capítulo oito
"Eu posso tentar parar com isso, o quanto eu quiser
Verdadeiramente perdi esta luta
Achei que fosse forte o bastante para você
Mas não consigo esconder a verdade
Então acho que este é o meu fim
Acho que acabarei desta maneira"
— Like This, Shawn Mendes.
° ° °
Tudo era estranho agora, as coisas estavam borradas em minha cabeça e eu já não a via nela. Ela saira do hospital havia um dia e agora andava pelos corredores da escola, usando moletons gigantescos e andando sozinha, não parecia ter amigas.
Eu tentava manter contato com ela, eu disse-lhe que estava com ela, mas ela me afastou totalmente. O sinal para o almoço havia soado e eu estava lá, no lugar de onde à impedi de se suicidar dois dias atrás, eu estava com ela.
Aqueles olhos. Eram as únicas coisas que me faziam lembrar do dia em que nos embarramos no corredor, em que ela errou a porta do banheiro e o dia da festa, aquele dia eu não esqueceria nunca mais, um dia atrás, no hospital. Nosso segundo beijo molhado de lágrimas quentes, ali eu consegui arrancar um sorriso de seus lábios macios e adocicados.
— Você por aqui? — Escutei uma voz soar e me permiti sair de meus pensamentos, encarando a pessoa à quem chamara minha atenção.
— Oi — Comprimentei a garota dos olhos de tempestades. Eu sentia a eletricidade que emanava deles, o seu brilho era tamanho junto com os raios solares — O quê você faz aqui?
— Hm, matar saudade — Ela fez uma careta e se sentou ao meu lado no chão, ela tirou a toca de seu moletom e deixou seus cabelos castanhos avermelhados ficarem mais brilhantes no sol — Mentira, eu estava seguindo você.
— Por quê? — Indaguei erguendo as sobrancelhas, parecera que a tarefa de me ignorar estava difícil.
— Porque você é importante para mim, eu precisava achar um lugar seguro para te contar — A garota mordeu seus lábios fortemente e deles um pouco de sangue saiu, ela fitou o horizonte com seus belos olhos e movimentava os dedos os cruzando e se desfazendo.
— Me contar o quê? — Eu já estava curioso para saber o quê aquela garota queria me contar, talvez fosse algo bom. Ou talvez não.
— Eu não sou igual as garotas de minha idade, eu sou muito diferente — Sua voz soou abafada, ela parecia contrair a voz com medo que ela fosse uma faca.
— Eu sei disso.
— Não, você não sabe — Ela me interrompeu e pareceu querer chorar como um bebê, para mim ela sempre fora diferente, não havia dúvidas — Eu esqueço as coisas rápido demais... Não consigo lembrar.
— Você tem amnésia, ou algo do tipo? — Perguntei e toquei seu ombro, ela se aproximou um pouco mais de mim e apoiou a cabeça em meu ombro olhando para cima. Como see controlasse o choro, que queria vir com toda a força.
— Sim. — Ela suspirou pesadamente após dizer isto.
— Isso não é tão ruim assim — Dei de ombros e sorri largo, poderia ser algo pior.
— Por que diz isso?
— Porque se eu fizer alguma coisa errada, você nem vai se lembrar. — Soltei uma risada.
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