capítulo onze

"Eu vou parar o tempo para você
No segundo em que você me pedir
Eu só quero te dar o amor que você está perdendo.

Querida, só para acordar com você
Seria tudo que eu preciso
E isso poderia ser bem diferente
Me diga o que você quer fazer"

— Treat You Better, Shawn Mendes.

° ° °

Olhei para o teto de meu quarto, agora tão quieto com a saída do garoto dos olhos azuis, eu me sentia tão especial quando ele vinha até aqui. Fechei meus olhos e um sorriso brotou em meus lábios ao lembrar de nossa pequena guerra de travesseiros à minutos atrás, eu queria que ele continuasse aqui comigo, mas ele deveria chegar em casa logo e me ligaria quando chegasse.

Ouvi um estrando ao longe de casa, meu corpo estremeceu e senti meu corpo gelar, nunca me importei com acidentes ou coisas assim, mas este me fez abrir os olhos e levantar da cama as pressas.

Eu sentia que eu precisava sair de casa agora, ver o quê estava acontecendo, eu sentia um aperto no coração. Passei pela sala as pressas vendo de relance que meus pais desciam as escadas, abri a porta sem delongas e corri para fora.

Um cheiro de queimado chegou até minhas narinas, eu corri até onde estava e muitas pessoas estavam aglomerados ao redor de algo ou, alguém.

— Ele está bem? — Ouvi alguém gritar atrás de mim e me aproximei lentamente, com a luz do poste de energia e do fogo que vinha de perto de um caminhão eu vi algo brilhar, ao chegar mais perto eu vi a corrente do garoto, meus olhos ficaram marejados e eu senti que ia cair ao chão.

Olhei para o grupo de pessoas e não me aguentei, corri até lá sentindo lágrimas quentes em minha bochecha, nada mais fazia sentido ou razão neste momento.

Eu não me importava com as pessoas, empurrava todas para chegar junto de quem estivesse lá, eu me arrependi de ter chegado tão próximo. Meus joelhos fraquejaram e com um grito estridente eu caí ao lado do garoto dos olhos azuis, meu chorei e esperniei ali, ele estava caindo com os olhos fechados.

— Benjamin, acorda — Balancei seu corpo fraco, mas ele não abria os olhos. — Por favor, não me deixa ainda, pelo amor de Deus! — Gritei e ao longe ouvi uma sirene soar, eu ouvia vozes dizendo coisas, mas eu não me importava.

Cai ao lado do garoto e o abracei, eu não queria soltá-lo, eu não queria deixa-lo ir. Soluçava alto, senti alguém tirar-me de perto dele e protestei, eu me debatia aos braços de quem quer que estivesse tentando me segurar e me deixar longe daquele garoto, eles os preparam para levá-lo dentro da ambulância.

Eu vi ele sendo colocado naquela maca, os paramédicos gritando que ele ainda estava vivo e para avisarem a família caso alguém o conhecesse. Eu senti meus pulmões quase explodirem de tanto chorar, meus olhos doíam e minhas pernas estavam fracas, em minhas mãos estavam a corrente do garoto dos olhos azuis, a corrente com seu nome.

Eu a apertei forte contra meu peito e senti meu corpo fraquejar, do nada tudo se escureceu e me vi perdida em pensamentos, pesadelos e lembranças.

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