpo envolto no vestido preto justinho. Ele desvia o olhar para o chão, pensando em outro assunto.
- Gosta de trabalhar para mim? - pergunta, com uma expressão estranhamente séria.
- O salário é ok, os colegas não são irritantes e o trabalho em si não é a coisa mais difícil do mundo, só complicado. Então, acho que gosto sim.
Bruce permanece em silêncio por um momento enquanto ouve sua opinião sobre o trabalho, mantendo a expressão séria. Ele cruza os braços, tentando formar as palavras na mente. Finalmente, fala.
- Gosta de mim?
- Acho que nunca chegamos a ter uma conversa realmente, então não sei. Você não é um chefe ruim, mas não te conheço bem o suficiente para saber se gosto ou não de você. Não te acho ruim.
O comentário faz Bruce refletir. Ela estava certa. Eles nunca haviam conversado de verdade, apenas trocas breves sobre trabalho. Mesmo agora, ele não sabia nada sobre ela, além de seu nome, idade e agora que era uma prostituta. Essa frustração era uma constante em sua mente.
Depois de um momento de silêncio, Bruce respira fundo e faz a pergunta que o atormentava desde o princípio.
- Você já teve um namorado?
- Nunca namorei seriamente. Já tive um namorico por umas semanas quando era mais nova, mas nunca um relacionamento.
A possibilidade de ela nunca ter tido experiência romântica reforça a culpa que Bruce sente, enquanto olha para o chão. Apesar disso, ele tenta manter a conversa.
- E ficou com alguém?
- Já fiquei em algumas festas, mas nunca dormi com alguém que não fosse do trabalho.
Ela se sentia um pouco ridícula ao afirmar isso, percebendo quão estranha era sua situação: uma prostituta que ainda assim tinha uma vida particular tão casta.
O comentário de Rosalind chama novamente a atenção de Bruce, que eleva o olhar para ela, demonstrando ainda mais interesse. Ele permanece em silêncio por momentos, cruzando os braços enquanto morde o lábio, refletindo sobre o que dizer. Finalmente, ele faz uma pergunta, a voz um pouco mais rouca desta vez:
- E de uma forma hipotética, você se considera virgem ainda?
Ela trava. A pergunta a faz desviar o olhar para o chão, sem saber como responder. Ela nunca havia pensado sobre isso, mas faz sentido se considerar virgem, já que suas experiências foram forçadas ou relacionadas ao trabalho. Por outro lado, era claro que já tivera relações sexuais, muitas vezes e com vários homens.
- Eu... - engole em seco - não sei, talvez...
Bruce observa a mudança repentina na expressão dela, notando a hesitação e a insegurança em sua voz. Ouvir Rosalind falar sobre o assunto provoca uma sensação estranha em seu peito, uma mistura de atração e culpa. Ele permanece em silêncio, apenas a observando.
- Acho que eu nunca parei pra pensar sobre isso antes... Mas se eu desconsiderar esse trabalho, então sim, eu sou virgem ainda.
A confirmação faz um pequeno suspiro escapar do peito de Bruce, enquanto ele processa suas palavras. Ele morde o lábio novamente, refletindo, antes de formular a próxima pergunta:
- E se contasse com este trabalho?
- Ahah, daí eu seria uma vadia rodada.
Ela se encolhe levemente, e Bruce a observa enquanto reflete sobre suas palavras. A conversa parece envolvê-lo, misturando suas emoções. Ele se mantém em silêncio por um momento, organizando seus pensamentos.
- Você se considera atraente?
- Hum... Mais ou menos... Eu acho que devo ser considerada atraente, mas não sei se me considero bonita. Atraente e bonita são coisas diferentes.
Bruce fixa o olhar nela, observando cada detalhe enquanto ela fala. Suas palavras o fazem discordar internamente. Finalmente, ele responde:
- Você definitivamente é mais do que só atraente, e você também é bonita, muito.
Ele tenta evitar olhar para o corpo dela enquanto fala, mas é difícil ignorar suas curvas sob aquele vestidinho curto. Bruce morde o lábio enquanto continua encarando seu rosto. Ele então pergunta:
- Você sabe qual é o seu maior atrativo?
- Não, qual é? - pergunta ela, curiosa, se aproximando levemente, mas sem invadir seu espaço pessoal.
Bruce a observa enquanto ela se aproxima, mantendo a distância entre eles. Depois de um momento de silêncio, decide ser sincero:
- Seus lábios...
Um pequeno sorriso surge no rosto dela enquanto leva os dedos até os lábios.
- Por quê?
Ele permanece encarando seu rosto enquanto a vê tocar suavemente os lábios. O simples gesto faz o pulso de Bruce acelerar. Após um momento de silêncio, ele responde:
- Eles são naturalmente atraentes. Perfeitos, mesmo.
Uma sensação estranha percorre o corpo de Bruce à medida que a atração por ela aumenta. Ele finalmente pergunta, com a voz rouca:
- Posso fazer uma pergunta pessoal?
- Pode, pode sim.
Bruce hesita, tentando formular a pergunta. Finalmente, ele pergunta, ainda focado em seus lábios:
- Qual o gosto dos seus lábios?
- Maçã verde - responde ela, sem hesitar, e sorri - porque estou com um gloss de maçã verde e masquei um chiclete do mesmo sabor.
O comentário faz Bruce sorrir, e a facilidade com que ela responde aumenta sua atração por ela. Ele a observa, admirando seu rosto. Não consegue resistir e pergunta:
- Poderia... provar?
- Pode sim.
A simplicidade do "sim", dito com sua voz doce, faz o sangue de Bruce esquentar. Ele respira fundo, lutando contra o desejo que surge, mas finalmente decide ceder. Ele se vira na direção dela, mantendo a distância, mas levantando a mão para acariciar delicadamente seu maxilar.
Rosalind fecha os olhos, esperando pelo beijo.
O gesto provoca uma reflexão em Bruce, mas a vontade que sente toma conta. Ele tenta resistir por um momento, mas logo se aproxima, colocando a outra mão em sua cintura, puxando-a levemente enquanto seus lábios se encontram.
O beijo é suave, mas com um desejo implícito. Bruce pressiona novamente os lábios contra os dela, a língua buscando entrada. Ele mantém as mãos na cintura e no maxilar, aprofundando o beijo.
Os lábios de Rosalind têm o gosto de maçã verde, como ela havia mencionado, e ele não se contém em explorar cada canto de sua boca, puxando-a ainda mais para si, aproximando-se.
Nas próximas uma hora e meia, Bruce a beija, acaricia, toca e se move contra ela, trocando elogios e apreciações. Para ele, era apenas trabalho. Embora tenha sido bom, era apenas isso.
Quando finalmente sua hora chega ao fim, Bruce está deitado na cama, cansado, mas ainda desejando manter os braços em volta dela. Contudo, ela se afasta para sair e tomar um banho, tentando remover os vestígios do encontro.
Bruce a observa enquanto ela sai do quarto, sua mente ainda nebulosa com o que havia acontecido. Ele continua apoiado na cama, ouvindo o som da água do banheiro, tentando recobrar a razão.
O banho de Rosalind não dura mais de 15 minutos, e logo ela retorna, vestindo um vestido preto justo, um casaco de couro e sapatos All Star azuis. Era uma roupa simples, mas que a fazia parecer bonita o suficiente para o trabalho noturno.
Bruce a observa sair do banheiro. O visual provocante a faz parecer ainda mais tentadora, mas o sentimento de culpa dentro dele aumenta. Ele tenta formular as palavras em sua mente antes de finalmente falar, sentando-se na cama.
- Onde você está indo agora?
- Nosso tempo acabou, então acho que vou passar na cafeteria aqui perto e ir pra casa. Já está tarde e eu tenho toque de recolher.
A forma como ela responde o faz sentir um aperto no peito, lembrando-o de que ela ainda era uma adolescente. Ele a observa se vestir, o peso da realidade pesando sobre ele.
- Se eu chegar depois da meia-noite, minha mãe fica preocupada, então só faço programa até às 10 para poder chegar em casa no horário.
O comentário só intensifica a culpa que ele sente. Bruce a observa arrumar a roupa, pensando na rotina dela. Finalmente, ele pergunta, se aproximando:
- Você faz programa todos os dias?
- Não todos. Faço umas três vezes por semana, uns quatro por noite, mas em época de prova, faço só uma vez por semana. Quero me manter na média.
Ouvir isso faz Bruce sentir como se seu peito estivesse sendo esmagado. Ele permanece atrás dela, tentando articular uma resposta, respirando pesadamente. Por fim, pergunta:
- E sempre com estranhos ou alguns clientes frequentes?
Rosalind se vira para encará-lo no espelho e sorri.
- Por quê? Quer ser um cliente frequente meu?
A pergunta direta faz o coração de Bruce disparar. Ele hesita, tentando encontrar as palavras certas, mas finalmente morde o lábio, respondendo enquanto fixa o olhar nela:
- Talvez.
- Não vejo porque não. Só espero que saiba separar as coisas. Não vou fazer esse tipo de coisa enquanto estiver no escritório - ela se volta para ele, passando os braços por seus ombros - e espero que você não espere que eu faça essas coisas dentro da empresa, em horário de trabalho ou no meu tempo livre.
As palavras dela trazem um alívio a Bruce. Ele continua a encará-la, sentindo a atração intensificada, mas também a necessidade de manter a razão. Ele responde:
- Não. Isso pode ficar só debaixo das cobertas.
A frase carrega um peso que ressoa entre eles, enquanto ele analisa seu rosto. Bruce finalmente pergunta, fixando os olhos nela:
- Posso te fazer uma pergunta íntima?
- Pode sim.
Ele a observa, preparando-se para fazer a pergunta que o atormenta. Após um momento de silêncio, respirando pesadamente, ele pergunta:
- Quantos anos você tinha quando começou... tudo isso?
- 15.
A resposta faz o peito de Bruce apertar ainda mais. A ideia de alguém tão jovem se envolver nesse trabalho aumenta sua culpa. Ele permanece em silêncio, lutando para encontrar as palavras certas. Por fim, pergunta, tentando manter a voz firme:
- E por que você decidiu começar? Você precisava?
- Eu queria comprar coisas que as outras meninas tinham e achei que seria uma forma fácil de ganhar dinheiro, mas não é algo que eu converse sobre.
Ela se afasta dele, ajeitando a bolsa no ombro antes de lhe dar um último sorriso.
- Nos vemos no trabalho, Bruce.
O comentário dela pesa em seu coração enquanto a observa se preparar para ir embora. Ele morde o lábio novamente, sentindo a culpa aumentar, controlando a vontade dentro de si antes de responder.
- Claro. Tenha uma boa noite... Eu te vejo amanhã.
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