Apocalipse - Alan Bloomgate
Tudo começou quando eu estava voltando do meu campeonato de arco e flecha. Estava voltando para Duskwood com os outros, como sempre estraguei tudo com aquela mísera flecha que não acertou o centro do alvo e mais uma vez levando reclamação do supervisor.
- Vocês não vão pro campeonato por causa dela!
Todos estavam em silêncio de cabeça baixa enquanto ele falava ou melhor gritava com "todos" (mais direcionado para mim por não levar a equipe aos regionais.)
Motorista: Supervisor, temos um problema.
O supervisor se vira mais irritado do que já está e vai até a frente do ônibus.
Supervisor: O que é caramba? Não está vendo que estou- que porra..
Ali ele vê, todos os alunos haviam se tornado zumbis, não havia mais escola, não havia mais pessoas..ou era o que achávamos. O supervisor sai do ônibus e olha para todos aqueles zumbis que antes eram alunos, ele passa sua mão pelo cabelo e logo sobe no ônibus novamente.
Supervisor: Vamos voltar.
- O que? E se estiver pessoas vivas lá dentro?! Meu irmão está lá!
Supervisor: Quer virar um deles?! Então vá você sozinha!
Motorista: Senhor..a gasolina na verdade está quase no fim, não vai ser muito inteligente irmos para centro da cidade, a gasolina acabar e ficarmos lá no meio dos zumbis.
Supervisor: zumbis?! Não fale besteiras, isso só é real em filmes.
Motorista: Se não forem zumbis, o que são essas coisas?!
Supervisor: eu não sei, vamos logo com isso.
- Vocês podem ficar, mas eu vou atrás do meu irmão.
Pego meu arco e algumas flechas, saio do ônibus, vejo logo um garoto vim atrás de mim e segurar meu braço.
- O que?
Alan: Eu vou com você.
- Por que?
Alan: não quero ficar no meio de um monte de zumbis na estrada e estamos no meio de zumbis de qualquer forma, qual seria a diferença? E você vai precisar de ajuda, são muitos.
- Certo, então vem e fica quieto.
Começamos a correr atirando algumas flechas nos zumbis, acabamos entrando dentro da escola e nos escondendo em uma sala
- Caramba.. são muitos.
Alan: Acho melhor ficarmos aqui, já está anoitecendo.
- Droga.
Alan: Ei, ele ta bem.
- Como pode ter certeza?!
Alan: Confia em mim.
- Eu nem te conheço direito.
Logo ele termina de colocar as cadeiras nas portas e vem até mim estendendo a mão.
Alan: Meu nome é Alan, prazer.
- ... - O olho e logo aperto a mão dele - Sn.
Alan: agora nos conhecemos, capitã.
- Não sou mais a capitã do time.
Alan: para mim, você continua sendo a capitã e a melhor arqueira dessa escola.
Fico um pouco vermelha com essas palavras mas como está escuro não da para ele perceber isso.
Alan: Vamos ver se tem alguma comida por aqui.
- Certo.
Andamos pela sala procurando algo, vejo uma porta e tento abri-la.
- Droga, trancada.
Alan: se afasta.
Quando dou passos para trás, alan vem correndo e empurra a porta logo a abrindo porém o barulho fez os zumbis se agitarem e virem para porta, ele corre para segurar as cadeiras da porta. Enquanto ele está lá, entro na sala procurando algo para comer.
- Uau, estamos com sorte! Aqui tem um monte de bebidas e comidas!
Alan: Ah! Melhor..levarmos em uma bolsa, se encontrarmos alguém no caminho amanhã..
- Boa idéia.
Alan: essas coisas são atraídas pelo som então tente não fazer muito barulho.
Os zumbis se afastam da porta. Alan se afasta e entra na sala pegando uma água e bebendo a mesma. Como um pedaço de pão e bebo um energético, vejo uma bolsa de pano jogada no canto, pego ela e coloco comida e bebida dentro.
- Você dorme, eu fico acordada pra caso algum zumbi entre aqui.
Alan: Tem certeza?
- Eu bebi energético, vou ficar bem.
Alan: Certo então.
Ele se deita no chão deixando seu arco de lado, ele me olha enquanto tenta pegar no sono.
Alan: Eu nunca tinha prestado atenção.
- No que?
Alan: No quanto você é perfeita.
- Do que ta falando idiota?
Alan: Já que estamos no fim do mundo, vou te contar uma coisa.
Ele se senta e sussurra no meu ouvido.
Alan: aquela carta de amor que você recebeu no 1° ano, fui eu quem escrevi e deixei no seu armário.
Eu fico vermelha e olho para ele, sempre quis saber quem havia escrito aquelas lindas palavras.
- Foi.. você?..
Alan: é..
- Porque não me disse nada?!
Alan: Eu achei que você ia me bater ou algo do tipo - Ele sorri meio sem graça.
- porque acharia isso idiota?! Porque não me cont...ah
Alan: é..heh..
- Desculpa, eu sei que tenho esse jeito meio agressiva mas eu sou legal, não precisa ter medo de conversar comigo ou me contar o que sente. Eu vou conversar de uma forma pacífica, sem grosseria.
Alan: Certo, me desculpe então.
- Tudo bem. Voltando ao assunto da carta, eu tenho ela guardada até hoje mas não está aqui.
Alan: Sério??
- Eu sempre quis saber quem havia escrito ela porque foi meu tema favorito.
Alan: heh, você gosta da Lua?
- Muito.
Alan: Eu percebia, você sempre postava fotos nas suas redes sociais da lua.
- É.
Ficamos em silêncio, olhando um nos olhos do outro, só estávamos nos vendo por causa da luz do luar. Exatamente como ele havia escrito, sinto ele colocar a mão na minha bochecha e começar se aproximar aos poucos, ele me olha como se estivesse pedindo permissão para continuar apenas me aproximo mais um pouco como um sim e ele por fim me beija. Foi meu primeiro beijo e foi simplesmente perfeito.
.....
Soldado: Então, onde está Alan agora?
- Bem, no dia seguinte ele salvou minha vida, estávamos correndo pelos corredores da escola e..
As memórias começam a passar pela minha cabeça, eu e Alan estávamos correndo de um monte de zumbis eu não vi que havia um zumbi vindo em minha direção e nossas flechas haviam acabado, Alan veio correndo na minha direção e se atirou em cima de mim, o zumbi subiu nele e o mordeu..ele me olhava sorrindo.
- Alan... - Eu falo já sentindo as lágrimas descendo pelo meu rosto.
Alan: Está tudo bem, eu quero que você sobreviva Sn. Me promete isso.
- Eu..eu prometo.
Alan: Eu te amo. - Ele sorri com lágrimas nos olhos, logo juntando todas as suas forças e se levantando junto com o zumbi. -
Eu me levanto e me viro para correr mesmo sem querer deixá-lo, escuto ele chamar.
Alan: Sn!
Eu olho ele.
Alan: Salve seu irmão e sobrevivam e obrigado por me mostrar o que o amor é.
Eu sentia minha respiração cada vez mais pesada e as lágrimas saindo cada vez mais, eu nem tive a oportunidade de dizer que o amava de volta.
Alan: VAI SN!
Volto a minha realidade e saio correndo pelas escadas o deixando...eu queria tê-lo salvado.
Soldado: Eu realmente sinto muito.
- Ele se sacrificou por mim, eu perdi o amor da minha vida..o meu primeiro e único amor.
Soldado: Obrigado pela colaboração, pode voltar para seu alojamento.
Saio daquela sala me desabando em lágrimas.
6 horas depois, 21:40 da noite.
Eu pulo o muro da quarentena e caminho pela trilha indo até a árvore, chego em frente á ela e deixo as flores brancas encostadas nela.
- Eu também te amo meu amor...para sempre. Em breve nos encontraremos, eu prometo - Sorri com lágrimas caindo novamente, me sento em frente a árvore e vejo a lua. - A Lua está tão bonita hoje.. né? - Retiro uma folha de papel do bolso do casaco.
Tu sabes como é:
se olho a lua de cristal, os galhos vermelhos do outono em minha janela,
se toco junto ao fogo as impalpáveis cinzas
no corpo retorcido da lenha,
tudo me leva a ti,
como se tudo o que existe:
aromas, luz, metais,
fossem pequenos barcos que navegam em direção às ilhas tuas que esperam por mim.
Para sempre seu, anônimo.
Tiro uma caneta do bolso e risco a palavra anônimo.
Para sempre, Alan Bloomgate O amor da minha vida.
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Desculpem a falta de capítulos e desculpem a tristeza desse capítulo KKKKKKKKKKKKK
Confesso, foi o melhor que já escrevi.
Sim! Foi baseado em All of us are dead, eu amei essa série e tive essa ideia.
Espero que tenham gostado tanto quanto eu :)
Até a próxima! <3
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