Você adorava ser médica do time do Barcelona. Obviamente, parte desse fato é que seu namorado joga lá, então você o vê com frequência.

No momento, o Barcelona está jogando contra o Valência, você está esperando do lado de fora com outros dois médicos, caso algo aconteça.

A bola é passada ao longo do campo, o Barcelona chegando cada vez mais perto de seu gol.

Você presta mais atenção, interessado em como vai funcionar. Alonso passa para Frenkie e em uma fração de segundos ele está rolando no chão de dor em vez de fazer o que seria um bom gol.

Vocês três correm para o campo, orientando os jogadores para darem licença do caminho para que vocês possam se reunir ao redor do jogador lesionado.

"Frenkie, o que dói?" Você pergunta a ele, apesar do fato de que é bastante óbvio perceber pela maneira como ele está segurando a panturrilha.

"O que você acha?" Ele responde sarcasticamente, embora não haja indício de diversão em seu tom.

"Certo." Você olha para os outros dois médicos que estão tentando ajudá-lo. "Vamos apenas tirá-lo do campo."

Uma vez que Frenkie está fora do campo, ele é levado para uma cama e você é deixada para ajudá-lo. Os outros dois médicos voltam ao campo enquanto você vê como isso vai afetá-lo.

"Você pode descrever a dor para mim?" Você perguntas.

"Dói. Como talvez latejante?"

"Ok, você acha que vai ser capaz de ficar de pé para que eu possa ver como você está se sentindo andando?"

"Você sabe exatamente o que há de errado comigo, apenas continue com isso em vez de me perguntar todas essas coisas."

"Desculpe?"

"Estou falando sério, apenas faça isso em vez de me pedir para fazer todas essas coisas desnecessárias."

Você olha para Frenkie em algum tipo de choque, não esperando isso dele, especialmente porque você sempre o trata e nunca é um problema.

"Frenkie, eu preciso saber o quão grave é."

"Certo, eu não consigo andar, minha panturrilha está latejando, eu já sei que não aguento e se conseguir vai doer. Então você pode apenas confirmar isso para que eu possa começar a me recuperar ."

"Não é tão fácil assim. Se eu disser que você esticou ou algo assim e você não esticou, vou ter problemas por isso?"

"E daí? Estou te dizendo que não aguento, apenas continue com isso." Ele geme.

Depois de um minuto você simplesmente decide ir embora, indo buscar outra pessoa para substituí-la, pois embora você ame Frenkie, você não o ajudará se ele estiver se comportando dessa maneira com você quando tudo o que você está tentando fazer é ajudar.

"Onde você está indo?" Ele olha para você pouco antes de você abrir a porta.

Em vez de responder, você ignora o comentário dele e simplesmente sai, voltando para o campo.

"Ei, você pode ajudar Frenkie para mim?" Você pergunta a John, um dos médicos mais velhos.

"Sim, mas por quê? Você não costuma fazer isso?"

"Sim mas." Você faz uma pausa, não querendo realmente explicar.

"Não se preocupe com isso, eu vou. No mesmo quarto em que o colocamos?"

Você acena com a cabeça em resposta, sentando-se assim que ele se levanta.

Ele sai apressado, voltando cerca de meia hora depois.

"Tudo bem. Ele está de mau humor. Entendo porque você não quis tratá-lo." John ri. "Mas ele provavelmente ficará afastado por talvez duas semanas, mas precisamos ver o quão grave ainda será. No momento, não parece tão ruim, mas isso pode mudar, eu disse a ele se não houver diminuição da dor em 24 horas, então ele deveria pedir para você checar novamente."

"OK." Você acena para ele. "Quanta dor ele está sentindo?"

"Bem, ele me disse que não pode realmente descrever a dor, mas se fosse forte e latejante? Ele provavelmente apenas se esforçou, mas tenho certeza que ele vai se sentir melhor em breve, é só colocar uma compressa fria."

"Você acha que ele estará andando hoje à noite?"

"Talvez com apoio, se vocês dois quiserem ir para casa, ficaremos bem aqui, ele está de péssimo humor, como eu disse, então provavelmente precisa dormir um pouco."

"Ele pode dormir no sofá." Você brinca, ganhando risadas em resposta. "Tudo bem, bem, eu vou para casa então, obrigado."

Não falta muito tempo para o jogo agora, então você sair não deve ser um problema tão grande, mas lesões podem acontecer em um piscar de olhos.

Você não está com vontade de falar com ele, mas não pode simplesmente deixá-lo aqui, infelizmente. Claro que você entende o quão estressado Frenkie deve estar, nenhum jogador de futebol quer isso e potencialmente ter que tirar uma folga, mas ainda assim ele não deveria falar com você desse jeito.

"Estamos indo." Você diz suavemente, abrindo a porta do quarto em que ele está.

"Eu não consigo andar."

Você sinaliza, ajudando-o a se levantar e permitindo que ele passe um braço em volta de seus ombros. Felizmente, você encontra John em seu caminho, que está voltando do banheiro.

"Deixa-me ajudar." Ele oferece, passando o outro braço de Frenkie em volta de seu ombro.

Você finalmente coloca o Frenkie no banco do passageiro, ele puxa o banco para trás para tentar deixar a perna confortável, você adoraria mostrar alguma simpatia, mas ainda está irritada com a maneira como ele falou com você.

"O time vai desmoronar sem mim." Ele ri levemente, claramente tentando quebrar o gelo com uma piada, mas você o ignora. "Seu cabelo está bom." Frenkie acrescenta, tomando algumas mechas entre os dedos, mas você é rápido em se livrar dele.

"Você está me dando o tratamento do silêncio?" Ele pergunta quando percebe que não está recebendo uma resposta.

Obviamente, você não responde. Mas finalmente você está em casa, estacionando na garagem antes de dar a volta para apoiar Frenkie para que ambos possam entrar em casa.

Você o coloca no sofá e o deixa, indo pegar um copo d'água antes de se sentar o mais longe possível dele.

Você prefere ficar completamente sozinha, mas aprendeu que é melhor estar por perto quando ele está ferido ou ele acabará seguindo você de qualquer maneira e potencialmente piorando sua lesão.

"Então, você está me dando o tratamento do silêncio?" Frenkie olha para você. "Você está com raiva por causa do que eu disse." Ele então acrescenta, ligando os pontos. "Foi errado, eu sei. Eu juro que não quis dizer nada disso."

Ele olha para você por um minuto, antes de finalmente dizer. "Desculpe."

"Não se preocupe, da próxima vez vou arriscar diagnosticar a coisa errada." Você sorri sarcasticamente.

"Tudo bem, eu entendo. Eu também ficaria com raiva de mim, só estou frustrado. Eu poderia ficar pior e não sei quanto tempo vou ficar fora."

"Isso não lhe dá um cartão grátis para agir assim."

"Eu sei, eu realmente sinto muito. Eu descontei minha raiva em você quando você estava tentando ajudar."

"Você sabe o quão mal isso me fez sentir? O fato de você estar me dizendo para 'apenas faça isso'. Você diria isso a qualquer médico?"

"É só frustração."

"Ok, bem, eu entendo que, no entanto, você vai ter que aprender a deixar sua frustração de outra maneira. Eu prometo a você, não vou continuar a cuidar de você se isso for o que eu recebo em troca."

"Não vai acontecer de novo."

"Bom, é melhor não. Porque a noite não vai acabar assim se você falar comigo desse jeito de novo."

"Então você me perdoa?"

"Não."

"O que eu tenho que fazer para você me perdoar?"

"Eu meio que te perdôo, mas ainda estou brava."

"Você pode vir até mim, eu realmente não posso me mover muito bem." Ele ri levemente.

Você contempla a ideia, sabendo que vai cair fraca assim que os braços dele a envolverem, mas você se vê fazendo isso de qualquer maneira.

Quando você está ao lado dele, ele coloca os dois braços ao seu redor, puxando você para baixo. Ele descansa sua cabeça em seu peito enquanto passa os dedos pelos seus cabelos.

"Eu não quis dizer isso, eu amo você sendo minha médica." Frenkie pisca, um sorriso malicioso se formando em seu rosto.

"Aposto que sim. Como está sua perna?"

"O mesmo, será melhor se você me perdoar adequadamente."

"Não é assim que funciona."

Frenkie dá de ombros, fazendo beicinho para você. Você se estende para lhe dar um selinho, esperando um momento antes de se afastar novamente e se sentar.

Um pequeno sorriso aparece em seu rosto, arrastando os pés para descansar a cabeça em seu colo. Enquanto você assiste ao filme, suas mãos ficam no cabelo dele, passando os dedos pelos cabelos já bagunçados.