🍺 CHICO MOEDAS - Parte 2 (final)

3467 palavras

Abri a porta, entrando no apartamento enquanto Chico me seguia.

— Voltei, mãe. — Falei ao vê-la no sofá, assistindo Discovery Home&Health.

— Francisco! — Ela fala animada, levantando-se do sofá, ao ver o moreno, ignorando completamente que eu também estava lá — Não precisava vir tão cedo, mas que bom que você aceitou meu convite! — Disse envolvendo ele em um abraço.

Mesmo que eu estivesse irritada, eu sabia que minha família amava o Chico. Com o tempo, quando alugamos esse apartamento, ele foi se envolvendo mais com a minha família, já que foi quase o mesmo período em que ele também se mudou para cá e não conhecia tanta gente assim.

Minha mãe sempre tratava ele como parte da família, então eu no fundo sabia que não conseguiria evitar ele por muitos dias nessa viagem.

— É claro que eu vim ajudar, né? — Fala mostrando a sacola nas mãos. Ele caminha até a cozinha, que era em aberto com a sala, e coloca a sacola na mesa — Comprei algumas peças de picanha pra gente assar. Cadê o Seu Paulo? — Pergunta por meu pai.

— Deve estar por aí falando com os amigos dele — Respondo, enquanto começo a preparar alguns ovos para comer.

— Sim, ele foi comprar carvão mas não voltou ainda, creio que esteja mesmo falando com os vizinhos lá embaixo — Minha mãe confirma, olhando as carnes — É muita carne, Francisco. Não precisava.

— Sabe que eu não me importo com isso, Rita. — Senta à mesa, me encarando com um sorrisinho no rosto, enquando eu colocava os ovos no pão — Mas fiquei surpreso que a Cê não sabia que eu vinha.

— Essa menina é uma mal educada — minha mãe disse, seu tom leve e despreocupado. Eu sabia que ela não tinha intenção de me magoar.

— Mãe! — Respondi, com uma mistura de frustração e constrangimento.

— Vocês se conhecem há tanto tempo e agora ela fica toda esquisita, chamei e chamo outras vezes se for preciso — ela disse, como se estivesse tentando mediar a situação.

Antes que eu pudesse inventar algo para me defender, ouvimos a porta da sala se abrir.

— Cheguei com o carvão!

A voz grave do meu pai ressoou pela sala, interrompendo a tensão crescente. Ele entrou com um sorriso no rosto, segurando o saco de carvão com uma mão enquanto equilibrava uma sacola com algumas cervejas na outra. Seu semblante alegre era um contraste gritante com o clima pesado que eu estava sentindo, e por um breve momento, fui grata pela distração.

— Chico! — Meu pai exclamou ao ver o moreno sentado à mesa. Ele colocou o carvão no chão e foi direto cumprimentá-lo com um abraço caloroso. — Que bom que você veio, rapaz! Achei que ia me abandonar no churrasco hoje.

— Eu jamais faria isso, Seu Paulo. — Chico respondeu com um sorriso fácil, retribuindo o abraço com a mesma energia. — Trouxe umas picanhas boas para a gente assar.

Meu pai olhou para a sacola na mesa e acenou com a cabeça em aprovação, sem perceber o clima estranho entre mim e Chico. — Isso sim é presente de amigo. Vai ficar uma maravilha. — Ele então se virou para mim, ainda sorrindo. — Foi correr hoje, princesa? — Deposita um beijo em minha cabeça

O que me incomodava não era apenas a presença dele, mas a maneira como ele parecia se encaixar perfeitamente na dinâmica da minha família, mesmo depois de tudo. Era como se ele nunca tivesse saído, como se os últimos meses de afastamento fossem apenas um borrão insignificante.

A pergunta do meu pai, acompanhada pelo beijo em minha cabeça, trouxe um calor familiar, mas também acentuou a tensão que eu estava tentando ignorar. Ele sempre me chamava de "princesa", mesmo depois de tantos anos.

— Fui sim, mas sem você é muito mais sem graça — Falo fazendo drama

Meu pai riu, aquele riso caloroso que sempre me acalmava. Ele era o tipo de pessoa que irradiava alegria onde quer que fosse, e sua energia costumava ser contagiante.

— Ah, minha princesa, hoje eu perdi a hora... — Ele respondeu, dando um tapinha de leve no meu ombro. — Mas você sabe que esses joelhos já não são os mesmos, preciso de um pouco mais de incentivo.

— Incentivo? — Minha mãe entrou na conversa, ainda mexendo nas carnes que Chico trouxera. — Você sempre arranja uma desculpa, Paulo. E olha só, até a Cecília já tá correndo sozinha por aí, enquanto você fica no sofá assistindo futebol!

— Exagero! — Meu pai protestou, levantando as mãos em defesa. — Eu até corri outro dia... mas você sabe, o futebol é importante para o coração.

Chico riu, acompanhando a leveza do momento, e por um instante, até eu me deixei levar. Era como se tudo estivesse bem de novo, como se fôssemos apenas uma família normal, preparando um churrasco no fim de semana. Mas a realidade estava ali, persistente, no fundo da minha mente.

— Vem, Chico. Vamos preparar aquela churrasqueira, antes que as coisas se compliquem mais ainda pro meu lado

Chico sorriu, se levantando da cadeira com um movimento ágil, como se estivesse aliviado por poder sair da cozinha e deixar para trás, pelo menos por um momento, o peso das palavras não ditas entre nós. Ele deu um leve tapinha nas costas do meu pai, como se fossem parceiros de longa data, e juntos, os dois se dirigiram à varanda onde a churrasqueira os aguardava.

Observei-os enquanto eles iam, o jeito descontraído com que Chico se movia, a maneira como ele parecia se adaptar tão facilmente à rotina da minha família. Era como se o tempo não tivesse passado, como se ele ainda fosse aquela presença constante, o amigo que todos adoravam. Mas, para mim, era diferente. Eu via todas as rachaduras na superfície, as feridas que ainda não tinham cicatrizado.

Enquanto eles preparavam a churrasqueira, minha mãe se aproximou de mim, um sorriso compreensivo no rosto. Ela sempre conseguia ler nas entrelinhas, mesmo quando eu tentava esconder.

— Ele mexe com você, não é? — Ela perguntou suavemente, mantendo a voz baixa para que só eu pudesse ouvir.

Olhei para ela, surpresa e um pouco envergonhada — Nossa, mãe. Claro que não — Imito um arrepio — De onde tirou essas coisas? Que horror.

Ela ri, organizando as carnes numa vasilha colocando o sal — Eu vejo como ele fica te olhando. Seu pai pode não perceber, mas eu não sou cega.

Levanto da mesa, rapidamente — Eu não preciso ficar ouvindo essas coisas... Eu vou... Vou tomar banho. — Digo envergonhada, enquanto minha mãe ria da situação.

— Gosto dele, é um bom rapaz! — Ela fala, enquanto eu saio da cozinha.

Eu saí da cozinha, tentando ignorar o calor crescente no meu rosto e a confusão dentro da minha mente. O corredor parecia interminável enquanto eu me dirigia ao banheiro.  Era difícil lidar com a presença de Chico, principalmente depois de eu ter mandado, em alto e bom som, ele se fuder.

Levo a mão ao rosto envergonhada, assim que entro no banheiro.

— Você poderia ter dito isso no dia de ir embora, Cecília — Resmungo para mim mesma, tirando as roupas da corrida.

O que eu não conseguia entender era por que ele ainda tinha esse efeito em mim, mesmo depois de tanto tempo. A maneira como ele interagia com minha família, como se nunca tivesse saído, me fazia questionar se eu estava exagerando ou se, de fato, ele havia deixado uma marca mais profunda do que eu estava disposta a admitir.

Depois de algum tempo no chuveiro, saí, me vestindo de maneira casual e tentando acalmar o ritmo acelerado do meu coração. Com uma tentativa de retomar o controle da situação, fui até a sala, onde meu pai e Chico estavam preparando a churrasqueira. O cheiro do carvão e das carnes sendo temperadas era quase reconfortante, e a visão de meu pai com um sorriso satisfeito me trouxe uma sensação temporária de normalidade.

Chico estava com o rosto um pouco ruborizado pelo calor, enquanto mexia nas carnes já assadas no balcão. Ele estava completamente à vontade, o que apenas destacava o contraste com a minha tensão interna. Quando ele me viu, seu sorriso se ampliou, e ele fez um gesto de saudação.

— Prova isso! — Ele falou, ainda olhando para mim, com um garfo apontado em minha direção com um pedaço de carne.

Eu me aproximei, tentando pegar o garfo de sua mão, mas ele não deixou. Em vez disso, apontou o garfo em direção à minha boca, como se fosse um gesto de brincadeira.

— Tá sujo. Vai, abre a boca.

Aquele gesto casual, quase íntimo, fez com que um arrepio percorresse minha espinha. O olhar dele, cheio de confiança e um toque de desafio, me fez hesitar por um momento. Era um gesto simples, mas carregado de uma familiaridade desconcertante.

— Chico, não estou com fome — tentei protestar, mas a ideia de recusar o convite dele, especialmente com a forma como ele estava insistindo, parecia mais complicada do que eu imaginava.

— É só um pedaço de carne, não vai matar ninguém. — Ele insistiu, mantendo o garfo firme, com um sorriso que misturava diversão e um toque de provocação.

Finalmente, cedi, abrindo a boca um pouco relutante. Ele inseriu o pedaço de carne, e eu o mastiguei, tentando esconder o sorriso involuntário que surgiu ao sentir o sabor suculento. Mesmo com a tensão ainda pairando entre nós, esse simples gesto trouxe de volta uma parte do que costumava ser normal entre nós.

— E aí? — Chico perguntou, olhando para mim com um sorriso satisfeito. — Está bom?

Fiquei com a sensação de que ele estava tentando quebrar o gelo, de uma forma que só ele sabia fazer. Respirei fundo, tentando manter a compostura.

— Está ótimo — admiti, com um sorriso forçado, mas genuíno.

Ele fez um gesto de conquista, seguido de um "isso!" sussurrado, o que me fez rir. Ele sorri para mim, mas seu olhar logo vai para detrás de mim. Ele me cutuca sorrindo, para que eu também olhe a cena que ele está vendo.

Virei-me e encontrei meus pais dançando pagode na sala de estar, totalmente imersos na música e no ritmo. Meu pai, com um sorriso largo, estava abraçado com minha mãe, que ria e tentava acompanhar os passos do ritmo animado. A cena era ao mesmo tempo engraçada e adorável, uma típica expressão do amor e da alegria que permeava nossos encontros familiares.

— Olha isso — Chico comentou, sua voz cheia de divertimento. — Seus pais são um show à parte.

Eu não pude deixar de sorrir ao ver a cena. Era uma visão rara e encantadora, um lembrete do quanto minha família valorizava esses momentos simples juntos. A forma como eles dançavam, despreocupados e felizes, trouxe uma sensação de normalidade e calor ao ambiente.

— Eles sempre foram assim — falei, tentando disfarçar a emoção que estava começando a emergir. — Não perdem a chance de se divertir.

— Eles parecem muito com você — Diz suave e sinto de novo, meu corpo arrepiar.

— Que cheiro bom! — Meu irmão fala, assim que entra em casa, com uma toalha e roupa de banho. Enviando seu olhar diretamente para a varanda — Chico? Não sabia que estava aqui! Eu... Vou tomar um banho e volto depois — Disse indo direto para dentro da casa.

Ele ri — Pelo visto sua mãe fez surpresa pro seu irmão também — Fala baixo.

— Ele é seu fã — Falo, voltando para dentro de casa, deixando ele sozinho novamente na varanda.

Chico sorriu, observando enquanto eu entrava novamente na casa. Ele parecia relaxado, talvez aliviado por eu estar começando a me abrir um pouco mais. O ambiente estava se aquecendo, com o cheiro de churrasco e o som das risadas ecoando pela casa.

Enquanto isso, eu me dirigi ao quarto onde meu irmão estava se trocando. Toquei a porta antes de entrar para garantir que não estava interrompendo.

— E aí, Matheus? — Perguntei, abrindo a porta com um sorriso — Vai pedir sua foto?

Ele joga um travesseiro em direção à porta, me fazendo fechá-la. Dou risada. Ele gostava de me provocar, mas quando era com ele sempre ficava irritadinho assim.

Depois de um tempo, o almoço foi servido e depois de muitas risadas, de histórias compartilhadas e uma quantidade generosa de carne assada, a tarde passou rapidamente. A mesa estava cheia de comida e todos estavam relaxados, conversando e se divertindo. Meu pai, sempre o anfitrião animado, estava contando histórias engraçadas do trabalho enquanto minha mãe se certificava de que todos tinham algo para beber.

Chico estava à vontade na companhia da minha família, participando das conversas e rindo das piadas, como sempre fez. A atmosfera leve e descontraída parecia ter suavizado a tensão que eu sentia anteriormente. Mesmo quando ele e eu trocamos olhares ocasionais, havia uma sensação de normalidade que antes parecia fora de alcance.

Às vezes eu lembrava que esse clima era um pouco hipócrita da parte dele, ele fazia provar que estava tentando fazer o contrário de tudo o que eu disse no elevador. Mas ainda não era suficiente.

Com o tempo, meus pais foram se arrumar para sair para a orla e eu fui arrumar a cozinha, convencida que não saíria de casa hoje, enquanto Matheus e Chico - que ainda estava aqui - conversavam na sala. Me concentro nos pratos à minha frente e sequer noto que a conversa entre os dois já havia terminado.

— Cecília... — A voz baixa de Chico, atrás de mim, me fez tomar um susto.

Eu me virei rapidamente, encontrando Chico parado na entrada da cozinha com uma expressão que misturava seriedade e uma pitada de nervosismo. Ele estava sozinho, sem Matheus ao lado, e a atmosfera parecia mais carregada do que antes.

— A gente precisa conversar, eu sei que você ainda tá puta comigo. — Ele deu um passo para dentro da cozinha, olhando para mim com um olhar atento.

A tensão estava de volta, como se ela nunca tivesse realmente saído. Respirei fundo, tentando manter a calma enquanto o observava.

— Você tem razão, eu estou irritada com você. — Falei, tentando ser honesta, mas sem deixar o tom de mágoa dominar minha voz. — E isso não vai desaparecer só porque você decidiu aparecer de novo como se nada tivesse acontecido. A gente teve uma tarde legal... Mas foi só isso. — Volto para os meus pratos, enquanto ouço ele suspirar.

— Meninos, estamos indo! — Minha mãe falou, aparecendo no balcão — O Matheus vai com a gente, mas fiquem a vontade!

Chico olhou rapidamente para a minha mãe e depois para mim, seu olhar ainda carregado de uma mistura de frustração e expectativa.

— Tudo bem, mãe. Divirtam-se — Falo, lançando um sorriso na direção dos três, que logo saíram do apartamento.

Voltei a me concentrar na pia, tentando evitar o olhar do moreno. O silêncio entre nós parecia denso, e eu sabia que a conversa precisava continuar, mas não sabia por onde começar. Finalmente, Chico quebrou o silêncio.

— Cecília, eu não quero que a gente termine assim... — A voz dele estava firme, mas carregada de uma sinceridade que parecia genuína.

Deixo uma risada escapar — Meu Deus, Chico. Eu acho que nunca teve "a gente" nessa história toda.

Chico parecia hesitante, mas sua expressão rapidamente se transformou em uma mistura de frustração e determinação. Ele deu um passo mais perto de mim, sua voz agora carregada de intensidade.

— Qual é! Você não pode simplesmente me empurrar para longe assim. — Ele falou, a irritação evidente em suas palavras. Ele segura em meu braço, fazendo-me voltar a encarar seu rosto — A gente pode não ter dado nome pra isso, mas... Porra, tá me dizendo que não foi nada?

— Estou dizendo que para você parece não ter sido nada. — Falo ríspida — Não é porque eu fui educada com você hoje, pelo bem do meu almoço em família, que eu simplesmente esqueci tudo o que eu senti. Você pode tá dizendo agora que a gente foi alguma coisa, mas suas ações falaram o contrário. — Esfrego a mão no rosto, sentindo a frustração do ano passado voltar — Você me deixou no escuro, Chico, e agora quer que eu só... esqueça?

— Eu terminei por sua causa. — Ele admite, olhando fixo em meus olhos. Mas eu só consigo entregar uma risada, desacreditada — É sério. Eu terminei com a Luísa por sua causa.

— Não é o que as páginas de fofoca me contaram — Cruzo os braços, encarando-o incrédula.

— Porra... Tá, teve aquilo também... — Ele passa a mão na própria nuca — Mas a gente já não tava bem, eu falava seu nome enquanto dormia... Você tava impregnada na minha memória.

— Não sei se isso é um elogio ou uma desculpa esfarrapada. — Falo, meu tom misturando ironia e frustração. — E mesmo que tenha sido verdade, não muda o fato de que você se afastou, me deixou sem explicação e mesmo assim só me mandou mensagem quando me viu na sua frente.

Chico fecha os olhos brevemente, o peso das minhas palavras claramente pesando sobre ele. Sua voz é uma mistura de arrependimento e determinação quando ele fala.

— Eu sei, eu sei... Foi uma merda. Eu devia ter te contado o que estava acontecendo. Eu sei que não há desculpa para o que eu fiz. Mas eu estou tentando agora, e isso deveria significar alguma coisa.

Eu o encaro em silêncio, meu coração apertado com o turbilhão de emoções que estou sentindo. As memórias dolorosas do passado se misturam com as do presente, e eu sinto a ausência de algo que, embora eu não saiba definir claramente, ainda parece significar muito para mim.

Abaixo a cabeça, minha mão passando pelo rosto enquanto respiro fundo para tentar controlar a frustração e a confusão.

— Eu sinto a sua falta... — Ele diz, sua voz agora mais suave e vulnerável, e eu sinto sua aproximação. Suas mãos tocam meus braços, e eu posso sentir o calor e a sinceridade em seu toque.

Levanto o rosto e encontro seus olhos me encarando profundamente. Eu odiava não ter superado o Chico, mesmo depois de um ano.

— Eu sinto muito mesmo a sua falta... — A voz dele é suave, quase um sussurro. Seus olhos se movem para os meus lábios e depois de volta para os meus olhos, como se estivesse lutando para manter a compostura.

— Eu odeio você — Falo, puxando sua nuca até que o seu rosto encoste no meu.

Sinto um sorriso começar a se formar nos lábios de Chico quando nosso beijo começa. Ele parece hesitar por um momento, como se ainda não acreditasse completamente no que está acontecendo, mas logo se entrega ao beijo com uma intensidade que reflete a luta interna dele.

O beijo começa suave, explorando com cautela, como se ambos estivéssemos testando as águas. Mas, à medida que a paixão reprimida e a frustração se misturam, o beijo se torna mais urgente e profundo. Chico me puxa para mais perto, suas mãos deslizando pela minha cintura, enquanto eu sinto o calor e a sinceridade no toque dele.

As emoções que estavam contidas agora se manifestam em cada movimento e suspiro, e o mundo ao nosso redor parece desaparecer. A conexão entre nós é palpável, como se estivéssemos tentando preencher um vazio que ambos sabíamos que existia.

Quando finalmente nos afastamos, o ar ao nosso redor está carregado de uma nova tensão e o único som que a gente consegue ouvir é o de nossas próprias respirações pesadas. Chico continua segurando minha cintura, seus olhos mergulhados nos meus com uma expressão de vulnerabilidade e desejo.

— Isso... Ainda não corrige o que você fez. — Digo, a voz ainda cansada.

— Eu sei — ele responde, a voz rouca e carregada de emoção. — Mas, porra... Você é ainda melhor do que eu me lembrava.

Não evito a risada, o que também o faz rir.

— Mas sério... Quero mostrar que estou disposto a fazer o que for preciso para reconquistar a sua confiança. — Ele se afasta o suficiente para encarar o meu rosto.

— E como você pretende fazer isso? — Pergunto, tentando manter a calma enquanto as emoções se misturam.

Vejo na hora um sorriso travesso surgir em seu rosto — Eu até tenho uma ideia.

— E qual é a sua ideia? — Pergunto, já sabendo o que ele queria dizer.

Chico se aproxima ainda mais, seu rosto roçando meu pescoço enquanto ele sussurra com um tom carregado de desejo e intimidade.

— A gente pode começar indo lá em casa... — Ele sussurra, seu beijo leve e carinhoso na minha clavícula faz meu coração acelerar. — E ver se algumas coisas ainda são como antigamente...

A sensação do beijo e a proximidade dele são quase irresistíveis. O calor e o desejo que sinto são palpáveis. Meus lábios se curvam em um sorriso de rendição, e meus dedos deslizam pelo seu pescoço, acariciando-o suavemente.

— Está me convencendo — digo rindo, enquanto sinto o calor e o desejo em cada toque dele.

Chico sorri, seus olhos brilhando com um mix de satisfação e entusiasmo. Ele me dá um beijo leve na testa e entrelaça seus dedos nos meus, puxando-me gentilmente em direção à porta.

Não sei se foi tão bom, mas espero que tenham gostado.

Deixem sugestões de outros famosos para futuros imagines! ❤️

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