capítulo seis
"Você tem meu coração
Mas eu não posso deixar que você fique com ele, querida
Pois eu não posso ter certeza de que vou ficar
E não perca seu tempo
Tentando me aproximar
Pois eu sou uma bagunça que você não vai querer arrumar
Só me prometa uma coisa
Que você não esquecerá
Mas por enquanto, me beije suavemente
Antes de eu dizer
Não seja boba
De ficar esperando por mim, querida
Eu sei que você não quer ouvir isto
Mas eu estou sempre na estrada
— Don't Be a Fool, Shawn Mendes.
° ° °
A luz do dia estava apagada, as nuvens cobriam os raios de sol e parecia que uma tempestade se aproximava. Eu não queria que chegasse, não queria ver os trovões brilharem e o barulho estridente deles. Ouvi um barulho alto e claro, sabia o significado. Uma chuva começou a cair dos céus e a tempestade com neve começou a cair, era algo assustador demais para se olhar pela janela.
Os alunos foram dispensados para ficarem entre os corredores do colégio e estava encucado, não havia visto Margo em lugar alguns haviam três dias, ela não comparecia à escola neste período, pois eu à havia procurado. Eu estava tão abalado pelo seu sumiço que comecei a ir em direção ao telhado do colégio, não seria a melhor opção agora, mas sentia que deveria ir para lá. O caminho foi curto, pois eu já conhecia ele muito bem, assim que cheguei lá havia uma grande rajada de vento e neve.
Um ar gelado passou-me pela espinha quando olhei mais além, perto de onde acabava o telhado estava ela, a garota. Ela estava virada para o nada enquanto andava em passos lentos para o seu fim, ela não parava, ela não dizia nada ou pelo menos eu não a escutava de onde estava. Eu deveria impedi-la e seria isso que eu iria fazer.
— Margo. — Gritei e minha voz não passou de um sussurro por conta dos uivos do vento, eu comecei a correr até ela. Ela não parava. — Pare!
Ela não parou, ela seguiu por aquele caminho e quando me aproximei o bastante consegui percorrer sua cintura com meus braços e a segurei. Seus pés despencaram para o nada lá embaixo, eu era a única coisa que a mantinha ali em cima e eu a puxei de volta para longe da borda. Ela começou a se debater, como que se acordasse de um transe eu a abracei fortemente tentando impedi-la de voltar para a borda e se atirar contra o chão.
— Me solte, eu preciso ir! — Gritava a garota enquanto se depatia contra meu peito e chorava, ver seus olhos tão atordoados e assustados me fez querer chorar com ela. — Eu preciso ir, eu não quero ficar aqui!
— Por favor, fique aqui. — Sussurrei em seu ouvido e passei as mãos por seus cabelos castanhos avermelhados, ela arfou e soluçou alto contra meu peito. — Eu estou com você, eu estou aqui.
— Não... Todos se foram para longe, eu não aguento mais. — Ela disse antes de ir ao chão, eu a segurei a tempo de não cair por completo.
O vento era forte e a neve com água de chuva caía, eu a peguei em meu colo e comecei a ir para baixo, para o corredor. Ela estava um pouco gelada, ela tremia e estava pálida. Eu não sabia o que havia acontecido com ela, eu realmente não sabia, mas aquilo... Eu terei que ajuda-la, antes que ela se vá embora.
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Dedico este capítulo a ALittleMendes, eu te amo muito Sthéf💙💙
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