★ Esse capítulo é Lgbtqia+, se não se identifica é só pular.

★Espero que gostem, comentem o que acharam.

★ Boa leitura! 

Pov•Autora

Amar alguém pode ser uma lâmina de dois gumes, amar e receber amor ou apenas amar alguém que não o ama. Para s/n seus sentimentos eram claros, mas os de sua amada ainda eram misteriosos. Sua infância não foi tão fácil, sempre sofria por ficar atrás de seus companheiros de equipe, então sempre fazia de tudo para melhor e alcançá-los.

Em um de seus treinos matinais ela avistou uma garota próxima ao rio, seus cabelos rosa balançavam soltos enquanto ela lançava shurikens em alvos distantes. Ela devia estar ali a muito tempo pois o suor escorria em sua testa. A garota a avistou interrompendo o treino, S/n envergonhada de escondeu atrás da árvore.

– Por que está se escondendo aí?– A voz fina soou próxima em seus ouvidos fazendo a pequena intrusa saltar espantada.

– E-eu estava ... Estava vindo treinar.– Disse a garota com dificuldade escondendo o rosto entre as mãos.

– Ah. Podes ficar,eu já estava acabando mesmo.– Quando a garota estava se virando para ir embora S/n correu até ela e segurou seu braço meio tímida.

– Será que você pode me ensinar aquele ataque com as shurikens? – A menina olhava para os pés tímida.

– Claro, mas primeiro preciso saber seu nome...– A garota inclinou a cabeça tentando ver o rosto da pequena.

– É...S/n. – A pequena olhou para a outra garota e sorriu.

– O meu é Haruno Sakura. Vamos ali que vou te ensinar, mas precisa de um pouco de condução de chakra, como você tem provavelmente minha idade deve saber usar, certo?– Sakura sorriu de canto olhando para a garota que acenava freneticamente com a cabeça.

Pov•S/n

– S/n! Oie S/n!– A voz de Sakura me trouxe de volta para o mundo real. Observei os seus olhos verdes muito próximos ao meu rosto, me afastei devagar sentindo meu rosto começar a corar. – Você me assustou, shannaro!

– Desculpa Sakura-chan, acho que passei mal com a dor...– Falei passando a mão na nuca, ela me olhou desaprovando o meu comportamento, já havia me acostumado com aquela feição de médica preocupada. Apesar de ser muito nova, após a guerra ninja ela se tornou médica do hospital.

Sakura se aproximou colocando a mão em minha testa, depois olhou para meu rosto com uma expressão séria. Podia ver a preocupação em seus olhos e um relance de dor por me ver nessa situação. Sorri para tentar acalmá-la, por vez ela se sentou na cama próxima as minhas pernas.

– Tens que tomar mais cuidado, se queres se matar não me procure quando estiver quase conseguindo.– Suas palavras me atingiram como uma flecha que rasga tudo que está em seu caminho. Virei o rosto não estava pronta para encará-la, pois sabia que ela estava certa.

Olhando pela janela o dia parecia tão deprimente quanto meu estado emocional, amar alguém e não receber esse amor de volta é doloroso e irritante. Talvez hoje chovesse, seria um bom dia para aceitar missões que levariam ao declínio novamente. O cheiro doce do perfume da garota invade as minhas narinas me trazendo a sensação de conforto por meros instantes.

– Foi mal Sakura-chan, acho que vou tirar um tempo das missões e cuidar de mim mesma.– Mentirosa, é a palavra perfeita para mim. Sorri para ela tentando transmitir sentimentos calmos, mas eu era a própria euforia, ela me observou analisando meu rosto para ter certeza do que eu dizia.

– Está bem,hoje a noite não vou estar no hospital, tenho um encontro com o Sasuke, então qualquer coisa procure a Shizune-sama, por hora vou te dar alta. – Ela falou se levantando, meu falso sorriso se desfez por completo ao ouvir o nome do cafajeste que ela era apaixonada.

Quando Sakura saiu do quarto me deixando sozinha, observei as paredes brancas, meu corpo doía por completo. Sentia minha cabeça latejar e os cortes em meu corpo arder. Mas nada doía mais que o buraco em meu peito.

Quebra de tempo

Assim que cheguei no meu apartamento minúsculo caí na cama,sem pensar em nada apenas observando o teto, o som da chuva me tirou do transe, as gotículas que batiam na janela me traziam sensações boas. Senti meus olhos começarem a pesar e o sono me invadir.

Acordei com batidas em minha porta, meio embriagada de sono fui cambaleando até lá. Quando abri a porta me deparei com a garota que eu amava em prantos, seus olhos vermelhos e inchados, a maquiagem borrada e o cabelo bagunçado. Antes que pudesse perguntar a ela o que havia acontecido ela me abraçou chorando em meu peito. Eu não precisava de resposta para qualquer pergunta, eu sabia que ela havia brigado com o Sasuke novamente.

A levei até o sofá, a observava cuidadosamente, não queria magoá-la com qualquer palavra que eu disse. Já o Sasuke eu queria matá-lo e jogar em uma vala qualquer.

– Não vai perguntar o que aconteceu?– Ela me olhou com os mesmos olhos da primeira vez que ele a abandonou quando ela era criança, desde que a conheci ela sempre se abria comigo, nos tornamos amigas e eu já a conhecia bem o suficiente para saber que o que ela precisava agora não eram perguntas.

– Quer que eu pergunte?– Ela me olhou e deu um sorriso triste, passei a mão em seu rosto tentando a acalmar. – Se quiser passar a noite aqui podes ficar, eu durmo no sofá. E vai tomar um banho, não quero que você pegue um resfriado.

– Obrigado S/n, você sempre foi tão gentil comigo... Eu não tenho roupa aqui então acho que não vai dar...– Minha mente queria mandar ela ficar nua, mas ainda não tinha coragem.

– Pega alguma lá no meu guarda-roupa, não quero que você vá na chuva. Enfim, quer chá ou café? – Me levantei não dando tempo para ela pensar.

–Café. – Disse atravessando o corredor até meu quarto. – E s/n muito obrigada.

Preparei nosso café enquanto ela estava no banho, aproveitei também para trocar as ataduras do corte próximo a minha costela. Optei por ficar só de top e calça de moletom. Quando Sakura saiu do banheiro usando minha regata preta, que contrastava com cada curva de seu corpo e minha calça moletom, juro que quase infartei, senti meu rosto queimar. Virei para o outro lado tentando fugir dos meus pensamentos.

– Já trocasse as ataduras? – Ela se aproximou passando a mão em minha costela, um toque suave que percorreu por todo meu corpo. Eu a olhei nos olhos, eu queria tomá-la para mim, mostrar que eu era a pessoa certa e que o idiota do Sasuke não a merecia, só em pensar nele meu corpo ardia em ódio e minhas mãos tremiam. – Está tudo bem? Você tá tremendo...S/n?

– Não, eu não estou nada bem.– Aquilo saiu de forma tão natural que eu não pude evitar, ela me olhou confusa, me afastei levemente dela.– Sakura eu já não consigo mais aguentar te ver assim. Você corre atrás daquele cachorro e ele só pisa em você, droga como podes ser tão ingênua?

– Eu o amo, não posso abandoná-lo... – Ela abaixou a cabeça.– Porque você o odeia tanto?

– Porque?– Bufei me afastando dela indo em direção a cozinha me apoiando na pia. Não estava gostando do rumo daquela conversa, mas se eu não contasse agora jamais contaria novamente. Me virei a encarnado, ela veio em minha direção, segurando meu rosto entre suas mão para que eu a encarasse.– Por que eu te amo, Sakura Haruno.

Eu esperava uma cara de surpresa, um afastamento súbito, mas nenhuma dessas foi sua reação. Ela sorriu limpando uma lágrima solitária que escorria pelo meu rosto. E inesperavelmente selou seus lábios nos meus, pude sentir o mundo parar ao meu redor, sua boca abriu caminho para sua língua, me deixei envolver por aquela sensação de felicidade.

O beijo que antes calmo agora começava a ficar mais voraz e desejado. Passei em sua nuca e a outra em sua cintura puxando para mais perto de mim, sua mão oscilava entre minha bunda e coluna. Nos separamos por segundos para respirar, olhei nos olhos dela e via um lampejo de desejo, mas também via confusão, antes que pudesse perguntar Sakura tomou minha boca novamente. Sentia meu corpo formigar de desejo, coloquei a mão em suas coxas dando impulso para pegá-la no colo.

Andamos entre corredores até chegar no quarto, a coloquei na cama o com cuidado e me afastei lentamente, não precisávamos de palavras, apenas nossos olhares se encontraram e sabíamos o queríamos. Passei a mão no rosto dela afastando o cabelo de sua orelha, passei a beijar e mordiscar o lóbulo de sua orelha. Depositei beijos em seu pescoço descendo até sua clavícula, passei a mão em seu seio fazendo movimentos circulares a atiçando.

Ela me observava mordendo o lábio o que me deixava ainda mais instigada, tirei a blusa dela jogando longe, como ela estava sem sutiã facilitou o processo para mim, passei a chupar um de seus seios enquanto apertava o outro com as mãos. Alternando entre mordidas e chupões pude ouvir Sakura gemer várias vezes. Aumentei a velocidade dos movimentos fazendo seus gemidos ficarem ainda mais altos, passei a mão sua barriga deslizando até o cós da calça, brincando com os dedos ali observei ela movimentar o quadril tentando me fazer descer a mão.

Não consegui conter minha vontade e desci a mão até sua intimidade, passei a fazer movimentos circulares estimulando seu clitóris, seus gemidos se intensificaram assim como os arranhões em minhas costas. Penetrei um dedo nela fazendo-a ter espasmos de prazer, meu corpo queimava eu necessitava dela, precisava sentir seu sabor.

Saí de cima dela, me colocando no meio de suas pernas, puxando a calça junto com a calcinha dela, pude apreciar a visão mais maravilhosa que tive. Passei minha língua por toda a região observando atentamente suas reações, comecei a me movimentar mais rápido, a garota agora puxava meus cabelos tentando aliviar o tesão, passei a penetrá-la com dois dedos enquanto com a mão livre massageava meu clitóris tentando desesperadamente me aliviar.

Senti a coluna dela se arquear, as pernas prenderam minha cabeça, senti seu líquido em minha boca, sorri ao limpar o canto da boca, ela respirava ofegante me observando. Sentei do seu lado retirando meu top e a calça que ainda estavam em meu corpo, entendendo o sinal, Sakura subiu em cima de mim pegando um de meus peitos com a mão, me envolvendo em um beijo desesperado e profundo, levei minha mão até sua intimidade a penetrando de novo, ela movimentava o quadril simulando cavalgadas.

Pude sentir sua mão entre minhas pernas, me estimulando, ela sorria maliciosamente entre gemidos e cavalgadas. Nem sequer trocamos palavras, sabíamos que aquele era nosso momento. Uma onda de prazer me invadiu, com a mão livre segurei a cintura de Sakura com força a pressionando contra meu quadril, ambas haviam chegado no ápice, pude sentir o líquido dela escorrendo em minhas coxas.

Achei que ela estivesse satisfeita, mas ela me puxou abrindo minhas pernas e me chupando, sua língua era incrível e eu queria ser tomada por ela, meus gemidos ficaram incontroláveis, meus olhos viravam de tanto prazer. Sakura me chupou frenéticamente até o apíce me atingir novamente e eu gozar em sua boca. Ela sorriu limpando o canto da boca enquanto me observava. Sem trocarmos palavras ela se deitou ao meu lado, me aconcheguei ao seu corpo e passamos a noite ali, as duas a dormir abraçadas.

Pov•Autora

Quando Sakura abriu os olhos a luz já irradiava no quarto, se sentou na cama tentando retomar a direção, olhou para os lados e nada de sua amiga, companheira, amada, tudo estava tão confuso. Ela decidiu ir olhar na cozinha, mas s/n também não estava lá. Sakura reparou em uma carta em cima da mesa, abrindo com cuidado leu.

Querida Sakura

Sei que lhe devo satisfações e que deves estar muito irritada comigo, peço que me perdoe. Queria poder dizer o quanto o que passamos foi especial e que te queria como minha mulher, mas na verdade essa vontade nunca vou realizar. As flores mais lindas são aquelas que desabrocham em tempos difíceis e você se tornou a mais bela delas. Tive uma missão que não havia como recusar e que não sei bem o que há de ser, mas me prometa, não se rebaixe a ele de novo pois ele não merece nem um pingo de sua paixão.

Com amor, agora e sempre, S/n.

Sakura colocou a carta sobre a mesa, com lágrimas nos olhos, esperava poder ver aquela garota novamente para lhe dar uma boa bronca quando voltasse, mas aquela missão foi a última de s/n.

O capítulo é bem dramático me perdoem, me emocionei escrevendo.

Bônus ¬
            CRÉDITOS AOS AUTORES DAS FANARTS