𝗔 𝘃𝗼𝗻𝘁𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗼 𝗶𝗺𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿 - 𝗤𝗶𝗻 𝗦𝗵𝗶 𝗛𝘂𝗮𝗻𝗴 +𝟭𝟴
Cenário fictício e todos são maiores de idade, Sn de cabelos longos, mas sintam-se á vontade para se imaginar de cabelos curtos.
Pré-revisado.
4944 palavras
A vontade do imperador
A sessão de treinos intensos me deixou completamente dolorida, claro que Qin não gostou nem um pouco de me ver ali, afinal segundo certas crenças as mulheres devem apenas estar em segundo plano servindo a família e ao seu líder, fosse ele pai, marido ou irmão e sei que meu pretendente está agindo dessa forma por pura negação, sendo mais clara, sei que ele não se incomoda que eu faça o que bem entender desde que não tente o atrapalhar e posso dizer o mesmo ao meu respeito, nos conhecemos desde cedo a modo de tornar o futuro casamento mas aceitável.
Qin tinha partido em busca do que seria a sua maior vitória e o consagraria de vez como o mais forte e eu bem, fiz o mesmo buscando o meu próprio caminho, para trás deixei uma carta que ele provavelmente leria.
...
Foram longos e árduos seis anos longe e quando retornei tudo estava diferente, eu havia saído da minha terra natal na primeira oportunidade que tive e agora olhando para o castelo não me arrependo, claro que meu progresso não ocorreu da forma como eu queria, pois ninguém queria crer na capacidade de uma mulher como estrategista de guerra, eu carregava em minhas mãos um selo real e devo dizer que só retornei por que meus pais estavam a beira da falência, aparentemente meu pai foi embora após minha partida deixando toda a responsabilidade para minha mãe que logo adoeceu por abre aspas minha causa. Fui até minha antiga moradia observando como o jardim estava deixado de lado e o pequeno palácio jogado as traças, porém o caseiro do lugar parecia fazer o melhor para manter o local digno.
— Senhorita Sn é você mesmo? Me perdoe pelas palavras tão brandas. — Se curvou levemente.
— Não precisa disso. — Desci do meu cavalo e o deixei com o caseiro, peguei as bolsas pesadas antes de seguir para dentro da casa, neguei ajuda e fui até o que deveria ser o quarto dos meus pais, no futton em um quarto vazio minha mãe residia deitada.
— Mãe. — Deixei minhas coisas no chão me aproximei deixando um carinho em sua face e e sentindo meu pulso ser segurado com força. — Por quê não me mandou uma carta antes?
— De quem você acha que é a culpa? — A voz estava cansada. — Uma casa sem herdeiros caem em desgraça e para piorar, não tínhamos um filho homem e por fim você deixou o imperador pra se aventurar no mundo! Se eu pudesse desejaria não ser a sua mãe!
Respirei pesado, não posso dizer que tais palavras não me afetam, mas acredito que a mágoa dela esteja falando mais alto.
— Não me culpe pela covardia de meu pai, mas não vamos mais discutir sim? — Tentei fazer mais um cadinho e ela impediu, me levantei revirando os olhos, antes de pegar minhas bolsas e as levar até o quarto que um dia foi meu, depois de as amarrar bem dentro do armário retornei a minha mãe. — Estou saindo.
Informei a ouvindo murmurar e por um momento desejei ser surda:
— Se foi pra isso que veio, que houvesse perecido na guerra.
Mantive minha cabeça erguida convicta de que minhas escolhas não foram um erro e ao passar pelo caseiro sorri, tirei do meu bolso algumas moedas e lhe entreguei: — Compre comida e bebidas, retornarei o mais rápido possível.
Parti rapidamente depois de montar em meu cavalo, minhas vestes de guerreira ainda estavam em meu corpo o que facilitaria minha vida e não demorei muito a chegar em meu objetivo, ao passar pelos portões da grande propriedade que daria no castelo do imperador desci de meu cavalo em sinal de respeito e caminhei até a primeira entrada.
— Preciso falar com o imperador. — Um dos guardas ficou descrente por minhas palavras, indo até seu comandante e eu repeti minhas palavras até ouvir de sua boca que só por minha insolência poderia ser morto, mas tirei o papel com selo real de meu bolso revelando quem realmente sou. Naquele momento foi ele a pedir desculpas enquanto reconhecia meus feitos e não demorou muito para que Qin fosse informado e eu levada até a sala do imperador e obviamente me ajoelhei assim como os demais.
— Senhor o general N. Wang está aqui.
O imperador elevou a destra.
— Levante-se general — obedeci. — Agora me diga o que quer.
— Sua majestade se me permitir gostaria de reerguer a casa Wang. — Tentei engrossar a voz, nesses seus anos que se passaram Qin não me viu, mudamos muito nesse trajeto.
— Você é algum membro da família para reerguer algo?
Respirei pesado, como eu diria que sou sua ex-pretendida?
— O imperador te fez uma pergunta general!
Não há como reerguer a casa se não for a própria família principal.
— Sou o herdeiro da casa Wang.
— Herdeiro? Os Wang's não tiveram herdeiros homens, apenas Sn pode tomar o que é dela por direito. — Ele parecia saber do meu segredo e por isso respirei fundo, me revelar na frente de todos seria terrível, como disse antes uma mulher estrategista não era bem vista, tive que esconder qualquer traço feminino que possuía. Desde minhas roupas até as ataduras que uso para apertar e comprimir meus seios.
— Levem o general até os meus aposentos e mandem servir meu chá predileto e para ele um chá de romã está bom.
Baixei meu olhar em direção ao chão, pelo visto Qin não esqueceu meus gostos.
...
Estávamos sentados á mesa dessa vez sozinhos ele bebericando seu chá e eu bem... Encarei o meu.
— Tire essa armadura, acha que não sei quem é você Sn?
Travei pelas palavras ágeis e me levantei.
— Se sabia por que me deu o selo? — O questionei confusa e ele sorriu se levantando.
— Uma hora você tomaria coragem e viria até aqui, vou esperá-la no quarto ao lado.
Engoli minha saliva em seco, faz tanto tempo que não tiro essas coisas que chega a ser desconfortável, não entendam mal. Sou uma pessoa limpa, tomo meus banhos regularmente, porém visto a armadura logo em seguida e por tal motivo é mais confortável e cômodo estar com ela, tirei sentindo o peso de meus ombros, busto e coxas folgarem, caminhei até onde ele estava e fui obrigada a mostrar meu rosto sem a faixa que usava para esconder um dos olhos.
— Bem melhor assim. Agora me diga o que quer.
— Qin... Quer dizer imperador, quero reconstruir o palácio da minha família e voltar para o comércio da seda. — Pode parecer ridículo, mas preciso da permissão dele já que se tornou o dono de todas essas terras, notei Qin dobrar o kimono e se aproximar.
— As terras são suas, cuide delas como bem entender, porém, só poderá ir se me vencer.
Pisquei diversas vezes antes de entender o que ele queria, provavelmente uma forma de me punir.
— Você leu minha carta? — Prendi(ou não se forem curtos) meus cabelos em um coque, ele sorriu antes de se aproximar só me dando tempo para levantar minhas mãos.
— Acha mesmo que deixariam sua carta chegar até mim? Desde quando se tornou tão ingênua? Ou esqueceu que seu posto era cobiçado. Agora me mostre o que aprendeu, quero ver se valeu a pena trocar o posto de imperatriz pelo de general de guerra.
E assim o fiz sem dizer uma palavra apenas me posicionado, mesmo com a venda Qin conseguia contornar meus movimentos plenamente não me acertou uma vez sequer pois, desviei de todas elas, mas também não consegui me aproximar e em um determinado momento bastou uma rasteira para me levar ao chão me levando a suspirar me levantei impulsionando meu corpo para frente enquanto ele novamente me deu outra rasteira, me prendendo no assoalho macio.
— Céus vou ficar com dor nas costas se você continuar me derrubando desse jeito. — Reclamei, nunca caí em campo de batalha, o máximo que já fizeram foi cortar o meu cabelo em um movimento inesperado ao qual eu estava sem máscara. Qin riu da minha cara antes de me prender com suas mãos.
— Pelo visto eu ganhei. Vou mandar preparem o seu quarto e vestes mais adequadas, ainda prefere kimonos floridos? — Revirei os olhos, faz muito tempo que não descanso, sempre focando no meu aperfeiçoamento.
—Não posso, minha mãe está...
— Pretende negar o pedido do imperador? Quanta coragem. — Ironizou novamente.
— Qin...
— És a única que me chama assim, se considere com sorte. Sobre sua mãe não precisa se preocupar tudo será acertado. Quer que mande caçar o seu pai também? — Parei de tentar sair de seu aperto. — Te fiz uma pergunta Sn.
— Não. Ele fez a escolha dele, não preciso me preocupar. Sou mais que o suficiente para reerguer minha casa. — Ele sorriu, eu passei muito tempo no norte do país e foi lá que fiz meu nome, sempre tomando o máximo de cuidado para que não descobrissem meu segredo. Uma mulher em campo de batalha fora da ordem e sem ser por parte dos samurais ou sacerdotisas não seria bem vista em lugar algum.
— Nesse caso, mandarei que tragam sua mãe ao palácio.
— Não. Se me permite um pedido, apenas um médico será necessário. — Ainda não quero que ela saiba que estou presa aqui simplesmente pela vontade dele.
— Assim será feito. Se prepare para o almoço, não esqueça do nosso acordo e se tentar fugir serei eu mesmo a te pegar. — Me levantei revirando os olho, em certas coisas ele não mudou nada e a confirmação foi ter me deixado sozinha, quando a porta foi novamente aberta eram cerca de seis mulheres em kimonos claros e simples.
— Senhorita. — Uma delas se curvou, que droga está acontecendo aqui? — o Imperador ordenou que nos siga.
Assenti.
— E meus pertences?
— Serão levados por uma de nós. — Me acalmei e as segui sem pressa para fora do quarto, caminhamos pelo vasto corredor até chegarmos em uma porta dupla de bambu trançado, me deram espaço para adentrar e quando o fiz notei que uma delas ficou na porta de guarda, duas seguiram para a porta seguinte e as que ficaram se aproximaram de mim.
— Por-favor erga seus braços. — Não fiz questão de demonstrar resistência.
— São as concubinas do imperador? — Minha curiosidade estava latente.
— Não temos autoridade para responder suas perguntas íntimas, apenas podemos dizer que somos suas damas. — As mãos pequenas da mulher começaram a tirar minhas roupas.
— Posso fazer isso sozinha. — Afirmei segurando no obi.
— Nos permita senhorita, do contrário podemos ser repreendidas.
Essa situação estava me deixando desconfortável, porém cedi e senti o haori ser deslizado pelos meus ombros e o obi ser retirado, agora estou usando apenas a uwagi, meu hakama já estava no chão, elas indicaram que eu deveria ir para o quarto seguinte e o fiz, onde duas fontes estavam uma menor com água claramente morna e uma fonte enorme de água quente estava localizada claramente emersa em ervas o cheiro da água além de delicioso era atrativo.
— Entre senhorita. — Aproveitei o vapor que subia para tirar minhas últimas peças de roupa e adentrar o ofurô, uma toalha morna foi posta em meus olhos e meus braços passaram a ser esfregados com uma bucha macia, o mesmo ocorreu em minhas costas e busto, que situação deplorável. Quando acabaram saíram por alguns instantes e eu aproveitei para me lavar sozinha e ao retornarem traziam consigo uma toalha ao qual ficou esticada para que eu pudesse sair da banheira, a mesma foi enrolado em meu corpo e me encaminharam para a fonte seguinte. — Fique a vontade para relaxar enquanto seu traje não fica pronta.
Vaguei pela fonte até a ponta recostando sobre a base de madeira e apoiando minha cabeça em meus braços observando o shishi odoshi, sua água desaguava em uma base que trazia para a fonte provavelmente na intensão de equilibrar a temperatura. Suspirei tentando compreender o que Qin queria comigo, poderia simplesmente me deixar em paz ou mandar me prender por ter ido embora.
— O que tanto observa? — Me assustei com a voz tão próxima de mim.
— O quê... — Senti os braços me prenderem na mesma posição que estou e tenteei me acalmar, faziam seis anos que não tínhamos tanto contato.
— Você ficou ainda mais bonita depois de tanto tempo. — A respiração dele ia em direção ao meu pescoço, senti meu coração bater forte.
— E devo imaginar que é assim que trata as suas visitas. — Ironizei e ele me deu espaço para virar de frente ficando vis-à-vis, a malícia presente em seu sorriso me deixou atenta.
— Digamos que apenas quando uma certa pretendida foge. — Apoiei minha esquerda em seu peito liso e completamente trabalhado e o mesmo a tirou dali levando até os lábios.
— E pelo visto não vou escapar dessa vez não é? — Sussurrei, sentindo seu corpo prensar o meu nos limitando pela toalha e acabei por arfar.
— A pergunta correta, é se você quer escapar, não acha? — Qin se abaixou e beijo o canto dos meus lábios antes de se afastar me deixando confusa. — Não podemos nos atrasar para o almoço.
E assim o imperador partiu me deixando sozinha na água que agora parecia estar fria.
...
O almoço correu com calma, eu estava ao lado direito dele, que conversava com o que aparentava ser um construtor, o homem mostrava suas ideias para um pequeno castelo e eu olhei tranquilamente achando todo aquele detalhamento incrível.
— Pelo semblante Sn gostou. Então mande levantar e como está a senhora Wang? — Se virou para outro homem que estava a minha direita.
— Bem meu senhor, o senhora Wang aparenta desidratação e cansaço. — Suspirei, minha mãe só podia estar se punindo já que apesar de decadente sei que não está a passar fome e sede.
— Cuidem dela, ao melhor, levem-na para a décima casa enquanto a restauração não fica pronta. — Ambos assentiram. — Agora vão.
Com a ausência dos demais voltamos a estar sozinhos a comida estava deliciosa e após a refeição e o descanso ele me convidou para andar pelo jardim e claro que aceitei, havia uma paz sem fim naquele lugar.
— Obrigada por isso. — Tive que sorrir.
— Nada mais justo fora que... Não posso permitir que a mãe da minha futura mulher fique as traças.
— Sua o quê? — Parei de andar e arqueei minha sobrancelha.
— Sn achou mesmo que romperia comigo depois de tanto tempo quando quem decide isso sou eu? — Engoli a seco, sentindo uma certa raiva.
— Está tentando me punir Qin? — Ele sabe exatamente que sou capaz de por meu futuro a frente de um felicidade julgada como perfeita.
— Ainda não, talvez á noite. Me parece mais propício. — Desconversou deixando de lado o fato de que praticamente deixei claro que o casamento seria um castigo.
— Como pode ter tanta confiança de que me terá ao seu lado?
— É simples. — Dessa vez foi ele a parar de andar e erguer um pouco a sua venda me permitindo ver metade do seu olho direito. — Minha vontade é essa e sei que você almeja muito mais para si, nosso trato de seis anos atrás permanece de pé, não irei interferir nas suas escolhas após o nosso casamento, desde que faça o mesmo por mim.
Balancei minha cabeça descrente, isso não daria certo. A noite chegou e com ela vieram mais notícias da minha progenitora, aparentemente minha mãe sentia-se orgulhosa por segundo ela: minhas escolhas serem as corretas. Mandava-me seus mais distintos afetos escritos e um botão de lírio preso ao papel perfumado e tive que me conter para não arremessar isso longe, os mantive na cômoda baixa ao lado do futton, sobre ele estava um kimono de seda em tom vinho florido, muito belo por sinal. Troquei minhas vestes e me deitei no futton me acomodando tranquilamente, me revirei bastante até perceber que não conseguiria pegar no sono com tanta facilidade, procurei pelo cantil de água e após consumir todo o seu conteúdo segui para o jardim que a noite conseguia ser ainda mais bonito, meus cabelos soltos e perfumados esvoaçavam levemente com o vento e notei uma luz acesa no mesmo andar de meu quarto. Na janela era possível vê-lo a me observar, talvez seja apenas o destino conspirando contra mim, já que não tinha como ele saber que eu estou aqui fora, correto?
Qin estava apoiado em seu braço me olhando caminhar pelo belo jardim e depois de certo tempo resolvi retornar para os meus aposentos, passei pelo corredor que ficava localizado seu quarto e parei de frente a porta entreaberta o notando deitado sobre o futton com um moça ao seu lado massageando suas costas até que ele levantou dois dedos e a mulher veio a abrir a porta, me apresei em andar para o meu quarto.
— O imperador pediu para informá-la que também estou disponível para lhe massagear se precisar. — Assenti enquanto a mesma saiu do quarto indo em direção ao andar debaixo e antes que eu pudesse abrir a porta ouvi sua voz:
— Deveria aceitar, se está sem sono uma massagem a fará dormir.
— Então por que ainda está acordado? — Nem eu mesma me dei conta de que estava exaltada e ele riu.
— Isso é ciúmes, Wang?
Revirei meus olhos.
— De você? Por que teria? És o imperador pode ter quem e quantas ou quantos quiser, ciúme seria uma perda de tempo.
Acho que minha resposta mexeu um pouco com o seu ego, pois no instante seguinte ele vinha em minha direção, apenas abri a porta e adentrei o quarto e ele fez o mesmo o fechando atrás de si.
— Deseja algo imperador? — Mantive a ironia e ele segurou o laço do meu kimono me puxando em sua direção e finalmente tomando meus lábios com gosto, sua esquerda se embrenhou em meus fios me trazendo mais para si enquanto a destra correu por entre a abertura da minha peça antes de se afastar. — Essa já é a segunda vez em um único dia que ele me provocava, me instiga a querer mais.
— Duvido que consiga dormir, não darei um passo ao seu alcance e sabe exatamente o que fazer.
O filho da mãe foi embora me deixando inerte e mais quente do que o ocorrido no banho, nem mesmo salpicando água em meu rosto consegui abaixar a temperatura e assim tive a noite mais inquietante da minha vida.
Os dias subsequentes foram regados de tarefas, quando eu não estava com minhas seis damas cumprindo alguma função a mim passada, me dedicava a traçar rotas comerciais pelos mapas que fiz, sempre avaliando o melhor caminho e anotando a parte quais seriam os tipos de emboscadas caso algum inimigo pudesse tentar algo, Qin vinha me ver todos os dias além de fazermos as refeições juntos, depois de todo o ocorrido ele se manteve distante, mas eu nunca esqueci nenhum de seus toques e em uma bela manhã recebi a noticia de que meu lar estava pronto, minha mãe me mandava cartas a cada três dias e em todas elas haviam advertências de que eu não deveria incomodar o imperador e agir de acordo com seus gostos, é claro que ignorei cada uma delas, mas não posso negar que estou feliz de saber que ela está bem saudável e que em breve espera por uma visita minha. Nesse mesmo dia Qin me convocou para um treino, troquei minhas vestes e fui até o seu quarto o notando em trajes mínimos, ele estava apenas de hakama.
— Quanto tempo não treina? — Me questionou.
— Há exatos vinte e seis dias. — Estou no castelo há vinte e considerando todo o meu período de viagem até aqui é bastante tempo.
— Então se prepare, não pegarei leve. — Me jogou uma lança de madeira, ao qual deixei no chão e preparei minhas mãos. Qin sorriu e com dois dedos ordenou que eu desse o primeiro passo e não me preocupei com mais nada além da minha defesa enquanto o atacava. Como esperado cada um dos meus ataques foi devidamente bloqueado, ele tentou me dar a mesma rasteira da primeira vez só que dessa vez me desviei e ele simplesmente utilizou seus braços para me fazer ir ao cão e retribuí lhe dando uma rasteira o fazendo cair por cima de mim, não sei de onde tirei forças mas consegui o virar ficando por cima, me sentei confortavelmente e posicionei minha mão a milímetros de seu pescoço.
— Diga que posso ir embora. — Exigi e ele riu.
— Pensa que me derrotou? — Tão ágil quanto antes senti meu braço ser travado e meu corpo tombado no assoalho. — Ainda tem muito a aprender.
Eu não sei o que deu em mim, mas tomei mais coragem ainda puxando sua venda, talvez estivesse tentando desestabilizá-lo e isso funcionou só que não a meu favor, meus braços foram presos acima da cabeça e ele balançou em negativa.
— Não aprende não é? — Me perdi em seu belo olhar por um segundo antes de utilizar minhas pernas para travar seu quadril entre minhas coxas os apertando com força.
— Você é bem forte, mas não vai conseguir Sn. — Ele fez questão de deixar o peso cair colando nossos corpos, céus isso não é hora para ficar com calor. Respirei pesado o notando sorriu, eu poderia dar-lhe uma cabeçada, mas seria ridículo usar um golpe tão baixo para sair de uma situação ruim, calculando que eu conseguisse me mover o suficiente para concluir meu plano. — E agora hein? Está completamente imobilizada.
Ele tinha razão, mas não sou de me render, resolvi ser o mais inesperado possível elevando o que dava da do meu corpo o sentindo me trazer de volta para o assoalho o baque que meu corpo fazia deixava tudo pior, então o puxei com minhas pernas e beijei seus lábios, mas o desgraçado apenas retribuiu sem soltar meus pulsos os segurando com uma única mão, a outra foi a minha cintura apertando enquanto o beijo era aprofundado, fui aos poucos cedendo aquela vontade primitiva conhecida como desejo enquanto ele utilizava sua mão livre para desamarrar meu hakama e puxar a uwagi de dentro, soltei suas costas.
— Se me soltar fica mais fácil... — Ironizei e ele sorriu.
— Não nasci ontem Sn. — E assim tirou o meu hakama completamente depois disso abriu minha uwagi me deixando praticamente nua. — Ainda quer fugir?
Meu corpo estava fervendo e ele encarava meu peitoral subir e descer ao se afastar, de novo! Impulsivamente me pûs de joelhos e terminei de tirar minhas roupas sobre os seus olhos atentos, me aproximei o observando me encarar a primeira coisa que fez foi por sua destra sobre a curvatura do meu quadril enquanto o beijava, minhas mãos foram de encontro ao hakama e o abri lentamente.
— O que meu imperador deseja? — Sussurrei em sua orelha adentrando sua única veste e ele riu, seu belos e viciantes olhos pareciam ler minha alma conforme me afastou.
— Continue de joelhos. — Tirou as roupas me deixando completamente envergonhada, nós nunca fomos além. Como meu pretendente no passado Qin Shi Huang sempre foi dos mais respeitosos, mas ainda assim nos perdemos entre alguns beijos e toques das descobertas, porém nunca passamos disso por acordo e agora estou aqui o encarando nu a minha frente. — Desça do assoalho e continue de joelhos. — Respirei fundo cumprindo sua ordem, o mesmo se posicionou sentado na parte alta me deixando entre suas pernas. — Agora chupe.
Céus isso vai ser terrível. Abaixei meu rosto encarando aquela membro duro a minha frente, abri minha boca e deslizei por ele tomando cuidado com meus dentes imagino que essa parte lhe seja sensível, ele riu embrenhado suas mãos em meus fios e se forçando para dentro da minha boca com gosto o que me fez engasgar diversas vezes, ele só puxou meu rosto para cima para ver a bagunça que eu estava, lágrimas saindo de meus olhos, minha boca levemente inchada pelo contato.
— Você fica incrivelmente bela quando arruinada por mim Sn. — Seu polegar esquerdo pressionou meus lábios. — Você me perguntou o que eu quero, então não farei cerimônia, abra bem essas pernas. — Sussurrou, meu rosto mudando de cor conforme a temperatura subia, Qin soltou meus cabelos para que eu pudesse cumprir seu pedido, no assoalho voltei a me deitar com meus joelhos dobrados e aos poucos fui abrindo as pernas enquanto ele mordia o lábio inferior, seu corpo rapidamente cobriu o meu e enquanto ele se esfregava em mim causando um desejo latente sua boca passou a buscar por meu seio, minha mão foi em direção aos seus cabelos e ele continuou a me sugar, um gemido escapou de meus lábios conforme sua mão alcançou o meu cerne se movendo tão lentamente que parecia me torturar pelo desejo da libertação que crescia em mim. — Ainda reconhece perfeitamente cada toque. — Sussurrou.
— Qin... Não me torture tanto. — Ele riu.
— Estou apenas começando, você é muito teimosa e consegue realmente me tirar do sério. — E assim seus beijos foram parar entre minhas pernas, suas mãos agarraram minhas coxas com força me sorvendo como se estivesse em um deserto e o gemido que escapou de meus lábios poderia ser facilmente comparado com um grito, era tão intenso que transitava entre o prazer e o amplo desconforto eu não conseguiria me desfazer em seus lábios porém não poderia reprimir cada tremida que minha perna dava, a esquerda dele largou minha perna e apertou meu seio. — Pare de fazer escândalos Sn, ainda está de manhã. O que seus futuros súditos pensarão de você se não conseguir se conter?
Ele não deixou que eu respondesse sua pergunta apenas me tomou de forma ainda mais ávida fazendo com que todo o meu corpo tremesse e para não gritar eu mordi meu lábio com tanta força que chegou a cortar, me desfiz sobre Qin rebolando meu quadril após ele suavizar sua língua que parecia deslizar com calma sobre meu cerne e ainda tremendo o senti se encaixar e empurrar lentamente prendendo meus pulsos acima de minha cabeça, revirei os olhos devido a leve dor que aos poucos foi substituída pelo desconforto o notando se mover.
— Sn-sn pare de me apertar ou vou perder o controle com você. — Eu não o ouvi, continue a me contraí e ele sorriu com lasciva antes de abaixar em direção ao meu ouvido e sussurrar: — Não diga que não avisei.
E assim Qin se mexeu, todo o meu corpo se retraiu com a força imposta, ainda não havia me acostumado, ele rebolou o quadril e eu gritei, tendo meus lábios tomados para abafar e foi ali que ele realmente deixou de lado qualquer traço de bondade, seus movimentos precisos e firmes indo de encontro aos pontos mais fundos e precisos do meu corpo me fazendo tremer com cada estocada e céus, eu queria mais. Meus pulsos presos acima e minha respiração completamente desequilibrada conforme me sentia perto do ápice, ele notou e acelerou ainda mais, sua boca invadia a minha com pressa enquanto gemidos chamando por seu nome escapavam. Qin segurou em minha cintura soltando meus braços que passaram a rodear seu pescoço vez o outra arranhando suas costas e foi assim que alcancei meu ápice o ouvindo gemer rouco e baixo em meu ouvido se desfazendo dentro de mim.
Ao sair ele se sentou ao meu lado e eu permaneci imóvel sentindo seu líquido escorrer e sujar o assoalho, respirei pesado enquanto ele se levantava catando seu hakama e se vestindo me deixando sozinha. Meu quadril dói demais, minhas pernas estavam moles, mas eu consigo andar. Aos poucos me pus de joelhos e comecei a catar minhas roupas, na minha cabeça ele havia conseguido o que queria, então não se importava mais, porém antes que eu me levantasse ele apareceu já com a venda nos olhos e me pegando no colo.
— Eu preciso limpar aquela bagunça. — Sussurrei notando-o adentrar outra sala.
— Não é função sua. A única coisa que precisamos agora é de um banho. — A fumaça se fazia presente no quarto de banho, ele me colocou na ponta da enorme fonte e se despiu, eu desviei o olhar para o lado, ainda não me acostumei com essa intimidade toda. — Você me pôs em sua boca, não tem movido para vergonha depois do que fizemos. — E assim adentramos a banheira, Qin me trouxe para perto tocando meus cabelos e respirei calmamente.
— Me diz que não tem concubinas nesse castelo.
Ele riu, uma risada deliciosa.
— Não precisa ter ciúmes Sn, não tenho tempo para isso e se as tivesse, você provavelmente se livraria de cada uma delas conforme se tornasse minha imperatriz.
Errado não estava.
— Fora que... Ainda precisamos fazer direito, te tomar no assoalho não foi digno o suficiente, quero tê-la em minha cama.
Novamente me envergonhei sentindo seus dedos puxarem meu rosto fazendo nossos lábios se encontrarem e de uma coisa eu sei, ainda pretendo ir embora, mas por hora irei aproveitar desses lábios macios e envolventes, afinal essa não é só a vontade do imperador, tornou-se a minha também.
Lírio representa a pureza, inocência ente outros ao mesmo tempo que seu desabrochar remete a fertilidade por isso a Sn não gostou.
Em breve sai a parte 2 de Hades e o de Poseidon que vai literalmente se banquetear com quem estiver lendo.
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